Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 02

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     O Pokémon voador conseguira novamente ser mais rápido e assim atingir Misdreavus com outra bicada antes que esse pudesse realizar seus movimentos. No entanto, o fantasma ainda se mantivera fiel ao plano do treinador e usara os Psywaves. A persistência do Pokémon em usar o ataque fora derradeira para a batalha, já que após uma troca de golpes violenta, os raios atingiram a ave em cheio e a jogaram bruscamente no chão.

    Os ventos naquele momento não pareciam ter mais efeito sobre o corpo de Zachary, que se sentia completamente quente, com as mãos e testa cobertas por uma fina camada de suor e uma tremedeira interna que percorria todos seus membros. Estava imerso em adrenalina e só sentira daquela forma outras vezes quando estivera no palco realizando shows com a sua banda.

    O garoto então correra em direção à seu Misdreavus, que agora pairava sobre o Pokémon caído, o observando.

    — Misdreavus, você foi demais! Essa sua última sequência foi incrível! — Disse sorrindo e passando a mão sobre a cabeça do Pokémon, que apesar de parecer feliz com a vitória, se mostrara um tanto quanto desconfortável diante dos complementos de seu treinador e emitira apenas um “Misdrea...vus” como se quisera dizer que aquilo não havia sido nada.

    Zachary agora também observava a ave no chão e logo tratou de se aproximar para ter certeza de que estava tudo bem. Pelo o que constatara, o Pokémon estava bem, apenas desmaiado. Tratou então de cadastrá-lo em sua Pokédex e ao apontar o aparelho em sua direção, descobrira que seu nome era Taillow, pertencente ao tipo Voador e que tinha como característica principal o fato de não desistir de batalhas nem mesmo contra oponentes mais fortes.

    — Você também lutou bravamente Taillow, mesmo que em uma batalha desnecessária... — O garoto pegou a pequena ave nas mãos e se dirigiu à abertura mais elevada do tronco, onde o vira dormindo pacificamente mais cedo e lá o colocou. Não podia deixa-lo exposto.

    A batalha havia o deixado alheio à tudo que acontecia a sua volta e só agora Zachary reparara que Poochyena ainda gania fortemente e também estava do lado de fora. O canino parecia ter assistido aquilo tudo e estar ainda mais assustado.

    Sem pensar muito no que poderia acontecer, o garoto foi em direção ao Pokémon, o carregou nos braços e junto com Misdreavus, entraram novamente para dentro do buraco. Será que Poochyena se acalmaria?

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Diante a vitória sobre aquele que os atacava por um ledo engano, o jovem aspirante a músico parecera agir de bom de grado apesar de tudo, tratando de realocar a desmaiada andorinha para o local de onde havia saído. Seguida a boa assim, tratava de tentar pegar seu parceiro e o estridente canino em seus braços, o que não lhe seria uma tarefa fácil em vista ao esperneio que era demonstrado pela criatura que continuava a ganir. Assim, de forma um tanto atrapalhada e barulhenta o trio mais uma vez se colocava em seu refúgio contra o vento.

Dessa maneira, entre os contratempos que o ganir do canino e o receio do fantasma criavam ali dentro, o tempo se passava, estando o vento aos poucos a diminuir sua intensidade e a chuva cessar por completo. Sendo assim, a ventania, apesar de não cessar, se tornara suportável a tempo de se ver os raios de sol transpassarem algumas nuvens em tons alaranjados, denunciando que o entardecer estava prestes a começar.

O que o jovem faria?

Experiência:

Misdreavus recebeu 270 pontos de experiência pela vitória contra Taillow, avançando para o nível 7, além de receber sete pontos de felicidade.

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    E mais uma vez os três estavam ali, dividindo aquele pequeno espaço. Poochyena, como era de se esperar, ainda ganindo. Misdreavus, completamente desconfiado. E Zachary, farto de toda aquela situação, afinal, o canino não tinha motivos para ter medo, mas ainda assim o tinha e deixava isso claro sons choroso que fazia. O fantasma, pela mesma forma, não também tinha razões para desconfiar, porém continuava a fuzilar Poochyena com o olhar.

    Ninguém ali estava satisfeito e o garoto era o único que podia fazer alguma coisa. Respirou fundo, pegou uma Pokébola em seu bolso, pressionou-a – o que a fez expandir em sua mão – e a apontou para Misdreavus.

     — Misdreavus, acho que precisamos ir... Então é melhor que retorne para a sua Pokébola para que não precise enfrentar a ventania também — Logo um raio vermelho abduziu o Pokémon, que antes pigarreara um “misdreavus”, como se quisesse dizer que não se importava em seguir fora da Pokébola, porém, aquilo era algo que Zachary jamais permitiria.

    O garoto então encarou Poochyena e em seguida fechou os olhos, como se estivesse reunindo coragem e preparando seu corpo para receber as frias rajadas de vento. Abriu os olhos e rompeu o estado de inércia em que se encontrava. Saiu do buraco, deixando o canino como parecia querer estar: sozinho.

    Para a sua surpresa, não havia mais vendaval, apenas algo um pouco mais forte que uma brisa. Sendo assim, seu corpo enrijecido se desarmou e o garoto foi tomado por um sentimento de alívio, que o fez rir.

    Não queria perder tempo, então foi em direção ao seu violão. A capa que o protegia estava completamente encharcada, porém, parecia ter cumprido a função de proteção, que era o destaque de sua propaganda. Passou a manga da camisa sobre a superfície de couro na tentativa de deixa-la menos molhada, mas vira que havia sido completamente em vão quando colocou o instrumento nas costas e a sentiu umedecer rapidamente.   
   Sua cabeça estava repleta de questionamentos sobre tudo havia acontecido naquela tarde e apesar de todas essas dúvidas, uma coisa se fazia certa para o garoto: Pokémons eram muito mais complexos do que a TV mostrava. Eram muito mais que de um tipo ou de uma espécie e assim como os humanos, cada um deles possuía sua própria personalidade, seus próprios medos, sentimentos e acima de tudo, um seu próprio papel naquele mundo.

    Se dirigiu para a estrada de cascalhos, rumo à Oldale.
 

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Com a diminuição da ventania que por ali circundava o jovem então decidia continuar sua viagem com o entardecer a acompanha-lo. Sendo assim, com o retornar de seu parceiro fantasma e o deixar do acinzentado a ganir por entre as raízes, trataria de retornar por entre a vegetação rasteira em direção a estrada a qual estava mais cedo naquela tarde.

Contudo, antes de sair das raízes, pode perceber algo a brilhar no solo, dois pequenos azulejos de tons azulados, os quais carregaria consigo enquanto deixava para trás aquele cenário e ganidos do cinzento que logo cessavam, denotando que talvez a vida solitária fosse o melhor para ele por hora. Dessa maneira, logo o aspirante estava por terminar aquele dia de viagem, aproximando-se cada vez mais da cidade de Oldale.

Rota finalizada. Pode prosseguir.

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