Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 16 - Em boa companhia

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Como o treinador já poderia esperar, assim que "Joul" percebeu que Blake se afastava e se aproximava de Miranda, ele permaneceu com um olhar desagradável, assim como seu Charizard, que não parava de urrar e bater as asas. Foi então que a visão de Margo surgiu e ela começou a questionar como o jovem estava suportando tudo aquilo. Da forma como ela listou os fatos, de fato parecia muito. Porém, ela esqueceu de um pequeno detalhe, que logo foi respondido pelo treinador:

- Você está vendo a situação da forma como você pensa. Óbvio que me assustei com a suposta conversa de Miranda. Claramente achei infantil e fiquei magoado com a forma como Joul falou comigo pelo telefone. Mas um verdadeiro amor sabe perdoar. Um amigo erra de vez em quando e temos que aprender a conviver com isso. Não viram meu rosto corar e meu corpo paralisar com a investida de Eva? Isso não foi emoção real o suficiente? Da próxima vez me passe sua cartilha de comportamento que eu faço direitinho, ok?  - Foi a primeira resposta de Blake, que se segurava para não rir de ter que se explicar daquela forma. Era uma situação simplesmente ridícula. - Vocês estão tentando tanto me provocar pra conseguirem o que querem que estão cometendo erros graves. Desde a visão do Jake eu passei a ver isso tudo como uma situação fora do real. A situação está tão caricata, tão forçada, que eu não consigo levar a sério. Tenho levado as coisas mais como uma piada mesmo.

Com o fim da fala, Blake enfim deixou escapar uma risada. Se o Joul estrassadinho não tivesse gostado ou a Margo achasse aquilo ofensivo, ele não ligava. A verdade é que as analogias e comentários que ele faziam estavam beirando o ridículo. Se a explicação de tudo aquilo não fosse boa, McBride ficaria no mínimo desapontado.

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A forma com que Blake vinha lidando com os questionamentos que lhe eram feitos, demonstrava o quanto o treinador parecia dominar qualquer tipo de emoção que aqueles "indivíduos" pudessem estar tentando fazê-lo viver, mas nada que pudesse ajudá-lo, pelo menos até aquele momento, a realmente descobrir o que raios tudo aquilo parecia significar. Contudo, antes que a forma com o McBride vinha conduzindo aquele momento viesse, por alguma razão, incomodar qualquer um a seu redor, o jovem acabou sendo surpreendido, ou não, por uma nova aparição que poderia, enfim, lhe dar o que ele tanto buscava.

Era até curioso como aquele momento se desenrolou, já que, enquanto um estranho e inesperado silêncio envolvia todos ali, Blake acompanhou o caminhar lento da senhora na companhia, lado a lado, de Jake e Eva, em sua direção, o que não deixava mais qualquer duvida sobre o envolvimento dela com tudo aquilo que acontecia. Fato que ficou ainda mais evidente com as palavras, seguidas do circundar silencioso da dupla que a acompanhava, juntando-se assim aos outros que já estavam ali,que foram ditas em seguida pela mulher:

- Pois bem Blake, você está demonstrando uma habilidade admirável. Sendo assim, diferentemente do que você já viveu, todos nós aqui estamos dispostos a responder, da nossa maneira, 3 perguntas elaboradas por você. No entanto, cada uma deverá ser direcionada a uma pessoa diferente. Vamos, você tem a oportunidade que tanto busca...

Com isso, agora, enquanto todos fixavam seus olhares nele, restava saber como Blake usaria esta curiosa condição que lhe era proporcionada.

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Mais uma vez as aparições voltaram a interromper os possíveis dialogos que Blake poderia ter e isso o deixava indignado. Parecia um mecanismo para impedir o rapaz de compreender o que estava acontecendo. Felizmente dessa vez pareciam querer colaborar. A idosa mais uma vez surgia, acompanhada de Eva e Jake. Com isso, todas as pessoas supostamente envolvidas em toda aquela situação estavam presentes. E o melhor: se ofereciam para responder perguntas.

Blake pensou com cuidado por alguns instantes. Se fizesse uma pergunta sem muito fundamento, provavelmente poderia acabar ficando mais tempo preso ali e aquilo era a última coisa que desejava. Tentou pensar em algumas das palavras que ouviu os outros lhe dizerem e achou que aquilo poderia ser uma ótima base para começar. Virou-se então para Miranda, fazendo a primeira pergunta para ela.


- Miranda, você disse que eu deveria me preocupar com quem sou eu ao invés de aonde estou. O que você quis dizer com isso?

A segunda pergunta, que provavelmente era a que tinha mais chances de receber uma resposta indesejada, foi para Margo. Jake e Joul pareciam irritadinhos demais para cooperarem e Eva, depois daquela tentativa de sedução, era a que teria mais chances de dar uma resposta ambígua. A verdadeira Margo era do tipo direta e que falava as verdades sem pensar duas vezes. Se aquela Margo fosse igual, seria perfeita para isso.

- Margo, como exatamente eu acabei chegando aqui?

Por fim, a última pergunta foi direta para a idosa. Ela havia dito que McBride poderia fazer 3 perguntas, cada uma para uma pessoa diferente. Como ele não esperava uma resposta agradável dos outros três, achou que poderia perguntar para a idosa. Afinal, ela não havia falado nada que não poderiam ser feitas perguntas para ela.

- O que eu tenho que fazer para retornar em segurança para Petalburg? E por Petalburg eu me refiro a da realidade.

Agora era apenas esperar pelas respostas. Restava saber se seriam de alguma utilidade.

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E lá se ia mais uma oportunidade para Blake confrontar o novo indivíduo que surgia diante dele, afinal, com a aparição da estranha senhora, que logo começou a falar, o treinador pokémon novamente não teve chance alguma de manter qualquer que fosse o diálogo com a pessoa que se aproximava dele, fato que nitidamente incomodava o herdeiro dos McBride. Contudo, enquanto o rapaz se dava conta que o Charizard de Joul já estava bem mais comportado, ele foi surpreendido pela curiosa situação que a mulher o possibilitava, uma vez que, como ela mesmo já havia dito, em virtude de sua capacidade, que ele provavelmente ainda não havia se dado conta de qual era, ou estava simplesmente fingindo não saber, Blake tinha uma importante e interessante "arma" em suas mãos.


Deste modo, com a estranha atenção de todos voltada para ele, o futuro criador pokémon pôde de uma vez por todas começar a dialogar da forma com que ele tanto queria, porém esta conversa deveria fluir através de 3 perguntas diferentes a quem ele quisesse questionar. Sendo que, de início, Miranda foi a escolhida por ele:

- Blake, todos aqui já perceberam que você sabe que nenhum de nós, com estas personalidades que estamos demonstrando, somos quem realmente dizemos que somos. Sendo assim, como cabe a você descobrir o que realmente está te acontecendo, pense um pouco, onde seria o melhor lugar para reunir todas estas pessoas? Além do mais, quando você descobre quem realmente é, e quem realmente é o dono de tudo, o lugar onde você esta pode ser qualquer lugar que você desejar estar...

Ao final daquele curioso discurso de Miranda, Blake viu a jovem desaparecer lentamente de sua frente, o que era algo que ele certamente não esperava acontecer . No entanto, antes mesmo que este estranho fenômeno pudesse ser, de alguma forma, entendido por ele, uma nova resposta começou a ser dada, mas, agora, vinha da inexpressiva Margo:

- Isso é simples! Em que momento o inesperado começou a acontecer? - Falou a jovem que teve o mesmo destino de sua amiga.

Então, provando que as coisas poderiam mesmo ficar ainda mais estranhas, uma forte e arrebatadora ventania começou a envolver todos os presentes. Pétalas de todos os tipos e colorações eram vistas pelos ares do lugar. Só que, diferentemente, todos os presentes, incluindo até mesmo Charizard, demonstravam uma serenidade que divergia e muito, por exemplo, do amedrontado comportamento de Rufflet. E, isso, foi seguido da última resposta solicitada pelo McBride:

- Você deixou a pergunta mais fácil para mim.... Esqueça tudo! Mostre quem você realmente é. Mostre quem realmente é o dono de tudo isso!

Com aquelas palavras, uma densa e inesperada escuridão pegou Blake de surpresa transformando aquela paisagem em um assustador breu total. Agora, enquanto não era possível para o rapaz ver nada a sua frente, nem mesmo a palma de sua mão, restava saber como ele reagiria a sequência de respostas que lhe foram dadas.

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As respostas de certa forma foram esclarecedoras para McBride. Mas, assim como antes, sempre que a resposta parecia chegar para Blake, o cenário mudava. Mais uma vez estava sozinho, diante de uma escuridão absoluta, onde não conseguia ver nem a palma de sua mão. Diante daquele cenário, não restou outra alternativa a não ser refletir a respeito das dicas que ele havia recebido.

Pensou primeiro na resposta de Margo, perguntando quando foi que ele percebeu que havia algo errado. Ele não soube dizer exatamente, mas associou os fatos às aparições dos pokémons psíquicos, famosos por influenciarem as mentes das pessoas. Em seguida, veio a resposta da Miranda. Ele estava diante de pessoas que só ele conhecia, mas não eram exatamente elas. Em qual outro lugar eles poderiam existir daquela forma?

A princípio o rapaz achava que estava em um sonho, mas após o episódio com Eva a história não pareceu ter se resolvido. O jovem então estaria dentro de sua própria mente? Diante dessa situação, o jovem tentou encontrar sua saída dessa forma. Se concentrou o máximo que pode, tentando pensar em algum cenário que pudesse levar ele até uma saída, garantir seu despertar. Ele conseguiria?

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A nova condição que Blake era exposto poderia até tirar ainda mais o rapaz de seu estado psicológico atual. Entretanto, movido pelas respostas que lhe foram dadas, que dessa vez pareceram fazer um pouco mais de sentido, o jovem McBride, independentemente da estranha e preocupante situação que ele e seu Rufflet se encontravam, ave que não parava de bater suas asas compulsivamente, começou a se concentrar na imagem de lugares que poderiam funcionar como uma possível escapatória para aquele insuportável espaço tempo.

E, em questão de poucos segundos, após o seu melhor nível de concentração, Blake sentiu suas pupilas dilatarem em uma velocidade que ele poderia até nunca ter vivido, uma vez que, ao se redor, não havia mais qualquer tipo de escuridão, apenas um calmo trecho de rota. uma vez que era possível notar a terra batida abaixo de seus pés, circundada por algumas árvores e arbustos de pequeno porte. No entanto, o que mais chamava a atenção do futuro criador era a presença de um alto e majestoso muro bem ao final da estrada de terra batida, e, nele, notava-se, na parte superior de uma reforçado portão no centro, um letreiro, que Blake reconhecia muito bem, trazendo a palavra Slateport.

Deste modo, ficava mais do que nítido que a concertação do McBride acabou o transportando para seu porto seguro, afinal, a sua frente, estava uma espécie de barreira que separando-o de sua cidade natal. Mas, de repente, tornando aquilo mais estranho, Blake foi novamente pego de sua surpresa, já que, de uma forma provavelmente nunca vista, já que, sem qualquer tipo de ajuda, a senhora, juntamente de todos os indivíduos que passaram pela vida do treinador naquele dia, transpassou o muro, no melhor estilo Lince Negra, se posicionado em linha a frente dele.

Com isso, enquanto Blake tentava entender toda aquela cena, a mulher, com o mesmo sorriso já visto tantas vezes, logo falou:

- Parabéns! Enfim, você começou a entender o tipo de lugar que você está. Porém, para sair daqui, ou simplesmente abrir este portão. - Disse ela apontando para a estrutura metálica a suas costas. - Você precisará descobrir a real chave que o prende a este lugar, afinal, é ela que o mantém, desde o começo, aprisionado a este espaço tempo. Só que, agora, você tem plenas condições de desmascará-la.

Com estas palavras, Blake era mais uma vez lançado em um enigma. Porém, esta parecia ser a charada final que o jovem teria que enfrentar. Mas, o que seria esta tal chave?

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Aos poucos Blake compreendia a situação em que se encontrava. Com isso, conseguiu fazer com que aquela escuridão chegasse ao fim e então diante de seus olhos surgiu sua cidade natal, Slateport. A visão poderia ser um alívio para o rapaz, não fosse a barreira misteriosa que surgiu na frente dele, junto da visão das pessoas que havia visto naquele dia. Mais uma vez a idosa vinha com falatórios, sempre com mais algum empecilho para que Blake retornasse para a realidade.

Quando ela começou o falatório, o jovem logo revirou os olhos, pois sabia que se continuasse naquele ritmo, ele jamais retornaria. Para retornar, ele precisava encontrar uma chave, que não era possível determinar se era algo literal ou figurada. Como sempre fora a figura da velha que trazia os problemas para Blake e ela era a única figura que não pertencia originalmente as memórias dele, ele chegou a conclusão que para sair dali, precisaria expulsar a velha.

Mas ele não sabia ao certo como fazer isso. Com seus pensamentos, havia feito Slateport surgir diante de seus olhos. Então talvez se esforçasse um pouco, conseguiria expulsá-la ou ler seus pensamentos, revelando a localização da chave.

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Diante de mais um discurso repleto de duplicidades, Blake começou a analisar o que havia lhe sido dito, além de tudo o que foi vivido, em busca de alguma resposta para sua enfim libertação daquele mundo, afinal, pelo que a senhora tinha expressado, bastava ao McBride as de uma breve analise mental, o aspirante a treinador e futuro criador viu que o melhor poderia ser tentar eliminar a presença da mulher de sua meunte, pois, querendo ou não, era ela que sempre esteve em todos os momentos que o rapaz duvidou da realidade a seu redor.

Então, sem pensar mais a respeito, Blake, procurando alcançar o mesmo nível de concentração que o transportou até aquele ponto, começou a procurar um meio de, no mínimo, entender o que raios acontecia ali. No fim, todo este esforço do McBride acabou por revelá-lo algo que poderia dar as primeiras explicações sobre todo aquele lugar, já que, aparentemente, graças a sua força psíquica, o treinador foi surpreendido pelos dizeres da mulher:

- Pessoal! Agora é com vocês!


Ao final destas palavras, que foram seguidas pela completa atenção do jovem ao que acontecia diante dele, uma vez que devido a seu momento de concentração ele desfocalizou o cenário a seu redor, foi possível ver uma revelação que, para muitos, poderia até ser de uma relevância interessante para tudo aquilo, já que, enquanto a mulher parecia ser envolta por uma energia diferente, todos os indivíduos a seu redor tiveram os olhos tomados por um intenso e estranho tom de azul. Fato que, além de ser um pouco assustado, deu a Blake uma resposta que ele poderia não esperar.

Capítulo 16 - Em boa companhia - Página 7 Kirlia-3Capítulo 16 - Em boa companhia - Página 7 GrumpigCapítulo 16 - Em boa companhia - Página 7 NatuCapítulo 16 - Em boa companhia - Página 7 EspeonCapítulo 16 - Em boa companhia - Página 7 Kirlia-3

Era até mesmo surreal o que aconteceu há poucos metros do treinador de Slateport, já que, nitidamente procurando manter a presença da mulher naquele lugar, cada uma das pessoas que, anteriormente foram responsáveis por algum tipo de desafio para o jovem, se transformaram nos pokémons vistos pela rota. Miranda e Margo deram lugar a duas Kirlias e, sequencialmente, Joul, Jake e Eva tomaram a forma de Natu, Grumpig e Espeon. O que indicava que, naquele momento, Blake estava mesmo tomando posse do que acontecia a seu redor, afinal, com a tentativa de expulsar a velha, o poder que mantinha os pokémons na forma humana teve que ser transferido para assegurar a presença da mulher na mente do treinador, e, isso, certamente era algo bem considerável.

Com o final deste momento, a mulher, nitidamente feliz, falou em alto e bom som:

- Até estava duvidando da sua capacidade de entender o que estava te acontecendo. Mas, agora, depois dessa excelente sacada, não tenho mais o que desconfiar. - E com um sorriso ainda mais largo no rosto, ele prosseguiu: - Enfim, Blake, quem mais não é aquilo que diz ser? Vamos, pense... é saia de uma vez por todas deste lugar!

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A ideia de tentar expulsar a mulher da mente de McBride acabou revelando algumas verdades para ele. As alucinações que ele teve até então na verdade eram os pokémons psíquicos que ela contava como aliados para isso. Mas, pelo que ela havia falado, havia mais alguém que não era realmente quem aparentava ser.

Para Blake restou duas opções ao seu ver: a idosa, o que parecia ser bem provável. Mas, também, havia uma pequena possibilidade do sexto intruso ser alguém que acompanhou McBride por todo o trajeto e não se manifestou muito: seu Rufflet. Seria o pequeno um pokémon psíquico tentando moldar a mente do treinador? Sem saber ao certo como proceder, o jovem tentou fazer o mesmo que havia feito com a idosa com seu Rufflet.

Se ele revelasse ser realmente o pokémon do treinador, ele então usaria sua mente numa tentativa de mostrar a verdadeira forma da idosa. Afinal, o que a impediria de ser um pokémon psíquico como os outros ali presentes?

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Diante de toda aquela importante revelação, Blake enfim de via perante a última incógnita para sua enfim libertação, afinal, pelo que a senhora havia dito, apenas mais uma coisa em todo aquele lugar não era quem ela dizia ser, e, isso, querendo ou não, era algo que, independentemente do que fosse, certamente provaria para ele o tamanho da manipulação de sua mente. Por isso, procurando acabar com tudo aquilo,  o treinador, após avaliar tudo o que ele havia vivido, enquanto sentia um comportamento exagerado de Rufflet em seu ombro, focou mais uma vez sua mente, mas, agora, seu enfoque estava completamente voltado para o pássaro que ele acreditou ser seu companheiro de jornada.

Era visível o esforço que o McBride fazia em busca da verdade, e, a cada segundo que se passava, Rufflet ficava mais e mais descontrolado sobre o ombro do viajante de Slateport. Asas batendo, piados agudos e tantas tentativas de despertar Blake vinham se repetindo ao longe daquele tempo, porém, revelando algo que Blake certamente não esperaria, após todo aquele momento, Rufflet, com um voo desesperado em direção a mulher , teve seu corpo envolto por uma luz que ofuscou a concentração de Blake, pois, a partir daquele momento, o pássaro, provando que muitas vezes somos manipulados pelos mais próximos, enfim revelou sua verdadeira identidade:

Capítulo 16 - Em boa companhia - Página 7 Hypno

Um conhecido pokémon psíquico do continente de Kanto em posse de um aparato de hipnose se posicionou há alguns metros a frente da mulher e do restante de seus companheiros de equipe. Curiosamente, Hypno, como assim era conhecido, parecia sorrir para Blake, atitude compartilhada por todos ali. No entanto, antes mesmo de qualquer nova reação do rapaz, a mulher logo falou:

- Parabéns Blake! Vou enfim trouxe a verdade a tona!

E ao final daquelas palavras, a mulher, com uma singela batida de palmas, fez com que o cenário ao redor do McBride se desfizesse novamente. Entretanto, contrário as últimas vezes, Blake não mais foi levado para um novo ambiente, ele, simplesmente, sentiu um leve calor em sua face, e ao abrir os olhos, o que indicava que ele estava por algum motivo com eles fechados, o rapaz percebeu que estava novamente em uma espécie de rota. Só que, com o retornar de todos os seus sentidos, o jovem, que também sentia uma leve brisa o envolver, notava a presença, adormecida, de Miranda e Margo, encostadas em uma árvore.

Então, notando que ele estava de volta a realidade, o futuro criador se deu conta que suas companhias não paravam por ai, uma vez que, sentada em uma pedra, há poucos metros de distância, a mulher, acompanhada por todos os seus pokémons, comia as pequenas frutas vistas com ela naquele cesto do primeiro encontro. Com isso, enquanto ela nitidamente degustava o sabor das pequeninas, Blake enfim tinha a certeza de sua libertação.


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