Re: PvPzin da rapeize

por **Shianny** Sex 22 Nov - 23:08

Aparentemente, o incentivo de rivalidade também era uma ótima carga para a jovem canídea. Os arranhões não eram necessariamente efetivos diante do grosso tronco de árvore do mesmo jeito que ocorrera com os pokémons anteriores, que eram infinitas vezes maiores que a espécime de fogo - o que não a tornava menos motivada. Recuando alguns passos, o animal correu com tudo e cabeceou a árvore; Ficou meio zonza no processo, mas arrancou algumas casquinhas da madeira.

Devidamente aquecidos, os coelhos não possuíam mais motivos para enrolar no aprimoramento da técnica a ser aprendida. Diante da ordem de Schiller, se limitaram a assentir em conjunto com a cabeça e, tranquilamente, começaram a treinar a passada para troca de lugar durante uma batalha, entre idas e vindas circulares.

E então, um novo grupo se juntava ao treinamento que já era realizado anteriormente - ou melhor, ocorria uma devida substituição de equipes: Saía Winnie com seus pokémons, entrava Karinna com os próprios. Liderando a abertura do aprendizado de movimentos estava Kadabra, um agitado pokémon dourado que não precisou ouvir duas vezes antes de começar a agir. Após auxiliar a jovem eevee com suas demonstrações, passou a concentrar a energia psíquica que detinha dentro de si - a tipagem era um ótimo auxílio, e um movimento de sua colher bastou para balançar algumas folhas do galho de árvore.

Foi com encantamento que a raposinha orelhuda observou a esfera enegrecida se formar do vácuo entre as mãos de Sushi. Era com constância que a pequena se movimentava no colo da monotreinadora, onde gentilmente havia se acomodado para fazer papel de espectadora do inicial; Se ainda há pouco não estava muito contente pelo desaparecimento repentino do que julgou que seria um novo companheiro de sua espécie, o show de luzes trevosas compensava para que a quadrúpede não ficasse de cara fechada.

Não precisava pensar muito para que fosse possível observar o apreço quase inacreditável que a loira possuía pela azulada recém-nascida - o esmagamento fez com que a bebê emitisse um som engraçado, quase como o de um brinquedo de borracha com apito, e remexeu-se com uma reclamação inquieta antes de ser posta no chão. Chegou a fazer uma careta na direção de Bley, que (infelizmente) acabava se tornando amável por conta de seus delicados traços naturais, mas estranhou diante das palavras da jovem. Sua expressão mergulhou em suave confusão, enquanto o animal refletia sobre como poderia trabalhar a tal barreira invisível.

Era quase impossível dizer ao certo os sentimentos que corriam no coração do metálico diante da apresentação de Karinna, que tomava a frente como sua nova treinadora - principalmente pelo fato de que seus olhos, a única maneira de ler devidamente o espécime, eram quase ocultos por trás da peça avermelhada que servia em sua cabeça como um chapéu. O narigudo encarou as pedras apontadas por Bley, mas voltou a atenção para a moça sem demonstrar uma única reação que fosse, em silenciosa análise da estranha menina - e de sua concepção de "família", tão nova para si.

por **Karinna** Sex 22 Nov - 23:45

Forina City

O treino seguia enquanto me posicionava ao lado de Seth, observando aquele grande número de monstrinhos tentarem seu máximo para performarem seus ataques recém-aprendidos. Sushi, como sempre, saía perfeitamente bem: aí estava um Pokémon que não precisava me preocupar muito, o psíquico sempre fazia tudo que pedia com maestria. Manju e Yasai tinham certa dificuldade, tendo em vista que são as mais novas em idade na equipe, não esperava mais do que isso.

— Muito bem. — bati algumas palminhas — Continuem assim.

Probopass, por outro lado, parecia um pouco confuso quanto sua situação atual. Deve ser difícil para um Pokémon simplesmente acordar e ter outra pessoa como sua treinadora, mas era meu trabalho ali tentar deixá-lo o mais confortável possível. Caminhei em passos lentos até onde as pedras antes mencionadas estavam e peguei uma com as mãos. Me aproximei do metálico e aproximei-a de seus olhos:

— Sei que é difícil para você enxergar, mas dá uma olhadinha aqui. Acho que vai te dar uma ideia melhor de como fazer.

No mesmo passo que fui, voltei para o lado do loiro. Respirei fundo enquanto a exaustão voltava a percorrer todo meu corpo, o que fez com que apoiasse o braço esquerdo no ombro direito de Seth.

— Sabe, por mais que eu não tenha uma personalidade fácil e muito menos amável... — decidi abaixar um pouco a guarda — Essas criaturinhas são tudo que eu tenho. — dei uma risada sem graça — Sei que é estranho ver um Rocket tratar seus Pokémon com tanto afeto, mas a verdade é que eles são a única família que tenho. E de fato os únicos seres que se importam comigo na mesma intensidade que me importo com eles. — abri um sorriso ao ver Probopass conseguir produzir sua primeira pedrinha — Seres humanos? Meh. Me dê força de vontade que mato todos com minhas próprias mãos. — gargalhei, olhando logo em seguida de relance para o rosto de Seth, a fim de ver sua reação ao mencionar algo tão pesado quanto assassinato — Sabe... É bom ter alguém para conversar sobre essas coisas além da Margo, que está sempre por aí se metendo em roubadas. — revirei os olhos — Inclusive tenho que apresentá-la a você.

Ajeitei ambos os braços, me espreguiçando, o que viera acompanhado de um bocejo demorado. Fitei Seth mais uma vez, retribuindo a ombrada que me dera anteriormente:

— Fico feliz de ter te conhecido, irmãozinho. — enfasei a ultima frase, com um tom de deboche — O destino funciona de formas estranhas, né?

forina city

por **Seth** Sex 22 Nov - 23:59

FORINA CITY

prologue: pacify her

Querendo ou não, eu entendia Karinna, nunca fui alguém muito ligado a qualquer um além do meu irmão, e depois que o perdi, descobri o que era solidão de verdade; fui igual a ela por muito tempo, falante, irritante e até inconsequente a maior parte do tempo, mas meu caminho trouxe-me o dom de ficar quieto e observar, antes de qualquer coisa, e era exatamente isso que fazia agora. - Eu acho que eu te entendo... - Comecei a responder, pensando bem em com me explicaria. - Sou bem apegado a alguns dos meus Pokémon, principalmente meu Sharpedo, a Heracross e aquela cachorrinha ali; os três já me trouxeram muitas coisas boas e eu realmente ficaria triste se os perdesse. - Decidi me abrir pra ela, por nenhum motivo aparente, apenas por desencargo de consciência mesmo. - Eu já tomei muitas decisões erradas, mesmo tendo tão pouca idade, e isso já me custou muito caro; mesmo assim, eles três sempre estiveram do meu lado, até quando pedia para eles cometerem coisas que eram contra seus próprios princípios como seres vivos. - Era claro que falava da criança que Asterion matou na floresta junto com seu Zigzagoon; além de botar fogo em tudo. Foi uma época complicada, sem dúvidas, mas eu superei tudo isso com a ajuda desse trio, e sabia que não me livraria deles por nada.

- Margo? A Margo? Já ouvi falar dela, na base de Kanto, muitos anos atrás; uma ótima agente, adoraria conhece-la, de fato. - Comentei, realmente animado com a ideia de conhecer alguém tão forte quanto a garota. - Quem diria que eu encontraria alguém tão chato quanto você por causa da Winnie,né? - Retruquei em resposta a sua pergunta, rindo da loira e me afastando com um "já volto". Meu alvo era a Growlithe, passei muito tempo com ela ali, e com o item que precisava para faze-la se tornar ainda mais forte do que já; e agora, depois disso tudo, e inspirado pelas palavras de Karinna, sabia que era a hora. Saquei de minha bolsa uma pedra que tinha uma chama cravada, e agachei para ficar próximo da canina, que se aproximou abanando o rabo e interrompendo o treino. - Ei, Aster. - Afaguei os pelos de sua cabeça, para lhe acariciar. - Isso aqui é uma recompensa, por tudo. Vai te deixar ainda mais forte. - Sorri para a monstrinha, esticando a mão com a stone ali, esperando que ela pegasse e a transformação acontecesse...

por **Shianny** Sáb 23 Nov - 1:01

Apesar dos desentendimentos iniciais, vagarosamente e ao seu próprio tempo, ambos os rockets derrubavam suas muralhas e, um ao outro, estendiam as pontes para delicada formação de laços. Embora inicialmente irritante, o jeito expressivo e sentimentalista - quanto aos seus pokémons, pelo menos - de Bley encontrava caminho para perfurar e penetrar a espessa barreira metálica que envolvia o coração de um adolescente traumatizado. Nenhum acontecimento excepcional até então havia, de fato, ocorrido: Suas palavras eram simples, dóceis, mas eram capazes de localizar trilhas específicas para forçar que o rapaz embarcasse em tão afável viagem.

Ainda que a estranheza com o tratamento da menina para com seus pokémons pairasse no ar pelo fato da jovem pertencer à classe vilanesca dos continentes perdidos, foi inevitável o compadecimento ao refletir a respeito de seus próprios companheiros: Em três deles, mais especificamente, mas infelizmente apenas um se encontrava presente para compartilhar da estranha sensação que aqueceu o interior de seu coração enquanto as lembranças bailavam com discrição por sua mente. Reviveu pecados, dolorosas experiências e mesmo dificuldades; Vagou de encontro ao passado, e o recebeu no presente de peito aberto. O olhar escarlate passeou na direção da esforçada Asterion, tão focada em seu treino - e com tanta facilidade desfocou-se perante o chamado de seu treinador, virando o pescoço em sua direção e se aproximando em curtos saltitos para próximo ao jovem.

Foi com complacência, então, que o deus egípcio ofereceu à sua dócil imagem de Anúbis o artefato que há tanto carregava. Em suas mãos, o objeto transmitia calor agradável que vagarosamente se tornava acolhedor à medida que a canídea aproximava o focinho dos dedos do rapaz, farejando o presente ofertado por seu caótico mestre. Um olhar curioso foi direcionado ao loiro, e o animal se mostrou incerto por alguns instantes antes de recolher o sacrifício com a boca, questionando-se se o agrado seria, por acaso, comestível. Sentia a temperatura morna correndo por sua mandíbula e, fixando-se nesse pensamento, decidiu.

A primeira mordida não teve efeito imediato; Não surpreendente, a quadrúpede encontrou profunda resistência da rocha ao tentar consumi-la pela primeira vez. A testa se franziu em confusão mas, àquela altura, não parecia disposta a desistir com tanta facilidade de uma guloseima oferecida com carinho por seu treinador - e então, o brilho determinado cintilou em seu olhar. Vagarosamente, uma energia enegrecida envolveu os salientes caninos da canídea e, de uma só vez, a mandíbula se fechou com gigantesca potência contra o artefato, atravessando sua rígida camada superficial e o fragmentando em milhões de pedaços diminutos.

Tudo ocorreu com extrema velocidade. Ao perfurar e estilhaçar a relíquia evolutiva, se foi possível ver, por apenas um macro de segundo, uma cintilante fagulha que bailou do que antes era seu interior - e isso foi imediatamente antes que a chama aumentasse e engolisse de uma vez só o corpo da jovem Asterion, que saltou para trás e emitiu um ganido assustado. Em pouquíssimo tempo, a aura flamejante se transformou em uma muralha de potentes labaredas, iluminando mais uma vez a escuridão do coração da cidade de Forina; Dentro do ciclone de fogo, porém, apesar de toda a claridade por ele emitida, só se era possível enxergar o parco vulto da encurralada monstrinha.

O primeiro som que atravessou a noite foi o barulho violento do estalar de ossos, que abafou o barulho constante das labaredas consumindo a si próprias. Do interior das flamas, o tronco do espécime contorceu-se, lenta e gradualmente conquistando não apenas altura como também massa, desenvolvendo-se até atingir praticamente o triplo de seu tamanho. A sombra das orelhas geoides se afinou em mesmo ritmo, adaptando-se sem pressa alguma para um molde losangular - o felpudo pelo da mascote também foi um detalhe que encontrou espaço para crescer, balançando-se com o constante movimento rotatório das labaredas e alcançando o comprimento de uma imponente juba espetada.

Um, três, dez, quinze segundos - naquele curto espaço de tempo, os ponteiros do relógio pareciam correr mais devagar. Foi de maneira súbita que o casulo de flamas se transformou em uma torta coluna quando o quadrúpede se ergueu do chão e, num ímpeto, as patas dianteiras mergulharam em rasante para o chão, chocando-se na terra com violência. Como se estivesse apenas esperando a ordem de um novo mestre, o furacão explodiu em fagulhas para todas as direções, pairando no ar e planando na direção do solo antes que finalmente desaparecessem no vácuo. Um potente e quase grotesco rugido foi o que primeiro saiu da mandíbula escancarada da canídea, os dentes proeminentes saltando e escapando pelos limites de sua boca; Uma versão menos exagerada e canina de um tigre dente-de-sabre, talvez?

...A luz se dissipou. Growlithe se fora.
Era o fim.

Fire Stone utilizada por @Seth!
Em contato com Growlithe, a pedra encontrou energia necessária para reagir!
Itens restantes: x00

Growlithe atingiu o nível 15, e recebeu uma Fire Stone... ... ...
UAU! Growlithe está evoluindo!
Asterion se transformou em um Arcanine e recebeu 10 pontos de felicidade.
Asterion pode aprender Extreme Speed. Deseja substituir algum dos movimentos atuais?

Seguindo as ordens principais de Karinna, o psíquico finalmente encontrava forças o suficiente para movimentar os galhos ao envolvê-los parcamente com uma aura rósea. O movimento ainda precisava ser aperfeiçoado, mas estava mais próximo do que nunca.

Mesmo que houvesse testemunhado a fácil manipulação de energia fantasmagórica por parte de Sushi, Manju não tinha certeza sobre como proceder para também dominá-la para si. Talvez precisasse de algumas instruções?

Teoricamente, não deveria ser difícil para que Wynaut seguisse o treinamento - afinal, seria um movimento que dominaria no futuro. Entretanto, ainda era um bebê! Era capaz de sentir a energia correndo por seu corpo, mas com toda a certeza precisava de mais atenção caso Karinna desejasse que ele fosse capaz de conceder resultados.

Probopass, por outro lado, ainda que silencioso, parecia perfeitamente capaz de compreender e acompanhar o que Bley queria dizer - entretanto, mesmo observando as pedras, não se movimentava. Era o jeito do animal? Aquilo daria certo, afinal, ou era uma prova que ele simplesmente se recusava a lhe obedecer?

por **Karinna** Sáb 23 Nov - 1:32

Forina City

Dei uma leve risada com o comentário do loiro, que rapidamente dava de ombros e seguia para auxiliar um de seus pequenos, com o que parecia ser uma pedra evolutiva em sua mão. Fitei Seth se afastar com uma pitadinha de orgulho acendendo em meu coração: parecia que minhas palavras haviam atravessado a barreira de pedra que o treinador usava como fachada.

Girei meus pés em noventa graus, bem como o corpo logo em seguida, voltando minha atenção para Sushi. Era incrível a habilidade que meu mais velho possuía em treinar ataques novos, o que enchia meu coração de ternura. Me aproximei, dando-lhe um abraço apertado ao assisti-lo terminar de aperfeiçoar o potente ataque psíquico. Porém, observei de relance que Manju e Yasai não pareciam ter a mesma facilidade. Dei um meio sorriso, me sentindo internamente satisfeita por ver como ambas estavam se esforçando para melhorar.

— Ei, Sushi, vem cá. — puxei o psíquico pelo braço — Ajude sua irmã a formar a esfera. — agachei para falar com a raposa — O seu irmão utiliza as colheres pra formá-la, mas você vai abrir sua boquinha e tentar canalizar a energia. — afaguei seu pequeno corpinho — Vai dar tudo certo.

Virei o rosto, somente para ver Wynaut me fitando de volta. A Pokémon bebê era definitivamente carente de atenção; não que eu não estivesse dando suficiente, mas naquele momento era o que precisava para ser incentivada ainda mais. Observei mesmo de longe uma pequenina energia esbranquiçada percorrer seu corpinho azul e não pude deixar de emitir um som involuntário, quase que como uma onomatopeia ao ser transbordada por pura fofura.

— Muito bem, meu amor. — me aproximei agachada, caminhando como se estivesse em uma zona de guerra — Tente canalizar um pouquinho mais dessa energia que está encontrando dentro de si mesma. — acariciei suas bochechas — Estou orgulhosa.

Assim que iria voltar minha atenção para Probopass, um grande clarão se formava alguns metros atrás: o canídeo de Seth estava evoluindo. Sentei-me no chão ao lado de Yasai, observando juntinho aquele momento especial se decorrer. Evoluções são meu fraco, não existe nada de mais lindo nesse mundo que assisti-las acontecer. Só conseguia pensar no sentimento que percorria os pensamentos do loiro; algo que só de imaginar já acalentava meu coração.

Abri um sorriso, levantando quase que imediatamente após aquele momento emocionante e me aproximando aos poucos de Probopass. O metálico não parecia ligar muito para mim, apesar de minhas tentativas de fazê-lo criar qualquer apreço por mim.

— Sei que a situação que você está não é das melhores... Mas. — interrompi minha própria fala para parar exatamente na frente do Pokémon — Se você nos der essa chance, sei que seremos bons companheiros. — dei um meio sorriso, apontando para os demais membros da minha equipe — Não sou durona igual Nicholas, mas se quiser que eu seja, tentarei meu máximo para sobrepor qualquer expectativa que tiver sobre mim. — o meio sorriso se tornava um completo, de orelha a orelha — O que me diz?

forina city

por **Seth** Sáb 23 Nov - 1:52

FORINA CITY

prologue: pacify her

Meus olhos seguiam tudo com certo temor, eu nunca havia evoluido um Pokémon por meio de pedra e tinha medo do que poderia acontecer, sendo que a própria canina compartilhava de tal medo comigo, hesitando na hora de pegar o item com os dentes, e tentar morde-lo; uma outra mordida veio, e essa fora suficiente para quebrar e o efeito começar. Eu recuei, observando a transformação acontecer em frente e meus olhos e um misto de sensações percorrer minhas veias; eu estava com medo, não pela monstrinha ou pelo que poderia acontecer com ela, mas com medo do futuro. Medo de seguir na vida Rocket, medo de não ser aquilo que eu queria e só descobrir tarde demais, medo de ter sido realmente culpado pela morte de meu irmão e apenas não me lembrasse do que aconteceu; quem sabe o que realmente rolou naquele dia? Poderia ter sido eu, sim, mas não havia como provar. Esse angústia e sentimento de culpa me atrofiavam e me consumiam, tirando toda a minha sanidade desde o primeiro dia depois do acidente; eu não era inocente. De alguma forma eu sentia isso, mas não queria aceitar, ou não queria acreditar que eu seria capaz de realmente empurrar meu irmão daquele penhasco; até porquê, eu não tinha motivo para isso... ou tinha?

Minha vida sempre fora difícil, eu sempre era culpado de tudo que acontecia em casa, enquanto meu irmão era paparicado por todos, amado por todos, até mesmo por minha mãe, e isso me enfurecia; gerava ciúmes e garantia que eu ficasse sempre em segundo lugar, para ter uma visão perfeita das costas do primeiro. Até que, nesse dia, eu o pedi que me levasse para brincar perto da floresta, e lá, os Pokémon de minha mãe me ajudaram a armar tudo; eles a odiavam, e ficariam felizes em vê-la triste pelo menos por um tempo, e assim tiraram dela o que ela mais amava. Com tudo pronto, eu me perdi de propósito, e eles fizeram o trabalho sujo, levando ele para o fundo daquele abismo sem fim, e arrancando sua vida da face da Terra; eu era doente. Eu sabia que tinha uma alma doentia, mas ver toda aquela cena com clareza só me fazia pensar coisas ainda mais horrendas do que isso. Não tinha escapatória, eu era destinado a sofrer e causar sofrimento, e usaria tudo que pudesse a meu favor.

Num misto de alegria e angústia, eu deixei que as lágrimas escapassem de meus olhos enquanto assistia a evolução de Asterion iluminar todo o céu negro de Forina, causando uma explosão de chamas e trazendo a mim minha poderosa Arcanine; sorri em meio ao choro e aos soluços, me aproximando da Pokémon e abraçando seu tronco imponente, sentindo o calor de seu corpo ser um pouco maior do que eu esperava, e assim me afastar novamente. Com a nova forma, não demorei para ordenar a lendária que terminasse o treinamento que começamos antes. - Yin, Yang, usem Volt Switch nela... Asterion, Facade! - Exclamei, poderoso e obstinado, sabendo que aquilo sequer faria efeito na Pokémon, mas me ajudaria a finalizar mais essa etapa.

por **Shianny** Sáb 23 Nov - 2:14

Fortificada e recém-evoluída, a imponente canina possuía agora um novo motivo para finalizar o trabalho que tanto tentava moldar junto de seu treinador. Um momento de carinho com o rapaz recuperou-lhe as energias, enquanto o focinho morno se esfregava em sua face; Não se demoraram tanto naquela curta interação, porém, pois a espécime logo se voltou na direção dos coelhos elétricos, com um rosnado ameaçador. Numa rápida investida, zuniu na direção de um deles, entretanto, apesar de potente, o golpe não parecia completo. Talvez Asterion ainda estivesse se acostumando com seu novo corpo...

Num passo rápido, a anterior companheira inofensiva se tornara uma ameaça aos roedores. Por conta disso, foram obrigados a agir, alternando de lugar e emitindo ondas elétricas contra a canídea para interrompê-la de avançar e também confundi-la: Fato que infelizmente parecia estar dando certo, mesmo que somente por enquanto.

Incentivado pelo abraço repentino de sua treinadora, Sushi se permitiu fechar os olhos por alguns segundos. O dourado respirou profundamente e, com um movimentar de sua colher, uma forte aura rósea envolveu três galhos de uma só vez, partindo-os e os fazendo girar no ar por algum momento antes que caíssem no chão, inertes.

Independente de sua relativa teimosia quando se dizia respeito a "parar quieta", felizmente a raposa normal não costumava desobedecer a treinadora em treinamentos sérios, e tal sentimento se agravava com tanto auxílio direcionado especificamente para si. O animal abriu a boca e tentou assoprar alguma forma de energia, infelizmente, só expirou um pouco de ar.

Foi com alegria que o recém nascido recebeu os carinhos e elogios de sua "mãe". Balançando-se para lá e para cá, o psíquico esqueceu-se por completo do treinamento, mas a animação fez com que sua energia pulsasse para fora de si na forma de um véu esbranquiçado que se espalhou e recobriu todos os companheiros próximos.

Por um instante, o metálico se manteve em silêncio. O olhar se mantinha centrado nas pedrinhas enquanto Karinna punha-se a falar ao lado do pokémon, mas ele não a encarava; A concentração meramente se permitia observar os exemplares que a moça o trouxera outrora - era difícil dizer se o animal simplesmente possuía um temperamento complicado ou se gostaria de ignorá-la, mera e somente.

Foi no meio da última frase da loira, porém, que o corpo azulado do espécime de súbito começou a tremer de maneira quase incontrolável, como um ataque de epilepsia. Com violência repentina, todo o seu peso caiu no chão de uma vez, afundando-o e arrancando do solo pequenas pedras que começaram a flutuar ao redor da pesada estatueta. Finalmente e apenas então, o olhar azulado se voltou novamente na direção de sua aparente "treinadora", e o pokémon encostou com peculiar leveza a ponta de seu enorme nariz no braço da moça, amassando o bigode em sua mão num delicado gesto de afeto discreto.

Ora, mas vejam só!

por **Karinna** Sáb 23 Nov - 2:37

Forina City

Toda minha comoção para tentar esboçar qualquer reação de Probopass parecia em vão. Respirei fundo e antes mesmo que pudesse desistir, tomei um baita de um susto: o metálico soltou todo seu peso no chão, causando um estrondo e um certo dano no campo em que treinávamos. Com as pedras, o Pokémon fez exatamente o que precisava ser efeito, terminando, assim, o treino de seu novo ataque. Logo em seguida, afagou-se com o bigode em minhas mãos, o que quase — mas muito quase — me fez derramar uma lágrima. Extasiada, sequer respeitei seu espaço, abraçando seu nariz já que era a primeira coisa que estava em minha frente.

Soltei-o, consentindo com a cabeça:

— Agora que tal treinarmos o outro? — pisquei — Esse é um pouco mais simples pra você! Tente canalizar toda sua energia metálica na sua frente, formando-a numa espécie de feixe! — apontei para a frente — Em seguida é só disparar!

Virei-me, voltando atenção para o que acontecia do outro lado: Yasai finalmente havia terminado seu treino, o que me fez buscar o resto de energia que havia dentro de mim para correr ao seu encontro. Peguei-a no colo e enchi de beijos mais uma vez.

Ainda com a psíquica no colo, comecei a observar Manju. A raposa certamente estava tendo bastante dificuldade... Não sei o que mais poderia fazer a não ser incentivá-la.

— Filha, sei que é difícil, mas tente imitar a esfera que seu irmão havia feito. — agachei — Não utilize sua voz como faz com o Growl, abra a boca por si só e tente canalizar essa energia sombria. Tenho certeza que já já você pega o jeito. — olhei para Sushi — Quanto ao senhor, achou que esqueci que ainda falta um movimento para treinar? — dei uma risada junto com o psíquico — Vamos lá, preguiçoso. Ponha sua colher na frente e tente fazer com que ela crie um brilho tão grande que chegue a iluminar todo esse campo.

Respirei fundo enquanto andava até minha bolsa e buscava uma Pokéball. Desde que nasceu, Yasai não havia descansado e estava mais do que na hora de fazê-lo. Retornei a pequena e segui para o lado de Seth, agora que já havia dado seu tempo sozinho com sua mais nova Arcanine.

— Que linda! — me aproximei, observando a beleza estonteante da canídea — Não sabia que eles cresciam tanto assim na evolução. — olhei para Seth, cutucando-o com o cotovelo logo em seguida — Parabéns, irmãozinho. — limpei com a manga do moletom o que parecia ser o resíduo de uma lágrima no rosto do loiro — Vejo que ao menos isso fez com que derrubasse um pouco desse muro emocional enorme que criou na sua frente.

forina city

por **Seth** Sáb 23 Nov - 2:48

FORINA CITY

prologue: pacify her

Tudo parecia estar tranquilo agora, Arcanine era forte como eu esperava, mas ainda estava se acostumando com essa tal nova força e talvez essa tenha sido a explicação do porque ela não conseguia usar com tanta força o Facade, mas ainda assim, aquilo havia servido de estimulo perfeito para os elétricos conseguirem dominar os seus movimentos, e agora conseguiriam usar muito bem seu Volt Switch. Aquilo estava mais do que certo, tudo estava saindo exatamente como eu esperava e todos estavam aprendendo bem seus novos movimentos, mas ainda não havia acabado; ainda tinha bastante gente para treinar, e isso só seria possível graças a mELHOR NARRADORA DO FÓRUM INTEIRO, o que também significava que eu não tinha de temer nada, já que confiava 100000000% nela. Suspirei, retornando ambos os coelhos para suas devidas pokébolas, e voltei até Asterion mais uma vez. - Vamos tentar de novo, concentre em toda a energia que ganhou agora; você tem uma força imensa para fazer o que quiser, e tenho certeza que conseguirá agora. - Sorri para ela mais uma vez, e esperei que ela executasse o movimento com eficacia finalmente, para que eu pudesse avançar com o treino.

Karinna se aproximou de mim, e pude notar pelo canto do olho o seu sorriso ja bem exposto, que veio junto com uma expressão de alegria para com minha Pokémon; acabei sorrindo para ela, mas logo mudei para uma expressão de raiva forçada quando ela me cutucou com o cotovelo. - Eu também me espantei, a principio. - Dei de ombros, deixando que ela continuasse falando só para eu poder olhar para ela com a mesma expressão de antes. - Tudo culpa sua, Bley. Se não tivesse enchido minha cabeça com essa baboseira de família estaria muito bem aqui ainda. - Cruzei os braços, fazendo um biquinho e virando o rosto para o outro lado, mas logo rindo e desfazendo a pose. - Espera aí, preciso ver uma coisa.

Nesse meio tempo, e depois de tudo que aconteceu, eu notei que sequer tive chance de olhar como estavam meus ovos; havia os deixado próximo do banco que estava inicialmente, e ali eles ainda estavam, quando fui os conferir; mas, diferente de antes,um deles parecia tanto quanto... estranho, e este era o ovo de meu Zorua, que Natalie havia me dado. Me aproximei para olha-lo mais de perto, e fora então que sua casca começou a se quebrar, me desesperando por alguns segundos e me fazendo tomar um atitude de supetão; peguei o ovo e corri para dentro do Centro Pokémon. Se ele fosse nascer, que nascesse num lugar apropriado, e nas mãos de quem sabia cuidar.

por **Shianny** Sáb 23 Nov - 3:04

Parando para respirar profundamente, a canídea expirou um bafo quente de uma só vez, esvaziando os seus pulmões por completo. A quadrúpede fechou os olhos por alguns segundos e, quando os abriu, as patas se movimentaram de maneira quase mecânica, ganhando velocidade na direção da mesma árvore de outrora, investindo contra ela de uma vez. Um forte "CRAC!" foi ouvido do tronco, e uma rachadura profunda subiu pela árvore, demarcando trilha por todo o centro da grande planta.

Um ovo está chocando... ... ...
UAU! Zorua está nascendo!
Bem-vindo à equipe, Kagaho!

Após tanta aparente indiferença demonstrada por Probopass, o repentino gesto carinhoso do pesado espécime foi mais que suficiente para alcançar o coração de sua treinadora, que não se demorou em correspondê-lo com um aconchegante abraço em seu enorme nariz. Pela primeira vez, então, o rochoso emitiu um baixíssimo barulho que denunciava sua apreciação com o ato, balançando seu chapéu em pouquíssimos centímetros para cima e para baixo.

Assim como da primeira vez, entretanto, as novas instruções de Karinna o fizeram emergir em silêncio, o olhar passeando de maneira quase distraída pela expressão da moça - mas, bem, no fim das contas, talvez ele só precisasse de um momento para pensar e digerir todas as ordens que lhe eram dadas para ser capaz de aperfeiçoar a técnica ao máximo, hmm?

Manju, por outro lado, não era tão quieta quando o metálico. Começando a se frustrar pelas consecutivas falhas, a raposa passou a balançar a cabeça, sacudindo as orelhas e batendo as patas no chão em uma atitude infantil de birra. Quando Bley se aproximou novamente, fez questão de emitir sua irritação com um latido reclamado, franzindo o cenho e encarando o chão, arranhando-o com sutileza.

Foi necessária a intervenção de Sushi para que a mimada espécime "voltasse pros eixos", respirando devagar e abrindo a boca outra vez. Por um breve instante, uma pequena esfera chegou a surgir, mas logo se dissipou no ar como uma bolha de sabão.

Já o psíquico deu um riso sem graça quando foi "relembrado" de que precisaria continuar seu treinamento, colocando uma das mãos atrás da cabeça e a coçando enquanto apertava os olhos. Embora a vontade de enrolar mais um pouco, até tentou entender como iluminar o campo - e de muito mal jeito, estendeu sua colher no ar, que refletiu a luz de um poste e brilhou com sutileza. Ahá!

por Conteúdo patrocinado