(008) — So It Goes...

Homens são umas criaturas engraçadas, né?

Pude sentir na forma como me respondeu que Patrick estava cansado de ser manipulado. Uma tristeza, ainda mais porque planejava me divertir mais um pouco, mas fazer o quê? Mais engraçado que esse súbito desinteresse só ver que, mesmo com esse tamanho todo, o surfista não teve coragem de falar que me acha, no mínimo, maluca. Partiu logo pra resposta ácida, pro comentário ríspido. Tosco, ainda mais depois de eu já ter usado ele para conseguir o que queria. É verdade, ele ofereceu ajuda, mas quem aqui acredita que Patrick buscou em seu coração a compaixão de ajudar uma pobre garota de Johto perdida em Galar? Modéstia à parte, é óbvio que se eu fosse igual aquelas meninas coadjuvantes de anime que não chamam atenção de ninguém, ele sequer teria respondido minha pergunta sobre a fila minutos atrás.

— Tá bom, Patrick. Nem precisamos mais dessa conversa fiada. — respondi na mesma intensidade, colocando a bolsa no ombro e já me encaminhando para o navio — Segue teu rumo. Espero que se divirta em Slateport.

Já que não poderia mais manipulá-lo ao meu querer, que diferença faria manter aquela personagem simpática e boazinha? Só queria chegar naquele barco, apagar e só acordar em LaRousse. Finalmente Galar ficaria para trás e, ah, uma coisa é certa: nunca mais ponho meus pés nessa maldita região.

Galar!