Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta

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Se havia algo que Blake realmente desejava naquele instante de sua jornada era desfrutar de um agradável dia de folga. Porém, muitos acontecimentos fizeram sua jornada se tornar muito tumultuada: os encontros e recrutamentos recentes da Circulus, a manutenção da fazenda, o resgate dos filhotes abandonados no Rusturf Tunnel e, por fim, o evento teatral que se revelou um desastre para o criador. Porém, uma falha grave em Blake era o fato de que ele nunca sabia ao certo quando parar.

Quando Jake ligou para seu irmão avisando das chuvas de Lilycove e que aquilo podia ter alguma relação com a ação de algum pokémon lendário, o lado cientista de Blake ficou empolgado e ele não pode resistir. Precisava ver este pokémon pessoalmente - principalmente se fosse aquático. Por mais que a carreira de biólogo marinho tivesse ficado adormecida, o jovem ainda acreditava que algum dia seria capaz de conciliar esta carreira novamente com a de um criador.

O tempo na cidade da grande loja de departamentos não estava nem um pouco agradável. Voar em Tropius até lá foi muito trabalhoso e ele teve que fazer uma mudança de rota para chegar em segurança. Sem sombra de dúvidas o caminho mais seguro para o Mt. Pyre seria pelo solo. E Blake estava preparado para isso: por baixo de suas vestes tradicionais, vestiu uma roupa feita de neopreme. Ela não só manteria o corpo do rapaz seco e aquecido durante a chuva como também poderia ser de grande utilidade ao atravessar o caminho marinho o segundo maior pico da região de Hoenn. Seu boné também havia ficado em Rinshin, pois se havia algo que o nativo de Slateport sabia é que a primeira onda que aparece sempre leva o seu chapéu e você nunca mais o recupera.

Em poucos minutos chegou até a entrada da rota 121. Como se sentiu um pouco solitário, McBride decidiu trazer Yuffie, sua Frogadier ao seu lado. A aquática parecia sentir uma imensa satisfação com a sensação das gotas de chuva escorrendo pelo seu corpo. Observando aquilo, o rapaz se permitiu sentir o mesmo. Fechou os olhos, respirou fundo e sentiu a água escorrendo por seu couro cabeludo, por seu rosto, por seus braços. Era de fato uma sensação agradável. A dupla seguiu em silêncio, apenas desfrutando da companhia um do outro.

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Resumo de Ações:

>> Equipar Normalium Z no Roserade


Melhor é quando não vamos para a Baleia

Desespero...

Esse era o sentimento principal que me dominava durante o longo voo entre Rinshin e as proximidades do Mt. Pyre... Depois dela vinha o frio, o medo e tudo de ruim que voar completamente desprotegido no meio de nuvens carregadas podia trazer. Por sorte Lenora era bastante 'durona' e não parecia perder a cabeça com os raios que surgiam ora aqui, ora acolá, cortando nuvens, golpeando ondas e rasgando meus ouvidos. Bem, era de se esperar que não conseguiria descer na própria Rota 121, isso em dias com tempo bom. Numa chuvarada dessas, o máximo que eu conseguiria fazer mesmo era torcer para que chegasse até os portões de Lilycove e de lá conseguisse ir a pé até a trilha mais próxima. Gesticulei então para a Honchkrow, que faríamos uma descida perigosa e direta até o solo, ordem que a Pokémon não demorou a obedecer e que quase me matou do coração.

O máximo que eu conseguia ver no meio de muita chuva, de nuvens passando em alta velocidade pelo meu rosto e do vento que quase me cegava, era que a cidade estava completamente vazia. Óbvio... Eram poucos tapados como eu que iriam enfrentar uma chuvarada daquelas, apesar de ter um bom motivo. A outra massa de "tapados" seriam todos os treinadores que já estavam na Rota e a qual eu me juntaria em pouco tempo. Entretanto, uma imagem me chamou a atenção... Duas figuras andavam lado a lado na direção da 121, parecendo tranquilos e despreocupados. Será que sabiam algo sobre todo o evento que eu não sabia? Pousei rapidamente colocando os pés no chão em uma corrida e retirando, ainda em movimento, as amarras que me prendiam à Lenora. Com isso, a Pokémon ficou livre do meu peso e foi capaz de dar uma longa volta pelos céus, antes de retornar para a Poké Bola, que mantive em minhas mãos.

Rapidamente retirei a Jaqueta de Voo e a guardei na mochila, já caminhando na direção da Rota. Assim que alcancei ela, libertei Buddy e Meo-Mey para me fazerem companhia nessa caminhada e também para alguns ajustes finais — Ei pessoal, estamos aqui para tentar encontrar a Naty, ok? Ela tá no meio dessa tempestade, em algum lugar... Acho que o Sinal do PokéNav se perdeu. Estão prontos para achar ela? Lá vamos nós três juntos, como quando toda a jornada começou... — Disse para a Meowth e para Roserade, deixando que a felina subisse em meu ombro e cabeça. Em seguida, retirei o Cristal que havia recebido como prêmio do Teatro e o olhei bem de perto. Era a primeira vez que me dava ao trabalho de analisá-lo com cuidado — Buddy, eu acho que você é o mais apto a usar essa tal Normalium Z... Se tivermos a oportunidade, fique preparado tá? Agora... Vamos correr! — Associei então o Z Crystal ao Pokémon e apressei meu passo na direção das duas figuras de antes.

Correndo praticamente, cheguei cada vez mais próximo das figuras ainda misteriosas. A cada passo sentia o peso que seria essa exploração, pois todos os pontos com terra já haviam virado lama há muito tempo. Sujar-se era a única opção, então... Não iria pilhar-me, simplesmente me entreguei à "natureza". A cada passo também, conseguia identificar melhor os dois que iam juntos... Não eram duas pessoas e sim um Pokémon e possivelmente seu treinador — Ei! Esperem! — Gritei, esticando os braços e começando a me esbaforir, com dificuldades para respirar e falar ao mesmo tempo. Se eles me ouvissem e esboçassem alguma reação positiva, correria ainda mais para chegar junto deles, já comentando — Ei, desculpem.. Desculpem... Mas vocês... Por acaso... Viram uma menina ruiva... Passando por aqui? — Questionei por fim, parando ao lado da dupla e apoiando-me nos joelhos enquanto retomava o ar e esperava Roserade me alcançar, se ainda estivesse para trás.

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Após poucos minutos caminhando, o treinador percebeu que Yuffie ficou em estado de alerta. Seria um indício de treinador ou pokémon selvagem nas redondezas? Poucos segundos depois, a intuição da aquática se confirmou: uma voz desconhecida pedia para que a dupla esperasse. Blake olhou para trás e viu um treinador correndo acompanhado de seus pokémons. Decidiu esperar, ele parecia precisar de ajuda.

Aquele rapaz não parecia ser muito mais novo que Blake. Ofegante, ele questionou se haviam avistado uma garota ruiva. Infelizmente a resposta não era a mais positiva, mas Blake se prontificou para ajudar. Pela preocupação que o treinador transparecia, estava bem claro que havia algum sentimento intenso envolvido. Isto fez com que o jovem se lembrasse do seu início de jornada na cidade de Johto, escalando árvores imensas na escuridão da Ilex Forest, tudo para rever Miranda.


- Sinto muito... Acabei de chegar na rota e não vi ninguém. Mas se quiser, eu posso acompanhá-lo e ajudar na busca. Estou indo em direção ao Mt. Pyre, por mais louco que isso possa parecer. - Afirmou tranquilamente, num tom de voz amigável. - Esta chuva atraiu alguns pokémons raros e dizem que há um pokémon lendário por aí. Algo me diz que sua... amiga... deve estar por perto. - O jovem pronunciou a palavra "amiga" com um pouco de dúvida em sua voz, pois não sabia ao certo qual era a relação entre ela e o garoto.

Blake e Yuffie então se aproximaram do garoto moreno e o criador ofereceu um aperto de mãos amigável. Yuffie também demonstrou bons modos, fazendo uma breve reverência.


- Antes de mais nada, acredito que devo me apresentar. Eu me chamo Blake McBride e esta aqui é minha parceira, Yuffie.

Qual seria a reação do jovem após o convite. E a garota ruiva? Estaria bem?

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Felizmente meus gritos e minha corrida deram certo. Eu havia conseguido chamar a atenção daquelas duas figuras, que se viraram para mim, certamente surpresos por todo o barulho que fiz. Eu havia chegado perto e falado uma frase atrás da outra sem prestar a atenção nos dois, mas assim que terminei de me explicar e o treinador calmamente tratou de me ajudar, comentando sobre o que sabia, tive tempo de analisar bem a dupla. O rapaz devia ter uma idade não muito distante da minha, enquanto o Pokémon, bastante diferente de todos que eu já havia conhecido, parecia bastante equilibrado e calmo, apenas observando a situação.

Com bastante calma na fala, o jovem me explicou que não tinha visto qualquer sinal de uma menina ruiva e que havia acabado de chegar na Rota, um pouco antes de mim. Não pude evitar de expressar meu desapontamento pela notícia. Certamente havia ficado claramente estampado em meu rosto. Entretanto, o treinador também me deixou a par da situação. Algumas coisas eu já sabia, mas a parte da suspeita de um lendário realmente tinha passado despercebida na primeira leitura da notícia — Lendário?! Será...? Thundurus... — Disse pensativo, em voz mais baixa. Foi a primeira coisa que pensei, sendo um morador de Unova, principalmente de uma região onde os gênios lendários eram mais difundidos do que o Zekron, por exemplo — Ou pior, né? Kyogre... Espero que não... — Dei minhas suspeitas, respirando fundo e agitando a cabeça para dispersar pensamentos negativos.

Além das explicações, o tal rapaz também se prontificou a me ajudar e me acompanhar na minha busca, citando Naty - a quem não conhecia ainda - como minha 'amiga'. Bem, não estava errado, pois apesar de meus sentimentos apitarem para algo além, nós nunca tivemos a oportunidade de ser mais do que isso, digamos... Oficialmente. De todo modo, em seguida, o jovem apresentou-se como Blake McBride e imediatamente este nome me soou familiar, dando um estalo mental — Muito obrigado,Blake! Eu vou aceitar sim a ajuda e companhia, eu realmente nunca vim aqui! Aliás, me chamo Luch Drac, sou de Unova, mas moro há um tempo aqui em Hoenn, com minha família. E... Me desculpe perguntar, mas... Você também é da Circulus, não é? — Comentei, já procurando visualmente a presença de algum anel em sua mão a qual apertava, lembrando do que Netero tinha dito sobre os Superius.

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A conversa com aquele garoto fez com que Blake sentisse arrepios duas vezes. A primeira foi numa tentativa de supor qual seria o misterioso pokémon lendário que ele encontrou. Ao citar o nome de Kyogre, o jovem prontamente se lembrou de toda a devastação que havia acontecido em Kanto e Johto enquanto ele ainda estava lá. Por mais que as notícias da televisão desmentissem todo o ocorrido, as pessoas nas ruas continuavam a afirmar que Kyogre foi o responsável pela devastação das duas regiões. E se ele estivesse agora em Hoenn? Qual seria o destino da região?

Mas o mais surpreendente da conversa para o criador não foi nem o lendário em si, mas sim a revelação de que o rapaz, chamado Luch, o conhecia. A sensação de ser reconhecido por um desconhecido era algo que o jovem ainda não estava acostumado. Havia passado por isso tempos atrás, em época de Copa Hoenn, mas sua fama momentânea já havia ido embora. Ele então explicou que fazia parte da Circulus Virtutum, o que fez tudo se encaixar. Ao perceber o olhar curioso de Luch, Blake prontamente lhe mostrou o anel.


- Este aqui é o anel Benevolentia, o anel da bondade. Representa amizade, empatia e compaixão. - Disse o criador, com o rosto levemente corado, constrangido. Não era do feitio de Blake mostrar seus dotes. - Eu, minha namorada e uma amiga nossa fomos os primeiros a serem recrutados por Netero. Ele achou que eu era digno de me tornar o primeiro Superius recrutado por ele, mas te confesso que ainda não caiu a ficha para mim quanto a isso.

Quando se deu conta, Blake ficou muito tempo conversando e todos ficaram ali parados, com a chuva caindo de forma incessante. Se queriam mesmo encontrar a garota ruiva, seria melhor continuarem a caminhar. Parados não iriam a lugar algum - literalmente. Assim que Blake fez sinal de que seguiria adiante, Yuffie seguiu alguns passos adiante. Agora que havia mais companhia, ela queria se certificar que todos ficariam seguros. Enquanto caminhavam, Blake aproveitou para conhecer Luch melhor.

- Peço desculpas por ainda não conhecê-lo ainda, Luch. Netero já recrutou todos os Superius e agora estamos começando a dar forma para a nova Circulus. Estive muito atarefado nos últimos tempos, então ainda não tive oportunidade de conhecer todos os recrutados ainda. É legal saber que temos um representante de Unova entre nós! Seja bem-vindo ao time!

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Em pouco tempo havíamos saído de assuntos lendários para uma conversa mais "pé no chão". Realmente Blake era o mesmo Blake, Superius da Circulus Virtutum, de quem havia ouvido falar anteriormente. Podia parecer besteira, bobagem ou qualquer coisa do tipo, mas eu realmente me sentia empolgado em conhecer um membro da "Alta Cúpula" da Sociedade, afinal tudo havia acontecido de maneira tão rápida nas últimas interações com outros membros e ainda não tinha "caído a ficha" de que fazia parte de uma organização tão bem articulada e de tantos detalhes. Para me ajudar a compreender então, Blake mostrou o Anel que portava. Aparentemente, era chamado Benevolentia e como o próprio nome indicava, estava ligado a amizade, empatia e compaixão e pelo pouco tempo que havia tido de contato com o rapaz, eram qualidades que lhe faziam jus.

— Então você com certeza é o mais indicado para me explicar tudo! Foi realmente obra do destino termos nos encontrado aqui... — Comentei, dando um sorriso tímido, afinal ainda sentia no coração o peso de não saber do paradeiro de Natalie. Blake então fez um gesto para seguirmos e eu prontamente obedeci, já partindo em direção ao "coração" da Rota 121. Enquanto caminhávamos entretanto, a conversa continuou e realmente tínhamos muito a dizer. O treinador se desculpou pela demora em se apresentar a um membro novo, explicando que andava muito atarefado também e me parabenizou pela entrada na Sociedade, dizendo que era uma boa adição um membro de Unova.

— Ah! Obrigado! Eu que agradeço Blake! Eu havia conhecido já alguns membros, mas foi tudo muito corrido, um pouco antes de participar do Teatro de Forina... Por acaso, a menina ruiva de quem falei também faz parte da Circulus, o nome dela é Natalie! Fomos recrutados juntos pelo Netero depois da Wallace Cup Comentei, observando o jeito protetor daquele Pokémon do rapaz, ainda desconhecido por mim — Eu não lembro muito bem o nome de todos, mas se não me engano, esbarrei com Nicholas e... acho que... Winnie? Também tinham treinadores que ainda iriam se juntar a Circulus, acho que a menina se chamava Rosemary. Já tem um tempinho isso... Esperava conhecer todos os outros na Reunião em Rinshin, mas com tanta coisa acontecendo pro Hoenn, acho que vai ser complicado juntar todos em um só lugar ao mesmo tempo — Complementei, explicando sobre minhas interações com outros CV. Entretanto, não conseguia parar de pensar na possibilidade de algo ter acontecido com Natalie, além de me irritar com a lama que ia acumulando nos meus calçados — Você tem ideia do que podemos encontrar nessa chuva? Digo, além do tal suposto Lendário, tem esses Pokémon ariscos e exóticos espalhados, não é?

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O diálogo seguia fluindo muito bem. Luch e Blake pareciam ter personalidades parecidas e isto permitiu um maior entrosamento da dupla em questão de minutos. Yuffie, por sua vez, seguia vigilante na frente e não parecia muito interessada em se enturmar com os pokémons do colega de sociedade.

- Então a Nataly é também uma integrante da Circulus? Interessante! Netero havia me incentivado a ir para a Wallace Cup, mas infelizmente não tive tempo. Ele é muito inteligente e com certeza assistiu ao evento porque sabia que muitos treinadores com grande potencial estariam lá. Se ele chamou você, é porque seu potencial é grandioso! - Afirmou Blake, novamente ficando um pouco constrangido ao falar sobre si. - Eu me tornei criador graças ao incentivo de Netero. Com a ajuda dele, eu consegui os recursos que precisava para comprar minha fazenda. Ainda não tenho uma produção de itens grandiosa, mas eu já tenho um criadouro e uma grande plantação de berries.

O assunto logo mudou: a pauta do momento era a invasão de espécies invasoras e o pokémon lendário misterioso. Assim como Luch, Blake não sabia de muito. Ouviu as notícias através de seu irmão Jake e veio correndo atrás de uma grande oportunidade. O irmão do criador só não o acompanhou porque havia algo muito mais interessante: as ondas na praia de Lilycove estavam imensas! De fato, uma chance de ouro para quem é surfista.

- Eu não vi muito a respeito. Meu irmão me contou apenas que andam falando por aí que é ação de um pokémon lendário capaz de invocar tempestades. Se me contassem isto no início de minha jornada, eu não acreditaria. Porém, depois do que aconteceu com as regiões de Kanto e Johto, eu não tenho mais dúvidas quanto a isto. A tragédia de lá foi muito estranha e a mídia parece omitir algo. Eu sinceramente espero que não seja o mesmo pokémon envolvido. Seria trágico demais uma terceira região sendo afetada.

Ao terminar sua fala, Blake respirou fundo. Por mais que estivesse verdadeiramente interessado em ver um pokémon lendário pessoalmente, tinha medo das consequências que aquela criatura poderia trazer para a população de Hoenn.

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ROUTE 121
desbravando a tormenta
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Chuva era a única coisa a ser vista. A primeira coisa que o jovem criador Blake teve contato, fora a tempestade que assolava a rota, e também o Mt. Pyre; analisar aquele fenômeno de tão perto era simplesmente incrível para um cientista como ele, de fato, mas também continha grande perigo na maneira em que tudo se movia. Depois de receber a mensagem de seu irmão o Superius voou rapidamente para a Lilycove e de lá, tomou partido a pé para chegar ao pico do vulcão, onde diversos treinadores se encontravam e caçavam Pokémon raros e únicos que estavam ali por conta do clima exímio e diferente, que sequer fazia jus a região; isso não era diferente com o garoto, interessado no swarm, e também em descobrir a origem de tudo ele liberava sua exótica Frogadier (denominada Yuffie) e seguia meio a lama para encarar um destino talvez parecido com o que acontecera na região inicial dele.

Em meio a tantos treinadores, um jovem membro da mesma organização do primeiro, chegava também a grande rota e coincidentemente encontrava um de seus líderes vagando por ali; diferente do mais experiente, Vassala parecia mais interessado em encontrar sua companheira, Natalie Chase, a quem passara grande tempo ultimamente e que se separara depois do ato no Teatro Continental de Forina. Talvez aproveitasse para capturar um ou dois bichinhos que aparecessem ao caminho, mas a prioridade com certeza era a ruiva; depois de algumas apresentações e de conversarem por pouco tempo, os dois perceberam que já deveriam ter se conhecido por serem da CV, mas por um acaso não acontecera antes. Luch, no entanto, já ouvira falar do primeiro anel criado por Netero, e assim parecia admirado por estar diante de um alto membro da Circulus.

Passadas as impressões iniciais, logo a dupla recém-formada parecia se entrosar cada vez mais, como se tivessem sido destinados a serem amigos; personalidades parecidas, algumas atitudes também e um gosto peculiar para "namoradas" eram características que os dois compartilhavam e que agora não só tinham ciência como também poderiam compartilhar a forma como eles pensavam e assim se tornarem verdadeiros companheiros; infelizmente, isso teria de esperar um pouco mais. Diante da situação atípica, eles deveriam ir para o centro da 121 se quisessem acessar o cume do monte, e ainda assim procurar Natalie pelo caminho; não seria tarefa fácil, mas ambos pareciam obstinados e preparados para enfrentar o que quer que aparecesse adiante.

A trilha que antes ligava a cidade ao bondinho que levava ao pico estava completamente desaparecida, não havia como saber para onde estavam indo e nem se teriam como voltar por ali, mas pareciam não se importar com tal fato a principio; Pokémon se escondiam em árvores e troncos caídos, em buracos no chão e até na água para se proteger da grande tempestade, e em meio a TUDO isso, ainda haviam diversos outros treinadores buscando as raridades. McBride e Drac poderiam se aventurar por ali mesmo, caso desejassem, mas também poderiam perguntar aos andarilhos se haviam visto a ex-dupla do unoviano; eram duas opções parecidas, e que provavelmente levaria ambos ao Mt. Pyre, mas a forma como chegariam lá poderia ser debatida. A chuva caía cada vez mais forte por ali, e eles também poderiam precisar de um abrigo para esperar o cessar, todavia, no canto do olho os dois conseguiam ver dois bichinhos correndo; não eram estranhos, mas pareciam não viver ali comumente. Seriam estes os primeiros raros que eles encontrariam? Restava saber qual seria a decisão tomada pelos treinadores e como seguiriam daqui pra frente.

PROGRESSO BLAKE MCBRIDE :


PROGRESSO LUCH DRAC :

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Depois de ouvir sobre Natalie também ser uma integrante da Circulus, Blake acabou me contando mais sobre o que fazia da vida e como Netero havia ajudado com recursos para que ele alcançasse seus objetivos. Era impossível não ficar impressionado com tanta organização, além de inspirado é claro, afinal tinha objetivos bem semelhantes àqueles dos quais o treinador já havia praticamente dominado. Sendo assim, não poupei energia e saliva para comentar também sobre o que eu andava fazendo e almejando para minha jornada — No pouco tempo que estou na Circulus já notei que realmente é incrível o espírito colaborativo. Eu mesmo gostaria muito de retribuir quando pudesse... Além dos TMs que ensinei aos meus Pokémon, ainda recebi um Ovo de Skrelp do Nicholas! Incrível! Eu também me inscrevi para ser Criador, lá em Rinshin... Mas estou sofrendo um pouco para concluir a Missão de Admissão... Tive que parar de treinar para vir aqui, mas assim que tudo estiver resolvido voltarei para as minhas obrigações...  — Expliquei, depois de também revelar ser um Criador. E por falar nisso, adoraria no futuro tirar todas as dúvidas que tivesse com Blake, afinal ele parecia entendido do assunto. Contudo, guardei isso para mim, afinal não sabia como ele poderia reagir a essa empolgação toda em envolvê-lo como "Mestre".

O jovem também respondeu-me sobre o que acreditava sobre o suposto Lendário presente e sobre tudo o que aconteceu em Kanto e Johto há um tempo. Segundo Blake, haviam rumores de que a inundação ocorrida nessas regiões era algo "a mais" do que foi informado pela grande mídia. Eu mesmo já havia relatos de conspirações, mas não sabia no que acreditar realmente... O importante era que muitas famílias sofreram com essa tragédia e se alguma forma de consertar isso tudo existisse, eu me voluntariaria em um piscar de olhos para participar. Além disso, se o mesmo causador estivesse presente por aqui e minha ação resolvesse alguma coisa, não mediria esforços para chegar até o cerne desta questão, unindo o útil ao agradável.

— Realmente não sei o que pensar... Sobre a lenda que comentei anteriormente, de Thundurus, que há em Unova, é algo bastante semelhante ao que existe aqui em Hoenn, envolvendo Kyogre, Groudon e Rayquaza, mas lá são Thundurus, Tornadus e Landorus... Os dois primeiros seriam os problemáticos e causadores de confusão, sendo o Thundurus aquele que lança raios por aí e acaba causando incêndios e destruições... Já o Landorus é o pacificador e portanto, o que tem mais adorações entre os povos de lá  — Comentei rapidamente, explicando o que havia aprendido na Cultura Popular da minha região. Pensava sim na possibilidade deste lendário estar envolvido com o que ocorria aqui, mas ao mesmo tempo era cético sobre o porquê dele vir de tão longe para isso... Entretanto, antes que pudesse chegar a uma conclusão própria, fui surpreendido pela chamada do PokéNav.

Ao observar a tela do aparelho de comunicação, antes mesmo de abrir o aplicativo de conversa, fui arrebatado pela notificação no topo do ecrã, uma simples e objetiva mensagem que congelou minha espinha quase que imediatamente: "Brooklyn". Minha memória me arrastou de uma só vez para Unova, para uma garota que havia conhecido lá e tinha sido uma grande amiga até eu "acordar para a realidade" e deixar tudo para trás. Seria possível ser a mesma pessoa? O que ela estaria fazendo com Naty?! Em segundos dedilhei a tela, escrevendo uma mensagem-resposta:

"Cuidado! Brooklyn era da mesma gangue que eu!"
"Se tiver uma grande tatuagem nas costas é ela... "
"Finja que não sabe de nada, mas tome cuidado!"
"Estou na Rota 121!"

[ERRO! MENSAGENS NÃO ENVIADA!]


Enviei três mensagens para a garota, mas infelizmente o clima não era nada propício para envio de dados, mesmo estando razoavelmente próximo dela. Precisei até respirar fundo para não surtar, mas não havia absolutamente NADA a ser feito, principalmente por ser um ambiente grande demais para vasculhar. Fechei e guardei o aparelho lentamente, observando Blake que talvez tivesse notado meu desespero. Refleti em segundos e pensei em contá-lo sobre o que havia em maiores detalhes, mas uma coisa levaria a outra e em pouco tempo teria que explicar uma história longa demais. Além disso, minha atenção foi roubado por vultos que sugiram no canto do meu campo de visão — Você viu aquilo? Acho que dois Pokémon passaram... Não consegui reconhecer, foi muito rápido. Podem ser os do aviso! Ou então qualquer um buscando um caminho mais seco e seguro, o que também é bom para nós dois... O que acha de seguir eles? — Comentei com Blake, mas sem parar de andar, apenas mantendo o olhar fixo na direção em que os vultos foram, caso voltassem e também para não perder a direção de vista.

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A conversa entre a dupla fluía muito bem. No fim das contas, Luch até comentou com Blake que também estava se preparando para se tornar um criador e que precisava completar sua missão para adentrar na classe. Prontamente, o jovem se mostrou disposto a ajudar novamente.

- As missões de inscrição são fáceis, mas trabalhosas. Se inscreveu em qual categoria? Se precisar de ajuda na missão, nas aulas ou na hora de comprar uma propriedade, pode me avisar! Estou a disposição!

McBride aproveitou a oportunidade para pegar o seu recém adquirido Pokénav e trocar contatos com seu colega de sociedade e profissão. No momento em que olhou o celular, percebeu que estava sem sinal. Talvez fosse influência da tempestade.

Neste meio tempo, Luch falou sobre os lendários da região de Unova e isso chamou muito a atenção dele. Apesar de ser nascido em Hoenn, os pais do rapaz são da região de Unova e, curiosamente, nunca haviam contado muito das lendas de lá. O máximo das histórias que Jake e Blake ouviam em sua infância era sobre a rotina no Floccesy Ranch.


- É incrível como, apesar dos pokémons lendários de cada região serem diferentes, as histórias possuem grandes semelhanças. Eu tenho formação em biologia, então eu sempre tive um olhar mais cético em relação a pokémons lendários. Eu não acreditava neles, apenas na teoria de que todos os pokémons possuem um ancestral comum. Só fui me interessar em estudar sobre mitologia depois que conheci o Netero e também ao ver o que aconteceu com Kanto e Johto... Uma teoria que eu tenho é que, se os pokémons lendários existem, talvez os pokémons que surgem nas histórias das mais diversas regiões sejam os mesmos. Quem sabe Thundurus e Kyogre não são o mesmo pokémon? Ninguém nunca capturou um para comprovar.

McBride então passou o seu contato para Luch adicioná-lo. Assim poderiam entrar em contato depois. Enquanto ele registrava o contato, Yuffie chamou a atenção de Blake, que imediatamente percebeu a presença de dois pokémons passando ali. Com a distração, ele nem chegou a perceber que Luch estava apreensivo com o telefone. Só prestou atenção em Valassa quando o mesmo comentou ter visto os pokémons também.

- Acho uma boa ideia segui-los! Eles podem ser alguns dos pokémons exóticos que foram relatados nas notícias. Mas a possibilidade deles nos guiarem até um abrigo da chuva não seria uma má ideia também.

Ao perceber que Yuffie estava em alerta, Blake assobiou. A aquática entendeu o sinal e seguiu adiante. Ela utilizaria sua furtividade para seguir a dupla corredora sem chamar a atenção, guiando o caminho para seu dono.

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