Pokémon Mythology RPG
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When the bonds are good, the rest don't matter

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when the bonds are good
the rest don't matter
— Vamos meninos, só precisamos aguentar mais dois minutos! — a moça falava enquanto segurava a alavanca com uma mão e apontava para frente com a outra — Tico e Teco, Protect e Power Gem!

Protegendo-se de qualquer ataque, ambos fantasmas criavam a barreira protetora, impedindo que se machucassem, por mais potentes que fossem o Hyper Voice de Laylah e o Waterfall de Sapphire. Com o relógio faltando somente poucos segundos para chegar a zero, ambos Protect se desfaziam no ar, dando uma última chance aos nossos heróis. Laylah utilizou seu movimento vocal uma vez mais, dessa vez tão potente que fez Tico desmaiar de imediato, desfazendo sua mega-evolução e tornando-se um Sableye comum como qualquer outro. A mulher acenava para Ren, como se dissesse para ele pegar Sylveon no colo e correr até o seu lado — isto é, se não quisesse se molhar. Sapphire, por outro lado, até conseguia acertar Teco, mas não era o suficiente para derrubá-lo. Com o fim da contagem no relógio atrás da dona da atração, a música parava abruptamente, assim como o show de luzes que acontecia.

— Desculpa, meus amores. São as regras da casa. — ergueu os ombros com uma expressão sem graça, retornando ambos monstrinhos para suas Pokébolas — Mas olha, assim que saírem do lago, você e seu Mudkip podem passar lá na frente para pegar seus prêmios. — puxou a alavanca, abrindo o alçapão que dava diretamente sobre a água, com uma queda mínima; Yoshiro e Sapphire precisariam nadar um pouco até alcançar onde estavam assim que entraram na fila — E você, rapaz. Você e sua menina são muito fortes, parabéns! — abraçou o especialista, apertando o rosto do rapaz contra seus seios; ha, todos nós sabemos que não havia perigo nenhum nisso — Não é todo mundo que consegue vencer meus fantasminhas. — afastou-se do abraço, acariciando também a cabeça da Laylah — Ah, já ia me esquecendo. Você vai levar ótimos brindes que pegará lá na frente, mas toma. — caminhou até um canto escuro da sala, buscando uma pequena caixinha toda espelhada e entregando para Ren — Esse aqui é um presente meu para vocês. — a mulher sentou na poltrona, respirando fundo — Para sair mais rápido é só seguir pelo corredor do meio! Aproveitem o resto do parque!

Assim que chegassem na frente, a adolescente mal humorada já possuía duas sacolas em suas mãos, uma para Ren e outra para a ensopada Yoshiro. Aliás, secar-se agora talvez não fosse a melhor das ideias, principalmente por conta da chuva, que aos poucos começava a cair. Por sorte, uma vendedora ambulante passava por eles, vendendo alguns guarda-chuvas transparentes de todas cores possíveis; a mulher também vestia uma blusa que servia como outdoor para uma das barracas, indicando que, na compra de um guarda-chuva, sua família pintaria quantas Pokéball quisessem. Pelo mapa que havia na parte de trás da camisa, o local era mais ao norte, um pouco longe dali; então, se quisessem fazer algo por aquela área, a hora era agora.

A tenda de Sra. Lee, inclusive, parecia estar fechada, sendo possível ver à distância somente seu Weezing parando na frente com os TRs à mostra. O nativo de Galar não parecia se importar muito com a chuva, fazendo questão de mostrar que seus CDs estavam todos encapados com plásticos a prova d'água.



Tico:
Normal
Hold Item:
Sablenite
Trait:
Magic Bounce

lv15 Tico


00/40
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 11 Sableye-mega
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 11 Sylveon
lv15 Laylah


44/54
Trait:
Pixilate
Hold Item:
Fairy Gem
Laylah:
Normal

Campo: Hall circular, com luzes dançando pelo campo e diversos "cacos de vidro" espalhados no chão. Laylah e Tico estão do lado esquerdo da área designada para o embate.
Tempo: 6:00 de 6:00 minutos!


Teco:
Normal
Hold Item:
Sablenite
Trait:
Magic Bounce

lv23 Teco


31/56
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 11 Sableye-mega
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 11 Mudkip
lv23 Sapphire


22/56
Trait:
Torrent
Hold Item:
~x~
Sapphire:
Normal

Campo: Hall circular, com luzes dançando pelo campo e diversos "cacos de vidro" espalhados no chão. Sapphire e Teco estão do lado direito da área designada para o embate.
Tempo: 6:00 de 6:00 minutos!
Raining!

Progresso da Rota :




_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Awards :

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Off :



Bom, eu tentei. No entanto, aquele fantasma teimoso realmente não tinha a menor intenção de facilitar a minha vida. Quando o relógio anunciou o fim da partida, ele ainda estava de pé - e menos cansado que eu, aliás. Ao contrário de nós, Ren tinha conseguido vencer ao lado de Laylah, e vi a mulher acenar para ele assim que o combate acabou. Prevendo o que viria em seguida, Yoshiro mais que depressa tirou a mochila das costas e arremessou-a de qualquer jeito contra o coordenador, para que pelo menos suas coisas pudessem sair secas dessa história.

Não teve tempo de fazer qualquer outra coisa. O chão se abriu sob os nossos pés, causando-me um certo déjà vu. Pelo menos foi uma queda curta. Assim que senti meu corpo colidir com a água, reuni o resto da minha energia para nadar até Yoshiro e morder a gola da sua blusa, puxando a garota para fora do lago. Essa súbita atitude acabou por assustá-la, ela se debateu um pouco e até assustou um pobre Marill que estava próximo demais. Felizmente, consegui levá-la até a margem antes que causássemos muita comoção.

Yo, você tá bem?” Fiquei ao lado da minha treinadora enquanto ela recuperava o fôlego. Será que exagerei um pouco? Francamente, meu único pensamento na hora era tirá-la lá de dentro… não sei como a garota poderia reagir, sendo jogada à água pela primeira vez desde aquela outra ocasião. Mantive meus olhos fixos sobre ela, tão tenso que mal lembrava de respirar. O que faço se isso tiver despertado algum trauma da nossa primeira aventura ou coisa assim...?

- Ai, não acredito nisso… - Grunhiu, frustrada, enquanto batia um punho no chão. Então, lançando-me um olhar inconformado, anunciou a maior tragédia do seu dia: - Meu cabelo demora horrores pra secar, e ele ficou todo ensopado! Eu nem tenho nada pra arrumá-lo aqui…

Olhei pra ela, achando que não tinha ouvido direito. Ela me olhou de volta, confusa com a minha confusão. Então, inclinou a cabeça e me perguntou se tinha algo errado. Aquilo foi demais pra mim. Meu corpo se curvou pra frente quando comecei a rir, tão alto que a menina se assustou. Minha garganta ardia pelo cansaço, e os cortes ainda machucavam a cada vez que me mexia, mas nem me importei. Aquilo era apenas tão… aliviante… e estúpido ao mesmo tempo… que eu não conseguia parar.

Eu aqui todo preocupado contigo…” Comecei, ofegante pela risadas que cortavam meus dizeres. “... e você só está pensando no seu cabelo?

- Ei, não fique rindo de mim! O que foi que eu fiz? - Yoshiro cruzou os braços, encarando-me com uma cara emburrada que era muito mais cômica do que ameaçadora. Quando notou que eu não ia parar, apenas deu um suspiro derrotado e começou a torcer suas escuras madeixas em uma tentativa de tirar o excesso de água.

Ren chegou poucos minutos depois, e eu enfim estava conseguindo me recuperar. Ainda sorria bobamente pro nada, e cumprimentei o menino com um aceno tão bem-humorado que nem parecia ter acabado de apanhar. Yoshiro estava com as bochechas infladas e um bico no rosto, no entanto, pareceu animar-se ao ver o amigo.

- Vai começar a rir também? - Brincou, dando-me um cascudo de leve. Depois, nós todos fomos até a recepção, onde recebemos algumas recompensas daquela mal-humorada atendente. Minha humana pegou sua mochila de volta, agradecendo ao rapaz por ter cuidado dela, e guardou sua sacola lá dentro. É impressionante o tanto de tralha que cabe nessa coisa… - Vocês foram incríveis lá! Eu daria um abraço nos dois, mas… acho que esse não é um bom momento, né? - Esticou suas mangas, que ainda pingavam, e abriu um sorriso desconcertado.

Pelo visto, não seríamos os únicos molhados por muito mais tempo. Logo o céu fechado deixou cair suas primeiras gotas, dando origem a uma forte chuva que fez Yoshiro verbalizar um protesto contra as nuvens. Agora é que o cabelo dela não vai secar mesmo. A nossa sorte (ou melhor, a sorte dos outros três, porque a chuva estava ótima pra mim) foi encontrar por ali um vendedor ambulante com alguns guarda-chuvas a venda e uma propaganda sobre pintar Pokébolas de graça.

- Essas bolas coloridas são boas pra Contests, não são? Lembro que muita gente usou uma dessas no último. - Comentou de forma  distraída, cerrando levemente os punhos ao lembrar-se de novo daquela competição. - Bom, eu nunca mais quero pisar em um palco… mas o que acha de irmos lá? Pelo menos são bonitas. Podemos pintar as do Sapphire e da Laylah.

Pra você saber qual Pokébola nunca deve usar, né?” Olhei pra minha treinadora, alarmado, porém ela nem pareceu notar. É bom que não se atreva a apontar essa esfera pra mim, Yoshiro…

De acordo com o mapa na blusa do vendedor, aquele lugar parecia um tanto distante. Por isso, ficou decidido que iriam primeiro voltar para a tenda da Sra. Lee e comprar mais alguns discos. Fiquei até feliz pela esperança de revê-la, todavia, não tive essa sorte. O lugar estava fechado, e apenas um Pokémon de chapelão (o mesmo de antes, eu acho) estava lá para nos receber.

- Oi! A chuva não te incomoda? - Perguntou a menina assim que chegamos próximos o bastante. A resposta mais provável era um não, porém Yoshiro fez questão de dividir seu guarda-chuva com ele (o que não deu tão certo, porque ela era enorme) enquanto escolhia quais itens comprar. - Uhn, vou ficar com estes aqui… Ren, está precisando de mais pedrinhas aí? Eu tenho algumas que não vou usar. - Mostrou sua coleção para o menino, que gentilmente também ofereceu algumas das dele. Com isso resolvido, pudemos continuar nosso caminho. - Mande um abraço para a Sra. Lee, ok? Até mais!

E diga que ela canta muito bem.” Completei, imitando o aceno de despedida que minha treinadora tinha dado ao Pokémon.


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❁      houses won't fall

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National Park


Ren mal tivera tempo para processar tudo. Em um momento, Laylah projetava sua voz, causando ainda mais danos contra o seu adversário; no próximo, Yoshiro jogava sua mochila para ele; e logo em seguida, a loira de roupas peculiares aproximava-se do coordenador, parabenizando-o com um abraço e um último mimo. Ele exibiu um olhar confuso, agradecendo-a logo em seguida. — Obrigado, eu acho...? — murmurou, sem saber exatamente como responder.

Ele se sentia bem por ter ganhado, mas lamentava por sua amiga. — Você tem alguma toalha aí...? Não quero que ela pegue um resfriado — comentou ele, ainda que um pouco sem jeito. Não sabia exatamente como reagir àquilo. Era um tanto quanto inesperado; ele ter ganho um desafio que consistia puramente em uma batalha. O rapaz então levantou sua face para sua anfitriã, sorrindo. — O modo com o qual você batalha... É incrível. Nunca tinha visto nada assim antes. Obrigado.

E então seguiu em frente, pelo mesmo caminho ao qual lhe fora apontado. Yoshiro estava já lá fora, acompanhada de um risonho Sapphire. Com toalha — ou não — em mãos, ele aproximou-se, rindo um pouco das risadas do monstrinho. — Vocês... estão bem? O que aconteceu? — perguntou. Pois bem, senhor Ren, se não está claro o bastante, ela e o seu pokémon caíram no lago e estavam encharcados. Em breve, não seriam apenas eles.

O coordenador pegava sua sacola com a adorável e atenciosa atendente, dando-lhe um simpático sorriso em resposta, quando percebera as nuvens escuras e pesadas amontoando-se no céu sobre sua cabeça. Apesar de o Mudkip não parecer particularmente incomodado, o aprendiz de Lisia não gostava nem um pouco da ideia de se encharcar. Ah, a empatia, como é adorável. Assim sendo, tratou de acompanhar Yoshiro na compra dos guarda-chuvas.

São sim... Talvez venham a ser úteis, mais tarde. O que acha, Lay? Quer deixar sua Poké Ball mais bonitinha? — disse ele, questionando sua monstrinha com um sorriso no rosto. Mas os dizeres subsequentes de Yoshiro fizeram ele parar. — O que você quer dizer com "nunca mais quero pisar em um palco"?! — perguntou por fim, incrédulo, como se não pudesse estar acreditando em que seus ouvidos diziam-lhe. — Você foi ótima! Sua apresentação foi simplesmente maravilhosa!

Ele falava de coração. Não se lembrara de início, mas poucos a poucos, conforme prosseguiram dentro do parque, os detalhes foram à mente do rapaz. O modo com a qual ela parecia em sincronia com seu Bulbasaur era realmente encantadora; isso sem falar na criatividade que a jovem tivera ao montar sua encenação. — Além disso, tenho uma sensação de que Laylah também quer ver Sapphire nos palcos. Ele é definitivamente o anfíbio mais carismático que já conhecemos! — elogiou ele, sorrindo para o aquático.

De qualquer forma, eles foram até a barraca de Sra. Lee. Infelizmente, eles não tiveram o prazer de encontrar a idosa novamente; esta parecia ter já fechado sua atração. Mas de qualquer forma, Weezing ainda estava lá, cuidando de alguns dos discos que levara até eles anteriormente. Ren fizera algumas trocas básicas com a amiga, para que pudessem cada um pegar os itens que queriam, e depois de agradecerem o pokémon venenoso — e elogiarem sua dona —, estavam prontos para ir adiante.

Vamos lá então. Será que eles têm rosa...? — divagou brevemente o coordenador, pensando naquele anúncio que viram ao comprar os guarda-chuvas. Acariciando Laylah, ele andava ao lado de Yoshiro e Sapphire. Em determinado momento, temendo que o vento trazido pela chuva pudesse fazer mal à jovem treinadora — recém-saída de um banho nada agradável —, ele tirara um casaco de sua mochila, envolvendo a amiga com a blusa.

...Um doce, não?

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OFF :



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O membro 'Renzinho' realizou a seguinte ação: Lançar dados


'1ª Tenda' :
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meu deus desculpa eu cliquei errado
vou sortear a caixinha agora

o vexame meu pai

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O membro 'Renzinho' realizou a seguinte ação: Lançar dados


'Caixa 1' :
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when the bonds are good
the rest don't matter
Com os TRs comprados na barraca da Sra. Lee, Yoshiro e Ren decidiam se encaminhar até a barraca que viram estampada na blusa da vendedora. A chuva apertava um pouco, mas nada alarmante já que parecia permanecer fraca por enquanto. Apesar de ser uma garoa, a maioria das pessoas corriam para se abrigar embaixo das atrações de maior tamanho, escondendo-se embaixo das tendas. Caminhando pelas ruas estavam agora somente nossos heróis e alguns outros que se divertiam embaixo da chuva, como um par de crianças e alguns casais apaixonados.

A brisa que passava fazia questão de trazer consigo a diminuição da temperatura do parque, bem como era possível ver diversos monstrinhos voadores se acolhendo nas árvores de copa alta que envolviam o festival. Não demoraram muito para chegar em seu destino, inclusive, sequer viram o tempo passar enquanto aproveitavam o momento, fosse conversando ou simplesmente apreciando o que Johto tinha para lhes oferecer naquele dia — digo, além das surpresas que já encontraram.

À distância Ren e Yoshiro conseguiam ver a atração, que com decorações cor-de-rosa, se destacava dentre as demais. Na frente uma menina baixinha, mas já em seus anos adultos, puxava bastante água com um rodo, mas não conseguia desfazer uma enorme poça que havia bem na frente da bancada da barraca, o que poderia atrapalhar o seu negócio que já estava vazio por conta da chuva.

Ai, essa merda dessa poça. — resmungou, em voz baixa e provocativa, mas certamente para ninguém escutar; ao perceber a presença de nossos heróis, seus olhos voltaram diretamente para Sapphire — Ei! Você é um Pokémon de água, não é? E é um rapaz ou uma mocinha muito adorável. — voltou seu olhar para Ren e Yoshiro, esticando a mão para que a cumprimentassem — Gente, me chamo Kiki e queria fazer uma introdução legal da minha barraca, mas como podem ver, tá difícil. — tentava puxar a água mais uma vez, mas por conta do terreno a água sempre voltava a formar a bendita poça; a menina, loira, lutava com sua própria capa de chuva, que voava para o lado contrário de onde estava parada, uma cena cômica de se assistir — Você acha que esse garotão consegue me ajudar a tirar essa água daqui? — sorriu, olhando para Yoshiro — Além das Pokébolas pintadas, posso também dar um docinho para os pequenos comerem. — falou com uma voz infantilizada, subornando Sapphire de certa maneira; não que parecesse ter alguma maldade, a menina realmente parecia gostar tanto de Laylah quanto dele — O menino da arqueologia passou aqui divulgando uma barraquinha que todo mundo sempre achou que fosse só depósito, então pedi algumas tortinhas lá... Como sou gulosa, acabei comprando várias, mas ainda estão para entregar. — deu uma risada sem graça — Mas então... Que cor vocês querem as Pokébolas?

Com o aquático ajudando a moça, acabou que resolveram aquela situação em poucos segundos. Kiki foi para trás de sua bancada e pegou as esferas escolhidas por Ren e Yoshiro, levando-as para um outro balcão mais para dentro de sua tenda, onde sentou-se e começou a pintar as esferas bicolores. Enquanto a vendedora estava nesse processo, Laylah foi a primeira perceber uma figura já conhecida por nossos heróis caminhando à distância cobrindo a cabeça com o próprio braço; a criança era ninguém menos que Aoi, que ao ver a dupla, abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Tio Ren e tia Yoshiro! — correu para abraça-los ao mesmo tempo, quase deixando a sacola que carregava em mãos cair — Ai, desculpa! Suas tortas estão aqui, moça! — acenou para a vendedora e seus olhos voltaram-se imediatamente para a feérica, brilhando quase que de imediato — Essa é a Laylah? Nossa! Como você está linda! — acariciou a cabeça da vulpina, colocando a sacola em cima da bancada e pegando Sapphire no colo, apertando-o no processo — Você também está lindo, Sapphire. — a criança deu um beijo na testa do anfíbio, colocando-o de volta no chão — Estão aproveitando o parque? Choco ficou muito triste que vocês foram embora, mas depois que chegou um menino lá- — interrompeu a própria linha de raciocínio — Inclusive, tio Ren, ele falou que você que mandou ele lá! Falou também que você é muito bonito! — inocente, abriu um sorriso de novo — E eu disse que é mesmo! E que você é meu tio. — suspirou — Eu queria que Choco tivesse vindo entregar comida também, mas ele teve que ficar cuidando da barrac- — Laylah cutucou Aoi com um de seus laços, apontando na direção de onde a garota havia vindo, de lá um desgovernado Choco corria na direção deles, arrancando um olhar terrível das poucas pessoas que ali caminhavam, mas, fazer o quê? — CHOCO! — a menina reclamou, batendo os pés — Você não pode ficar vindo atrás de mim, quem vai ficar tomando conta da barraca?

A felicidade do pequeno Trubbish quando viu Sapphire e Laylah era tremenda, ao ponto de escorregar em algumas das poças no caminho e chegar rolando até onde nossos heróis estavam. Desajeitado como sempre, quando se levantou, sufocou os pequenos em um abraço apertadíssimo, só depois se dando conta da evolução da vulpina, elogiando-a em seu idioma ininteligível. Brincando, a fada até deu uma voltinha, mostrando seus diversos laços. Choco riu e logo depois correu para abraçar as pernas de Yoshiro e de Ren, um de cada vez.

— Choco! Precisamos voltar pra lá! Você não pode deixar a barraca sem ninguém! — Aoi bufou, abraçando nossos heróis uma última vez — Temos que ir, mas a oferta de visitar a gente em Mahogany ainda está aberta, tá? — sorriu, pegando o dinheiro que a pintora da barraca de Pokéball deixou em cima da bancada — Dê tchau para tio Ren e tia Yoshiro e pra Laylah e Sapphire, Choco. — o venenoso parecia tristonho de não poder ficar muito tempo com seus amigos, mas acabava cedendo enquanto era puxado pela sua treinadora, acenando para todos — Se cuidem!

Mais alguns minutos se passaram e, em fim, as esferas eram pintadas. A moça levantou-se e assim que viu as tortas, abriu um sorriso guloso, lambendo os beiços. Pegou um pedaço e ofereceu para Sapphire e Laylah:

— Hm- Aqui estão as Pokébolas. — falou de boca cheia, sem graça — Obrigada pela ajuda, pequeno! — acenou para o anfíbio, já tomando o restante das tortas em mãos — Cuidado com a chuva, meninos!

Uma placa indicativa à direita indicava que uma das saídas de National Park estava bem próxima, o que talvez significasse um breve adeus entre Ren e Yoshiro. Poucas são as amizades que passam por coisas semelhantes as quais nossos heróis passaram juntos, que dirá em um único dia; uma afeição construída em tão pouco tempo mas que significava muita coisa, tanto para o especialista quanto para a treinadora. Dreamy Lake não foi o único a marcar a vida de nossos heróis...

Ali estava o nascimento de um apreço imensurável, que o tempo teria a certeza de manter firme por muitos e muitos anos.



Progresso da Rota :




_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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A chuva que caía sobre nós, embora mais fraca do que aquela que invoquei antes, trazia consigo uma brisa gélida o bastante para fazer minha treinadora estremecer por inteiro. A garota, ainda meio molhada pelo banho no lago, encolheu os ombros e passou as mãos em volta do próprio corpo em uma rala tentativa de se aquecer. Logo hoje, quando ele seria tão útil, ela resolveu não trazer aquele bendito cachecol…

Felizmente, não estávamos sozinhos ali. Ren preocupou-se com o estado da menina e tirou da sua mochila um casaco, colocando-o sobre os ombros dela. Yoshiro sorriu e lançou um olhar grato ao amigo, mais significativo que qualquer palavra. A doçura do gesto me fez abrir um sorriso também, cada vez mais convencido de que aquela tonta tinha esbarrado na pessoa certa. Agiu muito bem, Ren.

Não demorou muito mais para chegarmos à dita loja. O percurso foi bem agradável, com os dois humanos conversando sobre assuntos banais enquanto eu e Laylah apreciávamos a paisagem. Minha dona parecia bem empolgada ao falar com o rapaz, tanto que teria passado direto pela atração se ele não tivesse lhe avisado. Com um sorriso um tanto encabulado, acompanhou-o até a entrada, onde ouvimos uns resmungos de uma mulher que, pelo visto, não estava nada satisfeita com a chuva.

Assim que nos viu chegar, apresentou-se como Kiki e pediu meu auxílio para expulsar aquela poça d’água que tão teimosamente insistia em se formar ali. Yoshiro e Ren entraram na loja, cada um também se apresentando, e minha humana pediu-me para ir lá dar uma mão (ou uma pata) para a vendedora. Naquele ritmo, em breve seria mais lucrativo montar um negócio de pescaria do que de pintura de Pokébolas.

Ajudo sim, é claro.” Acenei com a cabeça, rindo brevemente da batalha que a humana estava travando contra o rodo e até contra sua própria capa. Corri para o lado dela e comecei a trabalhar, com ainda mais animação do que costumo demonstrar. Eu a ajudaria com ou sem suborno, é claro, porém admito que a promessa de um doce era um incentivo ainda melhor do que a nobreza do meu coração.

- Ah, a barraca de Aoi e Choco? - Perguntou minha dona, com os olhos brilhando de esperança, ao ouvir a mais velha comentar sobre um lugar pouco conhecido que ela tinha acabado de descobrir - e graças à divulgação de um certo moço da arqueologia. Não pode ser coincidência, né? Pelo visto, a investida do coordenador tinha dado super certo. - Parece que temos um anunciante bem talentoso aqui, não? - Abaixou-se para sussurrar essas palavras no ouvido de Laylah, mantendo um tom alto o suficiente para que Ren escutasse. Depois, olhou de lado para o garoto e deu uma risadinha, já prevendo que ele ficaria sem graça.

- Sapphi, de qual cor você vai querer sua Pokébola? - Ouvi minha humana questionar-me após alguns minutos, com Ren e Laylah já tendo optado pelo rosa. É claro que tinham. Alguém não esperava por isso?

De qualquer uma, desde que você nunca a use.”  Desviei meus olhos momentaneamente do serviço, apenas para verificar as opções que Yoshiro estava me mostrando. Admito, as cores eram muito bonitas… minha Pokébola daria um belo enfeite de quarto, não? “Pensando bem, vou querer a verde.” Decidi, apontando para a tinta da minha preferência.

- Entendido, vai ser azul. - Sorriu, feliz da vida, e foi comunicar à moça. Parece que ela não interpretou meu gesto direito… ter patas tão curtas é bem chato às vezes...

Enquanto a mulher se encarregava da pintura, uma figura bem familiar adentrou o local. Assim que me virei para verificar quem era, um sorriso enorme se abriu no meu rosto e corri para recebê-la. Conheci-a hoje mesmo, e parece que faz anos que não a vejo… que bom te ter aqui, Aoi!

Nossos humanos foram os primeiros que ela notou. Correu alegremente até eles e pegou ambos de surpresa em um abraço conjunto, bem parecido com o que deram durante a despedida de antes. Os olhos da minha treinadora iluminaram-se ao ver a criança e ela logo retribuiu o carinho, apertando ambos contra si. - Aoi! É tão bom te ver de novo! Como você está? E cadê o Choco? - De tão animada que ficou com a aparição da garotinha, Yoshiro acabou falando tudo muito rápido e se atropelando nas palavras. Balançou a cabeça negativamente e riu de si mesma enquanto Aoi vinha nos cumprimentar, elogiando Laylah e dando-me um beijo na testa.

Linda é você.” Pisquei pra ela de brincadeira, achando engraçado a empolgação da criança (embora eu próprio não estivesse diferente). É surreal o quão rápido nos apegamos àqueles que conhecemos neste parque… Ren, Laylah, Aoi, Choco, a Sra Lee… e eu provavelmente teria gostado daquela loira que nem sei o nome também, se ela não tivesse nos derrubado no lago. Não parecem laços formados num só dia, eu não consigo entender. Parece que o Dreamy Lake não é o único mistério inexplicável por aqui…

Foi com os corações mais leves que descobrimos que os negócios da menina estavam enfim começando a melhorar. Tive vontade de perguntar se a Sra. Lee também tinha ido até lá, assim como o loiro da arqueologia, no entanto, minha atenção logo foi atraída por um pequeno e desajeitado Pokémon que vinha correndo ao nosso encontro. Se o corpo de saco de lixo não fosse prova suficiente; a forma como ele tropeçou e saiu rolando por boa parte do percurso com certeza foi: ali estava o monstrinho mais desengonçado e mais amável do festival.

Choco!” Exclamei, com uma alegria levemente abafada pela minha falta de fôlego, enquanto o pequeno nos sufocava em um abraço. Sem nem reparar nos protestos da sua dona, elogiou a nova forma de Laylah e foi abraçar as pernas de Yoshiro e Ren. Minha garota riu com as trapalhadas do venenoso e abaixou-se para cumprimentá-lo de forma devida.

- Se cuidem, vocês dois. Assim que pudermos, será um prazer visitá-los. - Sorrindo para a mais nova, Yoshiro uniu seu mindinho ao dela, selando a promessa. Depois, olhou para Ren, silenciosamente convidando-o a fazer o mesmo. De certo modo, era um alívio saber que aquela história não terminaria ali. Ainda teríamos uma chance de encontrá-los e, dessa vez, fazer algo maior por eles. Foi com esse pensamento em mente que pude me despedir sem peso no coração.

Assim que os dois voltaram à sua tenda, a dona da loja se aproximou com as duas Pokébolas em mãos. Yoshiro agradeceu e mostrou o resultado para mim antes de guardar. Tenho que admitir que a pintura estava ótima… minha treinadora não parava de elogiar o trabalho muito bem feito enquanto saía conosco da atração, andando sem um rumo certo até deparar-se com uma das saídas do parque.

- Foi tão bom ter visto eles de novo. - Comentou, em um tom manhoso que mostrava o quanto ela tinha se apegado à dupla. Depois, seus olhos vagaram pelas demais barracas e brinquedos, deslumbrados e vivazes como os de uma criança curiosa. - Tudo aqui foi incrível… quando vim para o Doll Fanfest, não achei que teria um dia tão especial. Mas cada minuto valeu a pena. Até esse banho que tomei, haha… - Deu uma risadinha embaraçada, mas ainda assim brincalhona. Então, em um ímpeto que nem eu esperava, abraçou o garoto ao seu lado e beijou ternamente o rosto dele. - Obrigada por tudo, Ren… inclusive por ter ficado parado aqui na porta, pra eu poder esbarrar em ti.

Afastou-se um pouco, com o rosto rubro de vergonha, porém rindo de alegria e alívio. Alívio por, dentre tantas pessoas naquele enorme evento, ter tido a companhia justamente daquela. Eu não podia culpá-la por ter se deixado cativar assim. Ren foi tão bom conosco desde a primeira vez que nos viu, seu jeito dócil e amável trouxe de volta ao rosto da minha humana um sorriso genuíno que há dias eu não a via esboçar. Não sei ao certo como isso aconteceu, ou se houve alguma razão para esses dois terem sido unidos, mas tenho certeza de que esse encontro nunca será esquecido, nem por ela, nem por mim.

- Mas enfim, o que você quer fazer agora? - Tomou uma das mãos do rapaz entre as suas, ainda com um sorriso de orelha a orelha. - Eu não sei o que escolher. Então, vou ficar te seguindo mais um pouquinho! - Piscou para ele, esperando por uma resposta.

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❁      houses won't fall

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National Park


Engraçado, pensar em como os sentimentos, os laços, podem ser criados e fortalecidos em tão pouco tempo. Quando chegara até ali, Ren nem mesmo imaginava que seria capaz de vivenciar tamanhas experiências; de conhecer tantas pessoas. Perdido ele alcançara o parque, e agora, ao fim deste, encontrava mais de si mesmo em suas ações do que sequer imaginara.

Uma jornada não deixa de ser única quando percorrida sob pés solitários, mas de alguma forma; compartilhá-la com aqueles ao seu redor deixa tudo mais... satisfatório. O sorriso esboçado em seu rosto, o mesmo que se consegue enxergar à sua volta. Pergunto-me: quantas moedas de ouro poderiam comprar esta tal sensação? A liberdade tinha seu preço, de fato; e este nem sempre era muito agradável. Mas às vezes... pequenas coisas já faziam valer a pena.

Como aquele dia, por exemplo.

Ren Hughes não só conhecera novas pessoas — que adianto, são incríveis —, tampouco viu apenas acabou por ver o crescimento físico-material que o amor pelos tais monstrinhos dar frutos. Dentro do National Park, o coordenador acabou por enfrentar aquele quem já foi, com uma força renovada. Ele defrontara o destino; tornando-se mais decidido a fazer as linhas percorrerem o caminho que lhe fora mostrado.

Conselhos, flertes, conversas honestas. Um paraíso de encantos — literalmente, a depender de onde estamos falando, exatamente — envolvera todo o seu ser. E sinceramente? O rapaz estava nem um pouco afim de sair deste aperto. Encontrara um conforto incomensurável, um lugar no qual poderia depositar a si mesmo, sem medo de ser feliz. As lágrimas e os olhares eram capazes de comunicar mais que palavras; uma sensação mútua de entendimento que não deveria existir, mas... estava lá.

Ren passeava mais um pouco ao lado de Yoshiro, guarda-chuvas em mãos, em busca daquela tenda anunciada. Em passos lentos, de deleite, para que pudessem aproveitar cada momento. Na inocência de sua mente, prosseguiam, conversando gentilmente como se fosse apenas mais uma vez dentro de milhares. Como se nunca fosse ter um fim. Como se o tempo, de fato, fosse incontável, e nossos pequenos seres não tentassem captar toda sua impossível extensão.

Se nem mesmo Cronos foi capaz de manter-se no poder, com o relógio, então quem somos nós para ousar fazê-lo? Bem, não importa muito. Afinal de contas, nós fazemos de qualquer forma. Teimosos, insistentes. De fato, inocentes.

Depois de um tempo a caminhar, puderam ver o seu destino, ainda que atrapalhado pela forte chuva. Aquela que Ren supunha ser sua dona lutava uma batalha já perdida contra uma enorme poça, tendo como arma um único rodo. Mas não era boba, no entanto. Assim que vira o grupo — mais especificamente, o aquático que com eles vinha —, ela tratara de fazer uma oferta. Uma esta que viera junto de uma, ou ainda, mais de uma surpresa.

Os dizeres de Yoshiro tiraram quaisquer dúvidas que o especialista poderia ter. Com a face já avermelhada, sorriu, pensando tanto no belo rapaz que encontrara anteriormente, nas areias, quanto na icônica dupla que lutava determinadamente contra a cruel realidade da vida. O jovem não ficara muito tempo assim, contudo, precisando dar sua resposta para Kiki. — Ah, desculpe. Deixe-me ver... — disse ele, após ouvir a moça, dando uma olhada por cima das amostras. — Acho que eu e Laylah preferimos, para a surpresa de todos, este rosinha! — completou por fim, rindo um pouco de sua escolha.

As cores têm significados, sabe. Elas invocam lembranças. Ao ver o róseo da esfera, tudo o que Ren pensava era naquele resplandescente lago em que mergulhara e tanto vivenciara — mesmo que em pouco tempo. Ele também era uma memória pertinente à evolução da pequena Eevee; assim como da presença de Yoshiro e Sapphire. Afinal, como ele gostava de pensar, nada teria acontecido sem aquela dupla.

Ele provavelmente pensaria um pouco mais na questão, vivenciando suas memórias rapidamente, se uma delas não viesse até ele fisicamente. Quando notou, uma pequena Aoi estava correndo em sua direção, pronta para abraçá-lo. O rapaz apenas sorriu, apertando-a de volta. — Ei, pequena! Como vão as coisas? — perguntou ele, ainda que tivesse a mesma dúvida que a morena. Dúvida esta que logo respondeu a si mesma.

Laylah agradeceu as carícias da pequena, notoriamente feliz em rever a humana, e o coordenador ouviu alegremente o que a criança tinha a dizer. Logo, sentiu seu rosto colorir-se mais uma vez. — Ele foi, é? Fico feliz com isso — respondeu ele, fazendo um cafuné na cabeça da pequena, que falava sobre o louro que a visitara, assim como sobre a trouxinha de lixo que permanecera para trás, cuidando das coisas.

Bem, nem tão para trás assim. Ao levantar o olhar, Ren conseguiu ver que o atrapalhado monstrinho aproximava-se, ainda que aos tropeços. E claro, fora capaz de tirar um sorriso de todos ali. Aproximou-se rapidamente, cercando os amigos pequeninos, e então abraçando-os com ânimo; que foi retribuído. Fizera o mesmo com os humanos, que tiveram uma reação semelhante a dos pokémon.

Contudo, dizem que tudo o que é bom dura pouco. Aparentemente, era verdade — mais do que o aprendiz poderia sequer imaginar, naquele instante. Logo, o Trubbish e sua treinadora precisaram despedir-se, voltando à sua pequena barraca. Com o coração mais leve, Ren devolveu o abraço, ainda que parando para sussurrar algumas palavras de conforto. — Não se preocupem, certo? Nós vamos estar visitando vocês antes mesmo que sintam nossa falta!

Como se fosse programado, logo Kiki terminava também a pintura das esferas. O coordenador agradeceu a dona do lugar, e continuou a andar, sem um rumo específico, junto da morena. A conversa, apesar de começar mais leve, logo deu espaço para algo que pesava mais: os sentimentos em seus corações. — Realmente. É quase como se um peso tivesse sido tirado de meu coração, como se eu estivesse respirando por detrás de uma máscara grossa e inviável, e só percebesse agora que estou sem — respondeu ele, conforme Yoshiro foi divagando sobre o dia deles.

Não esperava ter encontrado tanta... Paz, magia, proveito, dentro deste lugar. Vim aqui na intenção de descansar um pouquinho, mas encontrei muito mais. E acho que sou grato por isso — continuou a dizer, levemente ruborizado pelo beijo, apesar de ter pegado as mãos da treinadora. — Grato por você, e por Sapphire, também. Este dia vai ficar para sempre, gravado em minha memória, e nunca esquecerei que o melhor momento foi logo no início: com você.

...

O sorriso no rosto do rapaz era radiante. Ele falava a verdade, sentia que tinha com Yoshiro um laço enorme, ainda que parecesse impossível tê-lo desenvolvido em tão pouco tempo. Mas isso não os impediu, ainda assim, em nenhum momento. Pelo contrário, pareceu ser a motivação para que dessem cada passo, apoiando o seu peso um no outro, tomando cuidado, com medo de cair. Mas acabaram por cair em outro lugar: no refúgio que tinham um no outro.

Com a última pergunta da moça, Ren levantou o olhar, também sorrindo, para observar o que tinha ao seu redor. Algumas tendas menores, outras atrações interessantes que ainda não tinham visitado... Eram tantas possibilidades. O que o rapaz queria fazer era tomar a amiga pela mão, e ir com ela em todos os lugares que conseguissem. Mas não o fez.

Isto deve-se, principalmente, pelo anúncio em cartaz que vira, alto e grande, em um canto. Eles estavam em Johto, é verdade. Isso significava que os anúncios, em sua maioria, seriam de atividades, lojas, e outros eventos que aconteceriam na mesma região. Inclusive, um evento no qual o próprio Ren havia confirmado presença, ainda naquela manhã. O Contest de Arboville.

O sorriso do rapaz desapareceu no mesmo instante. Ele começou a lacrimejar, ainda olhando para cima, não ousando volver o olhar para Yoshiro. Como ele poderia dizer aquilo, depois de todo o resto? Depois de tudo o que passaram, disseram. No fundo, ele sempre soube que precisariam separar-se, mas isso não deixava mais fácil de aceitar. Ren queria ficar ao lado da jovem, ao lado daquele imenso sentimento de conforto que ele desenvolvera tão espontaneamente.

Mas não podia. Ele fechou os olhos, e viu uma imagem à sua frente. Algo já visto, há não muito tempo, não só por ele. O reluzir de um bottom, uma insígnia, uma fita, inserida como troféu sober as vestes elegantes de um amontoado róseo. — O Contest... — ele murmurou, baixando o olhar até demais, agora passando a fitar o chão; sem olhar diretamente para a jovem. — Eu... Eu não posso mais ficar...

As palavras saíam com dificuldade, ásperas em sua garganta. Por que era tão difícil de pronunciá-las? Ele sentia um pouco de vergonha, por ter as lágrimas a escorrerem suas bochechas, mas isso não as impediu de rolarem, mesmo assim. Laylah colocou uma fita sobre o ombro de seu treinador, também triste, em apoio. Não era fácil, mas eles precisavam fazer aquilo.

Ren fez em um abraço. Repentinamente, envolveu Yoshiro em um aperto um tanto quanto desesperado, tremendo um pouco. Ele hesitou, mas agora que havia chegado até ali, não havia sentido em retornar. Ele abriu a boca, e conseguiu sussurrar mais alguns arquejos. — Nós precisamos ir... — cada palavra saía com dificuldade. Isso não fazia muito sentido. Eles haviam acabado de se conhecer. Então por que Ren estava sofrendo tanto para dizer aquilo, finalmente? Ele não entendia — da mesma forma que não havia entendido muitas coisas, ao decorrer do dia.

O-o Contest. Nós... nós precisamos ir, para arrumar as coisas... — finalmente, conseguiu enunciar o que precisava, ainda que de forma insatisfatória. Ele permanecia abraçado à Yoshiro, como se não quisesse mais separar-se. Não fazia sentido para a mente, mas o coração, tão bem embrulhado, entendia mais que perfeitamente.

Afinal, quando os laços são bons, o resto não importa.

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Yoshiro ouvia cada palavra que o treinador dizia com um sorriso deleitoso, contente por ter, de alguma forma, contribuído para que Ren se sentisse melhor agora. Talvez, livre dos anseios e angústias que, horas atrás, haviam deixado-o distraído e propiciado aquele tão singular encontro. Era até engraçado que resolvessem dizer um ao outro o que sentiam justo ali, próximos a um portão semelhante àquele onde tudo começou.

Então, restava a pergunta: para onde iriam agora? Minha treinadora resolveu deixar isso à escolha de Ren, e eu não me incomodei. Pelo contrário, sorri para Laylah e acenei com a cabeça, mostrando que também estava disposto a acompanhá-los aonde quer que fossem. Esse parque ainda carrega maravilhas que não tivemos a chance de ver, e eu sabia que Yoshiro iria de bom grado a qualquer uma delas, desde que tivesse Ren ao seu lado. No fim, era isso que mais lhe importava.

Entretanto… as palavras do rapaz não foram exatamente as que esperávamos. Yoshiro inclinou a cabeça, fitando-o com uma expressão confusa. Como assim “o Contest”? Acabamos de sair de um, e realmente não acho que entraremos em outro tão cedo, apesar dos incentivos de Ren. Pareceu um comentário meio… deslocado, para dizer o mínimo. E mais estranho ainda foi ver o garoto baixar a cabeça, evitando encarar minha dona e já sem o sorriso radiante que há poucos segundos lhe enfeitava a face.

Antes mesmo que Yoshiro pudesse lhe fazer qualquer questionamento, ele voltou a falar. Sua voz tremia, fraca, porém os dizeres eram compreensíveis. Ou deveriam ser. Minha dona apenas balançou a cabeça, como se não tivesse entendido. Supôs que tinha simplesmente ouvido errado, e eu também preferi acreditar nisso. Não há chance… de termos entendido direito… não é?

- Ren, o que você está- - Sua pergunta foi interrompida pelo rapaz, que puxou-a para um abraço. Trêmulo, ele disse outra vez que precisava partir, que não poderia mais ficar conosco. Os olhos da minha humana se arregalaram, principalmente ao sentir as lágrimas do maior caírem sobre seu ombro. Não era uma brincadeira, tampouco um mal entendido. Yoshiro apertou o amigo contra si, desnorteada como se alguém tivesse puxado o solo de sob seus pés, deixando-a sem chão. Ela sabia que teria que dar adeus alguma hora, é claro… mas nenhum de nós estava realmente pronto para isso.

Sei que a minha humana ficará triste, mas não posso culpar o garoto, claro que não. Tivemos nosso tempo - exploramos o parque, vimos e aprendemos tanto, traçamos um desfecho feliz para um dia o qual começara tão melancólico. Agora, era o momento de deixá-lo correr atrás de seus sonhos, tal como vimos no lago… não seria fácil, contudo, era melhor assim. Isso é o mínimo que devemos a ele, depois de tudo o que fez por nós.

- Entendo… - Disse, por fim, em um tom tão baixo que eu mal pude ouvir. Afastou-se devagar do amigo e, com o olhar voltado ao chão, tentou forçar um sorriso para mostrar a ele que estava tudo bem. Teria sido um pouco mais convincente se ela não estivesse tremendo tanto. - Eu ouvi falar… está mesmo bem próximo. Precisam se apressar. - Continuou, pronunciando cada palavra como se esta lhe fosse dolorosa.

Algumas lágrimas escaparam-lhe, entretanto, ela logo as secou com o antebraço. Estava trêmula pelo esforço de conter o choro, porém parecia determinada a não tornar aquele momento ainda mais difícil para Ren. Abaixou-se para acariciar a cabeça de Laylah, abraçando a vulpina e pedindo para que ela cuidasse bem do coordenador. Quando voltou a encará-lo, segurou a mão do rapaz, quase como se não quisesse soltá-lo. Depois de tudo o que passaram, era difícil vê-lo partir. Especialmente para Yoshiro, que tanto tinha se apegado a ele.

- N-nós… vamos nos ver de novo? - Seus olhos fitavam-no em uma súplica silenciosa. Eu realmente espero que sim… ainda temos uma promessa a cumprir, não é? Precisamos visitar Aoi e Choco, algum dia...

Vocês vão fazer falta.” Disse para Laylah, esfregando minha cabeça na da fada com um carinho que apenas poucos sortudos ganham de mim. Depois, pulei para os braços do humano, repetindo o mesmo gesto com ele. “Se cuidem, tá bom?

- Nós nunca vamos esquecer vocês… - Antes que eu pudesse sair do colo dele, Yoshiro abraçou-o novamente, deixando-me preso ali. Olhei pra Laylah, convidando-a com um sorriso no rosto para se juntar a nós. Estava meio apertado, mas... em horas assim, ninguém precisa de ar nos pulmões, né? - Muito obrigada, por tudo. Muito, muito obrigada mesmo… seria muito estranho se eu te dissesse que vocês estão entre os melhores amigos que já tive? - Perguntou, rindo fracamente. Em qualquer outro caso, seria esquisito dizer algo assim para quem conhecemos há tão pouco tempo… contudo, naquele, eu não conseguia duvidar da veracidade dessas palavras.

- Vão lá… estaremos torcendo por vocês, viu? - Após alguns longos minutos, a garota nos soltou e recuou alguns passos. Sua voz estava embargada e ela não conseguiria conter o choro por muito mais tempo - de fato, as lágrimas já estavam começando a escorrer-lhe pelo rosto, e Yoshiro só pôde torcer para que Ren confundisse-as com as gotas de chuva. Assim, acenamos uma última despedida para a dupla, torcendo para que aquilo realmente não fosse um adeus.


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