Pokémon Mythology RPG
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Havia sido fácil - talvez até demais, se parasse para pensar. A própria consciência sequer tentara se iludir com a possibilidade de resolver com velocidade a confusão no coração e na cabeça de Karinna e, bem, não é surpreendente afirmar quão baixa sua guarda estava quando a moça simplesmente parou de se debater, o olhar perdido finalmente parecendo se focar na batalha obrigatória que agora se desenrolava diante de ambas. Em silêncio, limitou-se a observar enquanto a respiração da loira ia e vinha; Imaginou as engrenagens em seu cérebro girando enquanto parecia tentar absorver a situação em que haviam se metido e, principalmente, tentar encontrar a melhor saída para seu óbvio inferno particular.

— ...Bem... — Arriscou, um sussurro inquieto ao pé do ouvido da moça enquanto arriscava afrouxar um pouco o forte - e firme! - aperto no qual a envolvia. — Não acho que essa é uma opção. Não fazer nada, digo. — Comentou, um sorriso simples despontando do canto dos lábios ao se dar conta de que, sim, Bley não tentaria mais se arremessar de maneira inconsequente para baixo dos punhos poderosos do lutador avermelhado. — Até porque, a gente precisa fazer algo com ele, né? — Piscou, antes de libertá-la daquela improvisada prisão de carne e calor. — ...Cuidado. — Pontuou, a mão esquerda se apoiando no ombro direito da monotreinadora, a atenção enfim se volvendo verdadeiramente para o combate. — Você, mais do que ninguém, deve saber que não podemos nos descuidar. — Murmurou, um balançar de cabeça inquieto, e os dígitos se apertaram com delicadeza sobre a manga de suas roupas. Por fim, a atenção volveu na direção de seu amável companheiro gelatinoso. — Kaleo, Protect e Psychic! — Instruiu, simples. Com o auxílio da barreira refletora, o jovem Solosis muito provavelmente seria capaz de resistir por mais uma rodada - entretanto, também tinha a consciência de que esse fato não seria verdadeiro se permitisse que o pequenino sofresse mais do que um único golpe por parte de Throh.

Resumo da ópera: Devia ter cuidado.

...

— ...Ah? — Se viu exclamar, incerta, os orbes acinzentados se demorando um pouco no adversário antes de desviarem, lentos, na direção de Bley. Desarme foi a primeira coisa que se estampou, gritante, em sua expressão; Trôpega, a consciência bailou ao redor das palavras vocalizadas pela companheira e, com sua confissão mórbida, reinou a quietude. Naquele breve instante infinito, sílabas e verbos escaparam de sua garganta tal qual prisioneiro posto em liberdade após anos sem sequer ser capaz de enxergar a luz do sol.

...Um arrepio maldito escorreu por sua espinha, e um tique singelo fê-la torcer os dedos da mão livre - analisou, por um momento que fosse, o tecer de letras tão despretensiosamente arremessado por Karinna, sem saber se desejava encontrar deboche ou veracidade; E ambas as opções tão recheadas de possibilidades não só para o coração, como também para as maldições e demônios que tanto a perseguiam ao longo de toda uma jornada assombrada.

Mais uma vez.

...

Não soube responder.
Infelizmente, não teria como.

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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O forte golpe sofrido por Sushi despertou Karinna daquela raiva tempestuosa e irracional que havia tomado conta da monotreinadora ao adentrar o local. Agora mais consciente da situação já não se debatia com a necessidade feroz de enfrentar ela mesma aquele poderoso lutador, assegurando a amiga que não faria mais alguma estupidez... ao menos não aquela... após um instante para que pudessem dar novas orientações aos pokemons que combatiam, agora em meio de confissões e pedidos proferidos pela loira... aos quais a ruiva sequer soube como agir direito. Talvez parecesse inacreditável quantas vezes e o quão perto tinha estado de perder sua amiga, quem sabe simplesmente o momento não estivesse ajudando, ou ainda o receio do que os arquitetos daquele lugar poderiam fazer com aquela informação...

Enquanto dialogavam, uma batalha se desenrolava bem a frente das duas. Manju era convocada ao combate e prontamente seguia os comandos de ajudar Sushi que disparava mais um poderoso golpe Psíquico, agora reforçado pelo golpe de Espeon. Throh então começava a dar sinais mais claros dos danos extensos dos vários golpes, e revidava com mais um golpe potencializado pelas dores que sentia, mas abafado pela barreira de Solosis, que erguia uma, mais resistente diante de si mesmo
Alakazan atacava mais uma vez o lutador, que agora já se via quase sem forças para revidar, perante mais um golpe reforçado da preguiça, e tão logo o acertava, o pequeno Kaleo o derrubava. Sushi se aproximava dele com sua colher apontada... parou diante dele, e olhou para sua treinadora, esperando alguma ordem...


       


Throh:
normal
Hold Item:
Black belt
Trait:
Guts

lv50 Throh


0/180
[Remember] - Route 111 - - Página 7 Throh
[Remember] - Route 111 - - Página 7 Solosis[Remember] - Route 111 - - Página 7 Alakazam[Remember] - Route 111 - - Página 7 Espeon
lv20 Kaleo


26/48
lv37 Sushi


29/104
lv25 Manju


67/67
Trait 1:
Magic guard
Trait 2:
Inner Focus
Trait 3:
Magic bounce
Hold Item 1:
power belt
Hold Item 2:
Twistad Spoon
Hold Item 3:
~x~
Kaleo:
normal
Sushi:
normal
Manju:
normal


Campo: Uma pequena casa de palafita


PROGRESSOS DA ROTA - Karrina :

PROGRESSOS DA ROTA - Shianny :

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remember.


E o lutador caía diante de meus olhos. Seu kimono, manchado e maltrapilho, já não mais chamava atenção; suas pernas, curtas e machucadas, estremeciam em dor e agora apoiava-se em um de seus joelhos enquanto Alakazam ameaçava-o com sua psíquica colher. Vulnerável... Ali estava a situação que tanto pedi a Arceus, onde finalmente poderia ter a vingança que tanto almejei desde aquela fatídica noite em Cianwood. Um suspiro emergiu do pulmão, um sorriso sádico manifestou-se no rosto e o coração aliviou-se com o sentimento de dever cumprido...

Agora plenas, as janelas cerúleas decidiam olhar em volta, trazendo consigo memórias que há tanto se escondiam no interior do consciente; no canto direito, a perfeita réplica da mesa de casa e, com ela, o cheiro do café-da-manhã que só a matriarca conseguia fazer. A mente pintava todo aquele cenário como muitos anos atrás e, lá estava ela, viva e abraçada conversando com a pequena Karinna enquanto observava os aquáticos nadarem pelo infinito oceano da rota quarenta e um...

... Que saudade.

A desistência de tentar entender como o consciente funcionava já era perceptível, mas, dessa vez, os olhos cerravam e deixavam-se levar àquela memória - agora, observando tudo como uma terceira pessoa. Os olhos enchiam-se de água e a mão direita balançava rente à cintura, buscando a de Natalie, que por mais que não pudesse ser carregada à lembrança, possivelmente entenderia o que se passava.

Minha avó dizia que eu era como um pássaro: livre, com asas grandes o suficiente para ir a qualquer lugar e capaz de cantar uma perfeita melodia silenciosa que certamente encantaria qualquer um por onde voava. Sua baixa e fina voz ecoava por todo cômodo, ressoando nos ouvidos como tortura, faltando lágrimas para simbolizar a dor que sentia dentro do peito... Por quê?

Porque te tiraram tão cedo de mim?

E lá estava ela abraçada com a pequena Karinna. Vestia seu vestido favorito, de mangas curtas e amarelo com margaridas. Seus óculos, tão antigos mas que sempre se recusava a trocar, repousavam sobre o pescoço. Seus cabelos grisalhos refletiam o forte sol que fazia fora da janela e seus olhos eram ainda mais azuis do que me lembrava. Puxou a pequena criança para perto de si e pude sentir o abraço sincero que dera seguido de um "te amo" que terminou de despedaçar o que sobrava do meu coração... A mão esquerda estendeu-se na direção delas, mas o único passo que decidi dar trouxe a consciência de volta para o presente.

Ela não poderia estar mais enganada... Não há melodia, tampouco asas grandes o suficiente para libertar a existência do pesadelo que é carregar a dor da perda dentro do peito. Se o consciente trouxe a lembrança de volta para potencializar o sentimento de vingança, pois bem, havia conseguido o que queria. Os pulmões encheram-se de ar e a mão que se estendia agora repousava sobre a direita que segurava a de Natalie:

— Você não vai querer assistir isso. — um sorriso sincero formou-se para a ruiva dentre as lágrimas, que aos poucos, deixavam de jorrar dos olhos — Sushi, Psychic. Imobilize-o.

Os pés giraram sobre seu próprio eixo e, com passos lentos e calmos, o sorriso foi se desfazendo a cada centímetro que me aproximava do lutador. Os punhos fecharam-se em rapidez e um soco acertou diretamente o peito do Pokémon. Naquele momento, não havia dor prévia nas falanges que superariam a vontade que explodia o íntimo com vingança. E assim foi, um atrás do outro, até cobrirem-se com sangue e desfigurarem o rosto do maldito Throh, que não só pintava as alvas mãos em rubro novamente, mas também as vestes e toda a madeira que recobria o cômodo. Uma verdadeira cena de crime. Não sabia exatamente quando pararia, mas não me importava; precisava colocar para fora aquilo que guardei por tantos e tantos anos.

...

Minha avó dizia que eu era como um pássaro.

Hoje vejo que não porque sou livre,

Mas porque o mundo inteiro é a minha gaiola.


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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Foi apenas quando o lutador tombou de joelhos que a consciência, repentinamente arrastada para longínquo lugar, ameaçou retornar ao corpo pútrido que habitava; Dispersa, saboreou uma vitória sem gosto, resolução ou frases de efeito - enxergou, em silêncio amargo, o distanciamento explícito nos orbes safiras de Karinna e, neles, as lágrimas que despontavam. Tremular inquieto foi aquele que a abalou quando, simples e só, o tato apercebeu-se dos dedos da monotreinadora tentando enlaçar-se com os próprios: De maneira alguma, porém, ousou lutar contra tal contato, tão tímido e ínfimo - permitiu-se entrosar os dígitos silenciosamente, o peito subindo e descendo, o consciente tentando buscar uma compreensão que não era capaz de alcançar.

Naquele breve - e infinito - momento de silêncio, uma pequena partícula de seu coração informou o que o cérebro não era capaz de processar: Prevendo desgraça que não poderia controlar, a mão livre se desviou na direção da esfera até então guardada do pequeno companheiro gelatinoso e, sem parar para pensar duas vezes, recolheu-o, evitando mantê-lo exposto à qualquer caos que poderia começar de maneira repentina - ora, tão atormentada já era sua consciência; Por qual motivo se permitiria deixar o pequenino testemunhar quaisquer maldições que poderia tranquilamente fingir que sequer haviam acontecido?

Não que houvessem rolado, de qualquer maneira.

...

Os temores se provaram válidos, de certa forma, em pouquíssimo tempo; O ápice da tormenta se iniciou com uma delicadeza extremamente singular - a atenção foi tragada pela monotreinadora, quando ela tomou sua mão entre as próprias, um sorriso gentil transpassando pela face e contrastando enormemente com o desejo d'alma que escoava do interior após sua inundação: Palavras, reações e atos foram o estopim para um esbanjar furioso dos sentimentos que, até então, se engarrafavam no coração da donzela criminosa.

O primeiro soco que visualizou, então, foi também o pino arrancado da granada entalada no peito; Estourou, sacudiu, perdeu-se. Os dedos se apertaram, o rosto volveu para o outro lado, o músculo cardíaco apertou-se não pela vítima física, mas pela sentimental que há décadas esgoelava-se para um vazio que não ousava responder de volta. As pálpebras caíram, e a ruiva se permitiu envolver pela escuridão indiferente de uma galáxia interior, discreta, os dentes apertando-se no interior das bochechas por um instante finito.

Não viu, mas ouviu.
Não interrompeu, também - não poderia, visto o pedido desesperado e quebrado de sua dama do lago de destino banhado no infortúnio.

Quando se há a chance do descarrego, o mais ético é permitir o extravasar, huh?
Que assim o fosse, então.

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Com a queda do poderoso lutador Karinna via várias cenas que resguardava em sua memória tal qual como o mais precioso tesouro, memórias de um tempo em que convivia com algumas das pessoas mais queridas para ela, tiradas de seu convívio em um acesso de fúria dos dois ali personificados naquele inimigo, então não foi surpresa alguma para sua amiga que agora quisesse extravasar toda aquela raiva contida e alimentada por tantos anos... Natalie se limitou a recolher seu pequeno e desviar o olhar quando a treinadora de Psíquicos espancava o corpo inerte do lutador imobilizado por Sushi.

Nesse momento não havia ferimento prévio que incomodasse o suficiente para parar... exagero? quem sabe... dificilmente conseguimos ver as emoções como algo mensurável, e quem pode afirmar com precisão o tamanho da dor, raiva, angustias... bem como felicidades, amores, conquistas de uma pessoa? é... ninguém ali arriscava fazê-lo... no momento em que o corpo do pokemon se dissolveu, deixando para trás apenas uma enorme poça de sangue, a loira estava exausta, suas mão esfoladas pelo ato de fúria extravasada... e na ausência do alvo, com uma pausa minima, a exaustão se fazia presente, cobrando seu preço


PROGRESSOS DA ROTA - Karrina :

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remember.


O cenário era pintado em rubro: uma enorme poça pincelava o solo de madeira, paredes e teto sofriam dos respingos dos desferidos golpes e já mal era possível ver a alva pele que tanto me é característica. As madeixas, molhadas e também cobertas de vermelho, recaíam sobre a expressão sádica e satisfatória que se mantinha estampada. Novamente, o que eram minutos, no consciente se tornavam horas; as agressões não paravam, a cada soco uma lembrança familiar surgia na mente, justificando no âmago o extravaso da vingança. E assim continuei.

E continuei...

Até não sobrar mais nada.

Em certo ponto, o corpo de Throh se dissolveu em meio ao depósito de sangue que jazia embaixo de si, mas isso não impediu a fúria de continuar se manifestando, agora no chão. Apesar do sadismo, as lágrimas continuavam a cair diante do caleidoscópio de lembranças; as feridas nas mãos abriram-se novamente e, então, Alakazam resolveu dar um fim a tudo isso. Aos pouco senti o corpo envolver-se em uma aura cor-de-rosa, inicialmente resistida, mas a mente e o corpo já estavam tão sobrecarregados que não havia mais força para fazê-lo.

Sushi me posicionou ao lado de Natalie e aproveitei para retorná-lo para sua esfera bicolor. Levantei-me aos poucos, coberta de sangue dos pés a cabeça; fitei as orbes acinzentadas da ruiva, consentindo logo em seguida - não precisava dizer uma única palavra, somente agradecer por me deixar fazer o que deveria ser feito.

— ... — engoli seco, tentando limpar o rosto com os ante-braços, sem sucesso, já que também estavam sujos de sangue — Não aguento mais esse lugar. — começava a sentir a dor que vinha de ambas as mãos — Qu-que merda. — grunhi de dor enquanto caminhava para a porta — Ao menos você está aqui comigo, né, Wooper? — abri um sorriso — Veremos qual trauma nos aguarda na próxima. — apontei na direção da porta exatamente na frente dessa — Já estou de saco cheio, vou chegar chutando tudo.

E, bom, não estava mentindo. Já cansada, com as mãos sangrando e a mente em pura exaustão, continuar nesse maldito lugar acabaria fazendo com que perdesse de vez o que me resta de sanidade. Caminhei em passos largos e, assim que parei na frente da porta, chutei-a com a perna direita...

Que incomode bastante quem tenha que incomodar...

Não tem como ficar pior do que já está, né?


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As pálpebras se abriram, mais uma vez: Não por cansaço de se manterem cerradas, ou tampouco por algum tipo de gosto ávido para testemunhar a belíssima desenvoltura da monotreinadora em sua explosão rancorosa da mais pura e raivosa vingança - mas simples e somente pela consciência repentina de que, de todo o ciclo de violência que Karinna agora encerrava, apenas as consequências restariam; Soube disso, inclusive, por conta da diferenciação de sons que se alterou para as pancadas de carne contra carne para os tão conhecidos murros contra superfícies duras e ásperas. Os orbes acinzentados de Chase apreciaram a liberdade por um instante singelo, vagando pelo ambiente agora vazio e tingido de rubro, antes de enfim repousarem na imagem trêmula da criança solitária aprisionada no corpo de adulta sádica. Questionou-se sobre a real diferença entre as duas - e não tinha certeza se seria capaz de encontrar resposta para tal questão.

— ... ... ...Acho que ninguém aguenta. — Deixou escapar, sussurro perdido ao vento. Balançou a cabeça, em silêncio, assim que a tempestade de seus olhos encontrou a maresia dos alheios. Observá-la banhada no quente carmim de um Throh era, para dizer o mínimo, caótico; O odor férrico e pútrido invadia-lhe os pulmões, em baile visceral que atiçava os sentidos mais pré-históricos de uma existência que beirava esquizofrenia, tantas eram as assombrações que rodopiavam ao redor de sua sanidade. — ...Se esse lugar é um espaço entre a morte e a vida, até que ponto o que encontramos é real ou não? — Divagou, num murmúrio distante enquanto aspirava as partículas amargas do líquido vital, o peito subindo e descendo enquanto admirava o caminhar balançado da moça que, se parasse para pensar, daria uma bela modelo do festival Tomatina.

...Para si mesma, sorriu, afetada.
Era engraçado o que o destino lhe reservava.

— O que mais eles podem ter? — Riu, balançando os ombros enquanto caminhava atrás da loira. Vislumbrou, por momento singelo, o desenho do unicórnio estampado na porta clara, pouco antes que Karinna tomasse a frente da imagem e, sem mais e nem menos, tentasse abrir a passagem de maneira não muito... Sutil, por assim dizer. Não tinha certeza se ela seria bem sucedida mas, por via das dúvidas, a atenção volveu para a porta metálica vizinha: Se a moça não fosse capaz de abrir a primeira, huh, então faria sua tentativa com a segunda.

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Karrina era impedida de continuar com aquele acesso de fúria por seu próprio pokemon que a envolvia em uma redoma protetiva a garota até tentou resistir, mas não teve forças para talera levada pelo psíquico com seus poderes até Natalie, que havia aberto os olhos ao perceber pelo soar diferente dos últimos socos dados na madeira que a cena de espancamento havia acabado e era "seguro" olhar novamente, ao abrir os olhos sua amiga era acomodada junto a si, de forma que poderia lhe dar um abraço, se assim desejasse...

Estavam ambas tão fartas daquele lugar que sequer pensaram duas vezes em deixar o local, se perguntando o que diabos mais aquele lugar poderia lhes reservar? a mono treinadora estava cansada, irritada e chegava chutando a porta oposta, ornamentada com um unicórnio... que na visão das duas poderia ser considerada uma ponyta um tanto diferente, mas que não se davam ao trabalho de observar melhor.

Ao abrir a porta, um belo campo gramado extenso era visto, o sol brilhava e bem mais afrente, debaixo de uma árvore uma garotinha podia ser vista brincando com a forma viva do unicórnio que estampava a porta escancarada


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Sem dúvidas a maneira como me apresentava não combinava com o que encontrávamos por trás da porta: um verde e ensolarado infinito se manifestava diante de nossos olhos, trazendo consigo uma falsa calmaria que rapidamente se instalava dentro da já exausta mente. As janelas anis cerravam-se; as mãos, ainda em dor, abriam suas palmas para o falso sol, tentando aproveitar os raios solares que surgiam, fazendo com o que íntimo esquecesse por um milésimo de segundo que nada daquilo provavelmente era real...

... Será que algum dia voltarei a sentir o queimar da estrela central de verdade?

Ou será esse nosso eterno purgatório?

Abri os olhos somente para perceber o unicórnio desenhado na porta escancarada. Observei-o por alguns segundos, sem entender muito bem do que se tratava. Tornei minha atenção para o infinito mais uma vez e, à distância, era possível ver uma criança brincando exatamente com o Pokémon que havia acabado de ver... E que gracinha! Parecia uma Ponyta, só que... bonita? Sua crina e pelugem coloridas chamavam bastante atenção e, bom, por mais que quisesse vê-la de perto, nada nesse maldito umbral demonstrou ser amigável até agora... Então, todo cuidado é pouco.

— Como lidaremos com isso? — tentava novamente limpar o sangue do rosto, sem sucesso — É pra chutar o balde de vez ou tentaremos simpatia dessa vez? — tornava a prender o cabelo em rabo-de-cavalo, fitando Natalie e logo depois a garota e o Pokémon à distância — Será... — levei o indicador direito ao queixo por alguns segundos — Que eu consigo roubar aquele Pokémon? — ri, sabendo que a pergunta repentina e aleatória ao menos tiraria um sorriso da ruiva — ... Calma aí.

A mão direita adentrou a bolsa e, sem esforço algum, buscou a esfera de Wynaut. Sem mesmo soltá-la, pressionei o botão central e liberei a curiosa criaturinha azulada no chão, buscando-a no colo antes mesmo que pudesse sair correndo como costuma fazer. Não sem antes a pequena se assustar com meu corpo coberto de sangue; mas logo deu de ombros, já que fora avisada por seus irmãos que sua treinadora não é lá muito boa da cabeça... Tenho certeza que Sushi faz questão de dizer isso para todos os monstrinhos que capturo.

— Essa é a Yasai. — estiquei ambos os braços até deixar a psíquica bem próxima ao rosto da ruiva, onde Wynaut a cumprimentou com um beijinho — Minha arma secreta. Não existe criatura maligna no universo que aguente esse charme todo. — virei de frente para Natalie, fazendo uma pose com a pequena no colo, o que era um tanto cômico tendo em vista minha situação física — Com esse rostinho aqui e esse Pokémon, consigo encantar qualquer um. — sequer fazia ideia da imagem caótica que Chase estaria olhando no momento; meu corpo, coberto de sangue, era tudo, menos convincente - tinha certeza que parecia ter saído diretamente de um filme de terror — Mas... — segurei Yasai com uma única mão, escondendo a boca com a outra, por mais que a garota com o cavalo não conseguisse ouvir àquela distância toda — ... Se ela não quiser, a roubamos do mesmo jeito.

Sinalizei com a cabeça para Chase e, em passos largos porém cuidadosos, comecei a me aproximar da árvore que aquela - provavelmente perversa - criatura se encontrava.

— Olá... — sorri, olhando rapidamente para a ruiva e sinalizando com a cabeça para que me ajudasse na encenação — Tudo bem? Que Pokémon lindo que você tem aí... Qual o nome dela?


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Pelo menos naquele instante em específico, a ideia de verificar qualquer outra porta foi deixada para trás quando, sem mais problemas, a passagem cedeu sob a sola de Karinna. As pálpebras se apertaram em reação automática, discretas, quando o astro diurno brilhou no manto celestial - que, válido dizer, julgou como falso - que repentinamente tomou conta daquilo que deveria ser o teto do cômodo e, suave, o cenho se franziu diante da paisagem inesperada que se abriu naquilo que deveria ser, simples e somente, um projeto medieval de mansão.

— Então também podemos encontrar esse tipo de coisa? — Murmurou, esfregando uma das bochechas com a base da palma, a respiração indo e vindo em delicada agonia - ritmo que se deu principalmente quando os orbes vigiaram a moça tingida de sangue à sua frente, a luz do "sol" sendo majoritária responsável por expor e delinear a mórbida visão com a qual a companheira se apresentava. — Você ainda acha que dá pra ter algo bom daqui? — Foi sua resposta à questão da outra, um balanço de cabeça discreto sendo a maior sinalização de sua negação. Qualquer dos jeitos, não foi capaz de evitar um breve sorriso de canto diante da ousadia a respeito de um possível roubo do pangaré colorido que saltitava sobre a relva. — Pegou cleptomania e eu não tô sabendo, Dona Bley? — Provocou, um riso discreto que escapou até o momento que a moça liberou o pequeno projeto de balãozinho azul e... Bem, não pôde dizer que não derreteu.

— Yasai? — Perguntou, e deixou um riso escapar com o beijinho que recebeu. Suave, ergueu uma das mãos na altura da filhote, afagando-lhe a cabeça com delicadeza. — Apesar de que, a única pessoa que você encantaria nesse exato momento, provavelmente seria o Drácula... Por achar que era uma oferenda. — Acrescentou - palavras estas que acabaram arremessadas ao vento, quando a moça deu-lhe as costas e se afastou enquanto divertia-se com a ideia de ter aquele projeto de unicórnio só para si. Natalie a observou por alguns segundos, e balançou a cabeça antes de optar por segui-la, em distância segura; Os dedos foram atrás de uma de suas esferas bicolores e, sutis, a apertaram entre si assim que a conseguiram, limitando-se a observar a interação que a loira desenvolvia com o ser à frente.

...Não sabia qual seria o caos que enfrentariam dessa vez...
Mas não estava disposta a pensar que ele não existia.

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