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Um feliz natal atrasado pra vcs tbm o/
LaRousse
Situação Crítica!
Não adiantava discutir com aquele homem, ele tentava justificar seus atos corruptos baseando-se em crimes cometidos por outros, e que infelizmente a humanidade fingia não ver. Era irônico vê-lo falar, como se fosse a autoridade absoluta no assunto, como se abrir Pokémon e lhe tirar os órgãos não causasse impacto ambiental em uma região. O que era os Voltorbs na fábrica então? Toda aquela ladainha já estava tirando Will do sério, algo que era muito difícil de acontecer...
- Cala a boca desgraçado! Não tente justificar os seus crimes com atos criminosos cometidos por outros! EU NÃO SOU DEUS, MAS JURO QUE PELO MENOS VOCÊ, EU VOU IMPEDIR! – Era fato, Will era apenas um simples homem, não tinha o poder para impedir as atrocidades do mundo, mas quando o destino o levasse a encontrar um crime como aquele. Ele não era o tipo de pessoa que fechava os olhos e fingia não ver. Sem hesitar mais, deu o seu comando ao Poliwhirl. Contudo, Icebeam era mais rápido do que aparentava, conseguindo trazer para fora da Pokébola o seu Pokémon, e destruído o plano do carateca de desarmá-lo antes que ele pudesse agir.
“Um Grovyle!” – Pensou surpreso e admirado por ver aquele Pokémon, primeiro por nunca imaginar Icebeam com um Pokémon desse. O imaginava com algum Pokémon grande e imponente, talvez até um tipo ground, pois vivendo “cercado” por eletricidade, ter um parceiro imune a mesma parecia a escolha mais óbvia. Mas esse não era o caso, o seu Pokémon era um Grovyle, uma das poucas espécies de tipo grama por qual Will tinha um profundo respeito. Sem hesitar um segundo, tal como Icebeam, Will guardou a Pokébola de Shogun e puxou imediatamente a de Drako, liberando o seu Charmeleon em campo.
- Volte para perto de mim Tank. – O Poliwhirl olhou para o seu treinador sem entender, não querendo admitir que seria trocado na luta. Will o observou com olhar sério, entendendo rapidamente o olhar questionador de Tank. – Você fez bem, forçou-o a nos mostrar qual era o seu Pokémon... Se não fosse pela situação em que nos encontramos, eu o deixaria cuidar dessa luta, mas sua habilidade é importante demais para eu arriscá-lo em um combate agora. Ainda não sabemos como os Voltorbs vão reagir, por isso me perdoe Tank, mas preciso de você ao meu lado e em plenas condições para agir! – O Pokémon d`água balançou a cabeça confirmando que tinha entendido, e deu alguns passos para trás, se colocando ao lado de Will. Enquanto isso, Drako avançou um passo e fixou bem o seu olhar em Grovyle, e assim como o Charmander, Will olhava para aquele Pokémon fixamente, mas não com rivalidade, e sim ternura.
- Grovyle! – Chamou-o com a voz firme em um tom de amizade e compaixão. – Por favor observe a situação ao seu redor. Veja! – apontou para o Electrode dentro do tubo de experimento, meio vivo, ou seria meio morto? – Veja as atrocidades que o seu treinador cometeu, veja o peso de seus crimes. – disse agora abrindo os braços e apontando para o Voltorbs e toda a destruição na sala. – Ouça o som desses Pokémon que lamentam pela perda de seu companheiro, ouça-os sofrer pelos atos desse homem. – apontou por fim para Icebeam. – Você não deve obediência a ele, um treinador como ele não merece a sua proteção. Por favor! Eu apelo ao seu julgamento, a seu princípio moral. Afaste-se, deixe-me prendê-lo e leva-lo as autoridades para pagar pelo seus crimes. Não me faça feri-lo, eu não gostaria de fazer isso. Você é muito melhor do que ele! Eu sei disso! – Will apelava para a consciência de Grovyle, queria saber a verdadeira opinião do Pokémon a respeito daquilo tudo. Como disse, não gostaria de ferir um Pokémon que era forçado ou que agia por uma ligação tão frágil de Treinador-Pokémon. Um verdadeiro treinador, deveria ter a confiança do seu parceiro, e não simplesmente comandá-lo por tê-lo capturado ou ter sido presenteado com tal Pokémon.
Will andou até Drako e colocou a mão esquerda na cabeça do Pokémon, acariciando-o. Mostrando a Grovyle a verdadeira relação de amizade entre eles, pois Drako mostrava o quanto apreciava o carinho de Will. Tank também se adiantou e cruzou o braço ao lado de Will. O carateca com a mão direita livre, repetiu o gesto agora em Poliwhirl, e esse sorriu satisfeito. Em seguida, o jovem Allstar esticou a mão para o Grovyle. – Se quiseres não ficará sozinho, pode se unir a mim e aos meus amigos. Não tenha medo de seu futuro! Mas eu lhe imploro, não obedeça a essa homem repugnante... – E assim esperou a resposta de Grovyle, não lutaria com ele, a não ser que fosse realmente necessário.