III. Avanço

Avanço

Percebendo a equipe completa pela primeira vez, eu também observava que as minhas Poké Bolas tinham acabado. Portanto, nada de capturas dali adiante. Mesmo assim, eu estava bemcontente por ter mais um monstrinho pra contar na batalha contra a Roxanne.

Após a coleta da esfera no chão, fomos seguindo os rastros ainda novos daquele alguém, o que era notável por alguns galhos quebrados e pegadas na grama. - Só pode ser gente. Mas quem poderia ficar atrás de mim? A gente nem é tão forte assim... - Afirmei, analisando as pistas. Seguindo elas, chegariamos num desfecho no mínimo interessante. - Não deve ter ido muito longe. Vamos continuar procurando, porque agora eu tô curioso.

Avanço

Fomos para o interior daquela floresta sendo arranhados por alguns galhos que insistiam em se meter no nosso caminho. O desfecho daquele atalho dava numa pequena clareira, onde dois rapazes conversavam entre si sobre algum Pokémon enjaulado e que a Machop que eu tinha capturado era a única esperança deles de soltá-lo. Eu não tinha pegado a conversa desde o início, mas isso era perfeitamente audível.

Falando no diabo, minha sombra saltava dos arbustos calmamente, embalada pela brisa fria que se desenrolava pela via coberta por árvores. Estranho, já que o caminho era cheio de galhos secos que não tinham feito barulho. - Oi, eu vim seguindo ele... Achei que era um ladrão de Torchic*. - Fitei o rapaz mais baixinho, dos olhos azuis. Notei uma parte de sua blusa em frangalhos, provavelmente por causa de alguma briga ou algo assim. - Ouvi sobre um Pokémon preso e eu posso ajudá-los, se quiserem. Não me custará uma perna.

Avanço

- Certo, então ele está esperando por nós nesse exato momento. Devemos ser rápidos. Vocês podem me levar até lá? - Indaguei com um tom solícito. Senti empatia pelo loiro, pois aquele desespero que ele sentia podia ter se atenuado caso eu fosse para o caminho contrário após a luta com Machop. Bruno e Caue estavam aliviados, porém ainda preocupados com o monstrinho preso na caverna. Pelo que percebi, o moreno teve dificuldade de capturar a lutadora e provavelmente num lapso de má sorte, eu acabei me metendo no meio daquele problemão deles. Com um ar de mercenário, continuei. - Relaxa, isso de pagamento nós vemos depois.

Olhei para os rapazes enquanto se mexiam e notei que Bruno soltava alguns gemidos de dor periodicamente. Bem machucado, constatei que não poderíamos ir em frente com ele sustentando esse incômodo. O negócio estava bem feio ali e não melhoraria tão cedo. - Agora, para ser sincero, nós precisamos cuidar disso aí antes que se infeccione. Que berries você tem aí com você? Sabe fazer curativo? Se bem que, pra te dizer a verdade, é melhor que você fique aqui enquanto libertamos o seu monstrinho.

Avanço

Aos poucos, os irmãos se abriam e um pouco daquela parede criada entre pessoas estranhas ia caindo aos poucos. Caue ainda ressentia por não ter ajudado o outro menino, mas mesmo assim, ele gabava-se de seu senso de direção e dugeria nos levar até onde o Pokémon tinha se aprisionado. Bruno já estava mais confiante de si e tentava tranquilizarmos acerca dos seus ferimentos.

- Por favor! - Dirigi-me a Bruno, lhe dando minhas Poké Balls. Meu time já tinha visto dias melhores, então uma recuperação era bem da necessária. - Growlithe prefere ficar fora delas, portanto espero que ele seja bonzinho. - Fitei-o.

Avanço

Algum tempo caminhando, chegamos num riacho cristalino que precisávamos atravessar. Graças à habilidade de localização aguçada de Caue, nós já estávamos um tanto perto do nosso destino. Tinhamos algumas opções para passar, mas todas pareciam um tanto perigosas. - Tenho uma ideia, mas acho que demorará algum tempinho. Taillow, preciso que você ache uma árvore de tronco grosso e nos guie até ela. Vamos derrubá-la e passar por cima. - Ordenei após liberá-la e mandá-la procurar. - Hora de esperar um pouco se quisermos passar sem cair nessa água aí.

Eu entendia que o tempo que demorássemos para resgatar o Pokémon poderia ser bem valioso, porém antes isso do que algo incerto. Atravessar pelo rio poderia nos surpreender com uma correnteza forte, assim como as pedras que podiam estar cheias de limo e os troncos podres. Assim como eu pensava na segurança de ambos, pensava na minha também.