Pokémon Mythology RPG
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XXXI - Dois aborrecentes numa jornada perigosa só pra tentar provar pra todo mundo que não precisam provar nada pra ninguém

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Apesar da situação adversa, aquela Pokémon pareceu bastante apressadinha ao perceber que podia ter ajuda! Comeu tudo rapidinho e foi flutuando rapidamente na direção de Timothy, o que o deixou um pouco surpreso. Não esperava que um Pokémon desconhecido fosse tão receptivo logo de cara, mas não seria a primeira vez que um bichinho daqueles lhe escalava até os ombros.

Na falta de como se expressar, subiu até o topo da sua cabeça e começou a puxar o seu cabelo, como se o guiasse em uma direção. Não que fosse muito agradável, mas não incomodava tanto assim. Não só um Pokémon moderno, como também cinéfilo! Era uma presença divertida. Chris pareceu preocupado, mas estava tudo bem.

- Relaxa! É a forma que ela encontrou pra se expressar. Melhor a gente respeitar isso - Respondeu, a expressão meio sorridente, se divertindo um pouquinho, pra variar. Antes de continuarem andando, explicou para a Pokémon - É pra lá, né? Se acontecer algo no caminho, você me avisa - E começou a andar na direção indicada, quase como se fosse um robô controlado pela fada.

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Era engraçado porque Klefki estava completamente ansiosa e com BASTANTE presa, o que lhe fazia (basicamente) não pensar muito a fundo em soluções. A que achou foi a melhor, já que apontar poderia só os fazer ver. "Controlar" Timothy, por outro lado, lhe guiaria até lá. Bem, definitivamente Chris Ayusa era mais prático, porém Timothy parecia confortável e até simpático a solução do chaveiro, logo... aceitou.

Não que Klefki quisesse muito esperar pela aceitação dos rapazes. Ela apressava o garoto, indicando para que ele 'andasse logo' balançando suas madeixas. Não doía, de fato, mas era um pouco estranho. Agora eles seguiam em frente, na mesma direção que já iam. Num momento outro, teriam que virar a esquerda, saindo da trilha comum e atravessando um bocadinho de rochas altas.

Ok, não era alta! Nem sequer era um "corredor de rochas", mas teriam que dar uma escaladinha emelevações de meio metro à um. Pulando de uma em uma, atravessando os obstáculos para então chegar num caminho-trilha novamente. Depois disso, caminhariam um pouco mais a frente e depois Klefki os pediria para virar a direita. Ai virar para direita, ai sim um corredor de pedras! Timothy e Chris se viam obrigados a descer um morro grande, indo até um relevo depressivo.

Desceram a trilha até ficarem cercados por planaltos. Ao fim dessa trilha, encontraram o que tanto queriam: as Dunas de Areia do Deserto Shimmer.
Essa caminhada toda depende da velocidade dos dois pequeninos; se foram rápido, levara quarenta minutos. Se foram devagar, levaram duas horas. Independente do tempo, chegam ali com bastante sede. Klefki também.

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Timothy continuava com a pegada Hakuna Matata. Parecia tudo bem, então Chris relaxou e tirou a mão do cinto de pokébolas, cruzando os braços atrás da cabeça. Chris já não se sentia confortável quando Timothy "assumia a liderança", e agora que um pokémon desconhecido o fazia, ele se sentia ainda mais desconfortável.

O garoto-robô seguia a frente, sendo comandado pelo mestre metálico, que parecia conhecer bem a região. Logo as mudanças geográficas começaram a surgir em seus caminhos, de modo que o garoto identificava sinais de que chegavam ao famigerado deserto, até que finalmente o viu com seus próprios olhos, posto que dificilmente o conseguiria ver pelos olhos de outra pessoa.

A caminhada fora estafante. O garoto alcançava o cantil e sorvia alguns goles d'água. Batia a poeira das roupas, se alongava, estralava os dedos e o pescoço, e finalmente encarou Klefki novamente em busca de um direcionamento.

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A força de vontade daquela Pokémon minúscula que encontraram era admirável. Parecia ter bastante pressa em chegar ao lugar apontado, que Timothy resolveu seguir com afinco. Talvez fosse algo que em que não tivesse tempo a perder, né? Assim que a Klefki puxou mais uma vez, partiu em um caminhar até mais rápido que o normal.

De início, a rota era a mesma de antes, mas não custou muito para virarem uma esquina que dava em uma parte meio rochosa, com alguns degraus por entre as pedras. Não era muito difícil de atravessar, mas ajudava a pegar o jeito, porque deviam ter terrenos mais difíceis. Depois disso, desceram, quase como se contornassem uma montanha.

Mas parecia que a trilha de Klefki era, de fato, quente; não custou muito para que a imensidão amarelada do deserto aparecesse na vista dos garotos. Bingo! A fadinha realmente sabia o que estava fazendo. Mas, claro, em um espaço aberto e quente como aquele, talvez não fosse tão prático ir a pé.

- Muito bom, Klefki! A gente tava procurando esse lugar, mesmo. Quem você tá procurando tá pra lá, também? - Perguntou para a Pokémon, enquanto parava um pouco e aproveitava para respirar fundo, parar um pouco o ritmo do coração. Pensando na travessia, fez uma sugestão para o colega - Chris, você acha que a gente podia ir voando daqui? Talvez seja mais fácil encontrar de cima...

Sugeriu, tanto para Chris quanto para a Klefki. Se ela se agarrasse direitinho, não seria um problema muito grande, né?

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A chegada ao amarelo deserto e eeus temores dava um novo animo aos jovens, em verdade Timothy agora anunciava estar pronto para ganhar os céus. Chris não se fez de rogado e sorrindo confiante liberou Volcano da pokebola.

-E então amigão, esse solzinho não é nada pra você né? Vamos nessa!

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Quando Timothy deu a ideia, Klefki já suspirou aliviada. A verdade é que se achar ao meio de trilhas é fácil, mas ao meio da imensidão IDENTICA do deserto? De jeito nenhum. A pokémon simplesmente desfaleceu quando viu que teria que 'adivinhar' o caminho ao meio daquelas dunas. Ao menos voar era algo que lhe ajudava: teria um maior panorama.

Por essas e outras, sacudiu a cabeça incessantemente, afirmando que queria SIM voar com Timothy. Foi engraçado, porque ao sacodir a sua cabeça, também puxou as madeixas do garoto para cima e para baixo, o fazendo acenar positivamente com ela. Fofo? Acho que sim, ao menos para mim. Chris se sentia um pouco incomodado com a situação da 'liderança', mas também não parecia ter uma ideia melhor. Será por isso que cedeu? Liberou seu Charizard e montou nele.

Timothy, por último, liberou seu Staraptor e fez o mesmo. O pokémon já estava bem prendado, então se abaixava o suficiente para não criar deslizes ou acidentes.

Agora os dois montados iria em direção ao mar de areia. Era oficial: estavam no Shimmer Desert... dali para o lendário?! Só algumas longas toneladas de arenito. Ora fino, ora grosso. Foram a diante, sempre a frente, vendo uma paisagem monótona e chata por muito tempo. Klefki? Bem, esta se esforçava para passar confiança, lutando ao máximo para que não transparecesse estar "perdida" ao meio daquele deserto todo. Era com confiança que mandava Timothy seguir a diante e, quando lhe dava na telha, o mandava virar a esquerda.

Já ouviu a história do moço que ficou perdido no deserto, porém tinha uma perna menor que a outra? Por causa disso, seu passo esquerdo era sempre maior que o direito, o fazendo andar, literalmente, em círculos. Aqui rezaremos para que Staraptor e Charizard não tenham "asas desproporcionais", porque se estivessem andando em círculos, Klefki seria a última a perceber...

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Sendo lei o que diz a narradora, Chris e Timothy estavam, finalmente - um finalmente mais breve do que o esperado, embora de algum modo já parecesse que faziam semanas desde que os nossos intrépidos heróis  deixaram o Centro Pokémon de Mauville - o esperado calor do ambiente desértico era sobremaneira atenuado pela brisa provocada pelo mero deslocamento dos dois voadores que cruzavam a imensidão amarelada - sem referências a Djavan pelo menos dessa vez -  do Shimmer Desert, guiados pela misteriosa fada metálica de coloração alternada.

-Pensando sobre isso - tentou iniciar uma conversa, gritando, já que o barulho do vento não ajudava na comunicação - Alguma ideia sobre o que temos que procurar?

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A Pokémon metálica pareceu bastante aliviada ao ver que podiam atravessar o deserto com maior facilidade, além de poder se orientar melhor no caminho. Sendo assim, não custou muito para que Volcano, o Charizard do Chris, e Valentine fossem chamados para o serviço. A Staraptor já estava bem acostumada a voar a este ponto, então podiam levantar voo sem maiores dificuldades.

- Eu vou te orientar na direção que a Klefki me disser, ok, Val? - A voadora aceitou de prontidão, demonstrando alguma empatia com a Pokémon que puxava os cabelos do seu treinador. Bem, assim que subiram e começaram a sobrevoar o local... Aquele era o Shimmer Desert? Era uma imensidão tão grande de areia, montes e depressões e planícies... Mas era tudo areia. Tudo mesmo!

Depois de alguns minutos, começou a ficar um tiquinho monótono, já que o caminho parecia sempre igual. Afinal, era tudo areia! Se bem que... Era um percurso meio esquisito, né? Depois de alguns minutos, talvez a Staraptor tenha tido a mesma epifania, pois soltou um piado meio insatisfeito com o caminho que estavam fazendo, tentando se comunicar com o Pokémon voador de Chris, também.

Será que estavam perdidos? Apesar de ter uma forma melhor de ver o todo do deserto, talvez fosse difícil se encontrar sem alguma referência. Timothy pediu para a sua Pokémon baixar um pouco o ritmo do próprio bater de asas pra que não se cansasse demais enquanto tentavam entender a rota:

- Klefki, você tem certeza que é por aqui? Eu tenho a impressão que estamos um pouco perdidos... Não tem algum ponto de referência, alguma coisa específica que a gente tem que achar? - Perguntou, antes de responder Chris com outro grito:

- Talvez a gente tenha que descer pra achar alguma coisa. Seria bom pro Volcano e a Val não se cansarem muito, também - Explicou, enquanto esperava uma explicação do chaveiro sobre o trajeto. Se estivesse perdida, o jeito seria voltar pro mar de areia e buscar alguma pista.

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"Como vou explicar o que nós temos que achar?", pensava Klefki. Pensou, pensou e pensou! Fechou a cara em um semblante meio emburrado, mas aquilo era a chavinha pensando o que fazer. Ok ok, ela não gostava muito de Chris e preferira Timothy desde o início, mas sem dúvida alguma essa não era sua cara de raiva. Quando a chavinha estiver com raiva, podem ficar certos de que vocês saberão!

Pois bem, tomou seu tempo a raciocinou. Depois de longuíssimos segundo, teve um insight, dando um suspiro aliviado, iluminando os olhos e apontando para cima uma das chaves, em um sinal claro de "EUREKA!". Pois então começou a tal da mímica.

Primeiro a Klefki separou a quinta chave (extra) que comentei com vocês mais cedo. Sei que não deram lá muita importância, mas aquela era uma chave comum; ok, não comum-comum, era uma chave codificada comum. Daquelas que usamos em carro, sabe?! Pois é, tinha uma cabeça protegida por plástico-preto e o segredo estava no que chamaremos de dentes.

Digo que esta é comum porque um Klefki comum já tem em si uma dessas. A chave extra nada mais é do que um "a mais". Pois bem, a Klefki pegou o item extra, apontou-o para frente e gritou. Mimicou uma ignição e começara a emitir barulhos de engasgo com a boca; como se estivesse em uma batalha de beatbox. Depois de um tempo de engasgo, decidiu fingir que o motor ligou e fez um barulho roco com a boca.

Pois bem, com o veículo lugado, ela continuaria, a pokémon largou a mímica e começou a mimetizar algo mais. Erguera duas chaves para a direita e duas para a esquerda, deixando-as em 180º. Virou para o lado depois para o outro, ora ou outra pulou e agachou. Manteve o barulho do motor e começara a andar pela cabeça de Timothy. Em certo ponto ela pousara no ombro do recém-amigo, tomando coragem para pular até o outro e continuar com suas 'asas' abertas, numa mímica mais fácil de entender...

Contagem: 3/30

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OFF: Isso é uma referência a "O Pequeno Príncipe"?

Klefki continuava guiando os dois garotos pelo céu do deserto, que contava com a mesma paisagem milha após milha percorrida. Chris revirou o solhos ao ouvir a sugestão de Timothy, embora já soubesse que era a mais sensata, e consequentemente seria exatamente o que seu companheiro diria. Confirmou com o polegar erguido e direcionou Volcano para o solo.

Um vez no chão arenoso do deserto Klefki começou a interpretar mímicas. Bem, estava claro que a chave extra, que até então Chris não havia se dado conta que existia, embora lembrasse vagamente de ter visto algo diferente na fada, pertencia a um veículo automotor. Um carro, uma moto? Ou quem sabe...


-Ah, um avião? Tem um avião caído por aqui?
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