Pokémon Mythology RPG
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Wailords? Nunca vi mais gordas!

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descriptionWailords? Nunca vi mais gordas! - Página 4 EmptyRe: Wailords? Nunca vi mais gordas!

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Assim que cheguei no centro pokémon, logo pelo lado de fora notei que sua arquitetura era muito semelhante aos centros de Kanto. Já era de se esperar já que suas funções eram as mesmas independente da região, mas ainda sim tinha a curiosidade de checar com meus próprios olhos. Após entrar, vi que pelo lado de dentro também não havia nenhuma grande surpresa; algumas diferenças de estilo, é claro, mas a estrutura e o layout eram praticamente idênticos. Talvez a maior diferença do centro de Slateport pro de Cinnabar fosse o quão cheio o ambiente estava: eram muitas pessoas, muitos treinadores e muitos pokémons; alguns que eu reconhecia e outros que não. Eu me aproximo do balcão pra falar com uma das icônicas e mundialmente conhecidas enfermeiras Joy.

— Com licença, você poderia restaurar os meus pokémons? — Digo entregando minhas duas únicas pokébolas não vazias. O dano que Wolf havia levado na última luta fora mínimo, mas já que eu estava ali, não havia porque não aproveitar a viagem. Além disso, não tinha certeza se minha nova companheira voadora estava em seu 100%. — Depois, seria possível dar uma refeição para eles também? — Perguntava, educadamente.

Enquanto esperava a enfermeira realizar os serviços, aproveito para dar uma olhada no catálogo do pokemart presente na mesma construção.

"Wow, tem várias coisas úteis aqui... acho que eu deveria me preparar um pouco melhor antes de ir pra alguma rota..."

Me aproximo do respectivo balcão e me dirijo a(o) atendente.

— Olá! Me vê... 5 potions, 2 antidotes, 2 paralyz heal e 1 awakening, por favor?

Notei que havia uma promoção em que a cada 5 pokébolas compradas, você ganhava uma premier ball de brinde. Como sou aquele tipo de pessoa em que o custo benefício está acima de tudo, preferi guardar meus pokecréditos para aproveitar o combo depois, já que meu montante atual não me permitiria comprar tantas pokébolas junto aos outros itens que queria. Também já havia averiguado que os biomas ao redor de Slateport eram principalmente mato, floresta e lagos e imaginei que lidaria predominantemente com pokémons do tipo grama, inseto e venenoso, portanto decidi investir meus recursos em antidotes e paralyz heal. Burn e Ice Heal me pareciam que não teriam muita utilidade naquela região, pelo menos não contra pokémons selvagens que eu encontrasse. Esperava não estar errado. Quanto ao awakening, foi mais por uma precaução.

Com os itens em mãos e meus pokémons curados, me dirigia ao refeitório para alimentá-los. Chegando lá, liberto os dois de suas pokébolas.

— Wolf, dê as boas vindas a nossa nova companheira! *Grow!* — Latia o growlithe cumprimentando a pequena taillow, enquanto a mesma respondia com um pio discreto ainda meio acanhada na presença de tantos pokemons maiores que ela. — Eu andei pensando num apelido pra você enquanto estava almoçando... a partir de agora, você será a pequena Ciri! — A taillow inclinava a cabeça para direita e me olhava, aparentemente sem entender muito o que aquilo significava. — Haha, logo você se acostuma. — Continuaria, fazendo carinho em sua cabeça com a mão direita.

A ração dali era humilde, mas meus pokémons pareciam não ligar para o fato, comiam sem frescura. Enquanto eles enchiam suas barrigas, olho para a parede e um cartaz chama minha atenção; tratava-se da Avengers, uma agência aparentemente comprometida em prestar serviços benéficos para a sociedade. Ao ver o link para o site, imediatamente pego meu smartphone para dar uma olhada mais aprofundada no tal grupo.

"Parece interessante... Acho que podemos dar um pulinho lá e falar com essa Cindy."

Após terminados todos os afazares que tinha para fazer no centro, retorno meus pokémons para suas pokébolas e vou em direção a base da Avengers em Slateport.

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O rapaz aproveitava para relaxar e conhecer o estabelecimento, juntamente aos dois pokémons. Claro que pediu para Joy cuidar deles e ela não demorou para devolvê-los 100%, com um sorriso no rosto e desejando boa viagem.

Contudo, algo chamava a atenção do rapaz, na verdade, duas coisas. Uma era o anúncio e ele decidiu tratar de conferir a tal sociedade local. Outra era o pokémart. Que lhe atraia pela possibilidade de comprar alguns medicamentos para seu time e auxiliar na sua jornada. Enquanto olhava o balcão o atendente aproximava-se para auxiliá-lo na compra...


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Agradeci à sempre bem humorada Joy por curar meus pokémons e fui em direção ao balcão do pokemart. Um atendente atento logo me nota e se aproxima para me auxiliar, mas antes que pudesse falar alguma coisa, eu me antecipo:

— Ah, pode deixar, to dando só uma olhadinha... — Dizia enquanto continuava a ver os itens ofertados no catálogo e ler suas descrições uma a uma.

Comprar algo naquele momento seria uma decisão precipitada, já que minha análise de treinador inexperiente poderia ser equivocada e levar a uma utilização nada eficiente dos meus recursos. Preferi pensar um pouco melhor em como investiria meus pokecréditos e, quem sabe, talvez retornasse ali no futuro. De qualquer jeito, sigo em direção ao refeitório, a fim de alimentar o growlithe a taillow. Chegando no local, liberto os dois de suas pokébolas.

— Wolf, dê as boas vindas a nossa nova companheira! *Grow!* — Latia o growlithe cumprimentando a pequena taillow, enquanto a mesma respondia com um pio discreto ainda meio acanhada na presença de tantos pokemons maiores que ela. — Eu andei pensando num apelido pra você enquanto estava almoçando... a partir de agora, você será a pequena Ciri! — A taillow inclinava a cabeça para direita e me olhava, aparentemente sem entender muito o que aquilo significava. — Haha, logo você se acostuma. — Continuaria, fazendo carinho em sua cabeça com a mão direita.

A ração dali era humilde, mas meus pokémons pareciam não ligar para o fato, comiam sem frescura. Enquanto eles enchiam suas barrigas, olho para a parede e um cartaz chama minha atenção; tratava-se da Avengers, uma agência aparentemente comprometida em prestar serviços benéficos para a sociedade. Ao ver o link para o site, imediatamente pego meu smartphone para dar uma olhada mais aprofundada no tal grupo.

"Parece interessante... Acho que podemos dar um pulinho lá e falar com essa Cindy."

Após terminados todos os afazares que tinha para fazer no centro, retorno meus pokémons para suas pokébolas e vou em direção a base da Avengers em Slateport.


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O rapaz desistiu de fazer compras naquele momento. Após Joy curar seus pokémons, alimentou-os e apresentou um ao outro. Wolf estava bastante entusiasmado, enquanto Ciri parecia meio ressabiada, ainda. E ao ver o cartaz da sociedade, decidiu visitar o site e depois ir até lá.

Tinha o endereço, mas mesmo que não conhecesse as ruas da cidade, conseguiu se guiar através das placas e tirando dúvidas com outros pedestres.

A cidade era grande, bonitas, um pouco suja... verdade. Mas era uma cidade muito grande, então era compreensível. Não aceitável, mas compreensível. Era bastante movimentada e em diversos momentos o garoto podia avistar o port ou alguma praia e eram vistas lindas.

Muita gente caminhava perto das praias, em trajes de banho; Também era possível ver algumas pessoas brincando nas praias, fossem jogando bola, correndo, nadando, surfando, pescando, fazendo esculturas de areia ou qualquer outra coisa.

Era muito quente, o garoto sentia o suor correndo por seu corpo, até que avistou um enorme prédio. Era bonito, revestido de vidro, bastante luxuoso. Haviam um jardim grande antes e este era delimitado por um portão de ferro e circundado por um muro de pedras cobertas de trepadeiras espinhosas.

Os portões estavam abertos...


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— Com licença senhor, essa é a rua das gaivotas? — Abordava um homem nos seus 50 e muitos para perguntar. — Err, por acaso vocês sabem me dizer onde fica o QG da avengers? — Perguntava mais tarde a um casal que passeava no local.

Eu andava pelas ruas de Slateport tentando me guiar pela sinalização e pedindo ajuda para pedestres. A cidade era muito bonita, realmente fazia jus a uma cidade litorânea. Um lugar digno de se tirar férias e passear pelos seus calçadões e belas praias, nas quais havia todo tipo de público: famílias com crianças, casais jovens e de meia idade, senhorzinhos e senhorinhas, grupos de amigos adolescentes... Aliás, não podia deixar de notar na beleza das garotas do local, que perambulavam nos arredores com seus chamativos trajes de banho.

"Meu deus, quanta gata! ... Será que tem alguma garota da minha idade na avengers?" Me perguntava, torcendo para que sim.

Pelo menos naquele momento, a beira da praia transpirava felicidade e ao ver todos aqueles grupos de pessoas se divertindo, eu até sentia uma certa inveja por estar totalmente sozinho e ainda não ter feito nenhum amigo naquela região.

Caminhei algumas dezenas de minutos e, depois de algumas voltas e errar o caminho uma vez ou outra, eu finalmente havia localizado a base da avengers, que reconhecia devido as fotos no site. Um belo prédio cujo revestimento de vidro ficava ainda mais realçado com a iluminação forte do sol do começo da tarde.

"Eita, que chique! É, talvez seja difícil um grupo desses ter algum interesse por um zé ninguém que nem eu..."

Antes de entrar pelos portões abertos do local, eu retiro uma camiseta extra da minha mochila e troco com a atual, bastante molhada de suor após andar tanto tempo debaixo do sol escaldante. Gostaria de poder tomar um banho, mas por hora teria que me contentar apenas com aquilo.

Depois, entro no local e procuro pela primeira alma viva que tivesse lá. Se fosse uma mulher, perguntaria:

— Boa tarde! Por acaso você é a Cindy?

Mas se fosse um homem, diria:

— Boa tarde! Aqui é a Avengers? Você sabe me dizer onde encontro a Cindy?

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O rapaz deixou-se intimidar pela fachada do local, achando que ele seria alguém insignificante para a sociedade. Assim que chega no interior, o jovem é recebido por uma bela mulher de aproximadamente 30 anos. Baixinha, magrinha, cabelo curto e preto, olhos castanhos. Trajava um vestido florido e um par de brincos de argola, grandes.

O rapaz perguntou se era Cindy, ela sorriu e respondeu:


- Sim, sou eu. Em que posso ajudá-lo? Está interessado em ser um cliente ou um recruta?

Ela aguardou a resposta, enquanto fazia um sinal para que ele a seguisse:

- Seja o que for, vamos conversar no meu escritório...

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Assim que entro no prédio, sou recebido por uma bela moça mais baixa que eu, mas certamente bem mais velha. Seus brincos eram um pouco chamativos demais pra mim, mas o vestido era bem fofo. Após eu perguntar, ela me confirmou que era a Cindy e me indagou sobre meus objetivos ali.

— É... Acho que está mais para recruta? Na verdade, eu queria conhecer um pouco mais sobre vocês...

Ela parecia bem simpática, mantinha um sorriso no rosto o tempo. Fazia total sentido, considerando que ela era a responsável por recepcionar os visitantes. Diante da minha vaga e incerta resposta, ela pede que eu a acompanhe.

Segui a moça cruzando o interior da base da avengers e tentando absorver o máximo que conseguia através do visual: as pessoas que frequentavam o local (se houvessem outras pessoas ali); a "chiqueza" do ambiente interno, se era do mesmo patamar do externo; o tamanho e quantidade de salas e corredores no caminho; e mais outros detalhes menores. Após um breve período de silêncio, decido me manifestar:

— hm, senhorita Cindy? É que não sei se sou qualificado o suficiente para talvez entrar na equipe de vocês... Não gostaria de desperdiçar o seu tempo...  O que eu quero dizer é: sou um treinador completamente amador, tenho apenas dois pokémons e fiz uma única batalha em toda a minha vida... — Me auto desvalorizava sem deixar de segui-la.

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Ambos iam andando e conversando, quando o rapaz se menosprezou, eles chegaram na sala. Ela abria a porta de vidro, ia entrando e repreendendo-o, enquanto apontava para que este sentasse à frente da mesa e ela ia sentando do lado oposto, de frente para ele.

- Não diga isso! Todo mundo tem um começo! Veja meu filho... Ele começou há quase 1 ano, hoje é um dos fundadores desta sociedade e já conseguiu diversas conquistas. Desculpa, qual seu nome mesmo?

Ela sentava-se e o rapaz via um pokémon saltar da mesa dela, encarando o rapaz com suspeita, enquanto ficava ali, sentado. Ela acariciava a criatura nas costas, sem nem tirar os olhos do garoto. A criatura era um enorme mangusto bicolor com garras monstruosas, mas parecia portar-se como um gato. E mais importante: De onde havia surgido aquele pokémon? O garoto não o tinha visto até a hora em que saltara no colo da moça, que continuava falando:

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Imagem meramente ilustrativa.

- Meu filho tem apenas 10 anos, no dia em que saiu de casa com seu pequeno Charmander e entrou na Rota 01, lá em Kanto, capturou 2 Rattatas, no dia seguinte pegou um helicóptero e foi para uma mansão em Cinnabar, onde a tal da Equipe Rocket estava aprontando... Ele só queria capturar algum pokémon psíquico, que são raros na nossa região. Mas o que ele teve que enfrentar, foi uma Girafarig enfurecida, de nível bem maior que dos pokémons dele. Ele teve grandes dificuldades e se feriu bastante, mas trabalhando em equipe com seus 3 pokémons, conseguiram capturar a Girafarig. Também teve que enfrentar alguns Rockets, que são criminosos muito perigosos e famosos em Kanto e Johto... Ele quase morreu, mas está vivo até hoje. Claro que foi graças à uma Rocket ter se simpatizado com ele, mas isso porque ele não se menosprezou e nem desistiu. Então não faça isso! Apesar de que acho que meu filho age assim por ser muito novo e não ter muita noção do perigo. Não vejo como coragem, é só loucura mesmo. Claro que fico preocupada... mas é admirável o quanto ele é persistente. Eu nunca fui assim, nem quando tinha a idade dele. Me pergunto à quem ele puxou... Talvez os pais dele fossem assim, nessa idade... *OH*!

Nesse  momento ela arregala os olhos, como se percebesse algo e solta uma pequena interjeição surpresa. E logo completa:

- É mesmo, essa frase ficou estranha para quem não nos conhece. É que sou mãe adotiva. A mãe dele era uma grande amiga minha e quando eles morreram, abandonei minha carreira de treinadora e fiquei cuidando dele em Viridian, até que ele saiu em jornada pokémon quando completou 10 anos. Mas falei muito de mim, mas nada disso vem ao caso, né? Você veio saber sobre a nossa sociedade, certo?

Ela continuava acariciando o pokémon, que pareceu cansar-se e saltar para longe, por cima do ombro do rapaz, sem tocar neste. Depois deu meia volta e veio cheirá-lo, sentado na cadeira.

- Não se preocupe, Zangoose é meio antissocial, mas não vai atacar. Está apenas curioso, continue ignorando-o e ficará tudo bem.

Ela sorriu ao fazer o aviso. Depois ela retomou o assunto:

- Olha, nós somos uma sociedade que visa proteger e ajudar as pessoas. Todos os fundadores são de Kanjoh, mas se conheceram aqui em Hoenn após o "dilúvio" das duas regiões. Todos tinham sonhos em serem mestres pokémons, de uma forma ou de outra. Melhor mono-fantasma, melhor coordenador, assim por diante... Só que TODOS tiveram que enfrentar Rockets e outros criminosos muito perigosos, muitas e muitas vezes.
Talvez meu filho tenha sido o mais afetado. Ele é sistematicamente caçado por alguns Rockets bem poderosos, mas não sabemos o porquê. Ele já viu pessoas e pokémons serem mortos na sua frente. Então, ele não pôde mais ignorar isso para apenas seguir seu sonho, mas sabe que é apenas uma criança. E durante um bom tempo, após o "dilúvio de Kanjoh" e a vinda para Hoenn, os Rangers ficaram tão ocupados que não podiam mais ajudar o povo e nem aceitavam novos recrutas. Por isso a sociedade foi fundada. Mas mesmo com a volta dos Rangers, ainda é necessária, pois os Rangers se focam em assuntos mais políticos e por terem um acesso muito maior do que nós, os seus agentes nem sempre efetuam as missões que o povo precisa. Por exemplo, se sua casa é assaltada, as vezes a polícia apenas faz um boletim de ocorrência e nada mais. E o caso torna-se apenas estatística. A mesma coisa pode acontecer com os Rangers também e nossa sociedade é particular, então podemos focar em cada caso, independente se for algo pequeno como um furto, ou algo grande como um crime internacional. Temos membros com diferentes níveis de poder e experiência, então nossos recrutas sempre podem focar nos casos menores e os veteranos podem se focar nos casos maiores. Com isso, esperamos não deixar ninguém sem auxílio. Entende? Ou seja, mesmo um novato como você, pode nos ajudar. E também podemos te ajudar.
Como contei que aconteceu com todos os membros fundadores, alguns criminosos os atacaram, mesmo que eles não fossem rangers, policiais e nem nada parecido. Eram apenas treinadores e coordenadores, viajando pelo mundo. Mas ainda assim, foram atacados. A sociedade A.V.E.N.G.E.R.S. funciona como uma grande rede de informações e auxílio mútuo entre os membros. Se algo te acontecer, poderá pedir socorro para nós, que a pessoa mais próxima irá socorrê-lo. Fora que fazemos trocas de itens, TMs e muito mais. ajudamos uns aos outros à ficarmos mais fortes e também à combater todo e qualquer mal. Não só crimes, mas também, podemos ajudar em causas sociais, as vezes. Tudo depende da grade de programação dos fundadores, que não abandonaram seus sonhos iniciais.


Zangoose já havia deixado o rapaz, e estava circulando pelo lugar, saindo da sala. A qual tinha enorme paredes de vidro, para que a moça observasse o quintal e a sala de recepção. Havia uma estante com diversos livros atrás dela, um computador e um telefone, na mesa e num móvel ao lado, ficava uma impressora multiuso, bem grande. Do outro lado, na parede que dava vista para a recepção, havia uma cafeteira automática e um bebedouro.

- Nossa, desculpe a minha cabeça. Ia esquecendo de te oferecer algo para beber. Está servido? Temos chá, café e água gelada ou sem gelo. Se quiser, tem sachês de açúcar na gaveta abaixo.

Disse apontando para o lado direito dela.

- Falei bastante, né? Mas não te deixei falar... Tem alguma dúvida? E me conte um pouco sobre você.

Neste momento outra criatura surgia, vinda do jardim. Flutuando, ficou encarando o interior da sala, pela janela, que o impedia de entrar. Até que após alguns instantes, simplesmente avançou vagarosamente passou pela parede de vidro, como se não fosse nada. Graças à uma intangibilidade. E ficou rodeando a moça, que sorriu e o acariciou numa pequena mão que vinha sendo arrastada pela criatura que observava intensamente o rapaz.

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Entramos na sala de Cindy enquanto ela me reprendia pela atitude negativista.

— Ah, certo, me desculpe... — Me retratava sobre meu pessimismo e, em seguida, respondia a pergunta. — É Ren, meu nome.

Instruído por ela, me sento em uma cadeira e ela se senta em outra do outro lado da mesa. Me perguntava se aquela era a sensação de estar em uma entrevista de emprego, embora eu não estivesse tenso ou nervoso. Quer dizer, isso pelo menos até o capiroto pular de cima da mesa da moça, me dando um susto que quase tirou a alma do meu corpo. Felizmente, eu levava sustos internos, então se eu havia esboçado alguma reação certamente havia sido algo bem mais sutil do que o susto que eu levara.

— Que susto! Juro que não vi da onde ele saiu... Aliás, posso? — Pegava a pokedex e pedia a permissão da treinadora para analisar o pokémon que ainda era desconhecido por mim. Caso ela permitisse, usaria a pokedex para descobrir mais sobre o ser.

A moça continua contando mais sobre seu filho, sobre como fora o início de sua jornada e como teve que lidar com grupos criminosos logo de cara. Fico ainda mais surpreso quando ela menciona a ação do grupo em minha cidade natal.

"Rockets... tenho a impressão de que já li ou ouvi esse nome em algum lugar... Tenho que ficar mais atento a partir de agora..."

O primeiro briefing de Cindy não era muito animador para mim; eu acho que sua intenção era me inspirar, mas o que eu tirava dele é que aparentemente um dos fundadores e, por consequência, a A.V.E.N.G.E.R.S. tinha um certo histórico de confrontos com o grupo criminoso Rocket, o que significava que me envolver com a sociedade poderia me trazer problemas relacionados a isso.

A recepcionista parecia ter bastante orgulho do filho, já que continuava falando sobre ele, aparentemente soltando tudo e qualquer coisa que lhe vinha na cabeça. Isso me fez simpatizar ainda mais com ela, pois me dava a impressão de ser uma pessoa transparente, do tipo em que se pode confiar sem preocupar-se em estar escondendo segundas intenções. Depois de dizer uma frase que eu noto ser contraditória, ela me explica sobre não ser a mãe biológica do garoto.

— Nossa, Cindy, o seu filho é realmente incrível! Mesmo sendo tão jovem, parece que ele já ajudou muitas pessoas e pokémons por ai, você deve ter muito orgulho dele!

Nesse momento, o Zangoose salta por mim em um movimento rápido e depois volta e começa a me cheirar. Acho que Cindy percebeu que eu estava um pouco desconfortável, pois me avisa que ele era inofensivo, desde que eu não representasse ameaça. Me esforçando para me manter imóvel e não atiçar o pokémon de garras enormes, eu continuava a escutá-la enquanto explicava sobre a origem e objetivos da sociedade.

O segundo discurso de Cindy havia melhorado bastante a minha percepção sobre o primeiro. Não era sobre não se envolver com o grupo para evitar se envolver com os Rockets, mas sim sobre ter a quem recorrer quando, cedo ou tarde, tivesse que lidar com esses grupos criminosos. Fazia sentido, afinal nenhum dos fundadores havia corrido atrás desse tipo de problema antes do surgimento da A.V.E.N.G.E.R.S., simplesmente aconteceu, e eu estava sujeito a esse mesmo destino tanto quanto eles. Por sinal, o filho adotivo dela parecia ter passado por coisas que nenhuma criança de 10 anos deveria passar, e eu não gostaria de passar por eventos parecidos sozinho. Após ela me explicar sobre os ideais e de que havia todo tipo de serviços na sociedade, e para todos os níveis de treinadores, eu me sentia cada vez mais inclinado a querer fazer parte do grupo.

— Eu aceito um copo de água. Gelada, por favor. — Acatava a oferta dela, me servindo (se fosse o caso) ou esperando que pegasse o copo pra mim. — Obrigado! — Agradecia, bebendo a água em goles longos já que estava bastante quente lá fora.

Em seguida, ela pergunta se tenho dúvidas e pede que fale um pouco de mim.

— Meu nome é Ren, tenho 14 anos e eu nasci e cresci em Cinnabar, não conheço muito além da região da ilha e admito que nem fiquei sabendo das atividades da Rocket lá... Aliás, qual o nome do seu filho, Cindy? É que fiquei pensando que eu e ele talvez tenhamos algo em comum, eu também perdi minha mãe biológica... não sei quando sua amiga faleceu, mas minha mãe desapareceu antes de eu ter memória dela, embora eu tenha uma foto dela e do meu pai na época que eu era apenas um bebê... — Falar sobre aquele assunto me deixava um pouco melancólico, pois me fazia relembrar o falecimento recente do meu pai. — Você disse que o seu filho era corajoso, ou talvez um louco inconsequente, bom, definitivamente não posso falar o mesmo de mim... Se formos falar de coragem, talvez eu possa ser considerado um covarde, mas apenas porque eu gosto de calcular todos os riscos envolvidos em uma situação e, se for possível, evitá-los... Infelizmente, ou felizmente, é assim que eu sou, mas também acho que graças a isso, desenvolvi uma capacidade analítica bem boa de modo geral...

Naquele momento meu discurso era interrompido por um "pokémon balão", que me encarava do lado de trás da janela. Não parecia perigoso, mas vê-lo atravessar o vidro foi inesperado e me deixou com uma pulga atrás da orelha. Entretanto, logo o pokémon demonstrou-se apenas interessado em receber o carinho da dona. — AH, posso também? — Perguntava interessado em analisar o novo pokémon com minha pokedex. — Aliás, será que eu poderia soltar os meus? Acho que seria bom para eles irem acostumando com outros pokémons, principalmente a Ciri, minha taillow. Mas se você achar que talvez não seja uma boa ideia, não tem problema. — Dizia esperando o aval da mulher, ao mesmo tempo em que procurava discretamente o Zangoose pelos arredores. Dependendo da resposta dela, soltaria meus dois pokémons ali na sala e diria: — Vocês dois comportem-se, viu? — Depois, continuaria o discurso.

— Mas como eu sugeri, sei pouquíssimo sobre minha mãe... sei apenas que se chama Erika, deve ter 31 ou 32 anos hoje, e acho que ela gostava de flores também. Já o meu pai, Hiro, ele era um pescador bem conhecido em Cinnabar, mas ele faleceu faz pouquíssimo te–temp ... — Eu fazia uma pausa, me emocionava ao lembrar dele; passava a mão direita no canto dos olhos para secar as lágrimas que começavam a se formar. Do meu lado, sentindo minha tristeza, Wolf pulava com as patas sobre minha coxa e começava a lamber minha mão. Já Ciri, pousava e deitava-se sobre meu colo, esfregando sua pequena cabecinha contra a palma de minha mão, em um gesto carinhoso. — Desculpe... — Dizia pegando mais um copo da água para tomar, na tentativa de me estabilizar. — O meu pai me deixou essa lista antes de "partir"... — Dizia ainda meio emocionado, tirando a lista do bolso. — Você disse que o seu filho e os outros fundadores... ainda tem sonhos, não é? Acho que posso dizer que o meu... é conseguir completar a lista dos sonhos de infância do meu pai...

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Ambos iam conversando, Ren teve permissão para ver os dados dos pokémons na pokédex. Ele ficou um pouco assustado com os relatos sobre os Rockets e outros criminosos, mas depois tranquilizou-se ao saber que de um jeito ou de outro, a A.V.E.N.G.E.R.S. estava ali para criar uma força comunitária afim de combatê-los e ajudar a população em toda e qualquer situação.

Quando Ren comentou sobre a moça ter orgulho do filho, ela sorriu e disse:


Ren escreveu:
— Nossa, Cindy, o seu filho é realmente incrível! Mesmo sendo tão jovem, parece que ele já ajudou muitas pessoas e pokémons por ai, você deve ter muito orgulho dele!


- Ele ajudou mais do que uma criança precisava e menos do que gostaria. Por isso ele é assim, eu acho. Se joga de cabeça pra ajudar os outros, pois não quer ter a possibilidade de que alguém sofra por ele não ter feito nada. Não posso negar, que eu me orgulho dele. Pro bem ou pro mal... fui eu quem o criou. Claro que eu preferiria que os pais dele estivessem vivos e eu fosse apenas a madrinha, mas nós não escolhemos nossos destinos.

Disse com um tom saudosista e melancólico, que era percebido tanto em sua voz quanto no olhar. Mas logo ela espantou o clima pesado com animação e continuou conversando. Serviu um copa de água gelado para o rapaz e disse para ele ficar a vontade e se servir quantas vezes desejasse.

Após beber, o garoto começou à contar sobre si, ela o ouvia atentamente:


Ren escreveu:
— Meu nome é Ren, tenho 14 anos e eu nasci e cresci em Cinnabar, não conheço muito além da região da ilha e admito que nem fiquei sabendo das atividades da Rocket lá... Aliás, qual o nome do seu filho, Cindy? É que fiquei pensando que eu e ele talvez tenhamos algo em comum, eu também perdi minha mãe biológica... não sei quando sua amiga faleceu, mas minha mãe desapareceu antes de eu ter memória dela, embora eu tenha uma foto dela e do meu pai na época que eu era apenas um bebê... — Falar sobre aquele assunto me deixava um pouco melancólico, pois me fazia relembrar o falecimento recente do meu pai. — Você disse que o seu filho era corajoso, ou talvez um louco inconsequente, bom, definitivamente não posso falar o mesmo de mim... Se formos falar de coragem, talvez eu possa ser considerado um covarde, mas apenas porque eu gosto de calcular todos os riscos envolvidos em uma situação e, se for possível, evitá-los... Infelizmente, ou felizmente, é assim que eu sou, mas também acho que graças a isso, desenvolvi uma capacidade analítica bem boa de modo geral...


- O nome dele é Sckarshantallas Akuma...

Ela sorriu mais uma vez, com aquele olhar saudosista e melancólico, depois de uma breve pausa, continuou:

- Carla... A mãe dele, dizia que significava "Soberano do Sol" em um antigo idioma. E havia uma lenda sobre um dragão de fogo que era cultuado como um deus do sol naquela região. E o nome do conto era Sckarshantallas. Mas todos o chamam apenas de "Sckar", o que ironicamente também faz muito sentido... Pois era para ser apenas uma abreviação, só que sonoramente, é idêntico à palavra estrangeira que significa "Cicatriz", que pode ser tanto física quanto emocional. E apesar dos sorrisos, acho que ele nunca superou totalmente, crescer sem os pais...

Ela parecia se espantar, dava uns tapinhas nas próprias bochechas, como para tentar acordar, apesar de que não parecia sonolenta. Ela forçava outro sorriso e continuava:

- Desculpa, que tudo isso caia entre nós, por favor... Afinal, não sei porque estou falando tanto assim de coisas tão pessoais... Devo estar "naqueles dias".

Ela riu e prosseguiu com a conversar, retomando o assunto principal.

- É muito bom que você seja cauteloso! Pensar antes de agir é o que nos impede de errar, ou ao menos, nos ajuda à errar menos. É normal que com sua idade, já esteja aprendendo isso, mas ele ainda tem um longo caminho pela frente. Apesar de que devo admitir que ele melhorou muito. Como pode ver, ele até decidiu fundar essa sociedade. Com vários amigos valiosos, tanto em seus talentos quanto em seus valores morais.
E a história que me contou de sua vida, é muito parecida com a dele, acho que se darão muito bem.


Então o pokémon balão interrompeu a conversa. O garoto pegou seus dados com a pokédex e depois recebeu permissão para soltar seus pokémons, que ficaram ali, ao lado dele. Ciri se empoleirou em seu ombro direito, enquanto Wolf ficava ao lado de sua canela esquerda. Ambos estavam muito felizes e piavam/grunhiam como se cantarolassem alegremente. Sem sinais do mangusto.

Depois o garoto retomou a conversa e a moça foi conversando com ele:


Ren escreveu:
— Mas como eu sugeri, sei pouquíssimo sobre minha mãe... sei apenas que se chama Erika, deve ter 31 ou 32 anos hoje, e acho que ela gostava de flores também. Já o meu pai, Hiro, ele era um pescador bem conhecido em Cinnabar, mas ele faleceu faz pouquíssimo te–temp ...


Ela então ficava pensativa, enquanto os pokémons dele tentavam reanima-lo. Após poucos instantes, ela dizia:

- Bem... Talvez possamos te ajudar à encontrá-la. Ou ao menos, saber o que houve com ela. Como já faz muito tempo, não prometo nada. Mas podemos te ajudar à investigar...

Após isso ele bebeu mais água, buscando se estabilizar, ela pegou a lista e concluiu:

- Bela lista, mas vai ser bem difícil! Como todos os sonhos devem ser: Belos e difíceis! Conosco ou sozinho, você conseguirá realizá-los eventualmente. Mas ficaremos contentes se trilhar esse caminho conosco.

E então, o que me diz?


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