008 - PATIENTIA

 

Ok, ok, problemas, problemas... Os dois pequenos não conseguiam fazer Lancelot ir para trás. O grande besouro era forte demais para que a dupla ultrapasse sua resistência física; eles não tinham capacidade de ultrapassar aquilo...

— Vocês estão indo bem! Mas... Acho que falta algo... — O problema é que a princípio eu não sei o que seria esse algo, além de pura força física, que é o que estamos tentando treinar aqui. — Talvez um pouco de técnica?

Comecei a observar os dois por algum tempo. O que eles poderiam fazer para desestabilizar o equilíbrio de Lancelot com seus corpinhos? Existia algo, na verdade?

— Talvez a única forma seja a que vocês mesmos acharam... — Comentei, encarando os dois. — Conseguir um certo impulso, e em seguida empurrarem juntos. Talvez com um pouco mais de distância, dessa vez? — O problema, então, era Lancelot parar os dois simplesmente com seus braços. — Mas vocês também precisam conseguir acertar ele, claro... Eu não posso pedir para Lancelot deixar sua guarda aberta assim, acho que seria muita maldade...

Cali e Bedi me encaram, incrédulos e boquiabertos.

— E-ei! Vocês tem que entender meu lado! Vocês são menores que ele. Usem isso como vantagem! Se não conseguirem, vamos mudar o exercício, ok? Só mais uma tentativa! — Comentei, batendo palmas. — Vocês estão indo muito bem!

Depois disso, era a vez do trio que meditava.

— Arthur, pode sair da água por enquanto. Acredito que já esteja mais acordado! — Comentei, chamando o símio. — Vamos tentar mais uma vez aqui fora, apenas com os sons te atrapalhando, ok?

O símio revirou os olhos, quase como Kay sempre faz, e veio para perto de Galahad. Ele encarou o chacal por alguns segundos, observando sua pose e técnica.

— Bem, eu iria te recomendar observar Galahad, mesmo... Assim como o Kay.

Kay estava respirando da maneira errada.

(Eu acho)

A forma como o Pokémon parecia ofegante provavelmente indicava que ele devia estar fazendo isso de outra forma; seja lá qual forma essa seja. Bem, vamos tentar com o básico que sempre me foi dito...

— Respire assim, Kay. — Comentei, inspirando profundamente. — E depois você faz assim. — Expirando de forma bem lenta.

O urso desviou o olho e dei um pequeno sorriso sem graça. Arthur bateu algumas palmas e apontou para onde eu estava, me convidando para sentar e meditar com ele.

— Não sei se é uma boa ideia... Primeiro porque você está molhado. Segundo porque eu tenho que ficar de olho nos pequenos... — Comentei para o símio, que deu de ombros e se sentou perto de Galahad, passando a mão por cima de seu ombro, como se falasse: "Quem precisa de você, quando tenho meu camarada?!"

O chacal apenas olhou para o lado com um olho meio aberto enquanto mantinha o outro fechado.

— B-bem, vamos tentar assim, então! Acredito que vocês já estejam mais habituados com a barulheira; talvez consigam fazer a meditação mais efetivamente.

Bati mais palmas, e a parte quatro se iniciaria em seguida.

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ais uma etapa de treinamento começava, as instruções foram dadas mais uma vez para a equipe da especialista que tentou colocar em prática ao seu próprio modo... Apesar de aquelas figuras não terem a menor ideia de como fazer aquilo dar certo.

Para a dupla dos pokémons pequenos seria mais difícil, estamos falando em quebrar a defesa de um besouro do tamanho da garota, é claro que não seria fácil para eles, ainda mais depois de não conseguirem chegar nem perto de fazerem progresso. Uma nova tentativa era válida, por isso tomaram distância novamente, dessa vez maior que a anterior, consequentemente o ganho de velocidade aumentou e com isso conseguiriam mais força na hora do impacto. Foi isso o que aconteceu, quando saltaram contra Lancelot ainda não o tiraram do lugar, mas seus braços recuaram um pouco, já era um fator que daria ânimo para aquela dupla.

Quanto à equipe de meditação, pode-se dizer que as coisas estavam no controle, mas não da maneira esperada, tudo começou quando Arthur saiu da água e sentou perto de Galahad, a água começou a escorrer de seu pelo e fez uma poça que chegou a molhar quem estava sentado perto dele, o motivo que fez Karen aceitar seu convite. O símio então abraçou Galahad com seus braços molhados e frios, o suficiente para quebrar seu foco e concentração.

Arthur não entendia nem pretendia levar a culpa, então começou a meditar como Galahad fazia, mas agora havia dois pokémons sem foco no que estavam fazendo, um todo encharcado e outro sentando numa poça e com o pescoço e ombros molhados.

Kay apenas olhava a cena depois Karen julgando em seu pensamento todos os envolvidos pela situação, entretanto tentava se concentrar para conseguir meditar, o que ajudava era que a água não chegava até ele, pelo menos não por enquanto, por isso estava chegando ao nível de Galahad, sua respiração de regulava com o tempo.

Mei via aqueles três e tentou ajudar como podia -Karen, eu vou entrar no meio deles e meditar também, só falar para eles ficarem igual a mim que já vão ter uma base de como fazer, tá bom? - ela foi para o meio do grupo e sentou-se de pernas cruzadas com as mãos sobre as coxas, fez o processo de respiração e parecia realmente estar desconexa do mundo. Totalmente imóvel.

Hora de trabalhar.

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

 

Bem, acho que agora estávamos tendo algum progresso. A dupla dos pequeninos conseguiu empurrar um pouquinho Lancelot. Sei que era uma tarefa difícil, mas treinar consiste em se desafiar e ultrapassar seus limites!

(Eu acho)

— Muito, muito bem, gente! —  Falei, batendo palminhas. — Vamos repetir a dose novamente! Desta vez, tentem inclinar o corpo para levar o peso para a cabeça. Assim, o choque com certeza vai empurrar Lancelot para perto da árvore, né?! — Indaguei para os pequenos.

Depois disso, Mei se voluntariou para ajudar na meditação com o trio. Eu assenti com a cabeça, um pouco surpresa.

— Claro! Gente... — Olhei para os três. — Primeiramente, Arthur, tente ficar um pouco distante de Galahad e Kay. Você ainda está encharcado. Prometo que podemos tomar um banho depois, mas, por enquanto, gostaria que você ficasse levemente distante. — Falei para o símio, que deu de ombros e se distanciou um pouco de Galahad. — Galahad, sei que você já tem bem mais experiência que os dois nisso, mas tente fazer como Mei, também! — Coordenei. Em seguida, olhei para Kay, que me encarava de maneira cínica e duvidosa...

... Esse ursinho...

— A Mei é muito boa meditando, Kay, não percebeu? — Falei, passando a mão na frente do rosto da garota algumas vezes. —  Viu? Concentração total! Vamos, faça como ela, por favor!

Não haviam muitos outros comandos para dar no momento. Apenas torcia para que eles conseguissem passar essa etapa, pois já tinha pensado em algo envolvendo os dois times para a próxima fase.

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s coisas pareciam ficar mais fáceis com a ajuda de Mei. Primeiro Arthur se separou dos demais e foi para seu próprio canto onde poderia observar sem molhar o coletivo, assim que se sentou observou a posição de Mei e começou a imitá-la, claro que não sem antes se chacoalhar para se livrar do excesso de água.

Galahad, que apesar do bom progresso, dava ouvidos a Karen e também observava o método como a garota conseguia meditar com maestria, sua respiração era motivadora e com o ritmo perfeito como se realmente só tivesse ficado seu corpo para trabalhar por si só. Kay estava dando o braço a torcer e ficou quieto em seu canto buscando encontrar a melhor maneira para imitar Mei.

Para esses três as coisas estavam sedo como deveriam, agora vejamos o que estava acontecendo com o trio da força física.

Lancelot estava começando a ter dificuldades em parar aquela dupla, vez ou outra se defendia, outras os empurrava para tirá-los do caminho, isso fazia com que se desequilibrassem e caíssem no chão. O progresso era agradável tendo em vista que os dois estavam tendo momentos fáceis e momentos difíceis.

Se Karen conseguisse conduzir as coisas a continuarem assim, em pouco tempo o resultado viria.

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As peças estavam finalmente começando a se encaixar. Demorou um pouco, mas estávamos chegando no ritmo necessário! O treino não iria durar muito mais, tanto por uma questão de número de posts quanto pelo nosso tempo que estava correndo. Sendo assim, decidi que talvez fosse uma boa ideia mudar um pouco o ritmo daquele treinamento.

(Eu acho²)

— Gente, vocês estão de parabéns! Os seis, sério! —  Falei, me aproximando dos dois grupos, de forma que ambos conseguissem me ouvir. — Estive pensando, o que acham de intensificar um pouco antes de terminarmos?! Podemos fazer essa parte final juntos!

Todos pareceram confusos. Até o presente momento, estavam treinando coisas distintas, e por isso não tinham interagido muito no treino. Mas, agora, meu plano era juntar todo mundo para tentar uma espécie de dinâmica diferente.

— Seguinte, pessoal. — Bati mais algumas palmas. — Agora, o grupo da Defesa vai fazer o que estava fazendo entre si com o pessoal da meditação. Este, por sua vez, tentará ficar concentrado, mesmo que estejam sendo empurrados. Assim, acredito que podemos executar os dois exercícios simultaneamente... —  Apontei para o pessoal que meditava. — Esses três aqui tem uma força física excepcional, já. Sendo assim, acredito que serão um ótimo último desafio; diria até que impossível no momento, não fosse o fato... —  Apontei para o grupo da defesa. — Não fosse o fato de que eles tem que meditar enquanto treinam com vocês! Hahaha! Inteligente, né?! — Comentei, rindo com o peito estufado.

No geral, os seis Pokémon pareceram... Confusos. Não sei se estavam animados ou assustados, mas assim que assentiram com a cabeça, fiquei feliz de saber que eu tinha Pokémon que confiavam em mim plenamente.

Menos o Kay, claro.

— Certo, as duplas serão as seguintes: Arthur com Lancelot. Essa é óbvia; são os dois mais fortes fisicamente, então acredito que sejam a única dupla que pode funcionar de forma justa.

Lancelot pareceu feliz de poder treinar com seu ídolo, Arthur. O símio apenas sorriu e acenou, chamando seu amigo para perto.

—  Depois, vamos com Bedivere e Galahad! — Os dois me olharam surpresos. — Acredito que vocês dois sejam os com menos resistência física de cada um de seus grupos. Por isso, são a dupla mais justa possível entre si. O que acham...?

Bedivere não queria dar para trás e provavelmente por isso não negou o duelo; mesmo assim, Galahad se aproximou do pequeno e afagou sua cabeça, de forma serena e suave. Bedivere, confuso e boquiaberto, assentiu e sorriu, colocando sua fé em seu companheiro.

— Muito bem, e por fim... Caliburn e Kay.

Veja bem, essa eu guardarei o motivo para a parte de pensamento do meu post: Kay tem uma personalidade bem tóxica e irônica. Ele provavelmente não levaria nenhum outro companheiro a sério. Entretanto, ninguém resiste a fofura da Cali. Tenho certeza disso; nem mesmo Kay!

— Vamos começar, gente! Pessoal da Defesa, tentando tirar quem medita do lugar. Pessoal que medita, concentração total! Lembrem-se: uma rocha não se move, mesmo sendo empurrada! É tudo uma questão de mentalidade!

EU ACHO!³

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eta final com um novo treino a ser realizado, não era bem algo tão de diferente assim, só que as duplas formadas eram compostas um um dos que meditavam e a outra por quem dava pancadas um no outro. Karen buscou colocar dois pokémons com forças parecidas num plano em que os que estavam meditando precisariam fazer isso enquanto o outro usaria ele para aumentar sua resistência. Algo difícil de se alcançar, mas valia a tentativa.

Primeiramente, vamos falar sobe os mais fortes. Arthur se sentava no jardim e meditava mais um pouco, estava calmo, sereno e com um progresso de nível consideravelmente bom até que o corpo e Lancelot caiu nele sem que ele ao menos pudesse se defender. Claro, ouviu os passos, mas não podia revidar, apenas tentar se concentrar o máximo para pelo menos eliminar o desconforto que lhe era causado, por outro lado Lancelot usava o corpo do macaco como um objeto que aumentaria sua resistência ao se chocar com outro alvo em combate.

Com Galahad e Bedivere não foi diferente, o tímido Kirlia se jogava sobre o Lucario, mas não era possível fazer com a mesma intensidade que o besouro conseguia, a força dele ainda não se comparava, mas era proporcional ao quanto ele aguentaria em um confronto direto. O chacal demonstrou ser o mais capacitado em meditação, por isso Bedi não era um incômodo tão grande, o que não significava que esse problema não existia.

Por fim, Kay e Caliburn. O urso já não estava se sentindo acomodado com o rumo que a meditação estava tomando quando sozinho, ainda menos com uma parceira que lhe atrapalharia constantemente, mas ele teve uma surpresa quando viu que as pancadas não seriam tão leves quanto esperava, talvez graças à habilidade que duplicava seu poder ofensivo, o importante era que o urso recebia um pequeno desafio enquanto o pokémon com cabeça e alho(e ninguém pode me convencer do contrário) buscava ganhar resistência no choque.

E finalmente nós temos a Mei sendo... Você sabe... Mei...

-ZZZZzzzzzZZZzzzzzZZZzzzzzzz.... - A verdade é que ela dormiu desde o começo...

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O treino estava finalmente chegando em sua parte final. Acho que, apesar de não estarmos perfeitos, tínhamos feito um bom progresso no treinamento. Eu ainda tenho muito no que melhorar como treinadora, mas estava relativamente satisfeita com a minha ideia...

Começando pelo primeiro. Arthur tinha muita força física, mas Lancelot também era um oponente formidável neste quesito. O símio estava tendo dificuldades, então decidi dar uma pequena dica.

— Vamos, Arthur! Mentalize sua energia para fora, como uma barreira. Se imagine sendo uma pedra! Ou algo assim... —  O principal desafio aqui era ele criar uma resistência que iria além do seu corpo. Sua mente é quem comandava essa disparidade. Ele precisava entender isso. — Você consegue, Arthur! Já você, Lancelot, deve continuar tentando fazer o máximo de força, sem machucar seu grande amigo, tentando empurrar ele de sua posição de concentração!

A próxima dupla era a de Galahad com Bedivere. O pequeno Kirlia era bem mais fraco fisicamente, e isso era notável. Mesmo assim, ele conseguia atrapalhar um pouco Galahad. A questão era se ele se mantinha focado por sua exímia concentração ou porque o Kirlia era mais fraquinho...

— Vamos, Bedivere! Faça uma última força pela mamãe! Depois disso, pode dormir no meu colo, se quiser! — Falei, incentivando o Kirlia.. — Tente conseguir uma distância antes de realizar seu golpe. E você, Galahad... —  Eu realmente não sabia bem como aconselhar ele. Ele já era muito bom naquilo. — ... Continue com o bom trabalho!

Depois disso, era a vez da dupla mais complexa, graças a Kay, obviamente. Assim que me aproximei, vi que o Pokémon estava claramente irritado com a situação e queria acabar aquilo logo, provavelmente.

— Essa é a última rodada, Kay! Vamos, dê o seu melhor e vai poder ficar livre o resto do dia! Já Caliburn... Quero que se lembre que você é muito mais forte do que pensa! Tente derrubar, eu sei que você consegue!

Sim, apoio moral era tudo que eu poderia fazer naquele momento. Mas eu acreditava que, de certa forma, era tudo que os seis precisavam; algum tipo de impulso ou recompensa.

—  Mei, acorda! Já estamos quase acabando. — Falei, cutucando a garota no ombro.

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u acho que não tinha muito mais a se dizer do treino deles a não ser repetir algumas coisas, mas sem deixar de mencionar que estava melhor do que antes. As pancadas com o corpo de Lancelot ficavam menos incômodas para Arthur, não porque o inseto diminui a força, mas porque o macaco conseguia ignorar parte dela e se concentrar como deveria.

Quando Bedivere ouviu que poderia dormir no colo da mamãe, seu desempenho melhorou. Com a distância aumentada, conseguia melhorar a orça do impacto trazendo um pouco mais de desconforto para Galahad. Kay e Cali também se saíam muito bem, mas apesar da força aumentada da fêmea não tinha força o suficiente para derrubar o urso, mas conseguia fazê-lo balançar.

E ainda restava Mei que era acordada após ser cutucada -Hã? Hã? Karen... - dizia com uma voz de sono seguido de um longo bocejo. Olhou para os lados, depois para suas mãos e ficou confusa -Cadê os doces que eu tava comendo?

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É, por uma falta de contar corretamente o número de posts, o fim do treino seria agora. Todos pareciam estar progredindo relativamente bem, dentro de suas limitações e capacidades.

Para que pudéssemos ter uma finalização do treino, pensei em uma maneira que seria ideal para concluir. Iríamos testar o resultado do treino até então, só que...

... Dentro da água!

Ok, ok. Eu não sei se é a melhor ideia, mas pense nos obstáculos que eles vão enfrentar aqui: utilizar força física debaixo de água é mais complexo e exige mais esforço, visto que a densidade da água atrapalha seus movimentos. De forma semelhante, se concentrar num ambiente gelado é mais difícil. Acho que pode dar certo!

— Ok, pessoal. Vamos tentar uma outra coisa. Vamos todo mundo para a água! —  Exclamei, convidando o pessoal. Eles pareciam estar um pouco cansados já, então alguns apenas assentiram, enquanto outros me olharam feio (o Kay, claro). De todo modo, após alguns minutos se realocando, as três duplas estavam dentro da água.  — Ótimo, vamos finalizar o treino da seguinte forma: As duplas vão tentar o mesmo que fizeram aqui na terra, só que dentro da água!

Olhares curiosos, é claro. Depois se entreolhando, em dúvida. Acho que não era assim algo tão óbvio de se fazer. Ou talvez só não fizesse sentido, mesmo...

— É o seguinte, time da Defesa: vocês vão ter que utilizar sua força, resistência física e estamina dentro da água. Pode parecer moleza, mas é quase como se seus movimentos tivessem a força cortada pela metade, no mínimo! É tipo a Sala de Gravidade daquele desenho que o Gio adorava. — Comentei. — Enquanto isso, o pessoal que está meditando precisa se concentrar dentro da água, com o frio e os respingos atrapalhando. Não sei se vai ser o ideal para vocês, e nem que vão conseguir atingir um estado perfeito, mas... Isso é um treino, então devemos focar apenas em uma coisa: Melhorar! —  

Bem, era isso. Estávamos acabando, então acho que esse último passo seria uma boa forma de finalizar e amarrar tudo que praticamos hoje.

—  Eu comi ele. — Falei para Mei, brincando e dando uma risada em seguida.

... Não me recordo de que doce ela está falando, na verdade.

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eta final de treinamento, agora para pegar pesado. Os pokémons entraram na água e lá começaram a meditar, claro que alguns reclamaram(os mesmos de sempre), mas mesmo assim seguiram com a atividade.

Como sempre, a dupla formada por Arthur e Galahad era o que tinha o melhor desempenho em questão de força, mas não era por isso que quebrar a barreira da água. Era difícil para se movimentar, suas pernas estavam pesadas e a mobilidade poderia causar alguns escorregões se não tomasse cuidado, não posso deixar de mencionar que aconteceu no começo e que levou algum tempo até pegar o jeito para se manter de pé e para acertar o símio, esse que não estava gostando de brincar na água de novo. A água gelada incomodava, mas depois de certo tempo começou a se acostumar.

Galahad e Bedivere, uma outra dupla, só que dividida entre um pokémon mais forte e um mais fraco. Devido ao tamanho do Kirlia, ficaram meio que obrigado a ficarem numa parte mais rasa do lago, ou o psíquico acabaria tendo que nadar até o chacal. O mesmo problema de antes para ambos e da mesma maneira conseguiram solucioná-los, o mesmo é válido para Kay e Cali, a diferença era que o urso tinha toda aquela sua marra de sempre.

Ficaram um tempo a mais até conseguirem executar as coisas como era favorável ao resultado buscado. Pode-se dizer que havia sido concluído. Quanto a Mei...

-Quê? - ela se encolheu e colocou as mãos na cabeça, olhou para baixo e começou a ficar deprimida -Meu doce... meu docinho de amendoim... MEU DOCE! - rolou no chão por alguns segundos até se levantar indo em direção à especialista -Ok! Você me deve um doce à minha escolha! Estamos combinadas - e sorriu.

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