A estranheza e velocidade que as coisas aconteciam me fazia esquecer por completo o que aconteceu agora pouco. Ok, ok, eu sei que foi tipo... ontem, mas veja só, eu já gastei tanto dinheiro e fui tão consumista que o pós-sequestro foi suprimido com futilidades. Não deu nem tempo de sofrer o pós-trauma; eu estava eufórica.
Pensando bem, euforia é uma coisa muito comum no pós-traumático até... né?!
Arg, não sei. Se eu fosse psicóloga ou médica eu provavelmente saberia isso, mas como não sou (e nem ninguém aqui é), deixarei essa dúvida no ar. No fundo, no fundo, bem lá no fundo, eu suspeito de algum vestígio ou cicatriz que Galar deixou mas por cima?! Por cima eu estou certa de que estou bem. Desembarquei em La Rousse de noite, em um céu pouco-estrelado. Não sei te dizer ao certo se é nuvens ou luminosidade urbana; mas estou certa de que uma ora ou outra vai chover.
Talvez amanhã.
Bem, isso não importava muito; meu único intuito naquela cidade era matar-quem-me-matava. Acho que posso dizer assim; ao menos é o que dizem para fome. Mas esse não era o caso dessa vez, eu só queria matar a saudade de ver o tal do Nicholas. Fazia tempo que não o via; depois da nossa doida despedida, fui obrigada a partir com um sentimento de que não o veria nunca mais.
A questão é que eu sempre vou embora assim mas... ah, mas bem, esse nunca mais nunca acontece. Dizem que não se deve dizer "nunca" né?! É uma palavra meio dura. Pois bem; me despedi de Ayzen com um "quê" de até logo que até sentia falta de confiar. Todas as minhas últimas despedidas tinham um gosto de "não sei se terá um de novo, mas espero que tenha". No Monte Pyre eu estava certa de que um de nós morreria; em Forina, estava certa de que Nicholas não iria querer me ver de novo e, por fim, no Battle Tower, eu já duvidava se deveria o ver mais uma vez. Bem, devendo ou não, lá estava eu, pronta para mais uma dose de surto.
Até por que, esse vai-e-volta, disse-me-disse, fica-não-fica servia como uma luva para ativar todos os poros da minha pele e vermelhar por completo minha face. De raiva, de vergonha e, principalmente, de calor. Olhei-o ao longo do Centro Pokemon; eu já o tinha visto mas ele parecia ocupado demais (ou distraído o suficiente) para simplesmente não me ver. Deixei-o andar para lá e para cá por um bom tempo e, quando enfim tomei coragem, caminhei em direção ao rapaz. Ele havia acabado de iniciar uma breve caminhada para o destino mais óbvio; a saída. O persegui calmamente e, atrás d'ele, acabei parando na praça bem à frente.
Ele parecia estar ocupado. Eu devo atrapalhar?! Melhor não. Por um instante dei as costas; esperei que ele não tivesse me visto até que eu tomasse uma decisão. Quando tomei-a, fiz o ato num impulso, até porque, se não fosse impulsivo, eu nunca iria findar coisa alguma:
- Ei, Nicholas - E o chamei. Era simples, tosco mas... ah, mas ver Nicholas era sempre assim. Era sempre como se fosse a primeira vez.
Pensando bem, euforia é uma coisa muito comum no pós-traumático até... né?!
Arg, não sei. Se eu fosse psicóloga ou médica eu provavelmente saberia isso, mas como não sou (e nem ninguém aqui é), deixarei essa dúvida no ar. No fundo, no fundo, bem lá no fundo, eu suspeito de algum vestígio ou cicatriz que Galar deixou mas por cima?! Por cima eu estou certa de que estou bem. Desembarquei em La Rousse de noite, em um céu pouco-estrelado. Não sei te dizer ao certo se é nuvens ou luminosidade urbana; mas estou certa de que uma ora ou outra vai chover.
Talvez amanhã.
Bem, isso não importava muito; meu único intuito naquela cidade era matar-quem-me-matava. Acho que posso dizer assim; ao menos é o que dizem para fome. Mas esse não era o caso dessa vez, eu só queria matar a saudade de ver o tal do Nicholas. Fazia tempo que não o via; depois da nossa doida despedida, fui obrigada a partir com um sentimento de que não o veria nunca mais.
A questão é que eu sempre vou embora assim mas... ah, mas bem, esse nunca mais nunca acontece. Dizem que não se deve dizer "nunca" né?! É uma palavra meio dura. Pois bem; me despedi de Ayzen com um "quê" de até logo que até sentia falta de confiar. Todas as minhas últimas despedidas tinham um gosto de "não sei se terá um de novo, mas espero que tenha". No Monte Pyre eu estava certa de que um de nós morreria; em Forina, estava certa de que Nicholas não iria querer me ver de novo e, por fim, no Battle Tower, eu já duvidava se deveria o ver mais uma vez. Bem, devendo ou não, lá estava eu, pronta para mais uma dose de surto.
Até por que, esse vai-e-volta, disse-me-disse, fica-não-fica servia como uma luva para ativar todos os poros da minha pele e vermelhar por completo minha face. De raiva, de vergonha e, principalmente, de calor. Olhei-o ao longo do Centro Pokemon; eu já o tinha visto mas ele parecia ocupado demais (ou distraído o suficiente) para simplesmente não me ver. Deixei-o andar para lá e para cá por um bom tempo e, quando enfim tomei coragem, caminhei em direção ao rapaz. Ele havia acabado de iniciar uma breve caminhada para o destino mais óbvio; a saída. O persegui calmamente e, atrás d'ele, acabei parando na praça bem à frente.
Ele parecia estar ocupado. Eu devo atrapalhar?! Melhor não. Por um instante dei as costas; esperei que ele não tivesse me visto até que eu tomasse uma decisão. Quando tomei-a, fiz o ato num impulso, até porque, se não fosse impulsivo, eu nunca iria findar coisa alguma:
- Ei, Nicholas - E o chamei. Era simples, tosco mas... ah, mas ver Nicholas era sempre assim. Era sempre como se fosse a primeira vez.
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O Mahiro é o melhor do mundo <3