[Vermilion] Imagine

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As três equipes se separavam, com Blair acompanhando o ranger e Patrice, que sem dúvidas ficou muito feliz por estar com um homem alto, forte, que poderia a proteger, mas repetia o nome do seu amado em mente, para não cair em tentação. Saphire seguia com Rayssa até a área administrativa, onde o cheiro de tinta era mais forte. Gray, por si só, seguia com um monte de Pokémons fantasmas para a central de controle.

Sala administrativa...

A área administrativa era grande. O corredor dava para três portas: a copa, onde estava vazia. A sala do diretor da usina, também vazia, pois, ainda chegaria à mobília, e a sala administrativa propriamente dita, também vazia. Os meninos tinham trabalhando ali a semana toda, tirando tudo o que não prestava (ou seja, tudo). As meninas seguiam com Rotom logo a frente. O Pokémon de Rayssa era um fominha por energia. Hora ou outra o Electric se desfazia em uma corrente elétrica e entrava nos cabos na parede, que ele sentia onde estava. Logo acima, onde seriam colocadas lâmpadas, o Pokémon aparecia, mostrando um percurso do interruptor da parede até a lâmpada. Era uma graça para ele.

Saphire apontava sua lanterna para aquela grande sala vazia. Aproximava-se da janela e do pequeno buraco na parede, onde outrora ficava um grande ar condicionado. Aquele lugar era muito frio a noite, diferente do calor matinal. - Confesso que estou um pouco perdida... O que a gente tem que procurar mesmo?!

Sala de máquinas...

Patrice sabia que não ia trair o seu amado menor de idade, mas isso não impedia ela de ficar bem próxima do Ranger. Mioto não se incomodava, até porque, era normal sentir um pouco de tensão no ar, afinal,  a usina de noite era um pouco aterrorizante. De onde eles estavam, era possível ouvir a represa, que fora criada através do desvio de um rio que ia para o mar. Lá fora, a longe, vários Psychics continuam a água, reversando de hora em hora.

A porta da sala de máquinas era aberta pelo Ranger, cuja entrada era um mezanino/pé direito, que dava visão para algumas máquinas que se sabe lá o que faziam. Várias delas tinham máquinas com telas que seriam usadas para poder armazenar e distribuir eletricidade, quando estiver funcionando. Havia máquinas em forma de tubo grande, umas das primeiras a chegar naquela semana, tendo outras a caminho. Ali era um espaço para uma busca mais minuciosa...

Embora ambos estivessem com lanternas, as chamas do Infernape de Mioto eram o suficiente para uma visão curta. Patrice se distanciava do Ranger, enquanto ao seu lado ela procurava entre as máquinas ali. Blair flutuava perto da menina.

Central de controle...

Gray entrava na sala de controle. Aparecia logo em cima de um mezanino/pé direito, no alto. Ele descia as escadas com seus Pokémons, em especial, Conde, que pulava os degraus em uma brincadeira inocente. O menino até a parte debaixo, cujo equipamento antigo tinha sido restaurado pelos técnicos de Sienna. O menino olhava aquelas máquinas e embora não fosse engenheiro, conseguia diferenciar algumas que contavam a pressão na presa, na turbina e alguns dados de distribuição de energia. Era ali que eles faziam a dispersão de energia para metade da região... Também não tinha muitas máquinas, dando muitos espaços para os fantasmas vasculharem. Rotom estava adorando ir de máquina em máquina, ligando-a parcialmente e saindo... Não tinha força para gerar nenhuma energia.

Sala de máquinas...

Patrice e Mioto talvez fossem os mais céticos. Blair flutuava naquele grande tubo, encarando-o e depois flutuando para outro lado. Os três se separavam ali. Estavam tão concentrados em encontrar o que queriam, sem saber o que era, que mal notaram o ar gélido esbranquiçado saindo de suas bocas para exterior. Blair parava no ar... Em um sussurro chamava por alguém! Maagiii..., mas ninguém respondeu, até porque estava bem baixa.

Mioto encontrava-se em uma máquina em sua frente, que ele nem sabia o que fazia, mas achou interessante ver que a tela estava ficando congelada. Ele usava uma luva que revelava os dedos, o que fortalecia a pegada de objetos, preservando a sensibilidade das pontas... Ele tocava e sentia o frio e só então notou que saiu um ar gélido de sua boca. Virou rapidamente para procurar Patrice e se surpreendia deixando a sua lanterna cair no chão, mas ainda com a visão proveniente da luz de Infernape. Das sombras de um canto, uma figura alta saia de cabeça baixa e fazendo o seu cabelo cobrir parcialmente o corpo. Seus olhos se abriam mais para tentar acreditar no que via, enquanto seu coração aumentava a frequência. Seus pulmões dilatavam. O sangue começava a circular pelo corpo, nutrindo os músculos, como se o corpo reagisse antes da mente e gritasse para o Ranger outrora cético: corra! Mas a sua voz não saia nem para dar alguma ordem para infernape, que nem precisou!

O Pokémon abria a boca e disparava umas labaredas de fogo, que só atingia a parede, mas assustava mais Blar e Patrice. As duas iam ao encontro das chamas, não porque achavam que era um fantasma, mas porque sabia que Mioto tinha um tipo fogo.

- Eu a vi!- era o que o ranger proferia, após sair da sua passageira crise de pânico e era conduzido pelo seu Infernape, que o ajudava apoiando-o em seu corpo.

- Ok, vamos atrás do Gray agora!- dizia a valente mulher, que tinha que assumir a situação agora. Uma coisa é lutar contra algo físico, outra coisa era lutar contra a sua própria mente. Com velocidade, a menina pegava o walkertoker e agora rompia o silêncio com todos.

”- Encontramos algo, mas acho que ela já foi!”- julgava a loira após notar que o frio tinha passado, mas também, o Flameothrew de Infernape tinha culpa disso. ”- Gray, nos encontre na entrada, AGORA! – Blair assumia agora, abrindo os seus olhos que brilhavam verde e assim uma aura verde cobria o corpo dela, de Patrice, Infernape e Mioto... Era a forma dela de prevenir qualquer dano...