Capítulo 2 - Defronta [Tielo]

Rota 101 - Capítulo 2

Tielo ouvia os sonhos e planos da garotinha, e sorria ao lembrar da época em que tinha seus enormes planos, e como as coisas mudam.

— Tocar em uma apresentação? DEMAIS! Já estou empolgado... Cresça logo para que isso aconteça! - Demais? Exagerado? Mentira? Talvez! Mas, não estragaria o sonho das garotas, apesar de que, realmente tocaria para uma plateia com um prazer imenso, principalmente para sua mais nova amiga.

Dado momento da caminhada, algo sai de dentro do enorme casaco de Tielo. Quem mais do que a pequena mistura de hiena com cão, praguejando em seu próprio linguajar, e reivindicando sua posse no colo de Tielo.

" Huuuum, não tenho um Pokémon com temperamento comum... Vou ter que resolver isso também... Mas não sei como... Não posso forçá-lo, ele tem que confiar em mim e ficar. "

— Ei! Vamos lá, preciso saber por que você não fica dentro da Pokébola... Não gostou? - Abaixou-se para manter um contato visual mais próximo. - Olha, vou te mostrar uma coisa. Mas antes, você tem que entender algumas coisas. A primeira é que a gente não morde a cauda dos nossos amigos. Nem a cauda, nem a cabeça e nem nada. A segunda é que a gente só morde a cauda quando eu pedir. Certo? - Dito isso Tielo liberou Mudkip e Skitty, já que Taillow permanecia no ombro caso precisasse de mais consultas de direção. - Ei, digam que não é tão ruim ficar na Pokébola. - O treinador esperaria que Mudkip dissesse o quanto se acostumou e Skitty que vive tirando um cochilo dentro da Pokébola, incentivasse o novo membro ao mesmo. Em seu próprio linguajar é claro. Afinal, temos que falar a língua do cliente se quisermos vender o nosso produto.

Rota 101 - Capítulo 2

Sua técnica acabara de fracassar diante de seus olhos. Não resolveu, apesar de que não deixou de tentar.

— Ouçam ela! Não sei o que ela diz mas certamente ela tem razão! - Apontou para Skitty que tentava argumentar, mesmo se dando conta de que ninguém a ouvia.

Precisaria de outra tática. Ser franco apenas não estava funcionando, porém, precisava ser mais rígido. Sem perder a paciencia, o que era dificil para Tielo, tentaria contornar a situação.

— Escutem vocês dois. - Novamente abaixou-se. Achava o contato visual muito importante. - Eu gosto de todos. Igualmente! Mudkip, Taillow, Skitty e Poochyena. Todos vão ser meus até o dia que vocês quiserem. Não tem preferido. Posso contar com vocês assim como vocês podem contar comigo. Um dia vocês vão aprender a gostar um do outro e entenderão que somos uma família. A gente não gosta mais do pai do que da mãe, gostamos igual dos dois...

Esse era o Plano A. Caso o Plano A não funcionasse, o que era bastante provável dada as circunstancias, mas, pelo menos isso refletiria daqui pra frente. Mas, para se refletir, precisa de um tempo para isso. É ai que entra o Plano B, ou, Etapa 2. Tielo vira-se rapidamente para Sonia e dá uma ordem.

— Sonia, tape os ouvidos, agora! - Virou-se para Skitty que dava pequenos passos em circulos provavelmente para tirar uma soneca, mas, atentava-se ao seu mestre ao ver que o olhar era direcionado para ela. - Use o Sing! - Tielo no mesmo momento tapou os ouvidos. Talvez, Skitty desse um jeito na bagunça de uma maneira alternativa.

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O trovador segurava aquele monte de Pokébola em suas mãos, de certo modo, aliviado.

— Se é novidade para você, imagina para mim... - Guardou todas as Pokébolas em seu casaco, porém ficou apenas com a de Poochyena nas mãos. - Bom, já que perguntou. Eu vou sim para cidade, mas, não agora. Quero só mais um Pokémon, ou achar só mais um item. A partir daí caminharei para Oldale. Se quiser pode me acompanhar e depois iremos juntos. Ou se tiver certeza que sabe o caminho, pode ir sozinha também. Serei rápido porque, assim como você... Tenho MUITA fome...

Tielo então liberou Poochyena, que surgia tirando um longo sono, com sua barriga para cima, deitado de forma estranha. Se Sonia decidisse partir sozinha, despediria-se. Não sabia como, mas, tinha que acordá-lo. Sabia que era mais difícil acordar alguém de um sono ocasionado por uma habilidade Pokémon, do que alguém que simplesmente dormiu. Mas, Poochyena seria o seu cão farejador para capturar mais um Pokémon.

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Tielo cruzou os braços e manteve a cara séria. Teria que tirar a liberdade de todos, e aos poucos ir afrouxando, para que entendessem que, apesar de Tielo amar a todos, não estava gostando da situação entre eles.

— Eu te soltei mas não é para vir para meu colo. - Continuou o olhar sério para o Pokémon. - Eu preciso que você me ajude a encontrar algum Pokémon aqui nessa rota, e imagino que você a conheça bem. Por favor siga minhas ordens.

Tielo mostrou resistência e pulso firme, teria que fazer com que Poochyena sentisse confiança e ao menos atendesse seus pedidos.

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Chegando ao local, e escondendo-se atrás de uma grande árvore, o jovem faz um sinal positivo para Poochyena, aprovando a caçada. Era incrível como o Pokémon conhecia a rota, afinal, além de saber que tinha um ninho de insetos, manteve descrição pois saberia o problemão que causaria ao entrar no território alheio.

Mas, e agora? O que fazer? Não jogaria seu Pokémon ali no meio. Aqueles insetos poderiam ser venenosos. Teria que atrair, de forma sutil. Mas qual? Bom, primeiramente Tielo sabia com o que estava lidando, aliás, mais ou menos. Em seu povoado havia um Wurmple, que era ajudava em plantações e a retirar seiva das árvores quando precisavam. Neste momento lembrava que quando iam evoluir, se emaranhavam em sua própria teia, entrando em uma pupa. E logo após, não se sabia. Era uma caixa de surpresa. Havia duas alternativas para que ele poderia virar. Apesar de Tielo querer muito os dois, não saberia o que ele viraria. Poderia então capturar duas pupas diferentes. Mas, não queria deixar de ter a experiencia de treinar um Wurmple. Alguns sacrifícios teriam que ser feitos.

" Bom, essas pupas eu posso encontrar mais pra frente novamente... "

Fez sinal de silencio para Poochyena, pegou uma de suas Oran, teria de usá-la como isca. Partiu em diversos pequenos pedaços, e fez uma pequena trilha, para que um inseto a seguisse, levando até uma emboscada. As pupas não poderiam se mover, sendo assim, seria bem mais afirmativo obter uma larva. Jogou um pedaço pequeno entre um pedaço já propositalmente colocado e um inseto desavisado. E fazendo um pequeno movimento num arbusto para chamar a atenção, e logo foi mais afastado até o ultimo pedaço do Oran, esperando o Pokémon cair na armadilha e logo atacar com Poochyena, com um Tackle certeiro.