Lemon Boy and Me, Started to Get Along Together

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Taffy parecia estar um pouco tímido, mas bastou Daisuke falar com ele para que já ficasse todo sorrisos, inclusive pulando no colo do moreno para brincar — e quem sabe, ganhar mais algum cafuné. Um amor, de verdade. Enquanto o esquilinho divertia-se, o outro treinador pegou seu celular para mostrar algo para Ren. Ah sim, a sorveteria! O especialista em feéricos não sabia exatamente onde encontrar aquelas delícias geladas — apesar de saber que vez ou outra, alguns ambulantes vendiam na praia —, mas Daisuke parecia ter feito o dever de casa enquanto o outro estava fora.

O coordenador olhou por algum tempo para a tela do dispositivo, e logo em seguida balançou a cabeça com animação. As fotos eram muito bonitas, e davam vontade de experimentar. O Pachirisu também pareceu gostar do que via, aquietando-se um pouco para observar também. Aparentemente, tinham vários sabores e variedades. — Parece perfeito! Por onde fica?

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Não tinha como não rir da cena. Pouco tempo atrás, Piplup estava nocauteado. Mas obviamente, bastou algum outro Pokémon abusado subir ao colo de seu treinador para que ele ficasse instantaneamente bem — bem enciumado, claro. Taffy não entendeu muito bem por que fora expulso daquele humano tão quentinho e confortável, mas não pareceu importar-se. Afinal de contas, estava muito ocupado olhando para Piplup. Parecia que o esquilinho também parecia achar o pinguim muito fofo.

Quero dizer... Por qual outro motivo Pachirisu olharia para o aquático, piscaria e após um segundo, estaria grudado no monstrinho, abraçando-o e esfregando suas bochechas repletas de eletricidade? Taffy era realmente muito inocente, mas isso só o deixava mais encantador. Ele não se importava que Piplup não gostasse dele à princípio: o importante era que o próprio esquilo achara o aquático uma graça. Ren riu mais um pouco — aqueles dois eram uma peça.

— Ah, ótimo! Venha Taffy, você vai querer experimentar isso — disse o rapaz, ao ouvir que o lugar não era muito longe dali. Ele esperava que os dois monstrinhos não criassem nenhuma confusão lá dentro, mas não pensou muito mais nisso. Por enquanto, só queria seu sorvete. E talvez... Apenas talvez, também estivesse desejando um outro alguém para estar ali ainda, também prestes a tomar sorvete.

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— Ah... Na verdade eu não faço ideia sobre o que vou pedir — falou ele, um pouco incerto. Fazia um tempo já, que não comia algo do tipo. Estava com vontade de comer todos os sabores possíveis, e naquele momento, escolher parecia impossível. — São tantas opções... Queria mesmo era ter o dinheiro e estômago para experimentar todos e mais um pouco! — comentou então, rindo um pouco. Mas aparentemente, era apenas Ren mesmo que estava indeciso (além de Daisuke, talvez).

Digo isso por que Taffy parecia ter bastante certeza do que queria. Depois de dar um beijinho de amor — leia: lambida na bochecha — em Piplup, olhou para o ambiente ao seu redor, pronto para explorar. E enquanto seu treinador estava distraído pensando em doces gelados, o esquilinho simplesmente pulou para longe, indo para cima de um dos balcões. Olhou para os dois lados — quase como se estivesse garantindo que ninguém estava vendo (nota: estavam, mas ele não se importou) — e então caiu dentro de um dos potes de sorvete.

— Ta-Taffy! Volte aqui! — Ren gritou, quando notou o que aconteceu. Correu até o elétrico, para garantir que ele estava bem — e também para que os donos do estabelecimento não brigassem com o mesmo. Parou para ler a plaquinha, e riu com a escolha do monstrinho. — Tamarindo...? Tudo bem então, vou pegar um pouco desse. Mas não pode simplesmente sair pulando e entrando aí dentro! — disse então, dando um sermão-aperto de bochecha no Pachirisu. Ah, os Pokémon de hoje em dia...

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Um show de horrores com as monstruosidades.

Digo... Um show de risadas com os monstrinhos. Era difícil dizer qual dos dois era pior: Pachirisu ou Piplup. Ambos estavam a oitenta quilômetros por hora na corrida para ver quem dava mais trabalho. Seus treinadores? Ora, ocupados demais tendo um ataque de riso, por que ainda pergunta? Enquanto o pinguim dava trabalho para Daisuke, Ren terminava de pegar o sorvete de tamarindo. Taffy pareceu ficar mais tranquilo com isso, sabendo que logo teria aquele sabor congelante em sua boquinha.

...Era gostoso. O elétrico tinha um bom gosto. O coordenador revezava as colheres, uma vez para ele mesmo, outra para o monstrinho. — Não foi nada não. Sei muito bem como é trabalhoso tomar conta destes pequeninos — respondeu ele, tentando tranquilizar o amigo. Afinal, não fora o moreno que tivera seu Impidimp saindo enlouquecidamente correndo pela praia, fazendo uma grande bagunça e apertando narizes alheios. Ah, as memórias dos tempos que já foram... — Parece ótimo! Vamos sim. Você também quer sentar, não é Taffy? — perguntou depois de dar um pouco mais de sorvete para o esquilo, que logo balançou a cabeça afirmativamente.

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Taffy viu Piplup olhando para seu sorvete, então fez o que qualquer um em seu lugar faria. Pediu mais uma colherada para seu treinador, e então pulou a mesa e encostou sua boca no bico do pinguim, para que este pudesse experimentar o novo sabor. Ele realmente não via nada de errado naquilo, apesar de tee recuado quando seu humano, embaraçado, disae seu nome em voz alta, pedindo para que voltasse, e também desculpando-se com o outro.

E como se não bastasse estar envergonhado pelo seu Pokémon, teve também a pergunta de Mahiro. E foi assim, crianças, que Ren quase teve a cabeça a explodir, vermelha de vergonha. É claro que Tachikawa começaria por aquele assunto em específico. — A-ah! B-bem, ele, hm, pareceu seu um ótimo treinador! — respondeu apressadamente, ao perceber que ficou alguns vários minutos olhando para a mesa.

— Além disso, ele foi bastante gentil ao vir aqui nos dar aqueles itens! — acrescentou logo em seguida, para que não ficasse estranho demais. — E era bem bonito... O look dele, eu quero dizer. Deve ser quente ficar com camisa, mas é muito elegante! — concluiu, vagueando um pouco. Ops. Ele deixou escapar, não foi? Tomara que sua desculpa cole, pelo menos.