#Cinnabar - Pleiteando um estágio!

Swampert - Lucky Egg
Luxio
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O convite aceito a fazia ficar ainda mais alegre e, agora pronto, até começava a desenhar Ayzen do lado de Swampert! Continuaria ali no seu canto enquanto o rapaz voltava a ajudar a organizar a arena. Não havia muita coisa além de guardar material mais delicado, desligar equipamentos da tomada. Os cristais que sobravam voltariam pra caixinha e seriam levados para o laboratório, pelo professor. E era basicamente isso. Logo teriam que voltar ali pra baixo mesmo.

Como disse antes, Xeno logo apareceria para buscar Luna. Ele próprio não transparecia preocupação por tê-la deixado tanto tempo por ali. Então só sentava ao lado dela para conversar enquanto a pequena guardava seus pertences na mochila. Antes de ir embora daria um afago carinhoso em Swampert que tinha ficado ao seu lado tirando um cochilo naquele fim de turno, depois corria até Ayzen para se despedir dele também.

– Obrigada, senhor. Até logo. – tirava as mãos tímidas das costas e acenava para o novo amigo; depois disso partiria com o professor para os elevadores.

Roger e Beth não se demoraria mais também, subindo para seu intervalo de almoço - nenhum o fazia naquele prédio, então só retornariam de tarde. Os estagiários que restavam voltariam a se dividir nos grupinhos correspondentes aos preceptores, sendo os discípulos de Roger os últimos. Ao que dava pra entender, iriam todos almoçar juntos num restaurante próximo dali - é, meu amigo, a pesquisa por aqui também não faz fortuna pra meros estagiários, não!

Aí me resta mandar a frase clichê das narrações: o que Ayzen faria agora?

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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– Mas é claro! – Cirilo respondia, admitindo Ayzen na rodinha de pesquisadores – Estávamos agora mesmo nos perguntando se não seria muito invasivo pedir pra você vir ver nosso prato de pedreiro logo no primeiro dia. – riram da piadinha.

– Ou o jeito curioso como o Rômulo consegue comer dois quilos de carne mal passada duma vez.

– James! – a ruiva repreendia, dando um cutucão no colega; aí riram mais um pouco, até Rômulo que tinha sido o alvo.

Deixariam o prédio naquele clima de descontração. Inicialmente o assunto mais comentado era, claro, as expectativas para as descobertas que estavam por fazer com aquele novo material em mãos. Cada um acabava puxando a sardinha para seu próprio trabalho e assim Ayzen acabaria descobrindo um pouco de cada.

Cirilo ele já conhecia, e agora ficaria sabendo que cabia ao rapaz estudar a reação dos movimentos Z com suas Eevoluções e com seu Eevee em si, pois tinha recebido uma Eevium Z específica para ele. Rômulo faria questão de se apresentar ao novato, já que tinham em comum o fato de serem treinadores experientes antes de se tornarem pesquisadores - o que ele já era, agora. Veio de Alola e por isso conhece bastante dos movimentos Z também. Sua especialidade eram as evoluções condicionadas pela hora do dia, então logo listou parte de seu time: Espeon, Umbreon e as três variantes de Lycanroc. Também estaria contribuindo com movimentos Z agora.

James ao que parecia gostava de ser o centro das atenções. Trabalhava com um pouco de tudo, principalmente evolução por Felicidade, assim como Lilly. Na nova pesquisa ele tinha até mais de um Pokémon, só pra se vangloriar, daí citou Gallade e Charizard, fazendo mistério sobre os outros do time. A ruiva, por sua vez, era mais uma especialista em evolução por Felicidade. Ela também estava no time dos estudos com Mega e mencionou o Blaziken que Ayzen viu logo que chegou. Aquele era seu Pokémon inicial, já que ela chegou a ser uma treinadora clássica, aventureira, mas durante pouco tempo.

Chegaram ao restaurante em poucos minutos. Um lugar modesto e bem arejado, de andar único e vista pro mar. Dava pra ver pelo perfil dos frequentadores que ninguém por ali tinha cara de turista ou de alguém que só estivesse de passagem. Mas estava cheinho, claro, pois os preços eram realmente bem mais acessíveis. A bem da verdade, era uma taxa única para que se servisse à vontade de tudo que estivesse disposto ali. De saladas frias e cruas até frutas e sobremesas. Tinha um pouco para todos os paladares.

Achariam uma mesa grande para se reunirem assim que se servissem. Até ali o assunto teria mudado automaticamente para várias coisas: clima, fome, comida, regionalismos. Até que enfim voltassem para a pesquisa, afinal alguém tinha ficado de fora do assunto até então e, mais relaxados, queriam conhecer o novato!

– Com o que vai trabalhar, Ayzen? – era a moça que puxava o assunto quando todos se punham a mastigar – Digo, que tipo de pesquisa você vai fazer agora no estágio? – pergunta importante! Lembrando que todos tinham mais de um projeto...

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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O escutaram com atenção e interesse, que só aumentou quando ele mencionou ser Ranger e ter ingressado na carreira até bem que cedo. Acho que era um consenso em como aquela turma em particular tinha uma quedinha por coisas que exigiam coragem e com potencial de culminar em feitos heroicos, então houve uma admiração genuína.

– Isso explica mais ainda a surra que você me deu no aquecimento. – o cabeludo ria da lembrança – E se você ainda não tem um ramo específico, acho que veio ao lugar certo. Aqui dá pra explorar de tudo, porque o Roger é muito mente aberta pra isso.

– Eu que o diga. – James comentou antes de terminar de mastigar uma porção – Acho que já entendi que você ainda não tem um projeto pra desenvolver agora no estágio, né?! Quer dizer, a proposta com a Mega é o trabalho principal do 'sôr, então basicamente você vai coletar dados pra colaborar com a pesquisa dele. Ainda assim precisa ter a sua própria pra colocar em prática junto, se possível, como Cirilo com as pedras, por exemplo.

– Isso não é uma regra, James. Mas, ele tem um pouco de razão, Ayzen. Seria um bom passo a dar encontrar um projeto só seu pra desenvolver por aqui. O laboratório é bem equipado e Roger um cara de muitos contatos. Mesmo se você não vier a ter uma bolsa, tenho certeza que vai achar algo legal e prático pra fazer!

Que pressão :mds: Estudar, planejar, executar, projetar, relatar... É tanta coisa! Mas sinto dizer que é a realidade de mudar de "mundo". Não tem o que temer, está aqui pra isso, dar seus primeiros passos, errar, questionar, se confundir, perder chaves, perder horário, não ler todos os artigos, ler artigos até demais. Tudo faz/fará parte da experiência.

Bem, vamos adiante então. Teriam um tempo longo de conversas, trocas de curiosidades e informações. Chegariam até a tentar marcar um pequeno encontro no festival. Mas não hoje, porque Cirilo teria aula "EAD" com Rowan de noite, já Lilly ajudaria Sev - Ayzen descobriria que o rapaz tinha um pé na criação e ambos estudavam efeitos de bebidas e frutas na Felicidade.

A sobremesa viria, depois um cafézinho, e então já era quase tarde. Hora de voltar pro laboratório! Apesar da preguiça contagiante e vontade de um cochilo tomar conta de todos, seguiriam com um bom humor na conversa, descontraídos e abertos a mais papo.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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A tarde vinha e com ela o segundo ciclo daquele dia atípico na rotina dos pesquisadores, tudo por conta das tais pedrinhas que haviam chegado de tão longe. Depois de se organizarem na arena, mais café rodava entre todos - chá para os professores. Quem tomaria a palavra dessa vez seria Iracebeth, que em geral estudava movimentos Pokémon, daí seu interesse nos Z-move.

Ela era bem mais prática do que Roger, então já se lançava direto sobre a questão: como os cristais Z influenciam os movimentos dos Pokémon? Enfatizaria que, em geral, os cristais tinham poder de modificar intensamente os ataques, tanto é que eles se tornavam outra coisa, viravam golpes inteiramente novos e poderosos, graças à combinação da energia do tipo da pedra e do ataque usado. Para outros tipos de  movimentos, era sabido, os cristais apenas traziam um incremento em seus efeitos. Mas como e por que?

A mulher mostraria que tinham recebido um cristal para cada tipagem conhecida (Fogo, Água, Grama, etc.) e alguns especiais para espécies de Pokémon, como a Eevium que Cirilo usaria. No fim ela anunciava uma demonstração, avisando que não seria necessário conectar o Pokémon a toda "parafernália" de eletrodos, mas poderiam fazer se quisessem.

– Kitshomo, não é?! – chamava diretamente a cobaia – Disse já ter usado um movimento Z antes. Gostaria de nos mostrar?

Caso ele aceitasse, ela pediria uma execução de Z-move de ataque, gasto na área livre da arena. Depois, se possível solicitaria uma demonstração de um Z-move com outro tipo de movimento, defensivo, de status, algo que pudessem usar de comparativo. Os cristais de todos os tipos estavam ali disponíveis, assim como uma pulseira, apesar de Ayzen ter a sua. No fim, Beth abriria para as dúvidas, como de praxe.

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A sensação térmica baixava drasticamente mesmo nos arredores do alvo quando o movimento estava sendo executado, pois aquele golpe reduzia em muitos graus a temperatura. Quando Swampert lançasse a energia acumulada, pilares de gelo se formariam na área em que ele focava, grandes estacas azuladas e frias que se dissipariam pouco a pouco quando todo o efeito acabasse.

– Audacioso. – comentaria Beth após a demonstração do estagiário – Devo supor que nunca fez esse movimento antes, já que não usou sua própria pedra. No entanto conseguiu êxito de primeira com seu parceiro... – ela tinha um olhar estranho para o Ranger e Swampert, o mesmo que dava para Bela e Mega Sableye; lembrava cobiça, sei lá, um tipo de interesse diferente, no poder.

Independe dos demais movimentos que Ayzen resolvesse usar para status, definitivamente os efeitos não seriam os mesmos de ataques. Comprovando o que a pesquisadora tinha dito momentos antes e dando material de comparação para os demais analisarem em seus testes. Fora isso, não houveram perguntas. Ou já tinham se esgotado no primeiro turno, ou Z-moves não eram tão novidade, ou Beth não era famosa por ser receptiva a isso, ou simplesmente estava todos ainda sonolentos.

Ao contrário de Roger, Iracebeth não explicaria as informações que ia precisar na pesquisa, deixando subentendido que cada um lhe entregasse o que fosse relevante, ou a procurasse pessoalmente para elucidarem detalhes deste tipo. Também deixaria subentendido que outros alunos que quisessem participar disso com ela, podiam procurá-la em algum momento. Era um convite velado para Ayzen.

E assim terminava a segunda parte do dia. Após isso estavam todos livres para retornarem aos seus afazeres. Tudo deveria recolhido pelos mais jovens, levado ao laboratório de Roger e por lá ficar até que fossem ser usados. Ainda não era tão tarde, algo entre quatro e cinco da tarde.

Alguns colegas iriam embora pra casa, entre eles Lilly que teria uma aula a seguir com Oak. Cirilo usaria o tempo antes da sua própria aula, de noite, pra estudar mais algumas coisas no laboratório. Rômulo partiria sem nem ninguém perceber. James era um rato de laboratório então só Arceus sabe que horas ele iria embora. O expediente dos professores era até as 18h. Já os alunos de Iracebeth o que tenho a ver? Quero saber é de Ayzinho, o que vai fazer antes de ir pro Festival?

Off escreveu:

Liberte-se!!!
Pode fugir :c

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