Paper Garden

Countryside boy

Campos da UCR

Saber que, de alguma forma, sua presença havia ajudado a reerguer os continentes outrora abandonados poderia ser gratificante. Isso, junto ao fato de estar de volta à sua fazenda, parecia deixar Hayato de bom humor. Lar, doce lar. Apesar do nome clichê e da pequena bagunça no lugar, o criador estava contente em ver aquele lugar.

Entretanto, o moreno parecia não ter muita pressa para terminar de arrumar as coisas, tampouco seus pokémon. Assim sendo, resolveu dar um pouco de atenção aos monstrinhos, após eles comerem um pouco da refeição que lhes fora preparada. Um treino parecia adequado. Três de seus companheiros (aliás, os únicos três hábeis a fazerem qualquer coisa) precisavam masterizar alguns golpes, então, por que não?

O mono treinador começou com Milo, seu fiel inicial. Espere... Como assim, não há mono treinador? Mas eu jurava que... Tudo bem, deixe para lá. De qualquer forma, Ninetales precisava aprender a usar os raios solares à favor do atributo de natureza. Algo não muito diferente de seu golpe anterior, Energy Ball, mas ainda assim, bastante diferente.

Aliás, curioso pensar em como o nome da técnica conciliava-se ao da fazenda. Raio de sol, brilho solar... Ainda mais engraçado quando o próprio Milo parecia emitir tal brilho. De alguma forma, era como se o vulpino tivesse um sol dentro de si. Cada uma de suas caudas parecia um feixe radiante. Não tenho certeza, mas talvez isso tenha facilitado um pouco a tentativa.

Sim, eu disse tentativa. A indicação de seu treinador fora inteligente. Concentrar os elementos, foco. Contudo, adianto que não foi lá tão fácil assim. O Ninetales até tinha uma leve proximidade para com os golpes gramíneos, mas parava aí: proximidade. Milo até conseguiu juntar a tal da energia, mas então acabou por embolar-se, sem saber mais o que fazer com ela,e deixou tudo esvair-se.

Enquanto isso, à aranha foi dada a missão de criar bolhas. Bem, isso não era lá muito complicado. Ora bolhas (foi mal pelo trocadilho dfiajfijd), se havia algo que Maya entendia era sobre bolhas! Afinal, não é ela quem tem uma, grande e resistente, cobrindo-lhe a cabeça? Ademais, não havia alvo algum para tentar alguma investida (mesmo que espalhafatosa). Assim sendo, a aquática apenas tremera um pouco, liberando algumas bolhas, um pouco confusa.

E finalmente, Albert. Não sei por que, mas o nome me é engraçado. Sinceramente, não consigo olhar para o rosto inexpressivo de uma lesma ígnea e pensar "puxa, você tem cara de Albert!". É, acho que isso não importa muito. O golpe que Adalberto precisava dominar era o que, ao meu ver, trazia mais simplicidade e menos complexidade. Não que isso significasse que fosse lá ser mamão com açúcar, estamos aqui para treinar, certo?

Mas bem, a parte de reunir energia não deveria ser muito difícil, e o Slugma deveria ser capaz de fazê-lo com facilidade, certo? Errado. Bem, perdoe-me, mas foi a forma que encontrei. Ora, A la Roberto era um ser livre, elemental. O fogo era parte de si, e também era parte do ambiente como um todo. Lava ambulante, por que não?

Dessa forma, não era muito simples para ele concentrar sua essência em um ponto. Afinal, parte dela estava, o tempo todo, esvaindo-se, dissolvendo-se no ar, liberando a tão preciosa energia. O pequenino olhou então para o treinador, esperando por mais instruções. Talvez Hayato tivesse em mente uma forma mais específica que pudesse dar certo...

Solar Beam - Milo (1/5)

Waterfall - Maya (1/5)

Protect - Albert (1/5)

Countryside boy

Campos da UCR

Chegava a ser fofo, ver o criador a conversar com seus pokémon. Não pude evitar um sorriso ao imaginar Hayato falar "beeeeem enorme", com todo aquele jeitinho dele. O treinador pareceu querer insistir na ideia de que Milo deveria continuar absorvendo energia, não contente com os resultados até então adquiridos. Bem, fazia sentido. Solar Beam era um golpe poderoso, de grande poderio. Não era uma coisinha qualquer, que precisasse de uma pequena parcela de energia, certo?

Aparentemente, sim. Seguindo tais ordens, a raposa voltou a concentrar-se, em uma espécie de meditação, para poder alcançar seus objetivos. Pareceu dar resultados. Um crepitar esverdeado surgiu por entre as místicas caudas do pokémon, uma fagulha que poderia muito bem começar um incêndio. Contudo, assim que o notou, Milo assustou-se, perdendo o foco. Bem, parecia ser um progresso, ainda que tímido.

Maya provavelmente era a mais confusa do trio — ou quarteto, caso deseje incluir o moreno. A artrópode não conseguia assimilar direito bolhas com correnteza e cachoeiras, como vinha ouvindo, mas essas instruções pareciam ser mais claras que as últimas. A aranha criou algumas bolhas, agora em maior quantidade, e então saltou girando, balançando suas oito perninhas no ar, estourando algumas das bolhas. Era um avanço curioso, e talvez Hayato conseguisse investir nisso.

Por fim, Anantropofoloberto. Foco definitivamente era o que ele precisava para tentar concentrar qualquer tipo de energia ígnea. Mas talvez, no caso dele, concentrar não fosse a melhor das ideias. E se... Deixasse fluir? Ouvindo o que o criador disse sobre deixar o calor espalhar-se ao seu redor, o Slugma apenas relaxou, e o ambiente ao seu redor ficou notoriamente mais quente. Se prestasse muito a atenção, Hayato poderia ver que em alguns pequenos pontos, o calor começava a acumular-se, de maneira quase sólida. Peculiar...

Solar Beam - Milo (2/5)

Waterfall - Maya (2/5)

Protect - Albert (2/5)

Countryside boy

Campos da UCR

Treinar movimentos não era a coisa mais divertida do mundo, e inclusive, causara uma certa comoção entre os treinadores um tempo atrás. Ainda assim, era uma ferramenta essencial para que os pokémon crescessem e aprendessem. Assim sendo, Hayato continuou a orientar seus monstrinhos para que eles pudessem atingir seus objetivos.

Milo parecia estar seguindo no caminho certo, com aquela fagulha não apenas significando o sucesso da efetuação do movimento, mas também a esperança de estar dando tudo certo. O criador deu à raposa mais algumas instruções, e de fato, estabilidade era algo muito importante de se ter. O Ninetales continuou a concentrar a tão poderosa energia que seu treinador falava. Talvez ele já tivesse conseguido. Um teste prático viria a calhar, agora.

Maya fora instruída a criar mais e mais bolhas. Finalmente, estava conseguindo entender o que seu mestre planejava. Criou várias e várias e bolhas, alegre e ansiosa. Quando achou que tinha o suficiente, estourou todas de uma vez só, criando um volume moderadamente grande de água. Então olhou para seu treinador como quem dissesse que estava pronta para o próximo passo.

Arthur Berto, como sempre, era o último. Pobrezinho, só por que era uma lesma, e supostamente, o mais lerdo de todos? Bem, rápido ou não, seu avanço era notável. Continuou a expelir calor (talvez ele tenha ficado um pouquinho menor com o esforço), com este literalmente a acumular-se ao redor do ígneo. No chão ao seu redor, as coisas definitivamente haviam ficado sólidas, por assim dizer, uma camada laranja quase que transparente.

Bem, todos os monstrinhos ainda precisavam de algum avanço, mas estava dando tudo certo. Em breve, teriam acabado!

Solar Beam - Milo (3/5)

Waterfall - Maya (3/5)

Protect - Albert (3/5)

Countryside boy

Campos da UCR

Após algum pouco tempo, Hayato e seus pokémon entravam naquilo que parecia ser uma das etapas finais do processo de aprendizagem. Enfim, seria a hora de um teste mais prático, por assim dizer. Afinal, os monstrinhos todos já tinham visto bastante de teoria, não? A começar por Milo.

A raposa parecia ter absorvido toda aquela energia que seu mestre considerava como necessária, e então utilizaria a mesma para projetar um poderoso raio. O inicial do treinador preparou-se, abriu a boca e então, uma energia esverdeada concentrou-se em seu focinho e então... Milo espirrou. E com isso, o raio projetou-se para o céu, de forma definitivamente poderosa, mas instável e nada precisa. Estava quase lá!

Maya, agora um pouco mais compreensiva (apesar de ainda sentir falta de um alvo em específico), repetiu todo o processo. Criou diversas bolhas ao seu redor, e então pulou, impulsionando sua cabeça para o alto, enquanto suas oito perninhas estouravam as bolhas em uma velocidade assustadora. Uma grande corrente d'água formou-se à partir disso, e juntamente com a cabeçada da aranha, parecia ser bastante forte. Acho que ela só precisava de um alvo para dominar completamente a técnica.

Albert Lesmeinsten também estava no caminho certo. Com uma explosão de energia (dedicação, ao ver seus companheiros indo tão bem, talvez), o ígneo fez seu calor fluir ao seu redor com bastante intensidade. Uma barreira alaranjada formou-se ao redor de todo o corpo do molusco, aparentemente bastante sólida, mas não durou muito.

Parecia que, a qualquer momento, os pokémon terminariam. Eram pequenos detalhes que precisavam de ligeiras correções, nada demais. Mas desde já começo a perguntar-me: o que o criador faria, depois que todos os monstrinhos terminassem de treinar?

Solar Beam - Milo (4/5)

Waterfall - Maya (4/5)

Protect - Albert (4/5)

Countryside boy

Campos da UCR

Por fim, chegara a hora. Era o momento do tudo ou nada. Parecia que os pokémon de Hayato finalmente conseguiriam aprender, definitivamente, seus movimentos. Em breve, poderiam acabar com a raça de destruidores de matrimônios com tais novos golpes. Que beleza!

Para começar, um alvo. Isso parecia algo essencial tanto para Milo quanto para Maya, e agora com Albert prestes a masterizar sua barreira protetiva, ele parecia um alvo bastante atraente, não? Com mais uma explosão de energia ígnea, a lesma formou uma camada translúcida ao seu redor, pronto para o que der e viesse. Restava-lhe esperar que as instruções de seu treinador tivessem sido o bastante, senão, duvido que ele resistisse um golpe de Maya.

E por falar na aranha, agora que ela tinha seu tão esperado alvo, pôde enfim colocar em prática o quão poderosa era sua corrente d'água à base de bolhas. Criou várias delas, novamente, e então partiu para cima de Astronoberto, a fim de dar-lhe uma forte cabeçada enquanto estourava todas as bolhinhas, originando uma grande vazão d'água.

Parecia perfeito. E o fato de a lesma continuar ali de pé, sem nenhum dano aparente, e sua barreira continuar de pé também indicava o sucesso do ígneo em seu próprio movimento. E por falar em fogo, agora era a vez de Milo. O vulpino invocou novamente aquela fagulha de energia que utilizara anteriormente, agora muito mais focado.

Uma esfera esverdeada surgiu na frente do focinho do Ninetales, e logo projetou-se em direção de Albert, um uma luz incandescente. Parecia bastante poderoso, e certamente, fora muito estável. A habilidade nata de Milo poderia ter facilitado o uso do golpe, mas isso não vinha ao caso. O importante era que enfim, todos haviam dominado suas técnicas!

O que fariam agora?

Solar Beam - Milo (5/5)

Waterfall - Maya (5/5)

Protect - Albert (5/5)