OFF: Ei narrador(a)! Eu estou esperando Nicholas-Ran-Mailson para fazer a missão da sociedade mas ele deve demorar. Se ele demorar demais, farei sem ele, mas nesse início só treinarei esperando. Espero que se divirta :> Winnie ta meio melancólica faz um tempo e vou usar esse espaço pra desenvolver personagem. Se você quiser fazer isso com meus pokémons com base na personalidade deles, fica a vontade :>
OFF²: Detalhes em ON - Lucky Egg de Clefable para Electabuzz. Power Up Punch no lugar de Electro Ball.
OFF³: Adicionar na personalidade de Bragui-Togekiss a seguinte base "Desnecessariamente confiante. Não enxerga muito bem os próprios erros"
A sela de Bragui desaparecia e a única coisa que eu sentia era inveja. Como eu queria - do fundo do meu coração - ser algum item desses que carrego comigo. Desses que, após um voo conturbado, só precisa ser dobrado e encaixado em algum compartimento inútil de uma mochila que tudo-guarda. Queria não ter peso, não ter motivação e, principalmente, viver sem ter que simplesmente buscar metas inúteis. Lá estava eu, descendo em um Centro após mais uma sequência de vôos pós-ginásio.
Não é só isso... é? É tão minimo e simplório assim?
Se eu fosse simplesmente um objeto, eu poderia ter minha utilidade sem procurar preencher o vazio que é o resto dos dias em que sou inútil. Se bem que... parando para pensar... até minha utilidade é inútil.
Eu não sei quando isso começou; não consigo nem apontar uma época em que esboçava-se o início de uma melancolia. A vida se tornou tão sem sentido que eu simplesmente não consigo saber para onde ela vai ou de onde veio.
Não tem sentido então não tem vetor.
Não era tão simples assim seguir sem vetor. Mais uma vez repito: eu queria ser um objeto que sumisse. E quando voltasse, tivesse uma certa utilidade a alguém. No momento sou só um provável número. Não direi que sou um estorvo, até porquê, não dou trabalho para ninguém, mas certamente não tenho utilidade.
Talvez minha única função atual seja ocupar espaço e tempo de outrem. É... pensando por esse lado, eu provavelmente sou um estorvo.
Pra que diabos fui até Norman? Qual o motivo de eu ter passado por tudo aquilo? Qual a utilidade? Não é como se eu tivesse uma carreira promissora pela frente; também não é como se isso foi necessário para minha subsistência. Subsistência essa que - hoje em dia - não passa disso. Pouco de novo surge e eu sinto falta de um quarto, uma casa, uma família, uma escola ou... arg, o que é que seja que eu possa dizer "quero voltar". Esse é o ponto que a maioria desiste... imagino. Mas ao invés disso, eu nem tenho como desistir. Parece até que sou um personagem de Gibi; obrigada por algum escritor-onipotente a continuar.
Quando isso começou? Desci de Togekiss já assim; amassei a sela na mochila já assim. Foi no Norman? Não, não, isso parece bem mais anterior.
Veja só, olha eu de novo tentando encontrar uma origem que não existe. Até porque essa origem tem raízes (muito prováveis) no agora e também no início de tudo. Meu peito batia forte-e-rápido demais. Coloquei a mão esquerda ao meio dos seios, buscando meu coração; que eu já não tinha mais certeza se passava bem. Pressionei forte e, na mesma intensidade, pressionei o botão central da esfera de Togekiss.
Meu pescoço doía. Há dias que eu ando olhando para o chão. Guardei a esfera no bolso do shorts, botei a mão vazia na nuca, massageei-a enquanto procurava meu coração que - por algum motivo estranho - não sentia. Era com uma respiração pesada e curta que eu entrava no estabelecimento... tentando não olhar para o chão dessa vez.
Caminhei sem pressa até a área de treino, revirei a pupila dentro da esclera e dei uma boa avaliada em quem estava no meu alcance.
Ninguém.
Ou melhor, ninguém que eu ache relevante. O Centro de Mossdeep nunca me foi útil; então não conheço nada nem ninguém aqui. Procurei um espaço oco; daqueles que não está só vazio, mas que parece triste, estragado e... bem, oco. A aparência não precisava ser ruim, só precisava ser um canto: isolado & esquecido. Um daqueles em que um conhecido não vá me ver por puro instinto de olhar-para-lá.
Achei. Óbvio que achei; a história é minha então eu acho as coisas... por enquanto. No mais, soltei meus seis pokémons. Voilá, mais um treinamento automático, ridículo e sem ânimo quase nenhum. Togekiss mesmo me vira e estranhara me ver; não acabei de retorná-lo para esfera? É... esse vem e vai não parece ser muito divertido. Arranhei a garganta, tentando por algum tipo de entusiasmo na minha voz:
- É... vamos treinar - Falhei por completo. Completo. Não havia um pingo de vida na minha fala e Freya pareceu se identificar com o tom mórbido e frígido - Electabuzz, Togekiss e Vanillite, vocês vão aprender... golpes. É... a gente ainda faz isso - Pedi o Lucky Egg de Clefable e passei para Electabuzz - Froslass, Clefable e Jellicent não. Vocês vão só treinar mesmo.
Bati palmas e o som estranhamente ecoou. Como se não houvesse mais som nenhum para reverberar o ambiente; não sei se isso de fato aconteceu, mas na minha cabeça foi assim. Esperei que meu ouvido parasse de ouvir aquele eco horrível e tentei começar o "trabalho":
- Electabuzz, Power-up Punch - Vocalizei o comando - Use o Brick Break de base. Lembre que o golpe quebra barreiras e te permite dar golpes mais fortes, pense nisso quando for tentar efetuar o golpe. Não é só "força" que te deixa mais forte, mas técnica também. - Deixei-o vendo o CD, enquanto isso ia até os dois pokémons que já tinham visto o próprio golpe - Togekiss, você vai aprender o Flamethrower. Use o Tri Attack como base; use-os quantas vezes quiser para sentir o efeito de fogo. Vamos utilizá-lo para alguma coisa, pode ser? Você Vanillite, precisa usar o Harden como base. Seu golpe é mais difícil, mas lembre que você é um mineral e como todo bom e velho mineral, tem propriedades metálicas. Vamos buscar elas aos poucos.
Eu tentava, com muita força, esboçar algum tipo de entusiasmo, mas nada sabia. Eu já estava tão acostumada a fazer aquilo que minha voz saia no automático. Não havia mais "ensinamento" que eu não poderia tentar... o sucesso de minha orientação era dúbio, mas ao menos eu já havia aprendido como começar. Caminhei pesadamente até o segundo grupo e os dividi em outros dois:
- Jellicent e Clefable, Especial Attack - Vocalizei outra vez a ordem - Ice Beam versus Flamethrower; tentem empurrar o poder uma da outra - A desvantagem de tipo era estratégica, visando o equilíbrio a partir da vantagem de nível e poder especial que Freya já tinha - Froslass, dê uma volta no campo para aquecer. Logo mais começaremos uma corrida.
Era isso; um treino cinza. Eu sabia fazer meu trabalho mesmo que desanimada, eu só não conseguiria mimar ninguém hoje, tanto que ao fim das orientações eu apenas me afastei. Caminhei até o banco mais ao canto possível, sentei nele de braços abertos e pernas cruzadas, como quem via um cenário e o apreciava. Minha vista ia ao aquém; repousando (fixamente) em alguma samambaia artificial daquele seto de treinos. Fachada! Eu mal estava vendo; eu enxergava, é claro, mas não prestava atenção. Minha mente estava em Violet, nos meus pais, nas minhas amigas de infância, em Tyr quando ainda era uma Chikorita e em Ashley... pera, em Ashley?
... Acho que nunca senti tanta saudade da minha irmã na vida. Talvez seja a primeira vez que eu lembre dela em todo o meu poke-percurso, até porque não somos próximas e nunca fomos... ainda assim eu sentia tanta falta dela; uma falta inexplicável. Pode ser porque para ela eu era útil... né?
OFF²: Detalhes em ON - Lucky Egg de Clefable para Electabuzz. Power Up Punch no lugar de Electro Ball.
OFF³: Adicionar na personalidade de Bragui-Togekiss a seguinte base "Desnecessariamente confiante. Não enxerga muito bem os próprios erros"
A sela de Bragui desaparecia e a única coisa que eu sentia era inveja. Como eu queria - do fundo do meu coração - ser algum item desses que carrego comigo. Desses que, após um voo conturbado, só precisa ser dobrado e encaixado em algum compartimento inútil de uma mochila que tudo-guarda. Queria não ter peso, não ter motivação e, principalmente, viver sem ter que simplesmente buscar metas inúteis. Lá estava eu, descendo em um Centro após mais uma sequência de vôos pós-ginásio.
Não é só isso... é? É tão minimo e simplório assim?
Se eu fosse simplesmente um objeto, eu poderia ter minha utilidade sem procurar preencher o vazio que é o resto dos dias em que sou inútil. Se bem que... parando para pensar... até minha utilidade é inútil.
Eu não sei quando isso começou; não consigo nem apontar uma época em que esboçava-se o início de uma melancolia. A vida se tornou tão sem sentido que eu simplesmente não consigo saber para onde ela vai ou de onde veio.
Não tem sentido então não tem vetor.
Não era tão simples assim seguir sem vetor. Mais uma vez repito: eu queria ser um objeto que sumisse. E quando voltasse, tivesse uma certa utilidade a alguém. No momento sou só um provável número. Não direi que sou um estorvo, até porquê, não dou trabalho para ninguém, mas certamente não tenho utilidade.
Talvez minha única função atual seja ocupar espaço e tempo de outrem. É... pensando por esse lado, eu provavelmente sou um estorvo.
Pra que diabos fui até Norman? Qual o motivo de eu ter passado por tudo aquilo? Qual a utilidade? Não é como se eu tivesse uma carreira promissora pela frente; também não é como se isso foi necessário para minha subsistência. Subsistência essa que - hoje em dia - não passa disso. Pouco de novo surge e eu sinto falta de um quarto, uma casa, uma família, uma escola ou... arg, o que é que seja que eu possa dizer "quero voltar". Esse é o ponto que a maioria desiste... imagino. Mas ao invés disso, eu nem tenho como desistir. Parece até que sou um personagem de Gibi; obrigada por algum escritor-onipotente a continuar.
Quando isso começou? Desci de Togekiss já assim; amassei a sela na mochila já assim. Foi no Norman? Não, não, isso parece bem mais anterior.
Veja só, olha eu de novo tentando encontrar uma origem que não existe. Até porque essa origem tem raízes (muito prováveis) no agora e também no início de tudo. Meu peito batia forte-e-rápido demais. Coloquei a mão esquerda ao meio dos seios, buscando meu coração; que eu já não tinha mais certeza se passava bem. Pressionei forte e, na mesma intensidade, pressionei o botão central da esfera de Togekiss.
Meu pescoço doía. Há dias que eu ando olhando para o chão. Guardei a esfera no bolso do shorts, botei a mão vazia na nuca, massageei-a enquanto procurava meu coração que - por algum motivo estranho - não sentia. Era com uma respiração pesada e curta que eu entrava no estabelecimento... tentando não olhar para o chão dessa vez.
Caminhei sem pressa até a área de treino, revirei a pupila dentro da esclera e dei uma boa avaliada em quem estava no meu alcance.
Ninguém.
Ou melhor, ninguém que eu ache relevante. O Centro de Mossdeep nunca me foi útil; então não conheço nada nem ninguém aqui. Procurei um espaço oco; daqueles que não está só vazio, mas que parece triste, estragado e... bem, oco. A aparência não precisava ser ruim, só precisava ser um canto: isolado & esquecido. Um daqueles em que um conhecido não vá me ver por puro instinto de olhar-para-lá.
Achei. Óbvio que achei; a história é minha então eu acho as coisas... por enquanto. No mais, soltei meus seis pokémons. Voilá, mais um treinamento automático, ridículo e sem ânimo quase nenhum. Togekiss mesmo me vira e estranhara me ver; não acabei de retorná-lo para esfera? É... esse vem e vai não parece ser muito divertido. Arranhei a garganta, tentando por algum tipo de entusiasmo na minha voz:
- É... vamos treinar - Falhei por completo. Completo. Não havia um pingo de vida na minha fala e Freya pareceu se identificar com o tom mórbido e frígido - Electabuzz, Togekiss e Vanillite, vocês vão aprender... golpes. É... a gente ainda faz isso - Pedi o Lucky Egg de Clefable e passei para Electabuzz - Froslass, Clefable e Jellicent não. Vocês vão só treinar mesmo.
Bati palmas e o som estranhamente ecoou. Como se não houvesse mais som nenhum para reverberar o ambiente; não sei se isso de fato aconteceu, mas na minha cabeça foi assim. Esperei que meu ouvido parasse de ouvir aquele eco horrível e tentei começar o "trabalho":
- Electabuzz, Power-up Punch - Vocalizei o comando - Use o Brick Break de base. Lembre que o golpe quebra barreiras e te permite dar golpes mais fortes, pense nisso quando for tentar efetuar o golpe. Não é só "força" que te deixa mais forte, mas técnica também. - Deixei-o vendo o CD, enquanto isso ia até os dois pokémons que já tinham visto o próprio golpe - Togekiss, você vai aprender o Flamethrower. Use o Tri Attack como base; use-os quantas vezes quiser para sentir o efeito de fogo. Vamos utilizá-lo para alguma coisa, pode ser? Você Vanillite, precisa usar o Harden como base. Seu golpe é mais difícil, mas lembre que você é um mineral e como todo bom e velho mineral, tem propriedades metálicas. Vamos buscar elas aos poucos.
Eu tentava, com muita força, esboçar algum tipo de entusiasmo, mas nada sabia. Eu já estava tão acostumada a fazer aquilo que minha voz saia no automático. Não havia mais "ensinamento" que eu não poderia tentar... o sucesso de minha orientação era dúbio, mas ao menos eu já havia aprendido como começar. Caminhei pesadamente até o segundo grupo e os dividi em outros dois:
- Jellicent e Clefable, Especial Attack - Vocalizei outra vez a ordem - Ice Beam versus Flamethrower; tentem empurrar o poder uma da outra - A desvantagem de tipo era estratégica, visando o equilíbrio a partir da vantagem de nível e poder especial que Freya já tinha - Froslass, dê uma volta no campo para aquecer. Logo mais começaremos uma corrida.
Era isso; um treino cinza. Eu sabia fazer meu trabalho mesmo que desanimada, eu só não conseguiria mimar ninguém hoje, tanto que ao fim das orientações eu apenas me afastei. Caminhei até o banco mais ao canto possível, sentei nele de braços abertos e pernas cruzadas, como quem via um cenário e o apreciava. Minha vista ia ao aquém; repousando (fixamente) em alguma samambaia artificial daquele seto de treinos. Fachada! Eu mal estava vendo; eu enxergava, é claro, mas não prestava atenção. Minha mente estava em Violet, nos meus pais, nas minhas amigas de infância, em Tyr quando ainda era uma Chikorita e em Ashley... pera, em Ashley?
... Acho que nunca senti tanta saudade da minha irmã na vida. Talvez seja a primeira vez que eu lembre dela em todo o meu poke-percurso, até porque não somos próximas e nunca fomos... ainda assim eu sentia tanta falta dela; uma falta inexplicável. Pode ser porque para ela eu era útil... né?
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O Mahiro é o melhor do mundo <3