Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 02

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WINTER SOUND

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   O inverno de Hoenn se provava severo naquele hora do dia. Diferentemente da manhã, os ventos da tarde se davam em rajadas violentas e petrificantes, se pareando com torturas medievais para àqueles que não estivessem rodeados por quatro paredes. Zachary era um dos torturados naquele exato momento, já que fora pego pelo vendaval antes de chegar à cidade de Odale, quando ainda se encontrava atravessando a Rota 101.

   Seu chapéu não estava mais em sua cabeça, isso porque, há alguns minutos esse fora arremessado pela ventania e o garoto se viu obrigado a correr freneticamente por cerca de um quilômetro para alcança-lo. Carregava-o nas mãos desde então, e o usava como proteção para o rosto quando pedregulhos e pequenos galhos vinham em sua direção.

    Misdreavus, que se tornara mais cedo o Pokémon inicial do garoto, sofria, assim como o chapéu no qual estava debaixo, a implicância do vento, que por fazer tanta pressão na direção contrária à qual seguiam, o impossibilitava de flutuar normalmente, e por isso se encontrava dentro de sua Pokébola.

   Portanto, Zachary enfrentava aquela desventura sozinho e já começava a sentir, além do cansaço, outros efeitos dela em seu corpo: suas mãos apresentavam certa dormência e as pontas dos dedos roxeadas, enquanto em seus lábios, pequenas rachaduras já liberavam o gosto metálico de sangue em sua boca. Seus ouvidos também sofriam, não fisicamente, mas sonoramente, eram vítimas do lamurioso som do inverno.

   O garoto esperava veemente que aquele ventania se finda o quanto antes, ou não se imaginaria chegando em Odale de nenhuma outra forma que não fosse petrificado.

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off :


Em meio aos severos ventos que castigavam a nostálgica rota 101, onde tantos aventureiros da região de Hoenn iniciavam suas jornadas, o jovem músico em busca de inspiração iniciava sua jornada juntamente de uma pequena criatura fantasmagórica, a qual naquele momento se encontrava protegida por sua esfera alvirrubra.

Caminhava em meio a uma estreita estrada de areia e cascalhos, delimitada pela vegetação rasteira tão característica daquele ambiente, o mato alto e alguns arbustos que deixavam suas folhas farfalharem em decorrência do vento, se mostravam também por ali algumas árvores de médio porte, detentoras de largas copas e robustos troncos, espalhadas através da paisagem de forma isolada. Quanto aos céus, apresentavam nuvens espessas e nubladas, evidenciando que a qualquer momento uma fina chuva poderia surgir ali par afazer companhia a ventania.

Em decorrência, talvez, as condições climáticas daquela tarde, um único sinal de vida se poderia observar por ali. O jovem continuaria a atravessar a rota daquela maneira ou procuraria abrigo até que os ventos cessassem?

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OFF :




   Uma fitada no céu teve com resultado uma constatação: a Lei de Murphy era real e o que tinha que dar errado ali, nos meantes da Rota 101, daria. A consistência das nuvens e seu tom acinzentado evidenciavam que o vendaval era apenas o prólogo para algo que, com toda certeza, tornaria aquela situação ainda pior. Iria chover.

    Zachary não sabia dizer se seria muito ou pouco, à um minuto daquele momento ou à uma hora, mas tinha plena convicção de que o céu desaguaria, e estar no meio daquela estrada quando isso acontecesse não era uma opção. Precisava procurar abrigo.

   Sem pestanejar, correu em direção à mata que fazia, de forma estreita, o contorno do caminho cascalhado, ignorando assim o aviso que o Professor Birch lhe dera um pouco antes de sua partida do laboratório. “Não saia da estrada e ficará tudo bem”. Na hora, o garoto não pensara em pergunta-lo o porquê e agora, que não tinha tempo nem para respirar compassadamente, a necessidade de saber o motivo surgiu bruscamente em sua cabeça. O que não foi o suficiente para que ele voltasse à estrada, sabia que a mata era o único lugar onde encontraria proteção.

   No entanto, não seria tão fácil quanto ele pensara. Os arbustos que ali tomavam forma pareciam marionetes à mercê dos ventos e as árvores do lugar, apesar de possuírem troncos végetos, estavam há grandes distâncias umas das outras, o que tornava impossível a formação de alguma cobertura de galhos entrelaçados ou algo do tipo.

   Naquele momento o frio parecia conseguir atingir até mesmo os ossos do garoto, porém, antes que o desespero se torna-se ainda maior, sua mente foi tomada por uma determinada música de uma de suas bandas favoritas. O garoto riu ironicamente ao perceber que a letra se encaixava completamente na situação pela qual passava: uma pessoa tentando resistir veemente aos efeitos do inverno.

   — “You and I will not be shaken by the winter sound, but my voice is suffocating in the winter sound…” — Cantarolou o refrão da canção involuntariamente e assim que concluiu, uma ideia surgiu em sua cabeça. Os troncos das árvores.

  Nenhuma parte daquela vegetação seria mais propícia para moradia de Pokémons do que tocas nos troncos robustos daquelas árvores, e seria em uma dessas tocas que Zachary se esconderia.

   Não deu nem mais um segundo ao pensamento e se pôs à correr em direção à elas afim de encontrar alguma com um grande buraco em sua formação e que esse estivesse, preferencialmente, vazio.

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Diante aos impertinentes ventos que assolavam a Rota 101, assim como a premissa de que não tardaria começar a garoar por ali, o jovem músico decidira se abrigar sob uma das robustas árvores que se encontravam sobre a pradaria, saindo da estrada por qual seguia, apesar dos conselhos, e se lançando sobre a grama alta que chegava na altura de sua cintura, dificultando seu avanço em meio aquele cenário em conjunto da ventania. Contudo, continuara a avançar, vez ou outra tropeçando em raízes ou pequenas pedras que se encontravam no caminho.

Enfim, chegara de frente para a mais próxima das árvores que pudera avistar, deparando que em seu tronco existia uma pequena abertura circular, onde em seu interior uma pequena andorinha azulada dormia tranquilamente apesar do barulho que o vento produzia ao se chocar contra as folhas.

Logo, gélidos e pequenos gotas de chuva começaram a cair dos céus, sendo arrastadas pelos ventos e batendo com força contra os obstáculos do cenário. Ainda podia se notar entre raízes protuberantes dessa árvore um pequeno espaço que talvez pudesse ser usado para se abrigar.

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   A súbita ideia de onde encontrar proteção que Zachary tivera segundos atrás parecia ter sido tomada como provocação pelo clima, já que assim que o garoto chegou à primeira árvore, pingos d’água começaram a cair por todos os lugares, como se alguém lá em cima houvesse acabado de lavar as mãos e agora as sacudissem afim de secá-las. Mesmo pequenas, essas gotas, por causa do vento, eram pesadas e acima de tudo, geladas.

   Seu semblante decepcionado evidenciava que não seria naquele árvore em que se abrigaria. Por mais que houvesse uma toca ali, não era muito bem o que ele tinha em mente. O buraco no tronco, além de um tanto quanto elevado, era pequeno e quando o garoto se aproximou da abertura para ver o que tinha dentro, suas suspeitas se confirmaram: era o ninho de Pokémon pássaro, que naquele momento dormia pacificamente dentro, não parecendo se incomodar com as condições climáticas que reinavam do lado de fora.

   Zachary sabia que precisava correr e procurar nas outras árvores antes que a chuva engrossasse, no entanto, quando deu o primeiro passo para fazer isso, tropeçou em uma das raízes daquela árvore, que saiam da terra como garras, e foi bruscamente de encontro ao chão.

   Em qualquer outro momento aquela queda seria um infortúnio e motivo dos mais sórdidos xingamentos, contudo, foi com o rosto colado na grama que Zachary pode observar um espaço debaixo do tronco da árvore, formado graças à saliência de suas raízes. Havia encontrado seu abrigo.

   Ainda deitado, o garoto se arrastou rapidamente para àquele vão, porém, quando forçou entrada pela abertura, seu corpo foi travado. — Mas é claro... — Disse, compreendendo o motivo e ao mesmo tempo ironizando sua desatenção. Era o seu violão. Não havia espaço para ele.  

   Pestanejando um pouco, o garoto tirou o instrumento das costas e o encostou cuidadosamente no tronco da árvore. Nutria-o grande estima, porém não havia outra maneira. Só restava esperar que a capa de couro amarronzada que havia custado dois meses de sua mesada fizesse bem o trabalho de proteção.

  Logo em seguida, adentrando o espaço entre as raízes, o garoto se pôs, encolhidamente, a esperar.

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Por sorte o pequeno espaço onde o jovem decidira se abrigar se encontrava protegido pelo vento devido à presença do robusto tronco as costas, deixando que apenas alguns pingos gélidos chegassem até o jovem. Quanto ao violão, infelizmente, a capa de couro teria de dar conta de protege-lo dos pingos que ainda chegavam até ali.

Contudo, ao se enfiar ali, não havia podido perceber um pequeno detalhe. Sob as raízes, ao seu lado, uma pequena e felpuda forma canina acinzentada se encontrava encolhida, demonstrando certo temor em seus olhos avermelhados, tanto em decorrer da forma inusitada como Zazhary aparecera por ali como pela presença da chuva.

Logo, então o vento tornara a rugir em meio aquele cenário, balançando os galhos da árvore com força e produzindo um alarmado som de farfalhar além de pequenos galhos quebrando. Diante a isso, o pequeno acinzentado se encolhera ainda mais e começara a ganir assustado, passando a tentar se enfiar através das raízes cada vez mais.

Como o músico reagiria ali?

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OFF :


   Mesmo estando ali dentro por apenas cerca de dois minutos, Zachary já conseguia sentir o calor, mesmo que de forma tímida, viajar pelo seu corpo novamente. Tal sensação fez o garoto pensar sobre o quão gozado era o fato de sempre ter tido o inverno com estação favorita, mas naquele momento não querer nada mais que os termômetros marcando 40º C.

   — Acho que na verdade eu só gosto mesmo é da possibilidade de poder usar suéteres e cachecóis o tempo todo... — Falou para si mesmo numa risada despretensiosa.

   Sem muito o que fazer, a não ser esperar, o garoto se ajeitou novamente, agora de forma que conseguiu tombar o corpo para trás e encostar sua cabeça na estrutura do tronco que o abrigava. Fechou os olhos e galáxias começaram e se formar na escuridão, que acompanhadas pelos sons que a ventania produzia lá fora, se assemelhavam à um clipe psicodélico de alguma banda dos anos 60.

   Não demorou muito para que a sonolência chega-se, porém, antes que ela pudesse de fato se transformar em sono, um determinado barulho chamou a atenção de Zachary. No primeiro momento o garoto imaginou que seria apenas o vento “assoviando”, no entanto, um movimento ali dentro do tronco o fez ter a certeza que não e o obrigou a abrir os olhos.

   Gritou assustado e tentou saltar bruscamente para fora, mas antes que conseguisse sair, vislumbrou a criatura novamente e agora era possível perceber que ela estava mais assustada que ele. Se assemelhava à um pequeno cachorro ou talvez à um lobo ou mesmo uma hiena, tinha a pelagem acinzentada em todo corpo, a não ser no rosto e garganta, lugares onde o pelo era preto. Estava assustado; os ganidos desesperados e a forma como forçava o copo contra as raízes para tentar se esconder provavam isso. Ele esteve ali o tempo todo e Zachary não o havia visto. Será que o tinha machucado quando entrara ou ele estava apenas com medo do que acontecia lá fora?

   Rapidamente o garoto tateou os bolsos a procura de sua Pokédex e ao acha-la, apontou para o pequeno Pokémon.


POKÉDEX :


   Era por causa deles! Não perguntara ao Professor Birch sobre o porquê não deveria sair da estrada, mas ele falara mesmo assim e só agora o garoto havia se lembrado: por causa dos Poochyenas, que sempre andavam em bando e tinham o hábito de perseguir treinadores. Porém, aquele Poochyena em questão não se encaixava nem na descrição do aparelho e muito menos na dada pelo Professor. Parecia na verdade precisar de ajuda.

   Devagar, Zachary foi ajeitando seu corpo novamente dentro do tronco, sem tirar os olhos do Pokémon.

   — Ei...Poochyena, certo? — Agora estava com as mãos abertas, como se quisesse mostrar que não iria causar nenhum perigo — Você está com medo e bom, eu não sei se é de mim ou de toda a situação lá fora, mas não precisa ter medo de nenhum dos dois, nada vai te acontecer. Eu garanto! — Agora sorria tentando parecer mais amigável enquanto esperava algum tipo de reação do Pokémon. Será que ele havia entendido alguma coisa do que o garoto acabara de falar?

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off :


Com a percepção de que um pequeno acinzentado compartilhava do esconderijo mesmo esconderijo que ele, assim como o desesperado ganir que tal criatura começara exibir, o aspirante a músico parecia se mostrar condescendente ao cinzento, apesar das informações mostradas em sua enciclopédia eletrônica, e passava a interagir com ele.

Contudo, talvez não obtivesse a reação que esperava do pequeno, já que tudo que ele fizera fora fita-lo com os olhos assustados e recuar ainda mais enquanto, aos poucos, diminuía a intensidade dos seus ganidos, talvez em decorrência a referência abrupta a ele. Por fim, quando já não se via mais onde se enfiar, decidira arreganhar as presas para o jovem enquanto nitidamente tremia. Inegavelmente, o canino aparentava ser um tanto medroso.

O que Zachary faria quanto ao seu companheiro de refúgio assustado? Ao seu redor o vento e chuva continuavam a agir da mesma maneira que há alguns minutos antes, gélidos e incomodantes.

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    A reposta era não. O Pokémon não havia entendido a mensagem, ou se entendeu, parecia não querer leva-la em consideração, já que apesar de seus ganidos terem cessado, ele ainda forçava seu corpo para trás numa tentativa desesperada de conseguir encontrar, ou até mesmo criar, uma abertura pela qual pudesse sair.

   Aquilo fez com que Zachary compreendesse que se o Pokémon estava disposto a enfrentar as condições opressoras que assolavam o lado de fora para não ter que continuar mais ali, o problema era claramente a sua presença. Ou talvez fossem ambos, a presença e o clima, mas pela proximidade, parecia julgar Zachary como o mais propenso à lhe fazer mal. Era de fato um Pokémon medroso.

   O garoto logo se pôs a pensar em uma outra forma de resolver aquela situação e não demorou muito para chegar à uma conclusão, que parecia ser a única: um dos dois teria que sair.

   Zachary saiba que não seria ele a deixar o lugar – não tinha condições físicas e nem psicológicas para aquilo – e por mais que fosse ficar, sabia também que jamais colocaria aquele Pokémon para fora, nem mesmo o próprio querendo isso. Precisava pensar mais, tentar acalmar Poochyena.

  Fitou-o mais uma vez e rapidamente desviou o olhar. Não queria parecer ainda mais ameaçador à julgo do canino, que percebera estar realizando o mesmo movimento de retração, agora um pouco mais desesperado, já que parecia saber que a pressão que fazia no tronco era completamente em vão. Tremia, respirava falhamente e se os olhos fossem mesmo o espelho da alma como dizem, a alma daquele Poochyena com certeza estava sendo devorada pelo medo no momento.

   A cena foi suficiente para fazer com que garoto mudasse de ideia. Ele sairia. Não era justo que o Pokémon sentisse todo aquele medo. Não por sua causa. Ele era um homem feito e por mais que achasse que não, conseguiria sim enfrentar aquele vendaval. Começou então a reunir coragem, queria sair de uma vez, da mesma forma que se deve puxar um band-aid que está colado há muito tempo. Quando saísse, pegaria seu violão rapidamente e em seguida correria para a próxima árvore. Era isso.

   Estava prestes a mover seu corpo. Olhava para fora através do buraco da entrada afim de se ambientar mais uma vez com o clima, quando um suspiro repleto de cansaço e desanimo chamou sua atenção. O garoto olhou e suas gargalhadas tomaram conta do lugar.

   Poochyena havia desistido, não forçava mais o corpo para trás, no entanto, não parecia ter se dado por vencido, já que agora fazia menção de ataque enquanto colocava as duas presas para fora. Aquilo seria um tanto quanto ameaçador se o Pokémon não estivesse tremendo mais que os arbustos que eram sacudidos pelo vento, mas como estava, a situação se tornara cômica.  

   Zachary tentava interromper o riso, porém ao vislumbrar o Pokémon mais uma vez percebera que além de tentar controlar o tremor, agora ele tentava controlar também a sem-graceza diante das gargalhadas, que eram o oposto do que esperava que o garoto fosse fazer, e isso fez com que o risada só aumentasse.

   A última vez que vira algo tão engraçado relacionado há um Pokémon fora quando ele e seus ex-companheiros de banda flagraram seu Misdreavus “tocando” os instrumentos na garagem e como o Pokémon tentou esconder a vergonha numa cara de “eu sei que toco melhor que vocês, idiotas” quando descobriu que estava sendo assistido.

   Aquela lembrança fez com que o garoto tivesse uma ideia. Alcançou uma das Pokébolas em seu bolso e pressionando-a, liberou seu Misdreavus, que ao sair observou com curiosidade o lugar e ao fitar seu dono, não escondeu a decepção ao ver que ele estava sem o chapéu na cabeça. O Pokémon parecia nutrir grande fixação por aquele utensílio.

   — Misdreavus, eu preciso da sua ajuda...

   A intenção era clara: talvez Misdreavus pudesse intermediar a conversa dele com Poochyena e assegurá-lo que nenhum mal lhe aconteceria. Será que dessa vez o canino cederia?

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Como em resposta às ações medrosas do pequeno acinzentado, o aspirante a música começara a gargalhar, provocando confusão no canino com tal ato e deixando desarmado naquele instante, sem saber como reagir diante a tal. Então, assim como se seguiu, Zachary teve a ideia de trazer sua parceira fantasmagórica para aquele cenário na tentativa de deixar a outra criatura mais calma e poderem conviver naquele espaço apertado enquanto os ventos e a chuva não paravam de atuar.

Assim, com os olhos atentos o pequeno acompanhava a aparição da fantasma de modo curioso, deixando que uma de suas patas dianteira, ainda a tremer, avançasse um passo lentamente. Prostrou então seu focinho na direção da parceira do músico, como se desse entender que queria cheirá-la. Por outro lado, a fantasma se mostrara um tanto incomodada com essa situação, flutuando na direção de seu treinador e ficando colada com suas costas sobre o peito dele.

Parecia que ao menos os ânimos haviam se acalmado., dando lugar a curiosidade do canino que, por mais que quisesse não se aproximava em decorrência a presença de Zachary, mantendo-se ainda, infelizmente, na defensiva. O jovem tentaria ainda algo a mais? Ao redor, minimamente, o som das gotas sobre o solo e folhas diminuía.

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