A caminho de Petalburg

Estava com medo e preocupado, não estava conseguindo pensar direito. Quando me sentei na beirada, percebi que não dava para descer escorregando, a descida era muito rochosa e íngreme de mais para sustentar um escorregamento. Mas acabei percebendo isso muito tarde e quando tentei fazer algo diferente, acabei caindo. Não era uma queda muito alta, e tive muita sorte de o chão ser de areia. Fiquei deitado no chão com o corpo todo doendo, logo depois ouvi Natsu e Nami aterrissarem ao meu lado. Os dois estavam preocupados comigo, mas não havia acontecido nada grave, o que mais incomodava era a forte dor no peito por ter batido no chão, mas dava pra sobreviver.

- Ainda estou vivo...

Me levantei com um pouco de dificuldade, meu corpo todo estava dolorido e ardendo. Olhei em volta e parecia ter descido ali atoa, já que não parecia ter outra passagem.

- Natsu, ande perto das paredes e veja se encontra alguma coisa.

Natsu voltava com uma má noticia, agora eu estava encrencado. Não havia passagem ali, e eu teria que voltar por onde vim.

- Obrigado amigão. Mas agora vamos ter que sair desse buraco... - Pensei um pouco e tive uma ideia que talvez poderia dar certo. - Natsu, Nami, preciso da ajuda de vocês. Usem o Rock Tomb para criar uma rota de escalada mais fácil. Joguem as pedras com força para elas se fincarem na rocha. Façam assim... - Eu desenhei um esquema na areia, mostrando como as pedras deveriam ficar. (Mais ou menos assim: oºoºoºoº só que na vertical.) Agora eu estava mais calmo, depois da queda eu não queria ter mais problemas. - Entenderam? Vamos botar o plano em ação.

Os dois pokémons seguiram minhas instruções criando assim uma especie de escada, onde eu poderia subir com mais facilidade sem ter que usar os relevos naturais das rochas. O serviço estava concluído e eu já me preparava para começar a escalada, quando ouvimos um barulho de impacto. Olhei para cima e não consegui ver nada, o som se repetiu por mais duas vezes e na última consegui ver uma rocha arredondada destruindo minha rota de saída.

- O que é isso? Quem está fazendo isso? PARE!

Já estava ficando irritado com isso tudo. Não sabia onde estava, ou porque estava ali, e agora isso. Só queria voltar para o lago onde Dianna estava. Tentei me acalmar novamente. O medo que eu sentia ia crescendo cada vez mais, estava com medo de ficar ali, com medo de nunca conseguir sair dali, com medo desse lugar desconhecido. Era a primeira vez que eu me sentia assim, e não era fácil resistir.

- Nami, se essa coisa aparecer de novo, use Mega Punch para destrui-la. Natsu, tente descobrir de onde está vindo.

Natsu novamente percorreu pelo local iluminando cada canto do lugar, na tentativa de encontrar algo, mas nada foi encontrado. Parecia que estávamos sozinhos ali, mas não fazia sentido isso. Era arriscado tentar repetir a tentativa de fuga, e se eu tentasse subir e fosse acertado pala rocha? Dessa vez poderia ser mortal. Liberei novamente Kolt de sua pokébola.

- Kolt use o seu Supersonic novamente, mas dessa vez para encontrar algum ser vivo que esteja escondido nesse salão.

Talvez isso poderia funcionar, se havia alguma coisa escondida debaixo da areia, Zubat poderia encontra-lo com sua capacidade de enxergar através do som.

Kolt fez o que pedi, e apontou para um canto do salão. Estava justificado por que Natsu não encontrou nada, o ser em questão era feito de rochas, e se não tivesse se mexido nós nunca o encontraríamos. No mesmo instante eu peguei minha Pokédex e analisava a criatura. Seu nome era Roggenrola, e li sua descrição: "O furo em forma de sextavado é a sua orelha. Ele tem uma tendência a andar na direção do som está vindo. Seu corpo é duro como aço."

- Nami, é sua vez agora. Vamos precisar derrotar esse pokémon para sairmos daqui. Primeiro ataque com Water Gun. Depois observe ele primeiro, se ele tentar atacar, defenda-se com Project, se ele não atacar use outro Water Gun.