#001 - Um rolê aleatório após uma descoberta significativa — nothing better

+ 451 pontos de experiência para Seed. Subiu para o Lv. 12 [176/339];
+ 469 pontos de experiência para Palhacinha. Subiu para o Lv. 10 [34/239], ganhou 10 de Happiness e aprendeu Quick Attack.
+1 Bottle Cap por vencer uma batalha contra NPC.

- Poochyena, duplo Tackle, vai! - Bradava o homem, agora, visivelmente exaltado.

O novo turno começava, e Poochyena e Palhacinha gladiavam ferozmente! Palhacinha era mais rápida e ia pulava na direção de Poochyena, que usava seu Tackle na Pokémon pássaro, o fazia com maestria, como se desse um bote em sua presa e a prendesse no chão. Como resposta, Taillow não deixou barato, e mirou seu Peck, primeiro na garganta do lobo, que a fez recuar e ficar de pé, para, em seguida, acertá-lo precisamente um golpe na barriga. Preciso e feroz, os múltiplos golpes foram mais que suficientes para nocautearem sua inimiga, consagrando-a vencedora.

Do outro lado, o bandido ainda mantinha sua arma apontada quando retornou sua Pokémon para esfera, em seguida, ainda com o braço erguido, voltou a falar com Olaph.

- Escuta, garoto. Trato é trato. Pode sair do quarto, não vou fazer nada contigo. Mas se eu desconfiar que rolou uma denúncia, se algum policial vier aqui... - Ele fez uma pausa e respirou fundo, em seguida, suas palavras ficaram recheadas de ódio. - Eu te caço no inferno e vou te transformar numa peneira. Mato toda sua família bem na sua frente e vou te fazer descobrir o que é terror de verdade.  Agora sai daqui e tranca essa porta. - Dizia, de forma extremamente agressiva enquanto a arma tremia em seu braço, com o homem visivelmente se contendo para atirar.

Aparentemente, até mesmo bandidos tem certa honra em sua palavra.

Depois de sair da sala e trancar a porta, Willow, que estava num misto de euforia e ansiedade, era flagrado por Peterson no saguão da fábrica abandonada terminando de colocá-la em um lugar perfeito para que eles pudessem subir. Quando avistou Olaph, o jovem gritou para ele, acompanhado de Plusle e Minun que subiam as escadas e os chamavam para cima.

- Ei, onde você estava? Coloquei a escada no lugar, vamos logo até lá para sairmos daqui. - Dizia, visivelmente empolgado.

Enquanto seu amigo falava, era possível ver, que, das três salas no pátio superior, só uma delas tinha a porta aberta, da qual alguns Pokémon elétricos se amontoavam na sua frente. O que seria tão importante? Valeria a pena consultar o que tinha no saguão de cima?

E então? O jovem ignoraria seu amigo e sairia dali? Ou ele se arriscaria a subir as escadas?

Suas recentes vivências turvavam sua mente e guiavam Willow para a saída, que, ainda atonito com tudo que ocorrera no quarto do cofre, se sentia forçado a deixar o lugar, uma pena no entanto, que não bastasse o ecoar do desespero em sua mente, ele também ecoava pelo seu corpo e trazia a tona uma ânsia imediata. Não fosse por seu amigo, Peterson, ele teria ido embora da fábrica sem sequer olhar para trás, mas eis que o senso de dever o lembro do porquê ele estaria por lá. Então, iria, finalmente, ver o que a dupla de elétricos queria, no fim das contas?

Enquanto rumava subir as escadas, o amigo de Olaph levantava um ponto relevante, já que, até então, o loiro estava extremamente entusiasmado e uma reação tão controversa, quanto a das náuseas, não lhe parecia comum nem nada assim. Logo, se forçou a lhe dirigir uma pergunta:

- Tá tudo bem? Você tava empolgado até agora a pouco. - Dizia, como reação imediata a fala de Willow.

Sem uma resposta imediata, já que loiro se ocuparia em subir as escadas, Peterson aguardaria por uma resposta enquanto o acompanhava rumo ao andar de cima.

Mesmo velha, o corredor que era composto por uma plataforma de aço, conseguia se manter firme sem desgastes suficiente para tremer com o peso dos jovens treinadores, e, prosseguiram até a última sala do corredor, onde os elétricos aguardavam na porta, e, ao verem os treinadores, deram alguns sorrisos e adentraram a sala. Talvez pelo excesso de Pokémon elétrico no local, era possível que eles sentissem um arrepiar de seus cabelos, já que aquele aglomerado começava a formar um distinto campo elétrico, perfeito para aumentar a ansiedade e a tensão sob o local, bem como, por consequência, a expectativa ao entorno do que aguardavam os heróis naquela sala.

Sem estabelecer um ritmo no andar, eles prosseguiram até a sala onde, pela primeira vez, puderam observar uma cena digna de filme. O local era um escritório administrativo, provavelmente do engenheiro chefe, já que havia um carpete muito caro, maltratado pelo tempo e desgaste, bem como muitas estantes com livros, uma mesa ao fundo, que havia sido virada ao contrário, e, mais ao fundo, um belo e rico conjunto de três janelas, da qual, a do centro, estava quebrada e fazia nítida a ausência da cadeira da mesa. Provavelmente, obra de saqueadores.

No entanto, o que realmente se fazia interessante estava no centro da sala. Com muito pregos, parafusos, porcas e arruelas ao centro do carpete, que, em tese, estaria vazio, era possível ver um Magnemite jogado no chão, envolto pelos anéis de ferragens. Um pouco acima do carpetes, um amontoado de frutas Oran, que aparentemente deviam ter sido dadas ao pequeno metálico, não fosse um problema: Ele não comeu nenhuma. Não dava para saber ao certo quanto tempo ele estava ali, mas, ele estar jogado no chão não era nada agradável, e, conforme um dos Pikachu mostrava, aproximando uma Oran Berry do imã, ele não comia ou reagia.

- Cara, que triste. Parece que o Magnemite foi nocauteado em batalha, mas não sabe comer berries... Será que ele está vivo? - Dizia Peterson com um pesar enquanto olhava para baixo, até que, sem hesitar, socou o punho na própria palma da mão, revelando ter encontrado uma resposta. - Já sei! Tente dar sua Poção para ele! Isso deve acordá-lo, não é?

Sem tardar, Olaph sacou sua poção e a borrifava completamente no Pokémon elétrico no chão. Num primeiro momento, os elétricos daquele local, ao verem uma poção na mão do treinador, se animaram, no entanto, mesmo com a poção borrifada, o pequeno Magnemite tardava para reagir, para a tristeza e comoção dos elétricos a sua volta, que choravam um pouco. Os bandos de Pikachu, Minun e Plusle se permitiam lacrimejar enquanto um dos roedores amarelos, inconformado, balançava o metálico compulsivamente, tentando acordá-lo, enquanto as lágrimas começavam a cair de seu rosto.

Sem funcionar de cara, a dupla de elétricos anteriores ia até o roedor que chorava e o afastou do Magnemite. Minun o conduzia para longe enquanto Plusle dizia algumas coisas para o pequeno metálico. Balançar não adiantava mais, e, aparentemente, tudo estava perdido. Até mesmo Peterson, que estava do lado de Willow se sentiu na obrigação de virar o rosto enquanto engolia algumas lágrimas.

- Cara... Essa foi bem cruel... - Dizia o jovem enquanto tentava não chorar.

Após a comoção toda que foi instaurada pelo local, algo começava a mudar no corpo caído. Seu grande globo ocular, que antes apenas tinha um "x" em seu centro, começou a tremeluzir de formato. Instaurando-se, a priori, um sinal de "-" e voltando a alternar de forma enquanto o metálico começava a levitar. Não demorou muito para que seu olho ganhasse uma pupila comum novamente e o Magnemite estivesse com seu corpo inteiro levitando, fazendo com que todos por ali começassem a comemorar. Um momento deveras bonito, com os roedores dançando entorno do metálico e o próprio comemorando por estar de novo com seus pequenos amigos. Como Olaph prosseguiria agora?

OFF: Bem provável que não. Tô aproveitando pra estudar nesses dias em casa. Tem muita matéria acumulada kkkk

Bom, com Olaph comovido devido a cena que acabara de presenciar, ele acabou optando por deixar os elétricos por lá e retornar para a cidade. Ao passar pela porta e retornar para o saguão superior da fábrica, ele conseguiu a atenção da dupla de roedores anterior, que imediatamente correram para interromper Willow de prosseguir, e chamavam sua atenção, emitindo seus respectivos cries.

Atrás deles, o Magnemite aparecia, aparentemente, claramente sem jeito e sem graça. Ao ver aquilo, Peterson, que estava do lado de Olaph, o atualizava sobre sua situação.

- Parece que quer te agradecer de algum jeito. Mas não sabe como. - O jovem deu um sorriso e se dirigiu a seu amigo novamente. - E então, Olaph, como acha que ele pode te agradecer?