S03 - Intertwined Jinx

Intertwined Jinx

Até agora eu estava sendo agraciado pela sorte. Quem diria que eu encontraria um Pokémon Shiny muito requisitado enquanto escutava uma bela música. Essa tenda era um sonho se tornando realidade. Aplaudi, calmamente, o dueto, exibindo um largo sorriso.

Então conclui a minha captura, tocando a Park Ball gentilmente em Rookidee. O dispositivo emitiu o click característico, anunciando a entrada do passarinho em minha equipe. Seria difícil quebrar o vínculo que eu havia formado com o Flying Type, pois ele era uma linda recordação da Wild Area e um ótimo cantor!

- Bom trabalho, Laelynn! – Tentei conter a animação para não atrapalhar a performance da moça, enquanto recolhia os itens e acariciava o tipo fada.

Mesmo fora dos palcos do Contest, reverenciei para agradecer a loira pela incrível experiência. Era mais fácil não usar palavras agora, em uma outra ocasião, onde ela não estivesse ocupada encantando o público com a sua bela vez, eu poderia elogia-la mais expressivamente. Sem hesitar, trilhei o meu caminho para a tenda de número três.

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Sendo bem sincero, a fortuna já havia me abençoado com o corvo de plumagem diferenciada e voz marcante. Eu não sabia dizer ao certo quais dos atributos do passarinho haviam me cativado mais. Pelas informações que obtive na Poké Dex, a sua última forma era híbrida com o tipo metálico, o elemento que eu menos gostava, então Rookidee entrava na minha lista de raras exceções.

Logo a paisagem da próxima tenda se revelava, dessa vez não havia uma terceira fila para me atrapalhar. Seria esse o apocalipse? Óbvio que após eu capturar um Pokémon legal e shiny rolaria o fim do mundo. Como é que eles conseguiam por tantos detalhes em espaços tão limitados? Quem sabe tudo isso fosse fruto de hologramas ou poderes psíquicos de algum monstrinho.

Assim que avistei o roedor, apontei a agenda eletrônica para recolher as suas informações. Tratava-se de Morpeko, um ratinho elétrico e noturno com uma habilidade única. E aquele, em específico, estava querendo me arrastar pra dentro de um bueiro... Só que Laelynn já o seguia para dentro do esconderijo, limitando as minhas opções.

- Tá bom... – Resmunguei, acompanhando a dupla. O que será que o hamster queria conosco?

Eu esperaria os eventos acontecerem para captura-lo com a Park Ball. Não queria demorar ali, pois havia uma última tenda para visitar e os treinadores parados na fila entrariam em modo de fúria se eu demorasse para me retirar da barraca.

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Por um momento eu tive a impressão de estar imaginando coisas, pois assim que me posicionei para descer o bueiro senti o chão vibrar e ouvi algo sons abafados de festa. As minhas suspeitas se confirmaram assim que eu toquei o chão novamente.

Olhei para os lados, ainda confuso. Era um andar abaixo da tenda, que já era assustadoramente espaçosa. Mais que situação bizarra... Não deveria ser obra de nenhum Pokémon psíquico ou holograma, afinal. Tudo parecia bastante real por ali.

Ao menos a trilha sonora desse evento estava perfeita. Um pouco desconectada entre os ritmos, mas era assim que eu gostava. Como o Sylveon e o Morpeko estavam amando a vibe do lugar, deixei os dois aproveitarem enquanto me distraia observando o cenário e deixando a música me energizar.

Esperei a artista, também loira, terminar de cantar para realizar a captura do roedor bipolar. Durante o meu caminho de ida para a última tenda, a de número cinco, encontrei um dos ingredientes para a confecção das bonecas. Guardei o item, antes de retornar ao assunto principal: descobrir o que me esperava na última barraca.

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Muitas surpresas me atordoavam ao chegar na última tenda. O cenário era muito diferente do que eu estava esperando, pois os elementos que, supostamente, estavam ali não eram conhecidos por habitarem aquele tipo de bioma.

Não que isso importasse tanto, a praia estava linda. A esse ponto eu já não estava mais preocupado com a forma como aquelas paisagens eram reproduzidas em cada barraca, isso só daria um nó na minha cabeça e estragaria a magia do momento. Algo me dizia que era tecnologia de ponta, do tipo que eu não ainda não estava preparado para desvendar.

O gênero musical escolhido da vez foi o rap, um bem animado que combinava perfeitamente com um dia na praia. E a cantora também era loira... Em partes. Parecia uma peruca esverdeada, mas isso não era da minha conta. Laelynn mexia as suas fitas no ritmo da música, caminhando tranquilamente pela areia fofa e quente.

Então eu avisei o último Pokémon do evento de capturas, ou pelo menos algo que se parecia com um. Por via das dúvidas, utilizei a Poké Dex a fim de checar os dados da espécie. Sandygast era do tipo fantasma e terra, mas nada nele me chamava atenção. Exceto a linha que o Ground Type deixava para trás ao se afastar da água. Sem mais cerimônias, lancei a Park Ball e me preparei para retornar para a recepcionista. Nenhuma das outras criaturinhas conseguiu me agradar mais que Rookidee.