Desejada Abdução

Desejada Abdução

Fora um choque ver sua pokeball falhar assim, não lembrava disso ter ocorrido antes. Ame mordeu o labio, claramente desgostosa com aquilo.

_Não vamos sair daqui com nada! Mais uma vez!

Insistente, ela usa mais um pokeball sem nem mesmo contar quantas ainda lhe restavam, teria que ir ao mercado mais tarde.

Desejada Abdução

O reaparecimento do portal que a abduziu superou a estranheza da pokeball não ter sido transportada para o pc, Ame simplesmente a recolheu como se tivesse mesmo um espaço sobrando em sua equipe e, após vasculhar rapidamente a cozinha em busca de mais moedas perdidas, sem hesitar (diferente de Kurama que estava desconfiado), ela pulou no portal.

Ame não pensou em colocar eevee na pokeball antes, por isso ela o segurava bem firme contra o peito, quase o sufocando, temia larga-lo enquanto estivesse dentro daquele portal, sabe se lá o que poderia acontecer, neste ponto, ela pensou se estava mesmo sendo levada de volta para La Rousse. Ela devia começar pensar mais antes de simplesmente fazer algo assim.

Desejada Abdução

Novamente esta diante de uma parte isolada da cidade de metal, uma área com grama e poucas arvores a vista. Ame não parou para pensar sobre aquele espacinho de verde perdido entre ruas, ela fez seu caminho de volta para o centro pokemon. Kurama havia descido de seu colo, queria andar por si só um pouco, a dupla caminhava lado a lado em ritmo lento.

Durante o caminho, Ame chegou - sem entender como - até o porto da cidade, havia muitos navios de cruzeiros e de cargas, talvez devido a copa o movimento tenha aumentado. Havia pessoas embarcando e outras desembarcando em ritmo acelerado, era fácil se perder naquele meio. "Poderíamos pegar um navio invés de avião, não é?" a coordenadora pensou observando o movimento.

Desejada Abdução

Ame foi tirada de sua apreciação do ir e vir de navios pelo súbito roubo de sua bolsa, o que despertou o lado escandaloso e furioso da garota. Ame não se conteve e correu atrás da peste que lhe roubou e enquanto corria, ela gritava alto o bastante para que qualquer pessoa pudesse ouvi-la. Ela repetia varias vezes a palavra ladrão para chamar a atenção de algum possível policial que estivesse por perto.

_ Sua ladra maldita! Pare ai agora! Eu mandei parar! Que seja! Kurama, derrube-a com shadow ball agora!!

O tom enraivecido fez eevee arrepiar-se, ele não iria contrariar sua dona nesse estado alterado dela, sabia bem que ela não pararia para entende-lo, fora que isto poderia dar chance da criança fugir com as pokeballs de seus companheiros, além das coisas da coordenadora. Kurama então disparou uma esfera sombria como a coordenadora mandou, mas ele a fez mais fraca do que o habitual, não queria ferir gravemente aquela criança, mesmo ela tendo cometido um crime.

Desejada Abdução

Ame adiantou-se para pegar sua bolsa, ela checou todas as suas coisas e, principalmente, seu dinheiro e pokeballs. Ela suspirou aliviada ao ver que estava tudo ali, mas ela não pode saborear seu alivio, Kurama chamou sua atenção para o aglomerado de sujeitos que agarrou o ladrãozinho.

A coordenadora só então reparou na situação que se formou devido ao seu escândalo. Diversas pessoas haviam parado para presenciar os brutos marinheiros linchar o ladrãozinho que gritava e chorava implorando por perdão. Kurama estava claramente desesperado enquanto que Ame parecia mais surpresa por saber que quem a roubou era um pirralho do que no crime que aconteceria bem diante de seus olhos, ela teve que olhar para a expressão de panico de eevee que se remexia no seu colo para decidir fazer algo.

_Só para deixa-lo contente._ Ela gemeu olhando para  o pokemon raposa antes de tirar uma pokeball da bolsa.

O flash repentino e a aparição de um Ivysaur chamou a atenção de todos, inclusive dos sujeitos que iriam linchar o pirralho. Ame aproveitou esse momento para mandar Champion pegar o ladrãozinho com seu vine whip e traze-lo para seu lado, longe dos possíveis linchadores.

_ Ei, vocês ficaram loucos? _ Ela disse bem alto _ É só um pirralho ranhento que cometeu um furto, ele devolveu o que roubou, mesmo que na marra. Agradeço muito pela a ajuda, senhores, e por isso, irei impedir que se rebaixem a um nível desses e irei leva-lo eu mesma para a delegacia para que a policia aplique a devida punição.

Ame falava como se estivesse numa peça, o tom era claro para todos a ouvirem, mas não era grosseiro como o habitual dela. Apenas precisava tirar o moleque de perto dos possíveis agressores. Era uma situação irônica.