[Missão Rocket] Entre Paus e Pedras (e Armas) eu sou Espada!

Matte. Era assim que a E.R. conhecia o trio gostosura de um homem só. Tomamos essa cautela para não associar a AVENGERS e os colegas, começando uma nova vida na base de LaRousse, com nova identidade e tudo o mais. E quase que aquele Noturno toma um boa noite cinderela de Musharna ao invadir o território que não era dele. Só foi salvo pelo disco que trazia consigo.

Quanto a imagem, não tinha nada a declarar. Não conhecia aquela pessoa e como não tinha se apresentado também não bateria continência ou coisa do tipo, apenas acessava o dispositivo onde tinha tomado a maior parte das notas dos últimos dois dias e enviava uma coletânea de informações pra central.

- Acabo de encaminhar o esboço do que tenho coletado. Muitas falhas de segurança na entrada e no pátio principal, poucas câmeras na ala administrativa, mas um reforço enorme na vigilância da parte operacional. O relatório com mais detalhes será entregue até o final da semana, sem falta. Tchau.

Nisso, espantava o Murkrow e mandava ele levar o aparelho que trouxe. E logo, antes que lançasse um feitiço do sono no filhote de corvo.

07h09min - Rutsboro City
"Lua minguante com poucas nuvens, 19ºC"

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O rapaz era breve em sua análise, já que não tinha nada realmente pronto pra entrega. Mukrow ficava ciscando no quarto, até o jovem Rocket ter sido liberado naquela visita inesperada. Com o fim, o holograma sumia, pedido maior discrição possível e ali Murkrow pegava o disco para poder voar para longe daquele quarto. O resto da noite seguiria calmamente, já que não teria mais corvos para atrapalhar em nada.

Mais um dia! O segundo dia de trabalho de cinco, sendo que já era quarta feira. Teoricamente, o último dia seria na próxima segunda, onde teria o resultado final. Matthew se erguia no horário conveniente e se arrumava. Seguir pro trabalho já era rotina, até o endereço ficava registrado em sue app Uber.

O sol aos poucos era coberto pela fumaça de poluição do distrito industrial e mais uma vez o Complexo Taurus surgia, funcionando a todo vapor logo cedo. O guarda da guarita dava um bom dia caloroso para Matthew, diferente do que fez para outros velhos operários. Na recepção, a mulher já sorria de longe, tentando abafar tamanha alegria.

- Moço! Bom dia!!!- parecia a bruxa do 71, só que com cabelos mais escuros. - Cintia quer que você vá vê-la antes de começar o trabalho. Ordens da segunda no comando. - então o RH realmente tinha uma posição meio que de vice presidente ali... Matthew não poderia negar um pedido tão claro como aquele, poderia? Além do mais, teria mais alguma coisa que ele queria analisar naquela fábrica? O que mais poderia acrescentar no relatório?

Por mais que o restante da noite seguia bem, não tinha ficado confortável com a E.R. sabendo a localização de onde estávamos. Tudo bem que era uma missão com data e eles deveriam ter um cronograma para o que estavam tramando e por isso deve ter sido mais fácil ficar de olho no que estava acontecendo. Mesmo assim a sensação de estar sendo vigiado e controlado não era boa e ter noção disso só piorava as coisas. Foucalt poderia explicar melhor.

Como não fui dormir imediatamente após a retirada da ave mensageira, fiquei arrumando as informações que tinha. Ao menos eles sabiam que eu tinha conseguido me infiltrar e que estava realizando o serviço. Em questão de qualidade era outro esquema. Ainda não tinha tido tempo necessário para construir um bom relatório com a coleta dos dados, então teriam que engolir o que tinha esboçado até então.

Acordava um pouco cansado da perturbação de madrugada, mas tão pronto me arrumava para continuar a missão, isto é, depois da meditação diária e higiene pessoal. Sabia que estabelecer uma rotina matutina me ajudava a manter o controle. Depois de tomar um bom café, chegava no trabalho, sendo bem recebido e tendo que responder aos estímulos tal qual recebia. Eu odiava essa obrigação social, mas era obrigado por ter que manter costume. O que acontecia diferente hoje era que Cintia queria me ver em seu escritório. Ótimo, agora quem poderia me defender?

Agradecia a recepcionista e subia. Ao chegar na ante-sala...

- Senhorita Cintia? - Avisava minha chegada batendo na porta. - Matthew aqui.

Antes que ela começasse algum diálogo ao me receber, diria logo que não queria me atrasar pra que os colegas não ficarem achando que estava tendo muitos privilégios. Eu me importava com opinião alheia? Não, mas parecia a atitude que Matthew tomaria se ligasse.

07h15min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 24ºC"

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Um pouco de pressão de todos os lados. Enquanto os Rockets cobravam resultados, Cintia queria um pedaço da empresa de Matthew, que estava longe da falência, diga-se de passagem. O rapaz era orientado a subir e mais uma vez seguia pelas escadas metálicas que o conduzia até o andar superior, onde a poderosa chefona, segunda no comando, reinava. A sua anti sala estava vazia, sem aquelas figuras eu outro dia estavam procurando emprego. A porta de sua sala aberta e de longe se via a mulher na escrivaninha, tomando notas de algo que via em seu tablet.

O operário loiro se aproximava. Ele caminhava pela grande mesa de reuniões que há dois dias ele mesmo suplicou o emprego por tá na falência e, agora, estava diante de sua chefe.

- Não se preocupe com seu horário agora. Quem organiza isso sou eu, não é mesmo? hehehe- mais uma risada escrota que tentava desenhar em sua frente. Ela mesma pegava uma pasta cor de madeira e empurrava. Dentro, vários documentos que ao serem assinados faria de Matthew do homem mais rico da PMRPGMythology para mais uma pessoa que precisa fazer ginásio para conseguir alguns trocados.

- Dentro desta pasta tem os documentos com uma proposta generosa do sr. Taurus para a sua empresa na falência. Sabemos das dificuldades hoje em dia e estamos dispostos a fazer esta... Caridade! Sim, caridade em nome dos pequenos empreendedores. Com o valor, você conseguirá, no futuro, pensar em algo melhor e terá um emprego conosco. Sei que o senhor tem muito a contribuir. - ela esperava o que? Uma assinatura imediata? A caneta estava do lado dos documentos e aquele sorriso doentio era até que intimidador...

Já fazia muito tempo que Matthew não tinha que se dirigir a alguém como superior. Era estranho pensar em Cintia como chefe, mas temporariamente era uma realidade em que estávamos colocado. Isto é, até uma das partes romper com o termo de compromisso assinado no outro dia. E se eu não lidasse com aquela situação de "acordos" que mais tentavam sugar todo nosso capital logo era certeza que seria expulso dali antes de terminar de checar as alas que ainda não tinha tido a chance de visitar.

Quer dizer... Ainda tinham lugares a serem relatado, né? Impossível em um dia ter conseguido as informações necessárias para uma provável invasão silenciosa. Se eu menos eu soubesse o que procuravam... De toda forma, tinha um problema que precisava lidar antes de ser liberado a explorar.

- Posso levar para ler depois do expediente e dar uma resposta mais tarde? Por mais que esteja precisando do dinheiro, sou o gestor financeiro da Avengers e aprendi a mexer com valores - entregava um sorriso não tão tímido, mostrando algum conhecimento e sanidade do menino desesperado, mas nada besta. - Se puder agradecer ao sr. Taurus desde já, fico muito agradecido a ti também.

Já me dava liberdade para ir embora depois daquela fala, só esperava não ser impedido...

07h44min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 24ºC"

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Diante da mesa, o acordo com a morte. Matthew sabia que Cintia não largaria aquele acordo por nada, até podendo ser uma opção para que ela se destacasse (ainda mais) na sua rotina de trabalho. Bem, Cintia não poderia colocar mais pressão do que ela já estava colocando. - Tudo bem! É só me entregar no fim do dia, assinado, e vai estar tudo ok! - era quase uma intimação para que o rocket desse sua empresa. Se ele queria ver mais alguma coisa naquela empresa, teria que correr ou se conformar com os dados já obtidos.

Com os documentos debaixo do braço, Matthew retornava para o vestiário para colocar seu lindo macacão que delineava seus glúteos. Seu capacete cinzento o fazia mais cara de operário, assim como os fones de proteção e ouvido. O menino andava atravessando o complexo e indo até o local de teste e, neste caminho, arrancava os olhares de todos ali.

O favorito de Cintia tinha decisões a tomar, mas antes de abandonar aquela área das máquinas, todo o complexo brilhava vermelho, enquanto sons de alerta eram tocados. O que tá acontecendo? Algo estava errado, mas os engenheiros, em massa, surgiam de cada canto. Eram poucos, mas quando reuniu todos, vários se preparavam para entrar na porta que estava no chão. A fechadura metálica era puxada e de dentro o vapor quente saia.

Super aquecimento! Os engenheiros, com cara de preocupação, procuravam as roupas de proteção para poder entrar naquela câmara. Os operários já começavam a sair de fininho, com medo do que estava por vir, mas temendo o pior. Alguns curiosos ficavam. Ali, os mais aptos pensavam no que poderiam fazer para reverter aquela situação... Era um sistema bem frágil, por sinal....

Era difícil demais ter um corpinho gostoso. Ainda bem que a grande maioria só me olhava desejando que quebrasse uma perna ou deslocasse o ombro na sala de testes e não querendo apalpar minha bunda. Era fato que Matthew ficava bem em qualquer coisa. Parte dos créditos iam para Thito, que sabia de coisas como caimento e detalhes de finalização, como acessórios, ajustes ou o que quer que fosse. Algumas dessas habilidades eram úteis, principalmente as de maquiagem, que via como camuflagem.

Enfim. Tinha que dar um jeito de estragar aqueles papéis para dar a desculpa que não tive como ler por culpa de descuido e/ou algum colega, ganhando tempo no processo. Eis que no trajeto para o setor que tinha sido designado eu vi duas oportunidades. Uma de estragar os documentos no meio do tumulto e outra de olhar de perto aquele outro setor da indústria.

Procurei o acesso mais rápido e descia procurando por Torres ou qualquer outro minimamente conhecido para prestar ajudar. Caso não encontrasse ninguém nesses critérios, perguntaria ao que parecia menos preocupado diante da situação:

- Precisam de ajuda? Sei que pokémon não são permitidos na empresa, mas tenho dois aquáticos que podem ajudar a resfriar a caldeira se o sistema não estiver dando conta. - Sugeri.

08h31min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 24ºC"

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O destino sorria para Matthew de diferentes formas. Ele seguia para o centro da indústria, onde as máquinas ao redor eram forçadas a serem desligadas, mas todas estavam bem quentes. Os engenheiros formados tentavam manter o controle ali. Tá ali o nível de periculosidade que Matthew recebeu. Aproximou-se do engenheiro, já que não achou ninguém conhecido naquela confusão, e o homem olhou para o menino e depois para outro engenheiro, que afirmava positivamente.

Pronto! Logo Matthew estava com uma roupa de proteção térmica amarelada, que mais parecia uma roupa de astronauta mal feita. O menino descia pela escada que era acoplada logo na entrada daquela câmara subterrânea. Ali tinha um corredor cheio de canos metálicos e fios soltos. Não era um local bem seguro, no fim das contas. Ele seguia um terceiro engenheiro que ia até um painel mecânico enorme, com medidores de pressão e temperatura de TODAS as máquinas dali. Gostaria de dizer todas!

Matthew não era engenheiro e talvez não tivesse base para isso, mas notou a pressão e todos os problemas da fábrica poderiam ser resolvidos ou complicados ali. Muito vapor estava ali. Um vapor quente, proveniente de água que evaporou pelo aquecimento. Do lado, uma piscina enorme, quase vazia, com muito vapor saindo de dentro. Havia barulho dos alertas de segurança, fora o vapor que esguichava um sobrar barulhento.

O engenheiro apontava e gritava para o menino, mas as camadas de roupa pareciam abafar o som que tinha ali. Mas era meio que óbvio que a missão de Matthew era usar os seus Pokémons para encher a piscina de concreto que era a reserva para poder resfriar a água a tempo. Aparentemente, ou alguém não tinha se atentado para a reserva ou a super produção necessitou de mais água do que tinha... Enfim, tá aí uma informação crucial para o relatório e talvez última...

OFF: hoje é um dia muito feliz, finalmente comprei meu pokémon crystal pro 3DS e custou 7 reais -u- ADIVINHA MEU INICIAL

Logo que aceitaram a ajuda, recebi uma roupa de proteção e me juntei aos engenheiros apenas acompanhando seus andados pelo nível inferior, prestando atenção nas informações que via por embaixo. Não parecia nada demais, mas se os planos dos rockets eram explodir o lugar, eu saberia indicar o melhor lugar. Na real, pela quantidade de (posso chamar irregularidade se não entendia o motivo de algumas máquinas terem uns instrumentos de verificação e outros não?) coisas fora do lugar, era de se admirar que a industria ainda estava de pé... Espera, aqueles bônus todos eram por explosões anteriores? Hmm, fazia sentido agora.

De toda forma o engenheiro que acompanhava apontava e gritava algo percetível, mesmo abafado pela roupa e pelos barulhos ao redor. O abastecimento de água estava em nível crítico e se não fosse resolvido logo, Arceus sabia o que aconteceria em seguida. Será que tínhamos seguro saúde? Bom, no que dependesse de nós, ninguém morreria. Ainda. Por isso lançava a esfera dos aquáticos e já dizendo o que fazer.

- Barboach, Carracosta, usem water gun e surf ara encher esse buraco - apontava pra piscina enquanto gritava os comando.

No processo, fingia que tinha deixado a pasta cair sem querer, próximo dos elementos mais quentes ali embaixo para pegar tanta umidade com o vapor que se esbagaçasse toda.

09h15min - Rutsboro City
"Sol forte com poucas nuvens, 24ºC"

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Pode não ser engenheiro, mas Matthew entendia de detalhes. Detalhes que faziam toda a diferença. Os dois Pokémons surgiam saindo das esferas e golpes de água eram lançados. Água era convocada pelos monstrinhos, que usavam o vapor para resfriar dentro de seus corpos e lançarem quantidades maciças por todos os lados. O termômetro começava a abaixar após alguns minutos e o reservatório voltava a ficar cheio, enquanto as máquinas aos poucos resfriavam e a luz vermelha apagava.

É, os Pokémons estavam exaustos! Aquela quantidade de energia usada para resfriar fora exaustiva, ainda mais naquelas condições onde parecia que um Sunny Day tinha sido usado, mas no fim, com esforço repetido, o grupo conseguia redirecionar a água para deixar menos abafado o ambiente. Era Matthew um herói, mas os documentos se foram. Enfim, é a vida!

Os engenheiros e a equipe recebiam o menino de volta ao andar de cima. Matthew sentia sede e sintomas leves de desidratação. Um engenheiro apertava a mão, mas não tinha aquele agradecimento coletivo. Na verdade, muitos funcionários fugiram dali com medo de explosão, enquanto um outro engenheiro chamava todo mundo para voltar ao trabalho. Se tivesse agradecimento, aquele aperto de mão simples bastava...

Todo mundo já começava a voltar para seu posto, inclusive os mais antigos e medrosos. Juarez foi um deles, e com o bigode molhado de suor, ele demorava um pouco para retomar o fôlego. E olha que tinha sido Matthew a enfrentar o calor das caldeiras para poder reestabelecer o sistema.