Pokémon Mythology RPG
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#001 - Florescendo

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Saí correndo assim que ouvi os planos dos criminosos. Por sorte, eu era capaz de ser bem furtivo, o que não se aplicava exatamente a Venipede, que tinha o raciocínio bem lento às vezes. Catei o pokémon inseto e o botei em meu ombro, para também garantir que não me perderia do pequeno. Mesmo em tão pouco tempo, já havia me afeiçoado à centopeia magenta. Tentava não pensar muito sobre o que faria com ela, já que meu objetivo era ser monotreinador.

Segui Cleffa até onde Alec estava até então, e disse:

- Alec, é agora ou nunca. Ou pulamos agora e lidamos com o Tyranitar ou esperamos para lidar com os dois capangas que estão subindo para cá. Nenhuma das duas opções é promissora, mas sugiro a gente se esconder agora e surpreender os dois que estão vindo para depois descer! Tenho certeza que Cleffa, Venipede e a Sandy juntos podem nocautear os dois rapidamente e seus pokémons se estiverem com eles! Se esconda!

E sem muita demora, me escondi como deu para surpreendê-los. Cleffa já se encontrava num local estratégico para quando eu der o comando, ela estiver pronta para atacar (ou cantar). A pequena parecia ter aprendido muito sobre batalhas em tão pouco tempo. Estava determinada em nos tirar dali, independente do perigo.

Agora era esperar.

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Uma Mensagem das Estrelas

Assim que o Mono-treinador ouviu as ordens do líder dos criminosos, apressou-se em voltar sorrateiramente para o quarto. Aquele lugar era uma bomba relógio prestes a explodir e precisavam sair imediatamente dali! Vincent recolheu o calmíssimo Venipede e o colocou sobre o ombro, levando Cleffa em seus braços. Quando chegou ao cômodo viu Alec finalmente conseguir abrir a janela, fazendo um som bem audível e que só pioraria a situação deles — Desculpe rapaz, não havia jeito de ser silencioso agora e... — Começou a explicar o explorador, que foi atropeladamente interrompido por um discurso apressado do garoto — Pelas barbas de Alakazan! Temos que nos apressar... Concordo que seja melhor arriscarmos nossa sorte surpreendendo dois deles aqui. Mas infelizmente não duraríamos contra Tyranitar lá fora. Vamos tentar atrair todos os outros para dentro de casa e esperar que deixem o caminho livre para roubarmos a caminhonete. Vai! Vai!

Assim que o homem terminou de falar, passos pesados foram ouvidos nos últimos degraus da escada. Dois criminosos chegavam finalmente ao segundo andar falando bem alto e discutindo entre eles, além de concordarem sobre como estavam sendo manipulados pelo chefe no andar de baixo — O Chefe tá nervoso demais, ele faz pouca coisa. Só fica pensando... Pensar é fácil... Quero ver fazer o trabalho sujo que nem a gente! — Comentava um deles, que parecia ser o mais estourado do bando. O outro chiava ao ouvir isso e fez um tsc com os lábios, retrucando — É porque ele menospreza a gente Rogerinho, acho que ele tem uma intimidade maior com os clientes e tal. A gente é descartável! Seria uma boa pegar esse negócio só pra nós antes que acabemos matando uns aos outros e dormindo numa vala gelada!!! — Concordava o mais "comum" dos criminosos. Em poucos segundos eles estariam entrando no quarto e Vincent precisava fazer alguma ação com o auxílio de Cleffa que os segurasse. Talvez o garoto também pudesse pensar no que Alec falou para tomar sua decisão.

— Boa sorte garoto! Vou estar ali no armário, mas estarei preparado para te ajudar caso algo dê errado! — E esticando o braço para baixo, Alec fez com que Sandy subisse por ele até seu ombro. O explorador então entrou dentro do guarda-roupas embutido do quarto, acomodando-se entre algumas roupas velhas e empoeiradas junto de sua Pokémon. Cleffa já havia se posicionado em um lugar estratégico esperando qualquer ordem de Vincent, seja por fala ou gestos. Já Venipede parecia tirar um cochilo no ombro do rapaz, algo que o Pokémon devia fazer com bastante frequência, porque mesmo na situação de risco em que se encontrava conseguia ter sono. Vincent precisaria decidir qual atitude tomaria assim que os criminosos entrassem. Os passos foram ficando cada vez mais intensos a cada segundo e soavam como martelo na cabeça de todos os envolvidos. De repente um vulto surgiu começando a passar pela porta. Seriam os criminosos? O que o Mono-treinador faria?

Progresso da Rota :

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A ideia de Alec parecia mesmo ser a nossa única esperança: atrair os criminosos para dentro da casa para utilizarmos da nossa única rota de fuga eficiente, o tal automóvel no quintal. Eu não queria ter que lidar com Tyranitar de forma alguma, então chamar a atenção para os capangas lá de fora entrarem dentro do casebre parecia ser nossa opção mais auspiciosa.

Enquanto eu pensava em formas de atrair os homens para dentro da choupana, um vulto apareceu em minha frente. Quase gritei para Cleffa atacar, mas engoli o susto no último minuto e quase tive que segurar a pequena fada para que a mesma não se posicionasse. Olhei para a bailarina e posicionei meu dedo indicador na vertical em frente aos meus lábios, sinalizando que queria silêncio. Queria entender quem era o vulto antes de qualquer coisa. Na afobação, poderíamos nos precipitar e acabar errando o timing de um bom golpe. Ou pior: acertar alguém erroneamente. Preferi esperar.

Repentinamente, pensei em algo que poderia dar certo para atrair a atenção dos brutamontes. Mas eu não poderia arriscar iniciar essa estratégia antes de ter plena noção com quem eu estava lidando.

Cleffa pareceu estar esperando um comando meu pois me observava com atenção. Parecia ter notado as engrenagens da minha cabeça cor-de-rosa fazendo klink e klang. Pisquei o olho direito para ela, demonstrando segurança. Íamos sair daquele lugar inteiros e com nossos objetivos cumpridos. Optei primeiramente por esperar. Parecia que eu estava fazendo muito isso ultimamente: esperar. Mas eu tinha certeza que o tempo e o vento estavam ao meu favor. Era só aguardar para ter uma chance melhor de concluir minha estratégia.

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Uma Mensagem das Estrelas

Não havia tempo nem para respirar ou conversar, os criminosos pareciam estar chegando como Poochyenas na grama alta, sorrateiramente e prontos para o ataque. Vincent sentia o corpo de Cleffa tremer levemente sobre seu colo ao avistar os vultos ou parte deles pelo menos, pois a tensão era forte demais para a fadinha. Já Venipede estava felizmente bastante calmo e não parecia ser um problema a ser controlado. O Mono-treinador apenas observava e não pretendia se precipitar pelo visto, colocando um dedo nos lábios da pequena Pokémon estrelada para que mantivesse o silêncio. Era necessário ver primeiro do que estavam tratando antes de agir precipitadamente. Com olhos bem atentos, o rapaz notava cada detalhe daquelas feições que atravessavam a porta.

A primeira era um rapaz baixo, um pouco mais velho que o próprio Vincent e bastante magricela. Possuía uma barba bem rala e falhada, além de um olhar perdido, enquanto observava o ambiente. Atrás de si vinha alguém muito mais alto e forte, com músculos bem evidentes na roupa apertada. O Mono-treinador podia ter certeza de que viu ele dar uma abaixadinha para passar pela porta, então não era apenas "um pouco" mais alto. Os dois olharam ao redor, dali mesmo da entrada e o mais magro foi o primeiro a virar de costas e ameaçar sair, mas deu de cara com o peitoral definido do seu colega — Está indo aonde, Pepe? Nós nem olhamos o quarto direito... Está com medo de alguma coisa? — Perguntou o mais alto, segurando o ombro do companheiro de olhar perdido e virando-o com facilidade para dentro do quarto.

Apesar das murmurações monossilábicas de Pepe, os dois começaram a vasculhar o quarto, levantando panos, revirando caixas e abrindo pequenos móveis velhos e empoeirados. O mais alto até colocou um pano que levava consigo na frente do nariz para não acabar sufocado. Quanto mais eles reviravam da pilha de coisas velhas, mais próximo de Vincent e Alec eles ficava. Felizmente, para o Mono-treinador, Pepe parecia se cansar de vasculhar e disfarçadamente foi tentar olhar pela janela o que acontecia lá fora com Jhow, a menina e o Tyranitar. Por outro lado, o grandalhão colocava neste instante perigosamente a mão sobre a maçaneta do grande guarda-roupa em que Alec se escondia. Ele chegou a abrir a porta um pouco, mas foi interrompido por um chamado — Caramba Toro! Vem ver isso! Parece que o Jhow tá todo enrolado lá. Hahaha! — Dizia o magricela, fazendo Toro fechar o guarda-roupa e também ir até a janela, para o alívio de todos.

TYYYYYYYYY-TAAAAAAR! Berrava do lado de fora um Pokémon extremamente irritado, possivelmente por ter sido acordado. Uma voz que só podia ser de Jhow parecia tentar controlar o Tyranitar, assim como um gemido abafado parecia pertencer à menina, muito provavelmente tentando escapar do destino cruel. Mesmo que tivessem recebido algum tempo a mais graças a interrupção externa, os presentes precisavam agir agora ou poderia ser tarde demais para eles, para a menina lá fora ou para todos. Os dois criminosos de costas para a porta e para Alec e Vincent parecia ser um momento único de guarda baixo, tanto para fugir como para enfrentá-los de alguma forma. O que Vincent faria?

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Era hora de agir. Enquanto os dois pareciam balbuciar como Mankeys selvagens, sussurrei para Cleffa, quase sem sair som ou até mesmo ar:

- Cleffa, entre lá agora e os distraia com alguma fofura sua. Cative a atenção deles! Se faça de inocente! Assim que a atenção for cativada, use seu Sing com toda a sua vontade e tristeza! Faça isso pela Violet! Confio em você para nos tirar daqui.

Era um tiro no escuro, mas parecia promissor. Cleffa era uma fofurinha por natureza, a parte de atrair a atenção dos dois brutamontes seria fácil. Agora, a parte em que ela canta e torce para adormecer os acéfalo seria mais difícil. Eu já vi inúmeras vezes relatos de Jigglypuffs que botavam até Snorlax para dormir num piscar de olhos. Mas será que Cleffa seria capaz? Aprendera esse golpe ainda hoje e poderia não ter total maestria ao executá-lo. Com os dois prestando absoluta atenção na pequena estrela, eu acreditava que seria mais fácil. Sem contar que parecia se tratar de dois desmiolados. Botá-los para dormir não deveria ser tão difícil, né? Situações desesperadas como essa pediam por soluções criativas, e essa estratégia era tudo que eu tinha no momento. E, mesmo que por ventura Cleffa não fosse capaz de apagá-los, ela teria total atenção dos dois, tornando fácil alvejar qualquer um dos dois como alvo para Venipede ou até mesmo de Sandy. O elemento surpresa seria nosso, já que os dois provavelmente deduziriam que havia apenas uma Cleffa perdida e fofa naquele andar.

Por via das dúvidas, chacoalhei de leve Venipede enquanto via Cleffa sair de fininho do esconderijo. Era bom tê-lo acordado independente do resultado.

Observando Cleffa começar seu showzinho (como era aparecida aquela pokémon!), tapei os ouvidos. Não queria ser uma vítima indesejada do seus encantos.

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Uma Mensagem das Estrelas

Aproveitando-se desse momento de distração dos criminosos, Vincent pedia para Cleffa agir, primeiro demonstrando seu encanto para os dois homens e quando tivesse totalmente a atenção deles, deveria usar Sing e fazê-los dormir como bebês. Era difícil saber se a fadinha teria condições de fazer isso, pois tremia demais de medo, principalmente do contrabandista grandalhão. Entretanto, quando o Mono-treinador afirmou que ela deveria fazer isso por Violet, é como se algum botão mágico dentro dela tivesse sido ativado. Seus olhos passaram a brilhar e ficarem fixos em Vincent e ela respirou fundo, saltando dos braços do rapaz e caminhando decidida até o centro do cômodo.

O Pokémon parou logo atrás de Pepe e Toro, acenando para eles e usando sua doce voz para chamá-los Cleeeee-ffaaaaa! Demorou um tempo e algumas repetições do mesmo chamamento para o mais magricela se virar com curiosidade estampada no olhar e observar o pokémon fada. Ele abriu um sorriso bobo e cutucou o amigo, ainda encarando a fadinha que agora também mandava beijos. Assim que o grandalhão virou-se pareceu chocado com a presença ilustre de Cleffa, levando as mãos ao rosto e esquecendo completamente a pose de durão que mantinha — Mas que coisa maaaais linda! — esboçou Toro, abaixando-se para pegar a Pokémon. Nesse instante a estrelinha até tremeu um pouco, mas manteve-se firme nas últimas palavras de seu treinador e tentou manter o sorriso mais sincero do mundo, abraçando os braços do criminoso.

— Toro, será que é selvagem? Mas não vai te dar doença, não? Você tá aí se esfregando e tal... — Comentou Pepe de uma forma descompromissada, mas com o jeitão de quem também queria segurar Cleffa um pouco em seus braços. — Cala a boca otário, ela é linda! Vamos ficar com ela! — Disse o musculoso, no momento em que o companheiro já pegava uma Pokébola para tentar realmente capturá-la. Sabendo que isso lhe entregaria logo, Cleffa começou a cantar baixinho, perto do ouvido de Toro, que foi ficando aos poucos sonolento, sentindo as pálpebras pesando. Assim que ele parecia não ter mais muito controle sobre o próprio corpo e o próprio sono, a Pokémon passou a cantar mais alto, fazendo Pepe além de se assustar, também cair em seu encanto musical. O criminoso mais lerdo ainda tentou reagir, mas teve que se escorar no parapeito da janela para não cair. Ele pegou uma de suas Pokébolas, mas nem teve tempo de lançar. Entretanto, usou suas últimas forças para gritar o máximo que conseguiu — JACK! CLEFFA! SONO! Aqui... — E então simplesmente apagou, caindo por cima de Toro.

A Pokémon de Vincent aproveitou para livrar-se dos contrabandistas e voltar para perto do treinador com uma expressão de satisfação e dever cumprido. Entretanto, eles necessitavam ser rápidos, pois o grito de Pepe pode ter atraído a atenção de um ou mais criminosos no andar de baixo. Neste instante que o silêncio se fez presente e pareceu seguro agir, Alec saiu do armário com sua Sandshrew em mãos, apagada pelo canto de Cleffa e já caminhou para a janela, passando por cima dos dois desacordados. Foi então que o Mono-treinador notou que Venipede também havia dormido — Precisamos descer agora! Com ou sem Tyranitar! — O explorador então recolheu Sandy para dentro da Pokébola e usou as duas mãos para abrir a janela, fazendo um forte estrondo. Sem perder tempo Alec passou uma perna e depois outra, pisando sobre o telhado colonial e indo em direção a ponta. — Rápido rapaz! — Ele agia rápido demais para o Mono-treiandor pensar, mas era necessário tomar uma decisão. O que Vincent faria?

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Foi tudo de uma vez só. Me senti preso em um turbilhão sentimentos: Gratidão por estarmos bem, orgulho por Cleffa ter agido fantasticamente, medo pelo Tyranitar que poderia estar lá fora, preocupação com Venipede que adormecera...

Falando em Venipede, com um rápido e lépido movimento, saquei uma pokébola do meu cinto e assim que a pequena esfera rubra se expandiu, a toquei bem no centro da testa do inseto magenta, que foi absorvido num clarão avermelhado para dentro do apetrecho. Assim que sua silhueta sumiu e sua matéria se esvaiu, catei Cleffa no colo e sem mais se preocupar com barulho ou estardalhaço, trepei na janela, logo atrás de Alec. Mesmo que Venipede recusa-se a pokébola (o que eu achava difícil, já que estava dormindo e parecia gostar de mim), me daria tempo para realocá-lo sem maiores empecilhos.

Sem pensar muito no meu leve medo de altura, acompanhei Alec, descendo o telhado até o quintal quase num flash, rápidos demais. Gritei, no instinto:

- Alec, corra para o carro! Dirija e nos tire daqui!

Agora era esperar que nosso plano desse certo.

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Uma Mensagem das Estrelas

Vincent tinha um turbilhão de informações em sua cabeça, mas precisava se focar para que tudo desse certo! Enquanto ele havia pensado no que fazer, Alec já parecia ter chegado a ponta do telhado da varanda e observava com cautela para baixo. Como o homem não voltou e não disse nada, só podia significar que o caminho estava livre para seguirem. Contudo, isso também trazia um problema sério... Se o Tyranitar e um dos criminosos não estava ali fora, era muito provável que estavam lá dentro e chegariam a qualquer momento até o quarto. Era agora ou nunca!

Vincent ainda pegou uma de suas Pokébolas e tocou o botão na testa do sonolento Venipede para capturá-lo. Apesar dele estar dormindo e ter demonstrado bastante afinidade com o treinador, sua cápsula parecia sacudir mais do que deveria. As vozes começavam a aumentar na área da escada e a apreensão era alta, até que um estalo metálico confirmou que a captura havia sido bem sucedida para o alívio do Mono-treinador. Sendo assim, ele podia passar pela janela com cautela e até gritar para que Alec fosse para o carro o mais rápido possível! Porém o explorador já não se encontrava mais ali, possivelmente já havia descido e não era possível saber se ele havia ouvido ou não o rapaz.

Cleffa estava ainda sobre o colo de Vincent e o Mono-treinador, para se equilibrar, ainda segurava a janela. Por um segundo ele virou-se para tentar entender o paradeiro do sumido explorador, mas neste instante a voz que vinha do corredor pareceu se silenciar muito estranhamente. No exato momento em que virou o rosto para a direção do quintal, o garoto sentiu uma sensação de congelamento subir pelo seu braço até próximo do cotovelo. Quando resolveu observar o que havia acontecido, se deparou com um Pokémon azulado e de sorriso cínico pousado sorrateiramente sobre o parapeito da janela. Uma de suas patas estava em contato com o mesmo gelo que o prendia, significando que possivelmente isso era obra dele. Vincent foi congelado por um Ice Punch!

#001 - Florescendo - Página 8 Sneasel

Uma figura rapidamente surgiu na porta então, como se tivesse corrido muito para chegar ali — Muito bem Sneasel! Você foi ótimo! Segurou esses espertinhos! Vocês estão muito encrencados! — Berrava o homem de voz fria e calculista que Vincent tanto ouviu do andar de cima, mas sem ver seu rosto. Ele possuía os cabelos platinados com um topete que tampava parte de seu rosto e era mais novo do que se imaginava. Agora que o criminoso parecia ter a situação sob controle e havia retomado o fôlego, aproximou-se com certa cautela de seu Pokémon em um tom ameaçador... Como Cleffa, Venipede e Vincent sairiam dessa? O Mono-treinador até possuía dois Pokémon agora, mas um estava machucado e paralisado e o outro dormindo. Talvez fosse melhor utilizar os dois em combate ao mesmo tempo contra aquele Pokémon de gelo para ter alguma chance, mas Alec estava lá embaixo o aguardando e tudo poderia ir por água abaixo se não fossem rápidos! O que Vincent fará?

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Não posso me dar o luxo de parar, foi o que consegui pensar.

Venipede fora capturado com sucesso. Tudo certo. Alec conseguira vazar daquele cômodo empoeirado antes de mim. Perfeito. Quando eu estava tão perto da fuga que quase podia sentir meus cabelos rosados ao vento no carro, aquele pokémon ladino e sorrateiro me segurou sem eu ao menos ver o que me atingiu. Só percebi a armadilha que eu caíra quando senti o toque frio e maléfico de Sneasel, que desferira um Ice Punch inesperado em mim. Sem pensar duas vezes, gritei para a pequena, que mesmo me ajudando tanto teria que se esforçar uma vez mais.

- Cleffa, use duplo Sweet Kiss no Sneasel, use de todo seu charme para nos desvencilhar daqui!

Enquanto ela executava meus comandos, tentei ao meu máximo tirar aquele gelo de mim. Esperaria Cleffa terminar seu ataque e logo depois a pegaria para fugirmos dali. Não era uma batalha que pretendia, apenas queria confundir Sneasel e seguir o plano de vazar dali o mais imediatamente possível. Não tinha tempo para entrar numa batalha com uma ameaça como Tyranitar espreitando nosso caminho.

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Uma Mensagem das Estrelas

Sem ter muitas opções além de se digladiar com o gelo que o prendia, Vincent ordenou que sua Cleffa utilizasse de uma técnica recém-aprendida para ganhar tempo. Para piorar, o barulho de motor da caminhonete indicava que Alec conseguiu ligar o carro e teriam que partir agora! A Pequena fadinha então saltou por cima de Vincent e aproximou-se de Sneasel, beijando-lhe diretamente nos lábios, mas de uma forma carinhosa, um selinho. Imediatamente o oponente ficou congelado, mas não como o Mono-treinador e sim com a surpresa que aquele movimento lhe causou. O criminoso parecia furioso com algo tão inesperado e gritava com seu próprio Pokémon — Não! Use mais um Ice Punch nessa bola rosa, derrube-a daí junto de seu treinador se for preciso! — Mas não adiantava o homem perder o fôlego com ordens ou ameaças, pois a confusão de Sneasel só o fez socar o próprio rosto, completamente desorientado, permitindo que Vincent conseguisse soltar-se do gelo e agarrasse Cleffa.

O Mono-treinador estava desesperado, tanto que tropeçou nos próprios pés e rolou telhado abaixo, indo parar exatamente na caçamba da caminhonente, bem ao lado do pedaço de meteoro cravejado de brilhantes Pedras da Lua. Sem tempo para orientar-se, o rapaz ouviu Alec lhe falar alguma coisa e observou o homem pelo vidro de trás da cabine do motorista, notando que a menina que havia enfrentado anteriormente estava sentada no banco dianteiro, apesar de ainda estar amarrada... Mais uma pessoa salva das garras dos criminosos! Aos poucos o automóvel começava a tomar velocidade e entrava na estrada lamacenta, causada pelas chuvas passadas. Agora o que restava da tempestade era um chuvisco insistente, que molhava os cabelos e roupas do jovem treinador.

Tudo parecia terminar bem, mas ainda era cedo demais para tirar essas conclusões. Conforme o casebre ficava cada vez mais distante, um raio negro e mesclado a detalhes roxos veio de longe, da janela da residência, acertando em cheio um dos pneus, que simplesmente explodiu. O carro começou a patinar na lama e Alec não conseguia manter o controle de jeito nenhum! — Droga! Segurem-se! Esse foi um Dark Pulse do Tyranitar! Nós vamos acabar batendo! Temos que escapaaar! — O explorador girava o volante para todos os lados, mas isso só fazia o carro quase girar. De repente, a caminhonete saiu da estrada e começou a trepidar em meio a árvores e grama alta. Pokémon saíam da frente às pressas conforme Alec buzinava. Por sorte não acertaram uma árvore e nem atropelaram alguma criatura, mas na tentativa de desviar do maior número delas, acabaram indo diretamente para uma grande ladeira descampada, um perigoso barranco.

O carro ameaçou capotar ou tombar, mas se manteve firme sobre as três rodas restantes e foi levando muita terra consigo. A descida parecia eterna e os segundos que se mantiveram nelas eram horas para o coração apertado do Mono-treinador e Cleffa. Eles estavam na pior situação possível e assim que a caminhonete acertou um banco de areia no fundo do penhasco, os dois foram lançados para fora da caçamba, rolando um pouco mais até parar nas margens de um lago. Um lugar bastante isolado no meio da mata. Certamente o corpo todo de Vincent doía, mas ele estava vivo e aparentemente sua fada também. Ao olhar para trás pode notar que a caminhonete já era, mas o meteoro estava intacto. Precisava apenas verificar se Alec e a menina estavam bem. O rapaz então começou a tatear o seu próprio corpo e confirmou que estava inteiro, mas a Pokébola de Venipede não estava com ele. Para onde foi parar? E o que Vincent faria agora?

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