Quando contei sobre minha mãe, Cindy demonstrou-se solicita em ajudar a descobrir o que havia acontecido.
— Eu acho que minha mãe não nos abandonou... Acho que, por algum motivo, ela foi forçada a nos deixar... Quando eu perguntava sobre ela para o meu pai, ele sempre mantinha o mesmo discurso — de que ela havia ido embora quando eu era apenas um bebê — e não falava muito além disso. Mas quando eu fui ficando mais velho, eu comecei a notar que havia algo estranho: meu pai nunca pareceu guardar nenhum ódio ou rancor contra ela, o que eu acho que aconteceria em um caso "normal" de abandono. — Faço uma pequena pausa reflexiva, e depois continuo: — Eu acho que meu pai não acreditava que ela tenha ido embora por vontade própria e, não só isso, mas também suspeito que ele estava procurando por ela... Só não sei porque ele esconderia isso de mim...
Assim como Cindy havia me contado histórias e detalhes que pareciam bastante pessoais, eu me sentia confortável e seguro para expressar verbalmente coisas que, até então, estavam apenas sendo mastigadas dentro da minha mente.
A moça por volta dos seus 30 anos pegou a lista para dar uma olhada. Após analisá-la, ela me incentiva e de certa forma "elogia" os objetivos, embora ressaltando que não seriam nada fáceis. Na sequência, ela me convida para entrar na equipe.
— Hmmm... Eu não sei... Certamente os ideais da A.V.E.N.G.E.R.S. estão alinhados com o que eu acredito, e também parece ser vantajoso para os dois lados... — Dizia, retomando a lista das mãos de minha anfitriã. — E não é que seja insegurança, mas como eu disse antes, eu não sou muito de tomar decisões por impulso... Será que vocês me dariam um pouco de tempo para pen– — Minha fala era auto interrompida por algo que chamava atenção na minha visão periférica. Se tratava de um dos itens da lista. Eu ainda não havia decorado todos e meu deja vu sobre o nome "Rocket" começava a fazer sentido.
Provavelmente qualquer adolescente e adulto que olhasse um objetivo daqueles, trataria como algo impossível e surreal, inalcançável no campo da realidade. Entretanto, para uma criança de 10 anos ou menos, como era o caso de meu pai quando fez a lista, sonhos utópicos e inocentes como esses eram completamente possíveis. Eu havia decidido cumprir aquela lista e, por mais que a lógica fosse contra me fazer acreditar que seria capaz daquilo, meus instintos e minha vontade diziam que eu deveria me esforçar. Afinal, como eu poderia honrar a memória do meu pai sem ao menos tentar? Talvez o grupo Rocket não agisse ali naquela região, mas, se fosse o caso, certamente alguma outra organização deveria dominar o crime local. Aquele item não era sobre um grupo criminoso em específico, mas sobre um ideal. Após algum tempo de reflexão, eu me dirijo a Cindy novamente:
— Desculpe, senhorita Cindy, mas acho que acabei de mudar de ideia. Eu quero entrar pra A.V.E.N.G.E.R.S., o que preciso fazer? — Digo com uma mudança de tom para mais confiante, que deve até ter deixado a moça meio confusa ou curiosa do porquê.
— Eu acho que minha mãe não nos abandonou... Acho que, por algum motivo, ela foi forçada a nos deixar... Quando eu perguntava sobre ela para o meu pai, ele sempre mantinha o mesmo discurso — de que ela havia ido embora quando eu era apenas um bebê — e não falava muito além disso. Mas quando eu fui ficando mais velho, eu comecei a notar que havia algo estranho: meu pai nunca pareceu guardar nenhum ódio ou rancor contra ela, o que eu acho que aconteceria em um caso "normal" de abandono. — Faço uma pequena pausa reflexiva, e depois continuo: — Eu acho que meu pai não acreditava que ela tenha ido embora por vontade própria e, não só isso, mas também suspeito que ele estava procurando por ela... Só não sei porque ele esconderia isso de mim...
Assim como Cindy havia me contado histórias e detalhes que pareciam bastante pessoais, eu me sentia confortável e seguro para expressar verbalmente coisas que, até então, estavam apenas sendo mastigadas dentro da minha mente.
A moça por volta dos seus 30 anos pegou a lista para dar uma olhada. Após analisá-la, ela me incentiva e de certa forma "elogia" os objetivos, embora ressaltando que não seriam nada fáceis. Na sequência, ela me convida para entrar na equipe.
— Hmmm... Eu não sei... Certamente os ideais da A.V.E.N.G.E.R.S. estão alinhados com o que eu acredito, e também parece ser vantajoso para os dois lados... — Dizia, retomando a lista das mãos de minha anfitriã. — E não é que seja insegurança, mas como eu disse antes, eu não sou muito de tomar decisões por impulso... Será que vocês me dariam um pouco de tempo para pen– — Minha fala era auto interrompida por algo que chamava atenção na minha visão periférica. Se tratava de um dos itens da lista. Eu ainda não havia decorado todos e meu deja vu sobre o nome "Rocket" começava a fazer sentido.
9. Prender todos os Rockets e desfazer o grupo do mal!
Provavelmente qualquer adolescente e adulto que olhasse um objetivo daqueles, trataria como algo impossível e surreal, inalcançável no campo da realidade. Entretanto, para uma criança de 10 anos ou menos, como era o caso de meu pai quando fez a lista, sonhos utópicos e inocentes como esses eram completamente possíveis. Eu havia decidido cumprir aquela lista e, por mais que a lógica fosse contra me fazer acreditar que seria capaz daquilo, meus instintos e minha vontade diziam que eu deveria me esforçar. Afinal, como eu poderia honrar a memória do meu pai sem ao menos tentar? Talvez o grupo Rocket não agisse ali naquela região, mas, se fosse o caso, certamente alguma outra organização deveria dominar o crime local. Aquele item não era sobre um grupo criminoso em específico, mas sobre um ideal. Após algum tempo de reflexão, eu me dirijo a Cindy novamente:
— Desculpe, senhorita Cindy, mas acho que acabei de mudar de ideia. Eu quero entrar pra A.V.E.N.G.E.R.S., o que preciso fazer? — Digo com uma mudança de tom para mais confiante, que deve até ter deixado a moça meio confusa ou curiosa do porquê.