Re: Pétala e Criminoso.

por **Jaete** Sáb Abr 10 2021, 23:34

Estava começando a compreender o garoto e talvez eu tenha o julgado mal, assim como ele parece estar me julgando mal, também. Vendo ele concordar e falar comigo da forma como falei com ele, me gerou um certo interesse positivo. Heh, ele não é um bundão como pensei? De toda forma, fiquei observando-o enquanto ele tomava um pouco do café e ficava me perguntando como as pessoas conseguem beber isso. Por Arceus, essa é uma das piores bebidas existentes. Depois do meu nojinho desnecessário pelo café, ouvi as respostas dele para minhas várias perguntas. Deixei ele falar até o final, antes de responder mais alguma coisa.

— Então, cara... Eu nunca estive num Centro Pokémon. - Eu dizia, com uma expressão totalmente natural, como se isso fosse comum. Bem, pra mim era, passei vinte e três anos sem ter um Pokémon, por que caralhos eu teria de ir a um hospital para Pokémon? Bem... Pelos ultimos dois anos eu tive o Gastly, mas eu nunca batalhei com ele e ele nunca ficou doente, então... Realmente sem nenhuma razão para entrar lá e menos razão ainda pra saber que tinham mapas da região lá dentro. — Então desculpa a ignorância aí. Sou de Kanto. Saffron, pra ser exato... Então talvez isso responda suas dúvidas sobre minha falta de informação.

Como ele tinha indicado o transporte caro pra Slateport passando por Mauville, induzi que não havia nenhum transporte barato senão ir a pé. Que merda. Talvez seja melhor tentar arrumar uma grana pesada pra tentar pegar esse transporte logo de uma vez. Ou seria melhor ir desbravando o caminho até lá, usando o Gastly? Bem, enquanto eu pensava nessas opções, pedi emprestado um papel e caneta ali na recepção e anotei o número do meu Rotom Phone e deixei com o garoto. Sequer sabia que esse telefone tinha uma função de mapa, nunca tinha fuçado nele pra descobrir seus segredos.

— Aí... Se tu ou alguém que tu conheça tiver precisando de algum serviço... Liga pra mim que a gente discute os detalhes. Pagando bem, faço quase qualquer coisa. Senão, só joga fora o papel. - Percebia que ele era um garoto inteligente, portanto ele iria entender do que se tratava. Estava oferecendo a mim pra realizar trabalhos indignos que talvez ele, ou o Líder do Ginásio, ou um parente dele, ou qualquer pessoa que fosse, não quisesse fazer mas quisesse muito que fosse feito. Olhava pra trás e via a fila se formando, apesar de não dar nenhuma foda pra isso. De todo jeito, eu já iria liberar a fila então uns segundinhos a mais ou a menos não fariam tanta diferença.

Olhando pro garoto da recepção, tendo agora uma mentalidade um pouco diferente sobre ele, apesar de ainda achar que ele não duraria cinco minutos de porrada comigo, agradeci pelas informações. — Valeu, cara. Deu pra ter uma noção melhor da região, e só deu pra descobrir que eu tô fodido mesmo, mas fazer o quê. Até um outro dia. - Terminei de falar e, depois de uma possível resposta dele, dei as costas e me retirei do Ginásio. Os planos talvez tivessem que seguir como o plano A, de toda forma.

Estava pronto pra seguir até Petalburg Woods, rumando à Rustboro City. Teria de gastar estes vários dias apenas pra talvez chegar na metade do caminho até Slateport pra então ter uma mínima chance de descobrir onde minha mãe poderia estar, se é que ela já não voltou pra Kanto... Mas que porra.

por **Seth** Dom Abr 11 2021, 23:41

PETALBURG CITY

pétala e criminoso.

A mudança de atitude por parte de V. e a explicação por detrás do seu não-conhecimento de coisas básicas para treinadores realmente tocou o atendente; ele não fazia ideia que ele era um treinador novato, talvez fosse pela atitude descolada ou até mesmo pelo jeito ranzinza, o protagonista realmente não parecia ser um recém-tornado nômade. Mas posso dizer que isso fez ele aceitar com prazer o cartãozinho de Victor, e até pediu para que ele esperasse antes de partir. - Bem, se você não estiver partindo agora, posso te ensinar algumas coisas básicas de treinador, pra te facilitar nessa jornada nova. - Comentou, dando de ombros e tomando outro gole de seu café.

- A outra menina deve estar chegando já, já pra me cobrir, devo ficar livre depois disso. - Era uma boa proposta, afinal, sem muita informação sobre coisas básicas da vida de treinador, Victor poderia ser passado pra trás em alguns aspectos, e que mal fazia? Se ele fosse investir mesmo em passar mais tempo com seu Gastly, deveria pelo menos entender como as coisas funcionavam; e caso fosse atacado no meio do Petalburg Woods, deveria saber como lutar, também. - No final, posso até te arranjar um trabalhinho pro ginásio... Norman paga bem. - Ele garantiu, sorrindo, e esperando pela resposta do garoto.

Não sei se fazer um amigo era a proposta de Crane em algum momento, mas certamente ele tinha a oportunidade na sua frente, só restava aceitar.

PROGRESSO DA ROTA:

por **Jaete** Seg Abr 12 2021, 02:51

Por mais que o recepcionista agora estivesse sendo legal comigo, por mais que eu não tivesse motivo nenhum pra desconfiar de suas intenções, por mais que a oferta dele fosse realmente apreciável e por mais que eu estivesse entendendo um pouco o lado dele, simplesmente não podia confiar cegamente. Infelizmente, não mais. Não da forma como eu confiava naqueles caras.

O fato é que eu aceitei a oferta do garoto para que ele me desse umas dicas básicas para iniciantes. Mas estaria observando suas atitudes a partir dali. Falando em um tom um pouco menos ranzinza, confirmei que iria aceitar. — Certo, pode ser. - Ficava ainda mais contente quando ele mencionava que talvez poderia me arrumar um trampo. Esperava eu que não fosse nada ilegal, pra manter minha ficha limpa em Hoenn, mas não negaria caso o pagamento fosse realmente tão bom quanto o garoto dizia.

Sendo assim, me prontifiquei a ficar aguardando a troca de turno dele. Encostei-me em uma das paredes, cruzei os braços e se eu fosse fumante essa seria a hora perfeita pra puxar um cigarro e levar uma chamada de atenção do garoto, pois provavelmente não era permitido fumar ali dentro. Hey, ainda bem que meus pulmões estão intactos... Pelo menos quanto ao cigarro, já a poluição...

Enquanto aguardava o garoto dos cabelos rosáceos, observava o vai e vem de treinadores. Fiquei pensando em como a vida de um Líder de Ginásio deve ser movimentada. Muitas batalhas Pokémon por dia. Esse cara não cansa? Ele não tem família? Esposa, filha? Da forma como eu vejo, é como se esses caras, com isso quero dizer os Líderes, nunca saíssem de seus Ginásios. Sempre prontos pro próximo desafiante. Durante meus devaneios sobre a vida de um cabeça de um Ginásio, simbolicamente ou administrativamente, prestava-me a ficar observando as pessoas. Como se comportavam, se realmente pareciam o tipo de gente que eu penso que aparece por aqui. Era uma boa oportunidade de realmente testar se meus conceitos estão corretos. Seria uma merda admitir estar errado, mas eu faço se for necessário.

Quando a garota que iria substituir o recepcionista finalmente chegava, ficava observando-a enquanto os preparativos para a troca de turno eram feitos. Provavelmente o garoto teria de fechar algum tipo de relatório antes de sair e deixar as coisas encaminhadas pra que o trabalho da garota fosse mais tranquilo. Por curiosidade e um pouco dos hormônios masculinos falando, fazia uma "avaliação" para ver se a menina que o substituiria seria, ao menos, bonitinha. Provavelmente sim, já que esse tipo de trabalho pede uma pessoa bem apessoada, seja por se arrumar bem ou por ser bonita mesmo naturalmente.

Quando tudo estava terminado e o garoto finalmente saía de trás do balcão, acompanharia ele para fora do Ginásio, falando brevemente. — Sou o V. - Não consegui falar muito mais do que isso. Fiquei em duvida se diria "É um prazer" ou se perguntaria em seguida o nome dele, ou então se diria "a propósito", mas soaria muito formal. Simplesmente não combina comigo. Decidi manter a apresentação apenas com o meu nome e, caso quisesse, o rapaz se apresentaria em seguida.

por **Seth** Ter Abr 13 2021, 14:09

PETALBURG CITY

pétala e criminoso.

Por mais relutante que estivesse, V. decide por aceitar a proposta do rapaz e esperar pelo tempo em que ele fosse ensinado; o que ele aprenderia? Poderia ser realmente coisas básicas como um Centro Pokémon ou como usar uma pokébola, mas acho que isso seria maçante demais para o atendente ter que explicar; afinal, tem coisas que simplesmente a gente aprende sozinho, huh? Apesar da dúvida, era bem óbvio que ele teria de esperar um tempo para que o turno do garoto acabasse, e eles finalmente pudessem sair dali, e bem, demorou mesmo, uns quarenta minutos ali parado para que a menina chegasse, e os dois se dirigissem para fora do ginásio.

Logo na entrada, Crane se apresentasse, meio tímido, meio recluso, não querendo dizer muito mais do que isso (e com certa razão em se manter reservado), mas recebendo um belo sorriso e uma mão estendida de volta. - Sou Harvey, muito prazer. - Ele esperava que Victor aceitasse o cumprimento, para só então poder retirar a mão dali e começarem a caminhar de fato. - Então... Você realmente é um novato, huh? Acho que a primeira coisa que eu iria querer que me explicassem quando eu comecei, era sobre o Rotom Phone. - Ele pegou o próprio celular, que tinha uma case rosa forte, e virou a tela para o garoto.

- Essa belezinha é uma maravilha da tecnologia, principalmente porque tem um Pokémon ai dentro, que funciona como uma espécie de assistente digital. No Rotom Phone você consegue todo tipo de informação, desde um mapa da cidade, ou da região, até usar a Pokédex e entender regras básicas de batalha e tipagem. E você nem precisa saber mexer, na verdade, é só falar com o Rotom e pedir pra ele fazer algo, que ele consegue te ajudar. - Harvey então sacou uma esfera de seu bolso e a liberou, revelando um Pokémon em formato de vela, que soltou um pequeno cry, e se manteve próximo de seu treinador.

- Tente usar a Pokédex pra scannear ele, é só pedir pro Rotom que ele vai automaticamente registrar as informações desse pequeno, e te entregar tudo de uma maneira resumida. - Desafiou, para que V. ficasse mais prático com o Rotom Phone. Isso era o básico de todo treinador, então, respondia a questão anterior: Harvey ensinaria sim, até o mais simples para Crane.

PROGRESSO DA ROTA:

por **Jaete** Ter Abr 13 2021, 16:51

Ao ver a mão estendida de Harvey, encostava a minha mão na dele, mas não como um aperto de mão, como o rapaz estava esperando provavelmente. Fiz um cumprimento mais casual, consistindo em dar um leve tapa na mão dele, deslizando a minha mão para a minha direção e depois voltando até a mão dele com um soquinho usando a lateral do punho, independente de ele ter entendido que o cumprimento seria esse ou não.

Fiquei observando o garoto enquanto ele falava, tentando prestar atenção nas minúcias do assunto que ele explicava. Então, ele começou a falar sobre o Rotom Phone. Fiquei me perguntando o que esse telefone tinha demais pra ele desejar que tivesse uma explicação sobre como funciona. E aí ele começou a falar e eu entendi. O aparelho funciona além de como telefone, também como um scanner pra conseguir informações sobre Pokémon e ainda tem um assistente digital que também é um Pokémon. Então... Eu tenho dois Pokémon?

Olhei para Harvey quase rindo. Não rindo dele, mas de mim mesmo. — Peraí. Então você fez o trabalho do telefone? Digo, certamente tudo o que eu te perguntei eu podia ter perguntado pra ele... - Era uma situação cômica, onde minha falta de informação era tamanha que sequer sabia como conseguir a informação que eu queria, pra começar. Apelei pros métodos mais antigos, perguntando a outro humano, quando tinha um equipamento desse porte à minha disposição.

— Ok, Ok. Vou tentar isso que cê falou. É... Telefone? - Tentei chamar o Rotom. — Que Pokémon é esse aqui? - E apontei o próprio telefone pro Pokémon vela, achando que isso ajudaria o Rotom a identificar a quem eu estava me referindo.

por **Seth** Qua Abr 14 2021, 21:23

PETALBURG CITY

pétala e criminoso.

Harvey respondeu a risada de Crane com um sorriso; ele sabia mais ou menos o que ele estava pensando, e quando ele vocalizou uma pequena risada surgiu, e o rosado deu de ombros. - Ah, em partes sim, mas acho que não tem importância. Ajudar novatos também faz parte do meu trabalho, mesmo que o ginásio de Petalburg não seja de nível baixo, ele ainda é o primeiro, geograficamente, então não é novidade esse tipo de coisa. - Afirmou, deixando o rapaz ciente de que ele fazia isso com bastante frequência, por isso as falas ensaiadas. E bem, ele tinha razão; Peltaburg era a cidade com ginásio mais próxima de Littleroot, onde ficava o laboratório do professor Birch, e que acabava sendo o ponto de entrada de muitos treinadores.

Depois disso, quando V. questionou o telefone, dois olhinhos surgiram na parte de cima dele, e ele começou a levitar. Um scan foi feito, e ele colocou em seu display as informações do Pokémon, o pequeno Litwick; ali, havia a tipagem, fraquezas, vantagens, curiosidades, todo tipo de informação útil sobre o ígneo, e depois, o celular voltou ao normal, caindo de volta na mão do rapaz. Parecia mágica! Era quase inacreditável pensar que havia um Pokémon ali dentro, ainda mais um tão travesso quanto Rotom; de qualquer forma, isso foi suficiente para o guia, e Harv então, voltou a falar. - É isso! Litwick é um dos meus Pokémon favorito, e ele é um fantasma, como seu Gastly. - Apontou para o ser fumacento que flutuava ao lado do protagonista.

Continuou: - Sempre que você precisar, é só chamar pelo Rotom, que ele com certeza vai ter alguma dica ou informação par adar sobre qualquer assunto. Agora, para o Centro Pokémon! - Ele apontou na direção que Victor viera, para o centro da cidade, onde haviam mais treinadores e pessoas num geral... Parece que o tour seria completo, huh?

PROGRESSO DA ROTA:

por **Jaete** Qua Abr 14 2021, 21:42

OFF:

Ouvindo ele falar sobre sua função como ajudante no Ginásio, ficava me perguntando se ele realmente gostava disso. Ele não prefere viajar, conhecer a região que vive... Ser um treinador? Eu não iria me meter nesse tipo de assunto sobre ele, mas que o pensamento passou pela minha cabeça, é inegável.

Então, o Rotom se transformou no celular, ou se apossou dele, eu não entendi direito o que aconteceu, mas o celular estava levitando e falando, e tinha dois olhos, isso foi o bagulho mais bizarro que já vi. Ele mencionou uma breve descrição curiosa sobre o Pokémon, dizendo que a vela no topo da cabeça do Litwick deixa seu corpo levemente quente. Além disso, ele guia as crianças perdidas para o mundo espiritual. Então ele é uma espécie de guardião das crianças quando morrem? Huh, que coisa.

O tipo de Litwick é Fantasma e Fogo, tem fraqueza contra os próprios Fantasmas e também a Sombrios, Água, Terra e Pedra... São... Muitas fraquezas... Ele pode ter tanto uma habilidade de ser imune a fogo e aumentar seu poder caso receba um golpe de fogo, ou então seu corpo pode ser tão quente que tem uma chance de causar queimadura ao contato... Isso é interessante. Talvez compense as fraquezas. Tentei manter essas notas mentais enquanto ouvia o Rotom falando. Caralho, eu ainda não acredito que um telefone tá me dando dicas.

Então, novamente, Harvey falava. Ouvia-o falando atentamente e agora ele indicava que iríamos ao Centro Pokémon. Respondi-o, não muito animado... Bem, pelo menos não tanto quanto ele, que parecia mais um escoteiro. — Bem... Isso foi... Diferenciado, no mínimo. Não sei se vou me acostumar com o Rotom algum dia. Bem, então vamos, vou entrar num Centro Pokémon pela primeira vez. - Meu tom de voz não demonstrava animação alguma, eu acabo por parecer bastante diferente de um treinador que está iniciando sua jornada aos dez anos.

Eu vi muito isso acontecendo. As crianças que estudaram comigo, todos se tornaram treinadores ou coordenadores. E era sempre a mesma história. Eu fazia amizades, mas logo essas crianças que faziam amizade comigo sumiam no mundo, pois resolveram sair em jornada Pokémon. Eu já vi aquele brilho no olhar dezenas de vezes, enquanto eu nunca tive tanto interesse nisso... Mas... Eu não lembro quando foi que comecei a ter tanta aversão com os Pokémon.

Por isso, pela falta dessa chama acesa, essa vontade de ser um grande treinador, talvez um Líder de Ginásio ou até mesmo um Mestre Pokémon, eu não me sentia verdadeiramente animado em iniciar minha jornada e por isso minha animação não era tão grande. Não me entenda errado, não é como se eu estivesse descontente em conhecer esse mundo, eu apenas não estou extremamente feliz como todas as pessoas que vi. Isso aqui é algo muito mais voltado à necessidade do que ao prazer, ou ao sonho.

por **Seth** Sex Abr 16 2021, 16:43

PETALBURG CITY

pétala e criminoso.

OFF:

Apesar da falta de animação de V., Harvey se mantinha como um bom tom e bem mais energético do que o rapaz que o acompanhava; ele não ousava perguntar o porquê do protagonista estar saindo numa jornada, mas com base nas perguntas dele, o rosado imaginava que alguém tivesse sumido, e ele estava procurando. Isso o estimulava a ajudar Victor, afinal, nada melhor do que um Pokémon para lhe ajudar numa jornada, seja ela para virar um Mestre Pokémon, ou não. Era o mínimo que ele poderia fazer como aprendiz do Norman, e mais ainda como funcionário do ginásio.

Pois então, continuaram juntos para o Centro Pokémon, que ficava não muito próximo do ginásio, mas que tinha uma boa localização; era o ginásio quem era distante de tudo, pra ser sincero. A entrada do lugar era inteira decorada em tons vermelhos e brancos, com símbolos da Liga Pokémon espalhados por ali também; parecia um lugar pequeno, mas o interior era certamente muito maior do que aparentava. Logo na recepção, Crane conseguia identificar o básico, um balcão com a Enfermeira Joy atrás, um outro balcão com um trabalhador trajando vestimentas de um Mart, e até mesmo uma escada que levava para os quartos gratuitos, e a área de alimentação do lugar, conforme indicado na plaquinha grudada ao lado da escadaria.

- Bem, acho que aqui tudo é muito autoexplicativo, mas basicamente, aquela madame ali cura todos seus Pokémon caso precisa, aquele carinha te vende, ou compra, itens que você queira ou não queira mais; esse é importante, tem desde poções de cura para você conseguir se manter em rotas longas, sem precisar voltar pro Centro Pokémon, até Pokéballs, pra você capturar outros bichinhos. - Ele ia apontando conforme falava, dando um tempo entre as explicações para o caso do garoto ter alguma dúvida. - Aquele computador serve pra você acessar seu Storage. Como treinadores só podemos carregar até seis Pokémon conosco, então, se você tiver mais do que isso e quiser trocar sua equipe, terá de usar esse PC. Pra lá ficam a área cedida pros nômades passarem a noite e comerem, tudo gratuito.

Harv finalizou com um sorriso e as mãos na cintura, esperando algo que nem ele sabia. - Alguma dúvida? - Questionou enfim, curioso, com uma sobrancelha arqueada.

PROGRESSO DA ROTA:

por **Jaete** Sex Abr 16 2021, 18:45

OFF:

Não era que eu realmente não estava animado. Veja bem, eu estive fazendo as mesmas coisas durante um bom tempo. Desde aquele dia que fui preso, logo no primeiro crime que cometi, eu não fui reinserido na sociedade. Não me deram um emprego, não me deram nada, além de uma diminuição na pena. Pokémon nunca foi minha prioridade pois eu tinha outras coisas pra pensar, isto sem contar o fato da minha aversão com os seres... Então... Eu sinto que apenas sei fazer o que faço. Sou um completo iniciante na questão de ser um Treinador, portanto... Eu não estava tão empolgado, porém não estava odiando a situação. Harvey parece ser um cara legal, está gastando o tempo dele comigo, por mais que o motivo seja honra ou algo do gênero e não por se importar comigo especificamente.

Caminhando por Petalburg novamente, agora na direção contrária ao Ginásio, iria observando as pessoas por quem eu cruzava caminhos. Homens, mulheres, crianças, Pokémon, meu olhar variava entre os mais diversos tipos de pessoa e bichos. E, por vezes, olhava para Harvey, também. Estava invejando-o um pouco. A posição que ele se encontra parece ser bem mais favorável que a minha, mas sei que não devo julgar o livro pela capa.

Então, depois da caminhada, finalmente adentramos ao Centro Pokémon. Eu, pela primeira vez. Ele, pela enésima. A primeira coisa que reparei no local foi o quão grande parecia por dentro, mas creio que isso seja apenas um truque feito com a pintura do local, colocando esse vermelho e o branco em paredes escolhidas estrategicamente pra fazer a sala parecer maior: mais larga ou mais comprida. Em seguida, conforme o garoto que me acompanhava ia indicando os locais e as pessoas, ia observando.

Notava a simpatia da Enfermeira Joy, que atendia as pessoas sempre com um sorriso. Me pergunto se é tudo tão forçado ou se é espontâneo da parte dela... Acho que nunca vou saber. Olhando para o trabalhador do Mart, via apenas um cara comum, sem muito destaque, que atendia as pessoas de maneira mais neutra, mas sem parecer arrogante ou mal educado. É o tipo de atendimento que eu faria, se estivesse no lugar dele. Quando Harvey mencionou da área para dormir e comer, eu fiquei bastante surpreso. Eu fiquei pagando hoteis e comprando comida esse tempo todo quando podia ter vindo aqui? Bem... Talvez não seja permitido passar muitas noites aqui, quem dirá dois anos... Seria bom demais pra ser verdade.

Por fim, o garoto finalizava perguntando se eu tinha alguma dúvida. Respondi-o, prontamente, pois era a única coisa que se passava na minha cabeça. — Quanto custa uma poção ali no mercado?

por **Seth** Dom Abr 18 2021, 21:42

PETALBURG CITY

pétala e criminoso.

OFF:

- Porque você mesmo não pergunta? - Ele questionou o rapaz, incentivando-o a ser mais sociável. É claro que Harvey já havia percebido que conversar não era o forte de V., e por isso o interesse em que ele fizesse as coisas por contra própria; também, o jovem não teria o aprendiz ao seu lado sempre, e teria de se virar sozinho. Claro que, isso não era completamente um problema, Victor tinha um histórico não muito bom vivendo sozinho, mas ele claramente sobreviveu esse tempo todo fora de Kanto, huh? De qualquer forma, Harv caminhou com o protagonista até próximo do Mart, e esperou que ele perguntasse o preço.

O atendente respondeu de maneira neutra, explicando a diferença entre uso e preço das poções dali, e dando a dica de que uma Potion era mais em conta do que uma Super Potion, e valia muito mais em comprar várias da mais simples, do que das mais concentradas. Ele questionaria se Crane levaria alguma, e caso sim, entregaria a quantidade desejada. Depois, ele e Harvey se afastariam, deixando o lugar. - Acho que a última coisa que posso te ensinar é sobre algo que você nunca fez... Uma batalha. - Ele chamou o garoto com a mão e seguiu para trás do Centro Pokémon.

Ali, haviam vários campos improvisados de terra batida, com demarcações idênticas em todos, e que serviriam para treinadores fazerem sessões de treino, ou batalhar, como proposto pelo acompanhante. - Então, o que me diz? Uma batalha amistosa, para eu te ensinar alguns conceitos básicos, entre Litwick e seu Gastly? Não se importe com vencer ou perder, é apenas um treino, não vale nada. - Comentou, depois de se posicionar em frente ao rapaz e já sacar a esfera de seu fantasminha fogareiro. Talvez fosse a hora de Victor se tornar realmente um treinador...

PROGRESSO DA ROTA:

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