Pokémon Mythology RPG
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Big TV _White Lies

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OFF: Ei narrador(a)! Eu estou esperando Nicholas-Ran-Mailson para fazer a missão da sociedade mas ele deve demorar. Se ele demorar demais, farei sem ele, mas nesse início só treinarei esperando. Espero que se divirta :> Winnie ta meio melancólica faz um tempo e vou usar esse espaço pra desenvolver personagem. Se você quiser fazer isso com meus pokémons com base na personalidade deles, fica a vontade :>
OFF²: Detalhes em ON - Lucky Egg de Clefable para Electabuzz. Power Up Punch no lugar de Electro Ball.
OFF³: Adicionar na personalidade de Bragui-Togekiss a seguinte base "Desnecessariamente confiante. Não enxerga muito bem os próprios erros"

A sela de Bragui desaparecia e a única coisa que eu sentia era inveja. Como eu queria - do fundo do meu coração - ser algum item desses que carrego comigo. Desses que, após um voo conturbado, só precisa ser dobrado e encaixado em algum compartimento inútil de uma mochila que tudo-guarda. Queria não ter peso, não ter motivação e, principalmente, viver sem ter que simplesmente buscar metas inúteis. Lá estava eu, descendo em um Centro após mais uma sequência de vôos pós-ginásio.
Não é só isso... é? É tão minimo e simplório assim?

Se eu fosse simplesmente um objeto, eu poderia ter minha utilidade sem procurar preencher o vazio que é o resto dos dias em que sou inútil. Se bem que... parando para pensar... até minha utilidade é inútil.
Eu não sei quando isso começou; não consigo nem apontar uma época em que esboçava-se o início de uma melancolia. A vida se tornou tão sem sentido que eu simplesmente não consigo saber para onde ela vai ou de onde veio.

Não tem sentido então não tem vetor.

Não era tão simples assim seguir sem vetor. Mais uma vez repito: eu queria ser um objeto que sumisse. E quando voltasse, tivesse uma certa utilidade a alguém. No momento sou só um provável número. Não direi que sou um estorvo, até porquê, não dou trabalho para ninguém, mas certamente não tenho utilidade.
Talvez minha única função atual seja ocupar espaço e tempo de outrem. É... pensando por esse lado, eu provavelmente sou um estorvo.

Pra que diabos fui até Norman? Qual o motivo de eu ter passado por tudo aquilo? Qual a utilidade? Não é como se eu tivesse uma carreira promissora pela frente; também não é como se isso foi necessário para minha subsistência. Subsistência essa que - hoje em dia - não passa disso. Pouco de novo surge e eu sinto falta de um quarto, uma casa, uma família, uma escola ou... arg, o que é que seja que eu possa dizer "quero voltar". Esse é o ponto que a maioria desiste... imagino. Mas ao invés disso, eu nem tenho como desistir. Parece até que sou um personagem de Gibi; obrigada por algum escritor-onipotente a continuar.

Quando isso começou? Desci de Togekiss já assim; amassei a sela na mochila já assim. Foi no Norman? Não, não, isso parece bem mais anterior.

Veja só, olha eu de novo tentando encontrar uma origem que não existe. Até porque essa origem tem raízes (muito prováveis) no agora e também no início de tudo. Meu peito batia forte-e-rápido demais. Coloquei a mão esquerda ao meio dos seios, buscando meu coração; que eu já não tinha mais certeza se passava bem. Pressionei forte e, na mesma intensidade, pressionei o botão central da esfera de Togekiss.

Meu pescoço doía. Há dias que eu ando olhando para o chão. Guardei a esfera no bolso do shorts, botei a mão vazia na nuca, massageei-a enquanto procurava meu coração que - por algum motivo estranho - não sentia. Era com uma respiração pesada e curta que eu entrava no estabelecimento... tentando não olhar para o chão dessa vez.
Caminhei sem pressa até a área de treino, revirei a pupila dentro da esclera e dei uma boa avaliada em quem estava no meu alcance.

Ninguém.

Ou melhor, ninguém que eu ache relevante. O Centro de Mossdeep nunca me foi útil; então não conheço nada nem ninguém aqui. Procurei um espaço oco; daqueles que não está só vazio, mas que parece triste, estragado e... bem, oco. A aparência não precisava ser ruim, só precisava ser um canto: isolado & esquecido. Um daqueles em que um conhecido não vá me ver por puro instinto de olhar-para-lá.

Achei. Óbvio que achei; a história é minha então eu acho as coisas... por enquanto. No mais, soltei meus seis pokémons. Voilá, mais um treinamento automático, ridículo e sem ânimo quase nenhum. Togekiss mesmo me vira e estranhara me ver; não acabei de retorná-lo para esfera? É... esse vem e vai não parece ser muito divertido. Arranhei a garganta, tentando por algum tipo de entusiasmo na minha voz:
- É... vamos treinar - Falhei por completo. Completo. Não havia um pingo de vida na minha fala e Freya pareceu se identificar com o tom mórbido e frígido - Electabuzz, Togekiss e Vanillite, vocês vão aprender... golpes. É... a gente ainda faz isso - Pedi o Lucky Egg de Clefable e passei para Electabuzz - Froslass, Clefable e Jellicent não. Vocês vão só treinar mesmo.

Bati palmas e o som estranhamente ecoou. Como se não houvesse mais som nenhum para reverberar o ambiente; não sei se isso de fato aconteceu, mas na minha cabeça foi assim. Esperei que meu ouvido parasse de ouvir aquele eco horrível e tentei começar o "trabalho":
- Electabuzz, Power-up Punch - Vocalizei o comando - Use o Brick Break de base. Lembre que o golpe quebra barreiras e te permite dar golpes mais fortes, pense nisso quando for tentar efetuar o golpe. Não é só "força" que te deixa mais forte, mas técnica também. - Deixei-o vendo o CD, enquanto isso ia até os dois pokémons que já tinham visto o próprio golpe - Togekiss, você vai aprender o Flamethrower. Use o Tri Attack como base; use-os quantas vezes quiser para sentir o efeito de fogo. Vamos utilizá-lo para alguma coisa, pode ser? Você Vanillite, precisa usar o Harden como base. Seu golpe é mais difícil, mas lembre que você é um mineral e como todo bom e velho mineral, tem propriedades metálicas. Vamos buscar elas aos poucos.

Eu tentava, com muita força, esboçar algum tipo de entusiasmo, mas nada sabia. Eu já estava tão acostumada a fazer aquilo que minha voz saia no automático. Não havia mais "ensinamento" que eu não poderia tentar... o sucesso de minha orientação era dúbio, mas ao menos eu já havia aprendido como começar. Caminhei pesadamente até o segundo grupo e os dividi em outros dois:
- Jellicent e Clefable, Especial Attack - Vocalizei outra vez a ordem - Ice Beam versus Flamethrower; tentem empurrar o poder uma da outra - A desvantagem de tipo era estratégica, visando o equilíbrio a partir da vantagem de nível e poder especial que Freya já tinha - Froslass, dê uma volta no campo para aquecer. Logo mais começaremos uma corrida.

Era isso; um treino cinza. Eu sabia fazer meu trabalho mesmo que desanimada, eu só não conseguiria mimar ninguém hoje, tanto que ao fim das orientações eu apenas me afastei. Caminhei até o banco mais ao canto possível, sentei nele de braços abertos e pernas cruzadas, como quem via um cenário e o apreciava. Minha vista ia ao aquém; repousando (fixamente) em alguma samambaia artificial daquele seto de treinos. Fachada! Eu mal estava vendo; eu enxergava, é claro, mas não prestava atenção. Minha mente estava em Violet, nos meus pais, nas minhas amigas de infância, em Tyr quando ainda era uma Chikorita e em Ashley... pera, em Ashley?

... Acho que nunca senti tanta saudade da minha irmã na vida. Talvez seja a primeira vez que eu lembre dela em todo o meu poke-percurso, até porque não somos próximas e nunca fomos... ainda assim eu sentia tanta falta dela; uma falta inexplicável. Pode ser porque para ela eu era útil... né?

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Big TV _White Lies 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Winnie Freda pousava na instigante Mossdeep City, contudo, desta vez, ao invés de estar com aquele fogo no olhar de sempre, a extrema-alva garota parecia se deixar tomar pela melancolia que já vinha seguindo-a há algum tempo. A inutilidade de sua vida? Bem, se todos fôssemos parar para pensar, somos inúteis. Quem disse que precisava da nossa ajuda? Quem disse que nossos objetivos preenchem algo no mundo? Se a gente existisse ou não as coisas iriam realmente ter alguma realidade diferente das que já têm? Perguntas e questionamentos...

No que tange a carreira de um simplório treinador, Winnie até que estava se saindo bem. Tinha um time bastante forte e estava se tornando um destaque em Hoenn pelas suas vitórias em desafios de ginásio. Ora bolas, óbvio que aquilo tinha um objetivo, se não fosse ao menos ser uma mestre Pokémon ao vencer a liga da região ela pelo menos tinha explorado o continente e concedido experiência aos seus monstrinhos de bolso, não?

Enfim a jovem de cabelos rosados encontrou um espaço vazio caminhando a partir do campo de batalhas que existia nos fundos do Centro Pokémon de Mossdeep. Era meio que um terreno baldio de mato alto, pelo visto o dono do espaço não estava muito preocupado em mantê-lo bem cuidado. Para lidar com a frustração e a melancolia a brilhante Winnie teve a ideia de começar um TREINO. Isso mesmo, caro leitor-telespectador que fuça as coisas sem-sentido e fundadas nas vozes da minha cabeça que eu escrevo. Teria como a jovem propor algo mais chato e maçante do que isso? Provavelmente sim, mas não vamos dar essa liberdade à ela, vai que ela não reconhece os limites, não é mesmo?

Bragui que não aguentava mais tanto voar e ficar sendo solto e recolocado na Poké Ball teria que aprender a utilizar um movimento Fire-Type. Dizem que Tri Attack carregava em seu âmago uma energia de fogo, raio e gelo, e Winnie queria que dali fosse retirado conhecimento para executar um lança-chamas. Togekiss iniciou executando em repetição seu já conhecido Tri Attack, tentando focar nas labaredas que se formavam em uma das pontas do triângulo. Vanillite, por outro lado, parecia mais parado. Da onde Winnie queria que o sorvetão se enxergasse como um mineral? Água era um mineral? Bem, em outro ponto Electabuzz seguia as instruções dadas e disparava inúmeros golpes caratecas contra o ar, como se tivesse como tipo secundário o Fighting.

Froslass flutuava em alta velocidade em torno do terreno baldio enquanto as fofoletes Freya e Skuld faziam uma briga de egos com seus golpes especiais cruzando o campo e se chocando como um espetáculo qualquer de batalha de liga Pokémon. Fogo e gelo. Acho que isso foi até o nome de algum episódio da primeira temporada da série que retrata a desinteressante jornada de um moleque de Pallet. Falando em Pallet, ela devia estar bem mixuruca agora após as destruições climáticas. Será que algum treinador caridoso lembrou da esquecível cidade que era o lar do Professor Oak? Bem, esse assunto nem importa muito já que Freda já cumpriu seu dever civil em dar uma mãozinha por Johto.

Falando em Johto, um sentimento de nostalgia revestia a garota enquanto ela olhava fixamente para o campo de treinamento do CP que ela tinha deixado para trás a fim de não ser importunada por um conhecido. Ela sentia saudades de muitas coisas. Dizem que essa palavra não existem em outras línguas. É preciso formar quase uma frase, uma oração, com sujeito e verbo parar dizer que está com saudades. Será que é verdade? Não sei, não sou linguista. Sou um mero vouyer das aventuras de Winnie. Confesso que tenho até um certo prazer em ver ela cabisbaixa assim... Meu deus, estou até narrando em primeira pessoa. Que crime, senhor narrador, que crime. Seja mais impessoal e volte a querer bisbilhotar os porquês que Winnie acreditava que Ashley era mais últil que ela? Os porquês de sua relação de fraternidade com a irmã ser conturbada?

PROGRESSO escreveu:

Treino de TM
- Togekiss 1/5
- Electabuzz 1/5
- Vanillite 1/5
Treino de Stats 1/8 (mín.)
- Clefable  88/88
- Jellicent 136/136
- Froslass 55/55


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Big TV _White Lies FuT9MRk
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Levantei e fui trabalhar.

Inicio esse texto com uma certa desculpa; ou uma defesa, já que há quem prefere chamar assim. Antes de mais nada Winnie tirara as propriedades minerais do sorvete da PokeDex, era o Egg Group do pokémon. Ainda assim o acaso não estava errado em me dizer que aquilo não era suficiente. Eu precisava de mais; de muito mais.

Afinal de contas, o que é um metal?! E tal a diferença de Metal para Steel? Há a possibilidade de eu dar uma guitarra à Sif e esperar que ela toque algo e produza Flash Cannon?! Mas é óbvio que não. Estamos tratando de algo muito específico; um níquel, um aço, ferro ou lâmina... algo estritamente material. Era com base nisso que eu mudava minha orientação; tirava do bolso uma moeda prata qualquer e a afundava ao meio da testa de Sif:

- Isso é um metal, Sif. Flash Cannon não é um golpe para se produzir metais, mas pra usar as propriedades dele para conduzir energia - Eu posso até parecer inspirada quando você ler, mas certamente meu timbre era tão monótono quanto poderia - Veja como ele é perfeito em roubar calor. Aposto que até pra ti ele é meio... gelado, sabe? Meio rígido também... e gelado... e rígido e gelado... - Eu não sabia mais que isso; a partir dai seria trabalho dela.

Por ser justamente o trabalho dela compreender a partícula que lhe dei, fui até os próximo orientandos... pokémons que iam muito melhor, devo admitir. Electabuzz já conhecia o espectro lutador e isso lhe causava um certo entusiamos nas tentativas:
- Ok Hela, que você sabe dar uma sequência de Jab-Direto a gente já sabe, mas lembra que esse soco precisa te fortalecer pro próximo golpe. Te fortalecer é sempre em relação a alguém numa luta, ta? Então pensa em bater no seu alvo de uma forma que retorne rápido o braço e consiga impulso para que um Thunder Punch saia mais forte em seguida. Você pode por exemplo dar um jab Power-Up Punch e virar para a lateral, assim vai conseguir impulso para um direto Thunder-Punch. Você vai ver que seu golpe vai sair mais forte só por posicionamento.

Eu era boa nisso? Arg; parece até que o ser que me narra luta Boxe. Talvez vi tantas lutas que comecei a entender melhor como funciona, né?! Bem, só pode ser isso. Eu nunca fui uma pessoa que acompanhasse UFC ou algo do tipo, então não havia outra forma de saber disso... eu acho. Bem, por último vinha Togekiss; aquele ser indeterminado, que eu não conseguia saber se tinha sucesso ou não:
- Acho que depois de algumas repetições, podemos tentar usar só a frequência ígnea. Dependendo do resultado, a gente repensa o método, pode ser? - Fui recebida com um acenar de cabeças e asas. Isso por si só era deixa para eu ir aos próximos.

Próximos mas nem tanto. Do outro lado do terreno-baldio, Jellicent e Clefable faziam uma festa. Um pouco de água era visto no terreno e Freya parecia gostar disso. Eu? Nem um pouco. Pisei em uma das poças, espalhando a água mais ainda:
- Vocês vão secar isso, se não vão acabar atrapalhando Regin! Já que estão treinando ataques especiais, quero que usem as propriedades dos golpes de vocês. O fogo do Will-o-Wisp e o calor do Flamethrower para adiantar o processo - Fora ao fundo que via Froslass, levitando, sem dar muito problema a nada nem ninguém - Você... vai ter que começar a correr mais rápido. É só um aquecimento, mas é justamente para te saturar mesmo. Vamos fazer três blocos com pausas entre eles! Ida e volta três vezes e descanse.

Tarefa simples por enquanto, mas cansativa. E por falar em cansaço, uma simples rodada de orientações mais complexas me deixou exausta. Exausta mesmo! De forma que me joguei contra o banco; não sentei como as convenções sociais me obrigariam. Ali peguei mais uma onda de marasmo, com olhar fixo ao além, me obrigando a pensar na vida.

Um mineral... uma moeda... eu até tenho dinheiro. Tenho pokémons também. Tenho até uma certa fama, mas dinheiro é meio frígido, né? Não sei, eu nunca pensei que sair de casa sem um emprego seria meu novo "emprego". Nunca especulei sobre a sobrevivência que ser treinadora me garantia. Nunca cogitei questionar quem investia tanto dinheiro em minhas premiações; nem de onde vinham as "Global Missions", mas agora eu questiono tudo. Nesse exato momento Winnie já não gosta mais de viver e passa a usar seu tempo para questionar.

Afinal, se não sou útil agora (e nem antes), há como ser? Um flash me viera na cabeça e por um mísero instante eu tombei sob a cadeira, ficando curvada, quase caindo para frente. Apoiei meus cotovelos nos joelhos e com o antebraço fiz um suporte para o peso que era minha cabeça - que carregava em si a pesada e famosa consciência.

O que me fez baquear? Uma lembrança. A lembrança da reconstrução de Goldenrod... ou melhor, da destruição. Imagine só se eu não tivesse tirado Loki, Jellicent, Meganium, Persian ou Houndoom daquele espaço. Imagine só se eles também estivessem lá, mortos? Afogados? Presos? Dilacerados? A cena do Gyarados apodreciso que atravessara o sétimo andar da torre de rápido me viera como um soco; um muito mais forte que o mísero Power-up Punch que estou tentando ensinar. Um soco que me tomou o estômago; cambaleou minhas penas e fez minha cabeça tombar.

No fim, a humanidade é toda inútil mesmo. Inunda, corrói, destrói e mata. Se eu sou inútil para a humanidade, talvez eu esteja no caminho certo.

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O narrador quase acreditou que um fio de inspiração e motivação tinha surgido em Winnie ao vê-la se levantar e dar algumas ordens ao sorvetinho. Ah, narrador, como você é ingênuo. Winnie está no fundo do poço e você acreditando que ao ver o desempenho de seus Pokémons ela vai magicamente ficar curada. Uma vez eu estava triste e me disseram “você é tão lindo, fica bem”. Foi aí que fiquei curado da minha depressão: como eu nunca tinha pensado nisso antes? Oh meu deus, quem será mais egocêntrico? Eu que torno a narração sobre mim ou Winnie. Bem que poderia competir com ela, mas vou frustrá-la um pouco mais para que você, bisbilhoteiro, faça a decisão correta ao ver a verdade nua e crua da personalidade de Winnie Freda.

Para não dizer que a história da moeda não ajudou em nada, Vanillite usava seu poder especial sabor baunilha para fazer a moeda girar rapidamente diante de seu corpinho. Daquela forma, conforme o sol incidia sobre aquele pedaço de metal gelado, um ou outro reflexo de luz poderia ser notado por um observador atento. Electabuzz, por sua vez, demonstrava um desempenho invejável. Mas Winnie tinha que reclamar. Ela tinha que botar reparo no treino da Pokémon. Winnie, voceê não sabe que cada ser tem seu tempo e seu método para executar as coisas? Não é porque você vem com um papinho de lutadora de box fajuta que a elétrica vai se sair melhor. Você já olhou pra si mesma? Um suspiro de um Snorlax deve te mandar para os ares. Para sua sorte Electabuzz era mais resiliente que sua treinadora e a cada jab ou direto desferido ao ar, aos poucos uma aura de energia lutadora envolvia seu corpo um tanto roliço. Será que Hela queria na verdade é ser lutadora de sumô? Ela deveria é arranjar um tipo secundário antes, porque enquanto uma mera elétrica ela não receberia o famoso STAB ao exibir seus músculos. Você já se perguntou se aquilo tudo é pelo ou a pele dela é amarela? Se fossem pelos, deveriam estar ouriçados o tempo todo, não?

O piseiro que o confronto de gelo e fogo causava não agradava muito Freda, que logo ordenava que suas monstrinhas focassem em golpes Fire-Type para que o calor secasse o campo. Quanto a Froslass... Bem, se eu fosse a Froslass estaria revirando meus olhos por ter que ficar flutuando em alta velocidade em torno de um campo como aquele para deleite de minha treinadora. Ah, verdade, quase me esqueci: Bragui. Que tipo de nome é isso? Eu nem sei pronunciar com seguirança. Se as tremas não tivessem caído talvez minha dúvida fosse menor. E sim, estou narrando a história da carochinha dessa treinadora mediana (eu sei que lá atrás disse que ela era forte, mas gosto de provocá-la) em primeira pessoa mesmo. Afinal, eu sou o narrador e o narrador tudo-pode. Inclusive quebrar a quarta ou terceira barreira, não me lembro mais, como estou fazendo de forma recorrente.

Enfim, Bragui, o Togekiss, focava na fração ígnea de seu movimento e lançava uma espécie de Ember. Se quiser forçar um pouco, posso chamar de Will-O-Wisp também. Ah, e por falar em Will-O-Wisp, Skuld e Freya pareciam não ter compreendido muito bem a ordem de sua treinadora e lançaram seus movimentos flamejantes contra o campo! O matagal começava a ficar em chamas! May-day, may-day! Não era assim que eles falam em filmes? Oh, quem poderá nos salvar?

Saiba Winnie que não estou ignorando sua reflexão sobre sua inútil utilidade. Só não me apeteceu tratar dela agora. Quem sabe no próximo post você tenha mais sorte em ler outros dos meus pensamentos. Câmbio.

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Eu não conseguia identificar... eu estava... atrapalhando? Ah, acho que não; o desempenho dos seis estão bons-demais para eu estar atrapalhando... né? Ok, ok, não são pokémons bebês, eles são bem treinados e confiantes e certamente tem um autonomia que todo o treinador inveja... mas seria eu um atrapalhamento no meio disso tudo? Será que se eu ficasse quieta, eu ajudaria mais? Sabe, eles não estão mal, definitivamente não estão! Mas assim, eu sinto no meu âmago um amargo que me tira da inércia em todos os aspectos da minha vida.

Sabe, ta incomodando. Não ta incomodando só minha presença, minha reflexão ou meu treino. Está incomodando tudo e eu odeio quando me tiram da inércia. É tão confortável só seguir; a resistência do ar devia ser a única coisa a me frear, porque dela é fácil passar. Um empurrão ora ou outra é completamente viável e acessível a mim (e a qualquer um), mas o que me para agora, o que atrapalha meu movimento, o que me faz ser quase um ventilador que vai do ventilar à exaustar em instantes.... isso é uma força muito mais bruta. Uma força que não é a resistência do ar.

Uma força que talvez até tenha sentido; porquê força é vetor e todo o vetor tem sentido.
E o sentido, infelizmente, é ao contrário de tudo e todos. É justamente o contrário que desconheço.

Mais uma vez levantava. Destombava minha cabeça e usava todos os meus cinquenta quilos para tornar-me cem. Era difícil andar e respirar fundo doía... mas o que não dói, né? Arfando, joguei minha bolsa no banco. Virei-me para ela e cacei alguns itens que pudessem me ajudar a treinar-sem-falar. Intervir-sem-atrapalhar. Doar-sem-surgir-nas-vistas. A velha & nova estratégia de retirar do cenário forças para produzir golpes.

O primeiro item? Uma Heat Rock. Era mais que óbvio que ela seria dada ao Bragui; o pokémon sem tremas. E de fato não as deveria ter! Seu nome se pronunciava de forma até feia, mas era simbólico. Os lábios entravam para dentro da boca e saiam numa explosão tônica para encenar o Brá. Ao fim do movimento, os lábios retornavam a posição de repouso e abriam um sorriso curto, de dentes pouco-amostra e canto rebaixado. A língua ia até próxima dos dentes e finalizava: ki. Brá-ki.

Brá-ki que fazia brasas. Dei-lhe a Heat Rock para que sinta o calor e dele aumente o fogo. Era apenas instintivo; como num colar, "coroei" o meu lindo rei Bráki. Depois disso fui até Hela, que não precisava de mim. Minha intervenção era mais do que simples, lhe dei um mísero carinho na cabeça - era o máximo que conseguia fazer-, e lhe toquei a pele rajada. Aquilo podia não ser "pelo", mas certamente se assemelhava a tal.

A (e)static(a) do pokémon me tomou. Um choque - de realidade & com realidade - ultrapassou as pontas do meu dedo e fora até a nuca, me fazendo dar um pulo para trás. Eu não me acostumava com isso; eu nunca iria me acostumar. Apesar do rápido retorno, levei para mim uma famosa frase que odeio, mas que me parece útil agora: um passo para trás e dois para frente. (Re)aproximei. Toquei-a pelos ombros e massageei-a por um instante, como quem tentava sentir (e desestressar) grande parte de seus músculos. Não sabia se aquilo seria suficiente, mas sendo ou não, falaria com o próximo.

Há muitos pokémons para se decepcionar aqui, não posso ficar em apenas uma, né?! A próxima era Sif. A ela dei algo muito simples e tosco; um espelho. Apontei para o céu sem olhá-lo e cacei o sol com o dedo indicador:
- Se você for ver bem, para fazer um flash, você não precisa produzir nada, pode apenas refletir alguma luz que já exista - Ao dizer isso, movi o espelho para a diagonal, refletindo o sol na grama que ainda estava bem... mas aquilo não duraria muito - Viu só? Tem um feixe de luz ali que eu controlo com esse vidro aqui. Se você polir sua moeda, você consegue fazer isso com o níquel.

Fora a única coisa que falei... mas até que foi muito, né?! Querendo ou não Vanilitte estava desnecessariamente perdida e uma orientação-calada não parecia ser a solução. Ela precisava de ao menos um caminho! E que caminho lhe dei; um caminho burro que me custou muita coisa.

A luz que refleti somou-se as labaredas de Togekiss e logo mais o mato quente & seco do terreno baldio pegava fogo. Mas é óbvio que iria! Óbvio que iria! Mais que óbvio; trágico. Togekiss foi o primeiro a querer fazer algo; olhei-o de forma lateral, sem muito pudor, deixando claro que ele não deveria se meter.

Veja bem, Bragui não poderia fazer nada ali. No máximo produziria vento para piorar a situação. Fora pensando nisso que ordenei com um olhar fuzilador: fique onde está e continue seu treino, eu darei um jeito nisso.
Ao menos não haverá mais poças; o problema dará lugar a uma piscina.

- Freya, use Surf para resolver o problema, ok?! Seu treino vai ser apagar esse fogo sozinha. Enquanto isso farei outra coisa com Skuld e Regin - Só falei isso; se pudesse daria o Mystical Water para a pokémon, mas ela já tinha seus braços ocupados pelo Power Lens e... bem, ela não precisaria de muito mais. Assobiei, buscando a atenção de Froslass e Clefable. Estranhamente (ou não) as duas pokémons estavam inertes, fitando o fogo formado com certa admiração e medo - Voltem ao treino! Vamos mudar isso um pouco e deixar mais interessante. Clefable use seu Stored Power para empurrar Regin. Regin, tente correr contra os poderes psíquicos de Skuld, vamos ver quem cansa primeiro.

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Cara treinadora, agora, mas só por agora a deixarei chorar. Chorar suas lamentações até que um muro fosse construído à partir de suas lágrimas. Oh, porque se sentes tão inútil, minha filha? Explique para o seu caro narrador o que considera inutilidade e eu te guiarei, posso muitas vezes praguejar sobre você, mas tudo que quero é poder estender uma mão-amiga até você. Não quero que se sinta assim, não quero vê-la contorcer-se de angústia e de dor emocional. Winnie, você realmente acredita que precisa fazer uma diferença na humanidade para ter seu valor. É isso que torna alguém útil? Perdão, mas para mim isso é um discurso um tanto white savior. Me explique de uma vez por todas qual seu sentimento em relação à sua irmã. Como você têm se comparado com ela?

Bem, algo que ainda não entendi é como surgiu todo esse estado de humor tempestuoso. Contudo, procurarei focar agora em algo que entendi: Bragui. inda não se o que aquilo significa, mas sei ao menos agora como pronunciar corretamente em minha mente. Era um Pokemon sem tremas e sem temores. Nas palavras da própria Winnie ele é "desnecessariamente confiante". Pois bem, irei culpá-la. Lembra quando o fez vencer do Slaking de um líder renomado e em seguida o evoluiu duas vezes em pequenos minutos? Aquilo cm certeza fez com que o bebê crescesse rapidamente sem maturidade e com a ideia de que tudo podia. Pobre Bragui, o único aqui que tudo pode sou eu, o narrador. Você é apenas uma galinha decorada, Bragui. Coloque-se no seu lugar. Infelizmente não posso criticar seu desempenho e talvez estas minhas palavras te encham ainda mais de confiança: que rajada de fogo! Ao ser coroado pela pedra que guarda o calor do sol, as chamas se tornavam cada vez mais densas conforme eram disparadas pelo alvo-Pokémon. Por favor, Bragui, não se acostume, não irei mimá-lo por muito tempo, seu nome ainda me incomoda.

Aqui tentarei ser mais sucinto, Hela simplesmente fazia um ótimo trabalho, enquanto o tonto Vanillite era instruído com um espelho. Meu deus, Freda era como os europeus do período das navegações trazendo presentes para os nativos de um local mais gélido que Snowpoint, mais vazio que um gigante freezer de carne vazio. Ah, quanta abobrinha estou dizendo. Enfim, o sorvetinho entendia, mas só te contarei o que ele fez no próximo post, não quero me prolongar muito.

Devo dizer antes de finalizar que estou feliz por tê-la afetado com meus comentários do quanto sua ajuda atrapalha. Mas não me entenda mal, pego no seu pé, treinadora, como forma de te estimular. Vê-a cabisbaixa é um deleite, mas também um sofrimento para mim. Não preciso nem dizer que a incrível fofolete apagou o fogo com destreza, fazendo com que Skuld e Regin pudessem focar nos seus próprios treinos ao invés de fitarem as chamas. Regin parecia bastante resistente às esferas de poder psíquico compactado que a fada lançava. Não venha dizer que sou gordofóbico, mas você tem um apreço por Pokémons acima do peso, né Winnie? Olhe essa Clefable, tem até estrias rasgando sua pele escancarando a forma que engordou ao evoluir. Ah, como amo meu trabalho.

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Bem, Winnie nunca foi nada além de uma White Saviors. Até fundando a sociedade, o discurso era sobre "as possibilidades de coisas que ela poderia vir a fazer para ajudar o mundo". Egocêntrico, sem dúvidas, mas quem não é?! Quando você é sua única perspectiva, o egocentrismo se torna inerente.

Talvez ele mude de forma, modus ou cor, mas o egocentrismo é inevitável. Winnie aprendeu isso da pior forma; em tantos devaneios e quebradas-de-cara tentando ser heroína, a garota aprendera que nada que vem de si é realmente válido. Não que eu não tenha credibilidade, caro leitor, mas estou aqui falando de mim mesma na terceira pessoa para que você entenda: é impossível sair de mim, ainda que a escrita me escape.

Pela impossibilidade de sair de mim, a empatia é inviável e impossível. Há um limite do empático; o limite da própria noção. Uma vez um homem me disse que a empatia nada mais é do que tomar para si a situação do outro; outrora alguém me relembrou sobre o quão egoísta e egocêntrico isso soa. E esse alguém está certo! Em tudo que faço meu egocentrismo transcende; até na minha simples súplica para Freya apagar o fogo. Eu ordeno a partir do lugar-de-fala de treinadora.

E em lugar de fala, quero dizer o puro e simples conceito acadêmico mesmo; não me mande descansar da militância tão cedo. Digo sobre a minha identidade e, para além disso, minha incapacidade de ser mais que uma treinadora. Justamente por isso sempre bati na tecla do "ninguém saberá melhor efetuar um golpe a que um pokémon". Existem coisas que treinadores são realmente inúteis ou, no mínimo, insuficientes: ensinar golpes é uma delas, na minha opinião.

Querendo ou não seria a quarta-tentativa dos meus três monstrinhos e, por inércia, eles aprenderiam ou não. Eu já havia aprendido isso; havia uma falsa sensação da minha utilidade, mas a vida me ensinou que minha presença nem sequer é tão necessária assim. Ainda assim, preciso admitir um gosto que tenho pelo "treinar". O sabor da interação é meio... vermelho, sabe? Meio forte, meio apimentado. Quase sempre treinar é problemático, cansativo e bastante didático a mim. Treinar é muitas vezes conhecer meu pokémon e, apesar de ser inútil quanto ao progresso deles, me era extremamente útil ao meu.

Aqui eu olhava a cena de longe. Bragui e Skuld eram dois bebês que cresceram de forma exponencial e repentina; sendo Clefable ainda mais prematura que a própria ave. Ela estúpido vê-los brincar de agir; os prodígios em si eram assustadores. Togekiss não parava, ele continuava com suas brasas mostrando que seria só questão de tempo fazê-lo usar uma lança-chamar. Hela?! Nossa, essa era a mais avançada. Ela já havia aprendido o golpe ao meu entender, mas continuava golpeando o ar para pegar a manha. Sif? Bem, esta parecia começar a pegar o jeito. O sucesso de meus pokémons me dava a chance de preocupar-me com o outro grupo, batendo a cabeça em prego mais uma vez:
- Já que a gente já molhou tudo, vamos fazer isso logo de uma vez. Freya, eu vou ser bem sincera, estou sem muitas ideias hoje... anda me faltando criatividade, né? - A fantasma acenou com a cabeça, confirmando o tabu. O fato me deixaria sem graça, se eu já não estivesse completamente sem-ânimo para reagir - Primeiro de tudo, use Trick Room. Isso não é para você, é para aumentar os obstáculos de Froslass para dificultar o treino dela. Depois disso vamos repensar o treino. Espere só um segundo, já volto.

Atravessei o campo baldio e deixei que treinassem por si só. Nesse exato momento fui até o almoxarifado do Centro Pokémon e peguei pequenos apetrechos que poderiam ser úteis no treino. Quase sempre tão. Dois baldes metálicos, três esfregões com cabos que "soltam" e um pequeno carvão de filtro. Meu primeiro ato era posicionar os dois baldes na frente de Skuld e Freya, tendo me certificado de que o Trick Room já estava ativo:
- Jelli, pode encher os dois baldes de água para mim? - A pokémon concordara com a cabeça, fazendo o que pedi. Aproveitei a deixa e apontei para Clefable - Pois bem, quero que você faça a água ferver só usando Flamethrower ao redor do balde... enquanto você - (re)Apontei Freya, indicando que as próximas palavras eram para ela - Congele a água da mesma forma. Só usando Ice Beam ao redor do balde, sem alterar as propriedades propositalmente.

Era outro treino; um completamente diferente. Ainda assim parecíamos ter um certo avanço; um avanço que me fez avançar... dã. Aumentei um pouco o passo e dei dois pulinhos em direção a Sif, que parecia estar extremamente concentrada em fazer algo que... bem, eu não sabia o que era. Só sei que dei-lhe apetrechos demais e agora acredito fielmente que ela vá fazer algo com isso.

Caso contrário, eu já não sei mais o que indicar.

O máximo que poderia fazer era dar-lhe meu celular e mostrar a ela o que é um "flash" de uma câmera. Isso seria útil? Ou eu estaria só dando mais uma quinquilharia à pokémon. Encarei-a de perto, analisando grande parte de suas feições e, quando vi, ela parecia lançar um charme; um certo mistério. Um certo "não-me-toque", demonstrando uma vergonha que nunca vi. Sinceramente? Tive que rir. Não gargalhar, claro, mas a primeira risada saíra de meus lábios em muito tempo. Aproximei-me dela e toquei o níquel que lhe dei:
- É seu presente agora, ta? - Alguns centavos não me fariam diferença; eu poderia muito bem deixar consigo até que ela enjoasse do brinquedo... isso é claro, se já não enjoou. Bem, eu só queria observá-la; minha curiosidade era tamanha que não via o desempenho de Hela, que certamente já estava muito melhor do que todo o resto.

A orientação da pokémon veio diretamente (e indiretamente) de Freya, que quando eu estive fora atrás de alguns apetrechos, se oferecera como alvo inevitável de seus socos. Aquilo sem dúvida seria produtivo: a fantasmagórica não tomaria os golpes Fights e ainda assim Hela poderia treinar o movimento tendo em vista algo mais vivo para mirar... se é que podemos usar vitalidade como característica de um fantasma, né?!

Se bem que...
... Freya até que tem bastante HP.

Bem, deixando isso de lado, esperei Sif findar o mistério para só depois disso ir à Bragui. Dessa vez meu Togekiss seria o último e sua orientação seria simples: pegaria o carvão que trouxe e riscaria o chão e terra batida (ou mal pavimentado, se assim preferir) com um "xis" no chão.
- Esse é seu alvo, por favor, se mantenha nele - Simples e curta; eu só estava tentando evitar um novo incêndio - Aqui você pode usar força total. Aqui você pode sugar todo o calor do Heat Rock e dar o máximo de si... mas ali, ok? - Ressaltei três fucking vezes. Sinceramente, espero que ela não cause outro incêndio.... não à beira do fim. Talvez o último estágio de treino do "Flamethrower" seja puramente o auto-controle.

No mais, acho que já me delonguei muito. Contaria para ti da irmã que já nem tenho certeza se tenho, mas essa rodada de treino me foi útil! Caminhei até o banco, agora mais leve que outrora; sentei com mais delicadeza. Cruzei as pernas, apoiei um dos cabos de vassoura ao meu lado (na vertical) e o outro deitei sobre meu colo. Eu ainda não havia pensado numa utilidade para eles; mas certamente haverá uma!

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Me desculpe, querida Winnie. Sei que concordou com minha perspectiva do egocentrismo, mas queria antes de tudo ressaltar o fato de que eu, o incansável e todo-poderoso narrador, estou  falando em primeira pessoa enquanto você, a jogadora, repentinamente começou a se narrar em terceira pessoa. Será que abalei o seu frágil mundinho? ... Infelizmente não durou muito.

Preciso, cara Winnie, dizer que seu pensamento sobre a empatia me deixou sem palavras. Para falar a verdade isso me acertou em cheio, tanto que me encontro enxugando minhas lágrimas que insistem em fugir pelos cantos dos meus olhos. Você pode achar que sou inanimado, mas não o sou. Acho que eu peguei pesado demais com você e você está provando ser mais poderosa que eu. Estou me sentindo humilhado, pois sempre considerei a empatia o sentimento mais belo que existe. Você é uma estraga prazeres, só que ao menos ainda concordamos em como os humanos são desprezíveis em quererem ensinar golpes a um Pokémon. A natureza deles não é suficiente?

,,,

Pronto, estou de volta e pronto para criticar Bragui. Se a pronúncia é como você explicou ao analfabeto, Winnie, por qual razão não se escreve com Q? Ah, nem vou perder muito tempo te contando como suas chamas estavam ganhando forma e energia, cada vez um jato mais calibroso era disparado de sua pequena boca. Hela? Bem, ela já fez seu trabalho, da mesma forma que você fez o meu mostrando o quão dominado o Power-Up Punch estava. Sif era a decepção do dia, mas até decepções tinham seus momentos de brilhar e finalmente a criatura começava a criar diante de seu corpinho gelado o que parecia ser uma fatia de níquel bem polido e reluzente, mas maior que a moedinha da explicação fajuta.

Os poderes psíquicos de Freya tornavam a vida de Froslas mais difícil, logo ela que era toda ágil sentia um peso na suas pernas. Isto é, sentiria se elas existissem. Por fim, a brilhante Freda decidia brincar de aulinha de física do ensino fundamental: assaltou o Centro Pokémon de Mossdeep e mandou a dupla do sobrepeso fornecer ou retirar calor da água para mudar seu estado físico.

Olha, Winnie, você me conhece o suficiente para saber que não vou parafrasear todas as palavras do seu texto de orientações para os Pokémons. Pode enfiar itens até o talo nos Pokémon, vai que seja útil. Ah, sobre sua irmã, nem sei se quero mais saber. Você me desestabilizou com a história da empatia e se pra você a fraternidade não é um gatilho no momento não deveria nem ter trazido o assunto à tona. Sabe, frequentemente eu cruzo os braços e deixo o jogador desenvolver sua personalidade sozinho. Sim, isso foi uma ameaça.

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O sucesso, meu querido, anima qualquer um. O massageamento de ego da conquista é inevitável; devo ter que admitir à você, Sif conseguir me fez dar um novo sorriso. Era a segunda vez que a pokémon me conquistava e nesse momento eu me perguntava veemente: por que nunca lhe dei atenção? A pokémon-sorvete me provara por A + B que ela era digna de mim, mas passei anos a largando em algum laboratório, tendo contato mais com meus aliados que comigo mesma.

Era a primeira vez que eu seria uma treinadora para Vanillite; dali para frente não seria a última. Ela era diferente dos demais pokémons que trago comigo hoje, ela nunca havia sido privilegiada ou mimada por mim e nem mesmo missões no Day Care foram alvos de seu poderio. Isso era completa displicência minha: quando (e quantos) mudarei isso? Arg... e lá se vai a animação de novo; peguei-a e enfiei no cu, pensando no quanto eu abandonei alguns de meus pokémons.

Minha voz iria começar a esboçar um sinal de vida, mas logo essa chama morreu. Arranhei a garganta e pigarreei, na esperança de vomitar a vontade que engoli repentinamente; eu queria aquele micro sorriso de volta! Pigarrei mais uma vez e como final das esperanças, tossi. Infelizmente descobri o que todos aqui já sabiam: não haveria inflamação respiratória que me faria voltar o ânimo à ponta da língua.
- Ok, vocês três pegaram o jeito, eu só preciso de mais uma sequência de repetições - Aqui... Aqui viria os esfregões. Peguei-os do banco e apoiei os três na parede baldia que conseguiria achar. Dei uma distância segura de dois metros entre cada uma e alertei - Repitam incessantemente o que aprenderam no determinado alvo.

Era a minha quinta orientação; por experiência própria, eu sabia que aquilo bastava. Talvez pelo excesso de confiança numérica & estatística, me dei o luxo de ir até meus próximos pokémons. Todos iam bem até demais; apesar de não conseguirem nada. Eu queria deixá-los tentando a ideia mais um tempo, e quando finalizassem um tempo mínimo de treino, re-coordenar uma alteração. Diferente das orientações anteriores, eu os deixaria na mesmice por mais um tempo:
- É Regin... ta difícil ai? Quero ver se consegue ao menos ficar um pouco mais rápida com o peso que essa sala te trás. Meu conselho? Não tente se apressar, preste atenção no campo para ser mais cautelosa - Sabe a melhor parte do Trick Room? Não adianta aumentar a velocidade; isso só vai te atrapalhar. Era justamente por isso que deixava Regin batendo a cabeça. Se quisesse ser mais "rápida", teria que aprender novas formas de ser ágil, formas que vão muito além da pura agilidade-nas-pernas - Vocês do balde, por enquanto só quero que se afastem um pouco. Quanto mais distância, mais fraco o golpe chega, isso vai dificultar um pouco a tarefa de vocês duas.

Com o retorno a calmaria, eu pude voltar ao meu banco agradável. Sentei nele como uma âncora e me afundei como num porto-seguro. Ela incrível como nas cinco vezes que encostara minhas pernas naquele móvel-inerte, eu fiz cinco movimentações diferentes. Era só agora que eu percebia a frieza do metal perpassando minha perna e só agora arrepiei. Talvez das últimas vezes estava avoada-demais para isso.... ou não. Olhei para baixo e me toquei de algo completamente idiota, mas que fizera toda a diferença.

Ao posicionar o esfregão na parede, acabei por encostá-lo na parte superior da colcha e molhar minha calça-legging. Porquê o comentário? Pela simples lembrança de que a água tem uma condutividade térmica razoavelmente baixa, mas que era muito maior que o puro-ar. Uma pequena alteração me fizera estremecer, o que me fez pensar: será a tarefa que dei à Freya e Skuld um exageiro? Será que as gêmeas rechonchudas-e-rosadas ficaram lá por muito tempo?

Será eu uma menina sem noção que dera algo fácil (ou difícil) demais?! Oh Deus, é por isso que humanos não deveriam ser chamados de treinadores-pokémons. Eles podem saber toda a teoria, mas a prática? Arg, a prática é imensurável sempre! Fora nesse momento que minha PokeDex vibrou. Eu deveria pegá-la né?! Mas graças ao último acontecimento com Norman, eu estava evitando-a pegar em plena tarefas. Esperaria ao menos Hela-Bragui-Sif apre(e)nderem seus primeiros golpes para só então ver do que se tratava.

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Impessoalizar-me-ei, cara Winnie, afinal você me fez gastar todas as sinapses que eu nem sabia que tinha para tornar sua experiência mais interessante e fora-do-comum à despeito da sua tristeza. Mas isso cansa. Então, me dê esse momento de descanso. Direi-lhe apenas o óbvio, simplesmente e somente porque ganho para isso.

Bragui, oh, Bragui, não sei ainda o porquê do seu nome não ter um Q no lugar do G. Mas sei que você acertava aquele X na terra empoeirada como se você fosse o próprio maçarico de um cozinheiro. Neste momento estou te concedendo a destreza de usar Flamethrower quando bem entender. Hela dispensa comentários. A Pokémon que apesar de nutrir grande carinho por Winnie tem o costume de agir de maneira introvertida, como já pontuado anteriormente, já era dona do Power-Up Punch e em momentos como aquele a eletricidade estática de seu corpo dava lugar a uma aura lutadora que potencializava seus dotes ofensivos. Sif, o coitadinho. Sif, o patinho feio. O picolezinho esquecido por tanto tempo por sua treinadora teve seu momento de glória ao fazer que esta se sentisse mal por ter passado longos períodos sem dar-lhe a devida consideração. Apesar de meio bobo, Sif, você conseguiu rodopiar aquele feixe metálico numa velocidade tão alta que os reflexos que saíam dali eram como um canhão de luz, faça bom proveito do seu Flash Cannon.

Na metade do terreno em que o Trick Room reinava, Regin suava a camisa, mas aos poucos parecia entender que as coisas ali estavam invertidas. Então, o quanto mais despretensiosamente flutuava, melhor fluía. Contudo, de despretensioso aquilo não tinha nada: ela estava se aproximando de Sif, encantada pelo seu movimento Steel-Type. Todo aquele brilho... Antes que Winnie pudesse perceber ou dar atenção ao seu device eletrônico ela se aproximava e entregava a alva jovem o espelho e a moeda que tinha de certa forma furtado do Ice-Type. Novos itens para seu porta-trecos, yay!

Aiai, cansei de me estender. Para sua informação, Freda, mudar o estado físico da água não era lá tão difícil para a dupla rechonchuda. Acho que você está subestimando o poder de suas Pokémons! Você não sabe que eles podem fazer coisas extraordinárias? Aproveite e pegue toda sua dúvida e seu achismo de que você tem capacidade de ensinar algo aos Pokémons e jogue-os fora. O ponto de ebulição e de congelamento estava quase lá. Depois uma boa ideia era pedir para que elas trocassem de posição e fundissem o gelo/resfriassem a água fervente. O que acha?

Progresso escreveu:

Treino de TM
- Togekiss 5/5: +900 de EXP, subiu 1 nível e ganhou 3 pontos de felicidade!
- Electabuzz 5/5: +2944 de EXP, subiu 1 nível e ganhou 3 pontos de felicidade!
- Vanillite 5/5: +1125 de EXP, subiu 1 nível e ganhou 3 pontos de felicidade!
Treino de Stats 5/8 (mín.)
- Clefable 88/88
- Jellicent 136/136
- Froslass 55/55

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