[Hunting Season] – Route 10/12 –

por **Shianny** Sex Nov 27 2020, 00:00

off:

Se parasse para pensar bem, não era lá de se surpreender o fato de que uma situação inesperada (tal qual um deslizamento de terra e consequente escape de animais de zoológico para os biomas que cercavam os arredores) surgisse para desviá-la de seu objetivo primário - no caso, a busca aparentemente infindável pelo significado e a energia oculta por detrás das pequenas esferas vítreas multicoloridas que carregava desde os angustiantes encontros não só com o Rei Destronado do Monte Pyre, mas também com o gigante de pedra que se ocultava nas estranhas das ruínas de Oirar’t.

Mais uma vez, perto de casa, mas sem a condição de alcançá-la - os orbes acinzentados passeavam pelo manto celeste claro que recobria todo um infinito acima de sua cabeça, silenciosos e efêmeros, buscando respostas e guias que não se encontravam no véu displicente que passeava pela superfície do globo. Mas, ora, lá não existiam também pelo simples fato de que as perguntas não flertavam-lhe a consciência, que jazia tão vazia quanto o próprio sopro da brisa, que afagava-lhe as madeixas rubras e roçava em brincadeira tímida contra a pele desnuda, sussurrando promessas vazias e possibilidades amaldiçoadas que a moça já estava exaurida de remoer - a solidão trazia maior peso para tais firulas e, huh, a paciente-espera-impaciente por Valassa tinha lá suas influências na atmosfera melancólica que perdurava, insistente, em seu coração.

A respiração veio e foi, e o peito acompanhou seu ritmo sereno. Haviam combinado de se encontrar em Lavender e, se nada houvesse dado errado, o transporte que traria o criador já tinha partido do continente anterior - com suavidade, as pupilas abandonaram o horizonte azulado, esquivando-se para o eletrônico alaranjado que repousava entre os dedos; Sem pressa, então, acendeu a tela do objeto, espiando se existia alguma mensagem que denunciava a proximidade do moreno. Na falta, porém, desbloqueou-o, digitando uma curta frase no Pokézap, esperando que o sinal não resolvesse deixá-la na mão no pior momento possível:

”Para Luch escreveu:”Ei, bê? Eu tô aqui pelo começo da Rota 10. Você tá perto de chegar? Deu tudo certo por aí?”

...E esperou.

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por **Pagliacci** Sex Nov 27 2020, 20:25

Tá de Zoo, né?

#015

Depois de fazer todas as trocas combinadas com Tyrant e Karen, deixei o Centro Pokémon e os membros para trás e me dirigi aos Transportes de Rinshin. A partir dali, fiz uma longa viagem, trocando sempre de meios de transporte, até chegar em Kanto, mais precisamente em Lavender. Por sorte, é claro, todo o trajeto foi custeado pela poderosa Sienna Co. E bem, como eu estava bastante exausto, acabei cochilando e apagando por quase toda a viagem, despertando apenas para fazer baldeações quando solicitado. Entretanto, nos quilômetros finais, mais descansado e desperto, passei a ficar de olho no PokéNav para averiguar qualquer nova mensagem recebida, de preferência que viesse de Natalie, informando onde a encontraria.

Para Natalie escreveu:
"Ei, bb. Estou chegando no Porto de Lavender, vou andando até a saída da Rota 10, pode deixar que vai ser fácil encontrar você..."

Após enviar a mensagem, deixei que Lúcia e Steve saíssem das suas Poké Balls e me acompanhassem. A Hawlucha ao meu lado, como guarda-costas e o pequeno pássaro no meu colo e, em seguida, sobre a minha cabeça e ombro. Lavender era quase um vale, encrustado entre o mar e as montanhas... A Saída de que Natalie comentou não era muito diferente, também era iniciada por uma trilha entre dois montes e terminava num grande píer que estendia-se costa a dentro, como uma passagem segura de madeira para treinadores. E por falar em Treinadores, havia uma infinidade deles, todo com seus Pokémon e preparados para caçar e capturar os espécimes perdidos do Zoológico. Lúcia parecia empolgada com tanto movimento e não tirava o olho de tudo e de todos, surpreendendo-se com cada nova espécie avistada.

— Muita novidade, né Lúcia? E ainda encontraremos mais novidades ainda, se os monstrinhos dessa confusão toda forem tão raros quanto parecem ser... — Comentei com a Hawlucha, terminando de descer a trilha até alcançar um espaço aberto um pouco mais amplo, onde rapidamente reconheci os cabelos ruivos de Naty. Ela ainda não havia me notado, então caminhei tranquilamente, com um largo sorriso no rosto e suavemente a chamei, já estando bem próximo — Oi, meu anjo! — Disse, com uma risadinha, mostrando minha presença. Em seguida, aproximei-me para aplicar um selinho em seus lábios — Ufa, bebê. Finalmente te encontrei! Hoje o clima está ótimo para caçarmos Pokémon! Trouxe a Lúcia e o Steve para continuarem dando uma bela passeada por aqui, mas também devo usar bastante o Nigel e o Toggy quando tiver uma batalha! E você, trouxe quem contigo hoje? — Comentei, bastante animado, olhando ao redor para ver se já teria algum Pokémon por perto. O que não parecia o caso... Por onde será que deveríamos seguir?

por **Shianny** Sex Nov 27 2020, 22:31

Felizmente, não foi preciso muito tempo antes que uma resposta viesse do rapaz de profundos olhos marinhos para o eletrônico alaranjado que tinha em mãos - e tal fato foi mais que suficiente para que o coração tranquilizasse, ameno, e se permitisse enfim ser acolhido pela paisagem quase paradisíaca que se entranhava nos terrenos da rota dez. Sem pressa, Chase guardou o aparelho na mochila, largando-o de lado para que pudesse voltar sua atenção, mais uma vez, aos arredores onde havia displicentemente se embrenhado para auxiliar na caçada das espécimes fugitivas do tal zoológico de... Sienna - era isso? -, tal como tantos outros treinadores que por ali já havia visto passar.

Na falta do oceano para lavar-lhe a alma, contentou-se com a presença das águas rasas que permeavam praticamente toda a extensão do solo daquele lugar. Tranquila e com uma respiração profunda, a moça sentou-se na borda do píer amadeirado - ousou, então, inclinar-se sobre sua beira, estendendo o braço e roçando a ponta dos dígitos sobre a superfície aquosa, gentil e macia. Oh, quanto tempo já não fazia desde a última vez que pudera desfrutar, abertamente, do corpo emergido em algum lugar daqueles (que não fosse, é claro, um simples chuveiro)? Em silêncio ameno, ponderou consigo mesma a possibilidade de eventualmente se retirar para uma aventura em uma rota marítima, a maresia distante invadindo-lhe os pulmões em carícia generosa e...

...E então, a delicadeza suave de um chamado distante a arrebatou dos pensamentos que, naquele momento, eram infrutíferos; A moça piscou, leve, e demorou alguns instantes antes que volvesse a atenção na direção contrária à das águas, incerta de quanto tempo se manteve inclinada sobre elas, um sorriso gentil se desenhando no rosto quando os orbes cinzentos encontraram a imagem do companheiro mais uma vez. Sem pressa, se ergueu, acalentando-se com o selinho e se limitando à um cheirinho manso em seu maxilar, onde pousou um beijo delicado antes de se afastar alguns centímetros, cumprimentando o jovem Steve com um carinho nas plumagens e, à Lúcia, um acenar de cabeça relaxado.

— Nem diga! Sinto que já fazem séculos desde a última vez que saí com a intenção de procurar um pokémon! — Comentou, um riso relaxado e um dar de ombros tranquilo. — Como foi a viagem? Deu tudo certo lá? — Quis saber, secando os dedos nas próprias roupas. — Eu senti que ia morrer de tédio. E ainda tava lotado, que nem te digo! Parecia uma sardinha! — Disse, balançando a cabeça e deixando escapar um suspiro contrariado. — Então, eu trouxe... Muitos ovos. De novo! — Respondeu, com um franzir de ponte do nariz, apertando as pálpebras com graça. — Acabei trazendo a Margaret pra me dar uma forcinha com eles, e o Dusclops, também. Eu quero ver se consigo evoluir ele, sabe? Eu decidi ir focando devagar em um por vez, pra ver se consigo fortificar meus pokémons com menos enrolação... — Mordeu de leve o canto dos lábios, balançando a cabeça com amenidade. — Acho que não deve estar muito longe, mas tenho que trabalhar nele, de qualquer forma. Tenho quase certeza que nunca cheguei a comentar, mas eu sempre gostei de Dusknoirs, sabe? — Continuou, olhando brevemente em volta, observando os treinadores que passavam por aqui e ali. — ...Então, sabe como é, nada melhor que conseguir um, né? — Acrescentou, com um sorriso relaxado, ajeitando a alça da mochila sobre o ombro.

— Tem mais gente por aqui do que eu pensava. Te falar, esse "problema" vai acabar sendo resolvido mais rápido do que eu podia imaginar... — Disse, o olhar correndo mais uma vez pelos arredores. — 'Cê acha que são muitos os bichos que fugiram? Porque se a gente tiver que disputar por pouco, é bom a gente se apressar! — Acrescentou, dando alguns passos sobre o píer para que o rapaz a seguisse, mas parando para que pudessem seguir lado a lado, olhando-o em um incentivo silencioso que a acompanhasse.

Tinham de começar a tal caçada, né?

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por **Pagliacci** Sáb Nov 28 2020, 00:49

Depois de chamar por Natalie com bastante sutileza, senti que a trazia de algum... Universo paralelo talvez? Enfim... Ela finalmente voltava para mim e sua expressão lentamente deixava o vazio para preencher-se de alegria. Tão breve deixou para trás aquele estado diferenciado, Chase começou a falar tudo o que sentia e havia passado, grande parte em resposta aos meus questionamentos. Revelou o que sentia pelo longo tempo sem ir "à caça" de monstrinhos, expressou-se sobre as péssimas condições da viagem que a levou até ali e também desabafou sobre suas dúvidas quanto à lotação do lugar. Será que teriam que "brigar" pelos Pokémon que pretendiam encontrar? Era um questionamento que certamente também passou pela minha cabeça e me impulsionava para frente. Precisávamos achar os fujões o quanto antes, mas... Será que outros membros da Virtuum também estavam por ali?

— Eu também não sei há quanto tempo não saio em busca de Pokémon assim. Isso me trás lembranças do início da Jornada... Precisamos de mais momentos assim, acho. Só sinto falta de Mey comigo, mas preciso dar atenção aos outros Pokémon... — Respondi sobre o primeiro assunto levantado, partindo para o próximo logo depois de Steve se ajeitar do outro lado do meu corpo, passando ao outro ombro — Ah, eu vim mais tarde, então peguei o transporte mais vazio, mas pelo visto corri o risco de chegar e não ter mais nenhum Pokémon exótico espalhado por aí... Então realmente, talvez seja melhor nos adiantarmos e irmos andando, né? — Expliquei, olhando ao redor para todos os transeuntes acompanhados de monstrinhos, enquanto ouvia Natalie explicar sobre seus anseios de treinamento e também sobre os muitos ovos que trouxe consigo — Hahahaha! Eu não sei de onde tira tantos Ovos. Eu choquei uns 9 há alguns meses e já achei um absurdo! Você tem vários para chocar e ainda consegue me dar alguns... Incrível! Mas... sobre os Dusknoir, eu não imaginava que você gostava deles. São tão misteriosos e fantasmagóricos... Eu até ouvi dizer que alguns treinadores preferem mantê-lo sem evoluir, acho que tem uma forma de potencializar a defesa deles... — Expliquei, apesar de não ter certeza do que dizia.

— Bem, que tal a gente descer essa trilha e chegar mais próximo do mar? Eu to doido para achar uns Pokémon diferentes por aqui, deve ter vários aquáticos. Além dos fujões, é claro... Ali na frente o caminho se divide em três, tá vendo? Acho que a gente pode procurar por aqui, por enquanto, aí depois decidimos para qual lado dos caminhos a gente vai... — Disse, pegando o PokéNav e já abrindo na conversa com o grupo da Virtuum — Vou ver se tem mais gente da Sociedade por aqui... Aí a gente vai dizendo que tipo de Pokémon achamos, talvez não tenham legais para nós,
mas sejam boas moedas de troca, né? — Comentei, enviando uma rápida mensagem aos membros.

Para PokéZap escreveu:
"Mais alguém ajudando a Sienna Co. com os fujões do Zoo de Kanto? Vamos apostar quem achará o Pokémon mais raro?"

por **gustavo** Sáb Nov 28 2020, 09:35

Off:

Passeio grátis, um lugar aberto e bonito e um monte de Pokémon raros para capturar. Quem poderia se atrever a negar uma oportunidade dessas? Bem, isso era o que levava Natalie Chase e Luch Valassa Drac a desfrutar, mais uma vez juntos, de uma tarde pacata com a oportunidade de acumular novos colegas de patas, asas e tudo mais. Eles tinham se separado pouco antes da viagem, o que é esquisito, pois deve ser muito bom viajar com quem você gosta... Mas umas mensagenzinhas resolveram e lá estavam juntos pelo porto de Lavender, prontos para caçar os Pokémon que escaparam do Zoológico de Sienna.

Pensar nisso, aliado a pequena aglomeração que havia por ali, lhes fazia ponderar; será que tinha tantos exemplares pra todo mundo naquele lugar? Quer dizer, teve muita gente que pegou transporte para as cidades Kantonianas imediatamente, assim que o transporte foi liberado. Era muita gente conversando sobre os Pokémon que queriam encontrar, outros falavam sobre uns bichos feios dessas regiões distantes que não queriam chegar nem perto... Enfim, todo mundo acreditava que valia a pena arriscar. Quanto ao número de Pokémon, a grande maioria deles já tinha escapado fazia um tempo e convivendo com outras criaturas locais, procriando e perpetuando suas espécies como invasores... Talvez até sobrassem Pokémon ali, no fim das contas.

Além de fazer novas capturas, as duas partes do casal vieram até Kanto com objetivos secundários diferentes; Luch carregava uma tropa de colegas com asas para a viagem, e queria treiná-los com os encontros em potencial naquela rota. Por outro lado, Natalie tinha um objetivo um pouco mais particular; tinha uma trupe de ovos, um passarinho que sabia cuidar deles muito bem, e um singelo Dusclops, capturado por entre as ruinas de Oir'art, que era o foco da sua busca por experiência.

Queria fazer com que o Pokémon alcançasse a sua última forma naquela tarde, apesar de ter lhe conhecido de fato não fazia muito tempo. Ele parecia ter uma personalidade um pouco... Pegajosa, para dizer o mínimo, mas ela tinha um apreço especial pelo Dusknoir, então parecia uma boa ideia alcançar o último estágio. Isso também significaria que ele estava em um ponto muito forte da sua vida, ideal para batalhar.

Enquanto conversavam despretenisosamente sobre a chocadeira ambulante que a ruiva andava sendo, dava para perceber diversas formas de burburinho por entre os treinadores que haviam descido do porto. Luch estava um pouco ocupado com seu aparelho telemóvel, mas Natalie estava livre para perceber que parecia haver uns princípios de confusão perto dali, gente boba que discutia sobre prioridades, encontrar bicho x ou y primeiro... Bobagem, com alguma sorte não viraria um problema muito maior.

Como Luch mencionara antes, haviam alguns caminhos que dava para seguir, que se cruzavam com a outra rota em que os bichos tinham escapado. Além dessas trilhas em separado, tinha um pequeno bosque para o lado de Sienna, ao sul. Como a maioria do pessoal ainda estava aglomerada para bater papo sobre suas pretensões no pier, talvez fosse uma boa ideia dar uma conferida lá antes de escolher um caminho específico.

por **Shianny** Sáb Nov 28 2020, 14:33

off:

Foi com um sorriso ameno que a ruiva ouviu os comentários do unoviano à respeito das memórias do agora distante começo de jornada - e, bem, era com certo carinho que as lembranças rodopiavam os momentos iniciais de toda a sua travessia, quando a calmaria ainda flertava com seu caminho e com seus companheiros principais da época. Ora, aquele era um período que não possuía sequer a metade das preocupações atuais; Então, para dizer o mínimo, era óbvio que, para si, eram meses saudosos que, infelizmente, não mais voltariam para o alcance de seus dedos.

— Ai… Não sei, a gente tá meio atrasado mas, sinceramente, acho que eu até me arrependi um pouco de vir cedo demais. Quer dizer, pelo menos poderia ter vindo mais confortável e com companhia, né? Mas agora já foi. — Admitiu, deixando escapar um riso sem graça. Com um assentir de cabeça, concordou sobre precisarem se adiantar, os passos voltando a guiarem-na pelos caminhos amadeirados e convergentes do píer, agora lado a lado com os do companheiro. — Ish, mas pior que ultimamente eu ando cuidando de um monte de ovos, mesmo! — A ruiva riu, com um dar de ombros relaxado. — Pra ser sincera, eu nem me liguei quantos eram… Até perceber que ultimamente eu nem ando mais com meus pokémons direito! Eu tô com tantos filhotes pra trabalhar com, que nem te falo… Mas a parte boa é que pelo menos já tão quase no final, e aí é só ir aos poucos com os treinamentos! — Comentou, ajeitando uma das madeixas por detrás da orelha, sem pressa, esticando os braços pra trás do corpo em um discreto espreguiçar. — Ah, quer dizer… A ideia e história deles é um pouquinho assustadora, se parar pra pensar bem, mas eu gosto da maneira como eles são… Imponentes, sabe? Como se nada pudesse bater de frente, e tal. — Disse, refletindo por alguns segundos com os comentários do moreno. — Acho que sei. Com Eviolite, né? — Quis saber, pendendo a cabeça para o lado com sutileza, pensativa. — Acho que até seria bom, na verdade, mas… Eu não acho que vou colocar as mãos em uma dessas tão cedo, pra ser sincera! Até lá, talvez eu até crie coragem de treinar outro, quem sabe... — Ponderou, franzindo a ponte do nariz com discrição, duvidosa das próprias palavras. Não tinha certeza se teria coragem, mas… Pois é, né?

...

— ...Iiih, olha aí você, me lurando pro mar! — Gargalhou, cutucando de leve a lateral do tronco do companheiro. — Tem certeza disso? Olha que posso acabar me distraindo dos pokémons, e você não vai poder me culpar, viu, seu projetinho de sereio? — Provocou, ajeitando uma das madeixas ruivas por detrás da orelha, pensativa por um segundo. — Eu ouvi dizer, aliás, que é comum alguns Slowpokes andando por aqui, já que não é muito fundo. — Comentou, apontando para as águas rasas nas quais o píer era erguido. — Quem sabe a gente não dá sorte de achar um grupo "pescando"? Até porque, né, o pessoal deve estar mais interessado em procurar os bichos do zoo que com os naturais da região. — Ponderou, os orbes acinzentados passeando em volta, em busca de qualquer sinal de bichinhos que poderiam estar ali por perto. — É, pode ser que estejam. Apesar de que a maior parte do pessoal parece meio ocupado, ultimamente, né? A Karinna mesmo, parece que já se meteu em problema de novo, você viu? — Suspirou, balançando a cabeça em negativa. — Aquela criatura é tão ímã de problema quanto eu. Espero que ela esteja bem… O que me acalma é que o Daisuke tá junto, pelo menos. — Comentou, dando um tempo na caminhada enquanto o unoviano parava por um momento para enviar a mensagem no grupo do pokézap.

Nessa pausa, aliás, foi que percebeu a presença de um pequeno conjunto de árvores mais afastado, um pouco distante do trajeto que penetrava mais as entranhas da rota na qual se aventuravam. As pálpebras se estreitaram, discretas, e a treinadora levou alguns segundos analisando os limiares do projeto de bosque plantado naquela área, além dos grupos de treinadores que mais pareciam focados não só em explorar mais adentro da rota, mas também em discutir sobre por qual lado deveriam ir primeiro.

— Ei, Lú. — A moça chamou, dando uma cotoveladinha discreta no braço do rapaz. — Olha ali. — Instruiu, indicando o bosque com um menear suave de cabeça. — Parece que não tem ninguém indo pra lá. Vamos dar uma olhada? Talvez a gente dê sorte e consiga achar um ou outro pokémon que veio se esconder mais afastado. — Convidou, já se preparando para seguir o caminho indicado. Não era bem o lugar inicial que pretendiam ir, mas também parecia um ótimo ambiente para se começar - ora, de que adiantaria explorar somente os lugares que já pareciam estar lotados de treinadores de todos os cantos? O melhor a se fazer seria aproveitarem justamente o lado oposto, ora bolas!

...Fazia sentido, não é?

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por **Pagliacci** Sáb Nov 28 2020, 14:41

OFF:

Depois de enviar a mensagem para a Virtuum através do PokéNav, fechei o aplicativo e também a tela do aparelho, retornando-o para o bolso e erguendo meus olhos na direção da linha do horizonte. Foi então que percebi uma certa movimentação diferenciada nas proximidades, algo que Natalie já havia notado, apesar de não ter ainda se expressado. Freei meus passos para observar e, sobretudo, entender o que havia. Parecia um início de confusão, numa discussão acalorada — Ih, se tem uma coisa que eu quero evitar é isso aí... Pessoal já tá com os nervos aflorados, daqui a pouco estarão se atacando igual loucos. Vamos dar uma leve desviada desse povo... — Disse para Natalie, mais sugerindo do que determinando, mas acreditando que ela também pensaria igual sobre não se envolver. Havia ali, nas proximidades de Lavender, um grande espaço aberto, com certos pontos de ocultação onde criaturinhas poderiam ter buscado abrigo. Talvez não as mais inteligentes ou agressivas, mas aquelas com instintos de sobrevivência elevado ou simplesmente, habilidades boas de se ocultar!

Enquanto caminhávamos, ainda sem rumo, Natalie comentava um pouco mais sobre Karinna, que aparentemente havia se metido em alguma enrascada nova, só que dessa vez na companhia de Daisuke e não de Naty. Realmente a loira parecia ter uma pré-disposição para se meter em encrencas, o que de certa forma combinava com Chase e sua "atração" pelo perigo — Oh, acha mesmo que eu estou tentando te arrastar para o mar? Não poderia, tem gente demais por perto. Esse tipo de "ataque" eu deixo para fazer em locais mais... Particulares? — Comentei, com um sorriso malicioso e terminando por rir da minha própria fala — Eu tenho certeza que Karinna vai estar bem com o Daisuke. Agora, o que signifca "bem" para os dois eu não sei. Provavelmente significa estar atrás de confusão! Hahahaha! Mas tudo bem... Sobre os Slowpokes, eu acho uma boa caçá-los pescando. Eu realmente só pesquei uma vez e foi quando encontrei a Lira, um filhotinho! Depois, não mais... — Expliquei para Natalie, respondendo-a enfim, um pouco antes de chegarmos até uma região mais ampla.

— Tem um pessoal sem saber para onde vai primeiro. Ó só. Acho que tem poucos preocupados em procurar Pokémon por aqui. Vamos dar um rolê... Lúcia vai ajudar a gente a olhar embaixo de pedras, em partes com grama, em laguinhos... Temos que ficar de olhos e ouvidos atentos! — Comentei, olhando para a Hawlucha, que concordou com a cabeça que iria nos ajudar. Em seguida, aguardei a manifestação de Naty, concordando ou não com o sugerido para podermos seguir o plano ou mudar nossos objetivos. E bem, sua resposta foi para investigarmos um projeto de bosque que nascia nas laterais daquela trilha e que poderia esconder algo — É, acho justo irmos checar. O máximo que podemos encontrar é... Nada, mas aí continuamos a busca! — começaria a avançar na direção de qualquer arbusto e grama alta mais "selvagem" que pudesse haver por ali. Não seria um trabalho fácil certamente, mas havia a chance de encontrar monstrinhos mais raros e interessantes dessa forma. — Hmmm... Me diga Naty. Aproveitando que estamos por aqui mesmo... Você já deve ter visto vários Pokéon de Alola e Galar na televisão ou com treinadores e tals, mas tem algum que você goste mais e te interesse mais?

por **gustavo** Sáb Nov 28 2020, 16:28

Off:

Enquanto se decidiam sobre o que fazer para começar a pequena aventura naquelas rotas, Luch e Natalie continuavam trocando ideias sobre o que andavam falando antes, fazendo as provocações de sempre e conversando sobre os assuntos que consideravam importantes para si. Mas uma coisa era certa; passariam longe de confusão. Já bastam as confusões que o Destino taca até nas tentativas mais simples de travessia ou treino casual, então era melhor ficar tranquilo e procurar seus Pokémonzinhos na paz, certo?

Além disso, ponderavam sobre o bichinho que era abundante na beira das águas por ali, um aquático que tinha hábitos bastante terrestres, a esquisita mistura de hipopótamo com salamandra com... Alguma coisa, que eram os Slowpokes. Essa rota era muito querida pela espécie, uma vez que aproveitavam a maré baixa para caçar Shellders com a sua cauda. Bem, se eles procurassem um pouquinho, com certeza topariam com vários daqueles no seu caminho! Com alguma sorte, encontrariam até uns mais raros, que foram descobertos recentemente em Galar.

Não demorou muito para que a ruiva notasse a ausência de gente passando pela pequena extensão arborizada que estava próxima dali e sugerisse que começassem sua procura lá. Ora, fazia sentido buscar a parte do trajeto sem pessoas procurando, pois aumentaria as chances da dupla de encontrar mais Pokémon estrangeiros. Era curioso pensar por que ninguém tinha ido lá ainda; seria por ser uma região um pouco mais densa ou ninguém mesmo pensou na ideia? Bem, Natalie decidiu de forma bem intuitiva, e seu namorado não tardou em concordar. Na pior das hipóteses, encontrariam um belíssimo exemplar de Absolutamente Nada!

Antes de começar a caçar especificamente aqueles espécimes preguiçosos da região, preferiram ir mata a dentro, procurando algum bicho que gostasse da área, de se esconder, qualquer coisa do tipo. Se aproximando das entradas por entre árvores e arbustos, dava para perceber alguns barulhos sutis, movimentos nas folhas... Mas não dava para ver nada com muita clareza se não entrassem mata a dentro.

Conforme decidiram seguir para a entrada daquela extensão de terra - e o bate-papo casual entre os dois não acabaria nunca, pombinhos que eram -, o Rufflet e a Hawlucha não tardaram em se embrenhar por entre o mato que estava lá na frente, voando baixinho, para avistar alguma coisa. Imaginaram que Luch gostaria da atitude, uma vez que o objetivo principal dele e da sua estimada Natalie era encontrar Pokémon. Era bom seguir em frente antes que os perdesse de vista!

Progresso - Natalie:

Progresso - Luch:

por **Shianny** Sáb Nov 28 2020, 17:39

off:

Bem, tinha lá consciência que era a culpada pelo comentário malicioso feito pelo unoviano mas, oh, foi incapaz de evitar o rubor que coloriu pacientemente suas bochechas, ou mesmo a leve mordida tímida no lábio inferior que se deu diante à imagem que o moreno fez questão de retratar em sua cabeça, íntima e discreta. Em consequência, espiou-o pelo canto dos olhos, e se deu ao luxo de manter o silêncio e evitar quaisquer respostas que pudesse chegar a formular - não por temor, talvez por vergonha mas, principalmente, pelo fato de que não existia mais absolutamente nada a se dizer no momento que o próprio olhar não o fizesse por si só, tendencioso e sugestivo; Então, mansa, a moça deixou escapar um riso discreto, os dedos se remexendo com serenidade uns nos outros, embaraçados.

— ...Se você diz... — Limitou-se a dizer, dando uma piscadela tranquila antes de encostar a cabeça com suavidade no braço do maior, relaxada. — Pior que você tem razão, pra falar a verdade. Mas… Ei, sobre a pescaria, eu tava falando é dos Slowpokes pescando Shellders, não a gente tentando fisgar eles! — Interrompeu, deixando escapar uma risada divertida. — Eu nem sei se dá pra pescar um Slowpoke, na verdade! Eles não são grandes demais? — Perguntou, fechando brevemente um dos olhos em uma expressão pensativa. — Ia era quebrar a vara, não? — Sorriu, espiando o companheiro de canto, balançando a cabeça em negativa com tranquilidade.

Nisso, foram - concordância não foi difícil diante às possibilidades que os aguardavam e, assim, o trajeto de ambos rapidamente se direcionou para o pequeno bosque ao lado do lugar, a intenção vívida de encontrar espécimes que pudessem tentar se esconder dos olhos de treinadores apressados (e talvez até desatentos, se é que podia considerar assim) que por ali passavam.

— Na verdade… Eu tenho, sim! — Respondeu, com um sorriso repentinamente alegre no rosto. — Eu adoro Rookidees! Inclusive, eu consegui um ovo com o Haruki, antes de vir pra cá, e trouxe logo pra chocar! Eu tô doidinha pra treinar ele, pra falar a verdade! Você chegou a ver um Corviknight? É a coisa mais linda do mundo! — Disparou, a animação estampada não só nas feições, como no próprio tom de voz. — Eu também acho Dreepy engraçadinho, mas eu ouvi dizer que eles são bem raros, então eu nem tenho lá esperança de ter um, não... — Comentou, com um riso leve. — E eu acho Orangurus e Comfeys simpáticos! Basicamente... — Disse, pensativa. — Você tem algum em mente que queira achar por aqui? Mas, ei, não vale dizer só "voadores", ok? — Provocou, momentos antes de…

...de Lúcia e Steve simplesmente saírem na frente, sem mais nem menos, se embrenhando na mata e praticamente desaparecendo entre galhos, troncos e folhagens. O fator "repentino" da situação fê-la perder a reação em um primeiro momento, as sobrancelhas se erguendo em breve surpresa antes que as pernas enfim agissem, se movendo em sincronia para que não perdesse os monstrinhos de vista.

— Ei! EEEEEEI! Esperem aí, vocês dois! — Se adiantou. Será que os bichinhos tinham encontrado alguma coisa? Mas, oras, não justificava simplesmente darem no pé e no bico pra desaparecer entre as árvores daquele jeito, oras!

Já não bastava terem que caçar os selvagens, agora teriam de ir em busca dos já domesticados, também? Ora bolas!

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por **Pagliacci** Sáb Nov 28 2020, 18:33

Como sempre, adorava fazer minhas piadinhas de "gosto duvidoso" para com Natalie, principalmente com segundas intenções. Ficava muito feliz que Naty não se importava com isso... Muito pelo contrário, adorava as gracinhas que eu dizia e deixava claro o motivo de nos entendermos tão bem e sermos tão próximos... Mas enfim... Sobre nosso outro assunto, o dos Slowpokes, Natalie me corrigiu dizendo que na real estava falando sobre a Pescaria realizada pelos próprios Pokémon, em busca de um Shellder para que enfim evoluíssem... — Ah... AH! AH SIM! Eu havia esquecido desse fato, não via muitos deles em Unova e nem tantos em Hoenn, mas sei que por aqui são bem numerosos. Qualquer coisa a gente pega eles e captura os Shellders para juntar os dois e evoluí-los. Que tal? — Comentei com a garota, ouvindo o que ela tinha a dizer sobre o peso das criaturinhas aquáticas e também sobre a capacidade das varas — Ei, não duvide da capacidade da minha vara. Ela é velha, mas dá pro gasto! — E enquanto dizia isso, pegava o objeto dobrável e fazia um lançamento para frente, resultando em sua montagem completa, esticada ao tamanho máximo. É claro que era só uma zoação, por isso gargalhei em seguida, retornando as partes da vara até ficarem no formato retraído.

Em seguida, Natalie comentou sobre algumas criaturinhas que tinha interesse. Algumas de Galar, inclusive umas que eu concordava plenamente sobre o quão perfeitas eram, e outras de Alola, que achava divertidos, mas não necessariamente incríveis. De todo modo, assim que terminou de falar suas preferências, Chase me perguntou o que eu particularmente gostaria de encontrar — Bem, já que eu não posso falar "Voador", vamos aos detalhamentos... Hahaha! Eu gosto muito do Rookidee também! Gosto de uma versão Galariana do Yamask e também do Meowth de lá. Já de Alola, eu ficaria muito feliz de encontrar qualquer um dos Pokémon que usam no início das Jornadas de lá. Acho que é Litten, Poplio e também o Rowlet. Na verdade, esse seria meu preferido! De todo modo, eu acho que ficaria feliz com quase todos, desde que não fosse algum que eu já tenho. O que é possível... — Expliquei meus gostos, o mais detalhadamente possível. Era bem verdade que de todos, provavelmente o Rowlet era o meu maior interesse, mas eu não ficaria triste com nenhum novo companheiro, até se forem "repetidos".

Enquanto conversávamos, Lúcia e Steve resolveram adiantar-se e, antes que eu pudesse notar ou tomar alguma atitude e avançaram para o meio do mato, embrenhando-se no breve bosque. Natalie foi quem mais se surpreendeu com o movimento e deu um grito com os Pokémon, lamentando-se de que talvez teriam que correr atrás dos já capturados ao invés dos não capturados — Com certeza viram algo, provavelmente alguém também. Pode ser uma pessoa e se confundiram com Pokémon... Mas vamos seguir de perto e ver o que acharam! Pode ser o que estamos procurando ou algo melhor... Ou pior... Bem, vamos! — Comentei com Natalie, adiantando-me também e olhando para trás, para ver se ela vinha, antes de seguir o caminho dos dois voadores.

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[Hunting Season] – Route 10/12 –

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