Gimme

A resposta do Ranger foi de que não era época de Croagunks por causa do Sol? Senti certo blefe por parte dele. Estou na cidade há um dia e tudo que aconteceu foi chover. Talvez meu medo era concreto em que a área estava sendo palco para alguma missão Ranger e minhas dúvidas foram respondidas quando este pedia para não atravessar qualquer marcação vermelha. Budega!
Mas Luke tomou a frente, e eu apenas resolvo o seguir, me despedindo do militar. No entanto encontramos uma bifurcação a qual nos levava ao lamaçal, ou um caminho enraizado, ou uma composição rochosa. O companheiro me aponta para o lado do rio e Toxicroak parece demonstrar interesse.
_ Bem... Realmente se estamos atrás de um Croagunk, o rio é a solução mais óbvia. E Gekido terá vantagem nesse tipo de terreno. No entanto, e para nós? Será bem fácil nos atolarmos... _ Parei para pensar, no entanto Luke estava comigo, acredito que em dois poderíamos ajudar um ao outro.
Tentei dar o primeiro passo, ver quão sólido era o lamaçal. A depender das condições seguiríamos por esse caminho mesmo.

Seguimos caminho pela estrada à beira do rio, e Toxicroak, apesar de toda despreocupação e preguiça percebia o desconforto de Salazzle em ter que caminhar em um terreno tão úmido. Parou um pouco para pensar, pois não gostara da ideia, mas queria ser gentil de alguma forma, então oferecer suas costas para o pokémon fêmea... No entanto Salazzle apesar de parecer ser um pokémon sadista que gosta de pisar nos outros, parecia muito orgulhosa e talvez recusasse a carona para provar não ser dependente de um macho. A novela estava boa, só faltava a pipoca.
Mas em falar em comida, ao longo dos passos era evidente presença de lixo humano espalhado, e até nos deparamos com os responsáveis, um casal à margem do lago ali formado, pescando e acumulando mais e mais lixo.
_ Ew, seres humanos. _ Comentei para Luke. _ Não quero dar o de ambientalista e brigar com essas pessoas, mas que falta de consideração heim? Aliás, não pensei encontrar mais pessoas aqui além de outro Ranger... O que acha? Fingir que viu nada ou colocar fogo no parquinho?

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Para minha surpresa, Gekido havia concordado comigo, e estávamos interessados os dois no caminho com mais lama. Quer dizer, isso não era tão bom, no fundo eu torcia para que ele quisesse ir pelo caminho mais seco, e não precisassemos enfrentar todo aquele lamaçal, mas não tive sorte hoje; Hiro entendia minha frustração, e a expunha em comum, ele também não queria se sujar todo, apesar de estar de galochas. Algo me diz que ele estava mais preocupado comigo do que com ele, mas eu aceitaria ficar pertinho dele para "não tropeçarmos"; quando ele foi testar o solo, sua bota claramente não afundou tanto, mas eu não tive a mesma sorte. Nem Pandora.

Nós dois tínhamos certa dificuldade, e eu não hesitei em pedir para Mahiro que me segurasse, só por garantia, claro rs; assim, passamos o caminho todo de mãos dadas, Quer dizer, isso depois de ver aquela cena engraçada dele onde oferecia as costas para carregar Salazzle, que lhe cruzou os braços e recusou, pisando com ainda mais força no chão, se sujando ainda mais, mas se mantendo orgulhosa que só. Então, caminhamos por um bom tempo, uns quinze á vinte minutos juntinhos pela lama, com ele mais a frente por conta de suas galochas, e eu um pouco mais lerdo; pelo menos tinha uma boa visão de seu rosto de perfil, e era tão bonito quanto de frente, posso admitir.

Depois de tanto tempo caminhando, encontramos um casal se lambuzando ali, e largando lixo pra todo lado; Hiro me questionou se eu queria ignorá-los ou ir contestar todo o lixo, e é claro que eu respondi a opção óbvia. - Vamos brigar, claro! - Sorri e pisquei para o garoto, largando de sua mão finalmente, e me aproximando do casal. - Ei! Vocês não acham que estão grandinhos o bastnate pra recolher o próprio lixo não? É crime, sabiam? Aposto que vocês não querem que a gente chame o Ranger que estava na cabana alguns minutos de caminhada atrás pra vir da um jeito... - Gritei, provocando-os. Se eles resolvessem batalhar, seria uma oportunidade perfeita para testar nossa dupla lagarto-sapo, e minha química com o próprio garoto também.

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A reação do casal me enojava. Pra ser bem sincero, eu queria sair correndo dali e chorar por conta de sua atitude, tanto por como a mulher se referiu a nós, quanto pela situação num geral; mas, eu não era mais a mesma criança de quando isso acontecia no Ensino Médio. Agora eu era forte, tinha força em mim e em meus Pokémon, e eu usaria isso pra fazer algo ruim, dessa vez; ok, não era ruim, era a reação do oprimido, mas ainda não era o objetivo principal de se usar um monstrinho de bolso. Por mais que eu quisesse acreditar num mundo bom, situações como essa me lembravam que eu nunca poderia descansar, tinha de lutar todos os dias. Lutar para eu ser livre, lutar para eu ser eu. E eu, não iria deixar barato.

Minha Salazzle estava de saco cheio também, e Mahiro parecia incomodado com a situação do mesmo modo, o que só me deu mais energia para continuar. Dei alguns passos a frente, e apontei para as cadeiras que eles sentavam. - Flamethrower. - Eu não queria mata-los, obviamente, mas sim queimar suas cadeiras para lhes dar um susto. Depois apontaria para a pilha de lixo e pediria a Pandora que repetisse o movimento. - E se quiserem mais, nós temos mais. - Meu olhar era obstinado e eu estava completamente em paz por dentro.

- Vem Hiro, vamos continuar. - Tomei a atitude de pegar na mão dele de novo, como um sinal de proteção, e seguimos caminho. Se eles quisessem vir atrás, que viessem, eu estava pronto para acabar com os dois, e garantir que não falassem mais besteira por aí; nossa busca era mais importante, de qualquer forma.

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Dado a situação ocorrida era concebível o ato de fúria por parte de Luke, lançando as chamas de sua Salazzle sobre os utensílios daqueles dois. Aliás meia falta de sensibilidade por parte do narrador querer colocar um assunto na qual se luta todo dia contra. Mas estava tudo bem, segurei mesmo na mão de Luke e virei a cara para o casal de porcos e homofóbicos ali presente.
Nossa missão ali seria encontrar Croagunks, mas no caso daqueles dois ficarem putinhos com a situação, Toxicroak já estava esperto a qualquer movimento brusco. Não ligava se haviam Rangers na região e que possam ficar do lado errado, estava disposto a sujar meu nome se fosse pra defender minha honra e a do meu amigo.

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Para minha surpresa, deu tudo certo. Quer dizer, eles não morreram com o fogo, e quiseram vir atrás da gente, como eu esperava; mas Mahiro e eu já não ligávamos mais para os dois, eles sabiam disso. Quando a horda de Krabby apareceu, os dois deram no pé, e nos deixaram para lidar com todos aqueles aquáticos; não era a primeira vez que eu enfrentava essa espécie, lá no Pacific Reef eu tive uma situação parecida, onde alguns deles prenderam o barco e nos impedia de continuar. Agora era quase a mesma coisa, só não tinha um barco. De qualquer forma, eu nos meti nessa furada indo falar com eles e depois jogando o fogo que chamou a atenção dos caranguejos, então era minha obrigação nos livras dessa situação.

- Pode deixar que eu lido com eles... Vamos Pan. - Soltei a mão do rapaz e apontei para os avermelhados, segurando outra esfera com a mão livre e a atirando ao ar. Era Thetis, minha Mareanie. As duas seriam as responsáveis pela batalha, e serviria como redenção do PvP contra o Fuwa. - Pandora, quero que se concentre, carregue toda a energia que tiver e os ataque com Sludge Wave quantas vezes forem necessárias. Thetis, você se protege com Wide Guard nos dois turnos, ok? - A estratégia era só pra dar experiência para a pequena aquática, e garantir que derrotaríamos todos rapidamente. Vamos ver como nos saíamos nesse embate...

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Com aquela confusão toda, inevitavelmente invocamos alguns Krabbys, Não foi a intenção irritá-los, aliás, o lixo ali espalhado não era nosso. Mas não acho que acreditariam apenas na conversa. No entanto Luke pareceu ansioso para batalhar com eles.

Já que este iria resolver o problema, chamo Toxicroak para me acompanhar. Não gostava daquele lixo ali acumulado, tentaria então o recolher e o empilhar em algum canto que não fosse prejudicar os pokémons que aqui vivem, já que na maioria eram garrafas de vidro e latas de alumínio.