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Capítulo 23 - Desbravando a Tormenta

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Desde que havia entrado na água, Blake estava ciente dos perigos que o mar oferia. A grande imensidão azul sempre foi um lugar ambíguo: ao mesmo tempo em que ele era o berço da vida, sua imprevisibilidade também trazia a morte consigo. Já era de se esperar que em um dia de tempestade como aquele, o risco seria bem maior.

Felizmente Luch havia conseguido capturar Wailmer com sucesso, mas logo as águas e o vento se intensificaram e McBride acabou perdendo os sentidos. Quando se deu conta, seu corpo estava completamente submerso e sua garganta ardia com o salgado da água do mar.

Yuffie conseguiu localizá-lo graças a prancha que boiava e estava presa no pé do criador, mas ela teve tempo apenas de impulsionar o corpo de seu dono para cima. Logo uma outra onda veio e a aquática também foi arremessada. Blake ficou apavorado com tudo aquilo, mas uma nova onda o fez perder a consciência.

Quando acordou, percebeu que estava em solo firme. Sheldon e Yuffie estavam ao seu lado, preocupados. Atordoado, o rapaz logo começou a tossir e sentir água saindo não só de sua garganta, mas de suas narinas. O treinador nunca havia valorizado tanto o ato de sentir o ar entrar em seus pulmões. Não demorou para que Luch aparecesse e demonstrasse também estar bem.


- Acho que estou ficando velho para esse tipo de aventura. - Disse Blake, num tom um pouco estranho. Ele estava realmente assustado com tudo o que aconteceu, então decidiu apelar para o humor para mascarar que a situação. - Você tem razão! Parece que chegamos ao Monte Pyre. Acho que o melhor a fazer é subirmos! Deve ter alguma rampa de acesso próxima daqui.

Blake então se levantou, abraçou seus pokémons aquáticos e os agradeceu pelo auxílio. Rapidamente ele recolheu os seus pertences que conseguiu encontrar de volta na mochila. Da mesma forma misteriosa como retirou a prancha anteriormente, guardou seus fragmentos para que pudesse arrumá-la depois. Junto de Luch, começou a olhar os arredores e procurar um local onde poderiam subir em segurança.

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De todas as circunstâncias que a dupla tivera de enfrentar ao longo de toda a passagem desde a 121, a travessia pelo braço de mar que separava o continente da ilha certamente os oferecera a experiência mais palpável não só do medo, como também de uma morte iminente - um sentimento que fazia bastante sentido, se fossem levar em consideração que o objetivo dos rapazes era, até então, alcançar o cume do cemitério vertical que se ocultava nas entranhas do Monte Pyre, o ponto de origem da tempestade que assolava os arredores de Lilycove. Era completamente imprevisível tentar acertar que tipo de perigos encontrariam a partir dali, visto que o tapete de boas vindas logo nas águas já não havia sido o dos mais acolhedores, entretanto, não fazia o menor sentido terem investido tanto nas vísceras da tormenta para que acabassem, huh, "morrendo na praia", certo?

Por justiça, ao despertar, os criadores precisaram de algum tempo para que pudessem se recompôr. Um tentava se convencer da própria sobrevivência, o outro lidava com a água sendo expelida forçadamente para fora de seu corpo e também com o desespero de puxar o ar para dentro dos próprios pulmões. O estado dos aquáticos não era lá muito melhor: Não haviam sofrido com o revolto mar em si, mas a exaustão de lutar contra sua violência era visível nos músculos trêmulos de Yuffie, por exemplo - Sheldon, por outro lado, parecia o mais "tranquilo" com toda a situação, e mantinha-se perto de seu treinador. Quando Blake demonstrou os sinais de consciência, foi a tartaruga que de imediato se disponibilizou a apoiar o criador, as mãos gordas se acomodando em seus ombros enquanto temia por seu bem-estar.

Apesar do susto, como já bem dito, estavam bem: Então, por esperteza, Valassa imediatamente sugeriu para que dessem o fora dali - antes que o Oceano percebesse que havia deixado escapar, talvez até mesmo sem querer, duas de suas presas. Em concordância, trabalharam rápido para que pudessem recuperar os pertences espalhados pela orla, com Blastoise sempre ao lado de McBride. Frogadier, por outro lado, só se ergueu (bamba, até) quando o trio pareceu pronto para partir, a respiração ainda se regularizando e o tronco caído para frente, até mais do que o seu normal.

O local onde haviam desembocado era... Simples, por assim dizer. No início da praia, tudo parecia igual - a areia recobria toda a margem das águas e, mais adiante, as gramíneas esverdeadas começavam a tomar conta da paisagem, assim como as árvores pareciam trabalhar para formar bloqueio contra o próprio oceano. Caso desejassem avançar, havia necessidade de se embrenharem entre as árvores: Felizmente, por outro lado, a ilha não era conhecida por realmente possuir florestas, então possivelmente não precisariam caminhar por muito tempo antes que a paisagem se abrisse outra vez.

Mas, bem, só existia uma maneira de realmente descobrir se essa informação era verdadeira: Precisariam fazer seu caminho entre os altos troncos de copas recheadas do mais puro verde, que esbanjavam a sorte de não terem sido atingidas pelos raios. Ou, bem, também havia a possibilidade de seguirem contornando a praia, mas realmente valeria a pena arriscar serem varridos por uma onda alta outra vez?

Enfim, a decisão era dos rapazes, huh?

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Após se recuperarem do baque, Luch e Blake precisavam seguir adiante. Aos olharem nos arredores, viramque haviam duas opções: uma subida através de troncos de árvore e continuar pela praia. Após os últimos ocorridos, ficou bem clara qual era a decisão de Blake:

- Acho que chega de areia e água por hoje, né? O que acha de subirmos por aqui? - Disse McBride, apontando para a parte arborizada.

Ele então chamou Yuffie e Sheldon de volta para suas pokébolas. A Frogadier deixava bem claro que precisava de um bom descanso. Algum tempo na pokébola seria bom para ela.

Ainda assim, o treinador não ficaria sozinho. Logo abriu outra pokébola: a de sua Gogoat. Ela era uma ótima pokémon de montaria e poderia ajudá-los a subir em segurança. Blake logo montou na caprina e então convidou Luch para subir na garoupa:


- Gostaria de uma carona?

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Apesar do grande susto e perigo, que em momento algum pode ser diminuído pelo fato de termos sobrevivido - o qual afirmo e re-afirmo que foi tudo por pura sorte - não podíamos ficar por ali muito tempo. Havia a chance real de simplesmente sermos varrido de volta para o mar e nenhum de nós, incluindo os Pokémon de Blake, teríamos forças para retornar à faixa de areia. Sendo assim, deveríamos explorar o Pyre, querendo ou não. Esperei apenas até ver que o Criador estava bem para poder deixá-lo aos cuidados de Blastoise e parti por conta própria até o ponto onde acordei para recolher alguns pertences perdidos pela enxurrada e só depois concentrar-me em achar um caminho ilha a dentro. Enquanto isso, fiquei repensando sobre como Blake foi bastante bem-humorado em lidar com tudo, da mesma forma que eu costumo fazer. Era um alívio estar naufragado com alguém que não fosse desesperado a ponto de fazer uma tempestade maior do que aquela em que estávamos por uma situação conflitante - mesmo que tivesse todo o direito do mundo para tal. Mas enfim... De mochila nas costas novamente aproveitei para tirar o PokéNav do compartimento e conferir se tinha alguma informação que havia passado despercebida nessa confusão toda. Infelizmente, nenhuma... Sendo assim, guardei o aparelho e olhei para frente e para cima, observando os troncos de árvores que formavam uma espécie de barreira ao nosso avanço e também ao avanço das águas na maré alta, provavelmente.

Blake também havia notado o caminho que subia alguns metros acima do nível do mar e foi rápido em propor que subíssemos, incluindo de uma forma bastante inusitada! Ele deixou que uma Pokémon saísse de sua esfera, uma espécie de Caprina de Grama. Era uma Pokémon bem grandinha e quando o jovem sugeriu irmos juntos na garupa-pa-pa, não resisti e rir, apensar de ter certeza de que aquela poderosa Gramínea aguentaria o "tranco" de nos levar junto — Ótima ideia! Estava pensando no mesmo... E se sua Pokémon não se importar de carregar nosso peso, ok! — Comentei, dando alguns passos na direção do rapaz enquanto passava os dedos de ambas as mãos pelas alças da mochila, esticando-as levemente para baixo. Ao chegar perto de Gogoat, tratei de analisar a criatura com a Pokédex, mas não perdi tempo em ler suas informações. Ficaria para mais tarde... Subi quase que imediatamente em Anabel, logo atrás de Blake, segurando-me com o apoiar de mãos em seu ombro — Perdão pelo abuso, mas nunca andei de cabra, não sei onde colocar as mãos! Hahaha! — Gargalhei com o comentário, acabando por tossir mais um pouco de água salgada alojada em meu corpo, que tratei de cuspir para o lado fazendo uma careta. Pois bem, estava pronto para partir!

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A julgar pela experiência de quase-morte que ambos os rapazes haviam recém-enfrentado, não era realmente surpreendente a decisão conjunta de abandonarem a praia o mais rápido possível, independente do tipo de riscos que poderiam eventualmente encontrar no interior da mórbida ilha. A primeira atitude de Blake, porém, após recuperar os pertences espalhados pela areia, foi retornar seus aquáticos para um merecidíssimo descanso: Não planejava ficar à própria sorte, também, então logo utilizou a esfera da quadrúpede que tão bem lhe serviria de montaria naquele ambiente (e, bem, tecnicamente em qualquer lugar). Foi com um convite quase ousado que o moreno sugeriu para que a Gogoat carregasse a ambos e, silenciosa, Anabell apenas aceitou seu destino ao sentir ambos os criadores montando em suas costas. Com uma breve olhadela para trás, a caprina se endireitou, balançando com sutileza os quadris antes de seguir em frente com passos curtos e pequenos saltitos, lidando como podia com aquela carga extra acima de si: Não era lá todo dia que tinha de carregar peso duplo, afinal.

Seguiram. Talvez não com o maior conforto do mundo, principalmente pelo fato de que não havia "corpo" o suficiente para que os treinadores pudessem gozar de grande espaço sobre a evoluída - ou seja, querendo ou não, acabavam tendo que se espremer um pouquinho para caber em suas costas. De vez em quando, a quadrúpede parava no meio do caminho, olhando de um lado para o outro antes de seguir em frente mais uma vez: E, nesse ritmo tranquilo, atravessaram as árvores que começavam a se abrir após alguns metros - já um pouco à frente era possível se ver uma clareira e o início do aclive do monte propriamente dito.

— ...não! Não! NÃO! — ...Ecoou, então, ao lado esquerdo do trajeto, as constantes exclamações desesperadas. As pronúncias foram as responsáveis por fazer com que Gogoat novamente interrompesse seu caminho, a cabeça se voltando vagamente na direção do barulho - entretanto, não tinha certeza de sua origem ou sequer motivação. A gramínea buscou de canto o olhar de seu treinador, incerta se deveria ignorar ou investigar o autor daqueles projetos de gritos: Dali de onde estavam, não era possível enxergar quem, ou mesmo por quê.

O que fariam, então?

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Sim, eu confiava em Blake, mesmo que mal nos conhecêssemos... Acredito que passar por uma situação de vida ou morte com outro indivíduo, automaticamente faça com que se tornem íntimos o bastante para isso... Contudo, depois de subir na Gogoat e ter a experiência de senti-la dar os primeiros passos e principalmente... saltos... Começava a experimentar algumas dúvidas que vinham bater a porta do estômago, além de gelar a espinha. Inconscientemente acabei levando a mão até a cintura do Criador, apertando-a mais forte, totalmente sem querer. É evidente que fiquei enrubescido pelo ocorrido e imediatamente expressei minhas desculpas — Perdão... eu nunca cavalguei assim. Ou melhor, eu nunca cavalguei de qualquer jeito! — Expliquei-me, rindo de nervoso em seguida. Acima de tudo, essa erra uma cena engraçada, principalmente pela minha altura, que certamente era desproporcional com a da Pokémon.

Bem, apesar desse deslize e de certo modo "mico", não tive muito tempo para vislumbrar a vergonha pois lá pelo meio do trajeto difícil fomos surpreendidos. Um grito, ecoante e de desespero veio de uma certa distância, provavelmente de nossa esquerda. Realmente podia ser a voz de qualquer ser-humano desse mundo, ou até mesmo um Chatot OU ATÉ MESMO O VENTO! Mas dentro de minha mente movida a ansiedade e preocupação, aquela voz só tinha um dono. Ou melhor, dona: Natalie. Indo completamente contra o instinto natural de sobrevivência e noção, aproveitei que a Pokémon estava sob uma superfície não tão íngreme para saltar de sua garupa e espiar de todo modo possível o caminho por onde o vento havia trazido aquela voz. — NATY! NATY? NATALIE? É VOCÊ — Gritei, com as duas mãos fazendo um "canal" a frente da boca para tentar expandir a voz naquela direção. Entretanto, tinha de lutar bastante para vencer o barulho dos trovões e da própria chuva, então não sabia se estava sendo ouvido por algo ou alguém que estivesse provavelmente em perigo.

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Off :



A cavalgada de Blake e Luch foi um pouco diferente do que McBride imaginava, pois estava mais apertado do que o criador esperava, o que os fez seguirem num ritmo mais lento. Ele claramente não queria que seu parceiro se machucasse.

Mas logo que ouviram a voz, Anabell e Blake trocaram olhares e ele confirmou para a pokémon de grama que deveriam seguir em frente. Mesmo após ter passado por uma experiência de quase morte, o criador estava determinado a bancar o herói. Luch logo associou aquela voz com a de Natalie, que talvez estivesse em perigo.

O rapaz acabou saindo da garupa de Gogoat e começou a procurar pela fonte emissora da voz. Blake ficou preocupado, mas continuou em sua montaria. Ainda assim, ajudava seu amigo:
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- Natalie! Natalie! - Blake repetia a ação de Luch, ampliando o volume de sua voz e usando as mãos para canalizar o som.

Foi neste momento que Blake se deu conta que eventualmente a dupla corria risco de se separar, mesmo que por acidente, como foi no oceano. O criador revirou os seus pertences e de lá retirou algumas berries, entregando-as para seu amigo.

- Fique com essas berries. Nunca se sabe quando vai precisar delas.

Após entregar as frutas, Blake pediu para que Gogoat continuasse atenta aos sons e procurasse mais uma vez a emissora daquela voz. Esperava que, caso fosse Natalie, ela estivesse bem.

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De maneira compreensível, o som ecoado por entre as árvores chamou a atenção - e até alarmou - a dupla que insistentemente se embrenhava pouco a pouco nas profundezas da ilha que resguardava o Monte Pyre. Em realidade, um dos objetivos principais de um dos rapazes, além de explorar o atípico clima e também os espécimes diferentes que por ali passavam era justamente encontrar uma parceira à qual se apegara e, pelo menos até onde podia imaginar, tudo levava a crer que a ruiva havia se arriscado (ou mesmo sido arrastada, quem sabe?) no terreno do mórbido cemitério. Tanto era, que o moreno não se demorou em saltar da cabra e começar a gritar por sua companheira, na esperança de encontrar uma resposta mais positiva que uma Jynx ruiva beijoqueira passeando pelo lugar, por exemplo. McBride não ficou para trás, e logo se juntou e concedeu suporte nos clamores pelo nome da menina, mas não sem antes entregar algumas pequenas provisões para o aspirante à criador, afinal, não teria como saber o que os esperaria à frente.

3x (Oran Berry, Sitrus Berry e Lum Berry) entregues por @Artie para @Luch!
As frutas foram retiradas do inventário de Blake e acrescentadas ao de Luch.


O silêncio, por algum tempo, dominou o local. Se perguntassem, era fácil de acreditar que os berros de outrora eram simplesmente um produto da imaginação das cabeças ainda desnorteadas da dupla ou, bem, quem sabe até mesmo algum pokémon que possuísse capacidade de imitar algumas palavras humanas. Era difícil dizer ao certo de quem ou o quê poderia se tratar, principalmente por conta da chuva constante que começava a ficar cada vez mais pesada e por causa da própria ausência de resposta do outro lado... ...Pelo menos por um tempo.

— OLÁ! — A voz respondeu, embrenhando-se por trás das árvores. — TEM ALGUÉM AÍ? Eu preciso de ajuda, por favor! — Foi a resposta recebida pelos criadores, finalmente dispersando as possibilidades de insanidade (ou, bem, no mínimo as diminuindo). Guiada por seu treinador, a jovem Anabell se limitou a seguir nos breves saltitos na direção do clamor que ecoava por entre os grossos troncos de madeira. — OLÁ! Vocês estão aí? — Arriscou mais uma vez.

Foi preciso algum tempo de caminhada (ou talvez um pouco menos de correria, dependendo da decisão dos rapazes) antes que, enfim, uma clareira se abrisse entre as árvores. O lugar possuía uma pequena lagoa, mais pra piscina natural, que certamente era uma paisagem estranha de se encontrar naquela área: Bem, era possível que se tratasse de um terreno acidentado que tivera a sorte de ser preenchido pela chuva, mas a origem do local não era realmente essencial naquele momento.

A parte importante, na verdade, talvez fosse uma pequena figura um pouco afastada da margem, do lado de fora das águas. De longe, era possível perceber que muito provavelmente se tratava de uma mulher: Suas feições estavam recobertas parcialmente por uma capa de chuva amarelada, o que lhe fazia ser facilmente identificada no meio da paisagem. A chegada do trio felizmente também não passou despercebida pela moça, que ficou na ponta dos pés e sacudiu um dos braços para o alto, na tentativa de fazer com que a dupla se aproximasse.

— EI! Ei, aqui! — Chamou. — Graças a Deus! Por favor, eu preciso de ajuda!

Como procederiam, então?

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Apesar dos riscos que corria, continuei avançando na direção dos sons, dos chamados, dos clamores... Apesar disso, a cada passo que dava e a cada minuto que passava começava a ter tempo de pensar com clareza e conseguia identificar que não era a voz de Natalie, mas era uma voz feminina, sobretudo... Fui surpreendido e "trazido a si" pela voz de Blake também chamando uma possível Natalie em perigo. Afinal de contas, o Criador era realmente prestativo e isso porque eu não havia visto nada! — Ah... Não, não é a voz de Natalie, mas é alguém em perigo... — Comentei, claramente entristecido, mas ainda assim disposto a ajudar, enquanto aproximava-me novamente de Blake e Anabell. Nesse instante fui surpreendido por um... Presente? do Criador. Um conjunto de frutas que certamente me seriam muito úteis no decorrer daquela "jornada", mas... Por que exatamente agora? Estaria o jovem pensando em se separar...? Bem, lhe cabia o direito é claro, mas eu certamente era pego desprevenido.

— Ah! Obrigado... Obrigado mesmo, Blake... E eu acho que estou acabando envolvendo você demais na minha busca pela Natalie, não é mesmo? Se você quiser partir eu entenderei. Você deve querer descobrir logo o que há no topo. Eu sinto daqui, sabe? É como se AQUILO estivesse aqui entre nós, de alguma forma... — Comentei, fechando os olhos enquanto recebia chuva no rosto por alguns segundos. Fui surpreendido apenas pela mesma voz de antes, que voltava a clamar por ajuda. — Seja quem for, mesmo não sendo a Naty, eu pretendo ajudar... — Comentei em um tom mais baixo, olhando na direção dos grossos troncos, um pouco antes de Blake decidir para lá também. Aproveitei a carona da Gogoat novamente, logo após guardar as frutas num compartimento específico para tal na mochila.

Assim que avançamos, não demorou muito para chegarmos até uma clareira. Mas, na verdade não havia nada de tão impressionante ali... Uma "poça" provavelmente formada por chuva acumulada, espaço vazio e... Uma figura humana? Quando novamente a voz veio na nossa direção tivemos certeza que aquela pessoa, vestida de capa de chuva, era a fonte de todos os chamados. Mas... O que havia de errado ali para a mulher pedir por ajuda? De todo modo, acenei para ela com um sorriso no rosto, enquanto falava baixinho para Blake — Meu pâncreas está me cutucando e dizendo que isso é estranho, mas eu vou "pagar para ver". Acho melhor termos cuidado... — Comentei em tom jocoso, rindo em seguida. Logo depois, observei brevemente o Criador e comecei uma calma caminhada até a figura de capa — Não se preocupe! Estamos aqui para ajudar... O que houve? Algum Pokémon por perto? — Questionei rapidamente tentando ser o mais gentil e simpático possível. Contudo, em meu subconsciente uns pensamentos estranhos começaram a me assaltar. Estávamos em uma espécie de cemitério, não é? Hmm... Isso pode significar tantas coisas. Algumas nada boas. De todo modo, arriscaria observar mais de perto aquela figura misteriosa.

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Ao receber as berries, Luch interpretou aquilo como um sinal de que Blake queria que a dupla se separasse. Não fora esse o propósito do presente e o criador logo fez questão de se explicar:

- Na hora que a onda nos levou, tivemos sorte de nos reencontrarmos rapidamente. Mas com essa tempestade imprevisível, tenho medo que algo do tipo aconteça de novo. Faço questão que fique com esses itens apenas por questão de segurança.

A dupla continuou sua caminhada e logo encontraram a emissora da voz, que Luch mais uma vez afirmou não ser Natalie. Claramente ele estava tão obsecado pelo caldinho de gelatina dela que estava ansioso para provar de novo. Ainda assim, era uma pessoa pedindo ajuda. O criador logo se dispos a ajudar, mas, assim como seu parceiro, estava um pouco desconfiado e atento a eventuais riscos.

- Olá! Estamos aqui! No que exatamente você precisa de ajuda? - Questionou Blake, após acenar para a mulher da capa de chuva amarela. O treinador então fez sinal para Gogoat se aproximar com cautela.

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