Alpha Saphire Squad - Exploração Abyssal

Deixar o templo foi bem difícil, principalmente não podendo fazer nada para impedir sua destruição provocada pelos terremotos do Swampert... Talvez fosse o desejo da entidade que a caverna fosse selada e nunca mais outro viajante passasse por lá, já que a pedra da lágrima estava sob nosso poder.

Enfim, suspirava fundo. Eu sabia que meu emocional não era dos melhores e tinha que fazer muito esforço para não misturar meus sentimentos com meus objetivos, caso contrario comprometeria a missão. Quanto mais desestabilizado eu ficava, mas fácil era para Matte ou Thito assumirem o controle. E não era como se eu tivesse medo deles. Não, até permitia muitas das vezes, o problema é que tinha receio porque havia alguém do meu lado. Raíssa!

Inclusive, ficava sabendo mais dos motivos dela e como a expedição influenciava diretamente com suas metas particulares. Esperava de coração que ela conseguisse encontrar os pais. Eu não conseguia me imaginar com 10 ou 12 anos sozinho no mundão e ainda sem ter notícias de casa.

— Ei... Não importa o que aconteça a Avengers vai ta sempre aqui pra você, ta legal?

Claro que uma sociedade não poderia preencher o espaço da família, mas era bom saber que tinha um colo ou um ombro amigo com que se pudesse contar. Sabia disso porque sentia que se Daisuke não tivesse meu apoio depois que descobriu o que aconteceu com a mãe... Não sei o que teria acontecido com eu amigo.

Pretendia finalizar aquele assunto apostando corrida. Zan não era nem um pouco mais veloz que Jayna, eles tinham os mesmos atributos, mas mesmo assim era divertido competir. Chegamos na praia do segundo ponto quando começava a entardecer. Nossa busca estava levando bem mais tempo do que o imaginado, mas não estava sendo tão tenso quanto foi nas Ilhas Redemoinho...

— Será que tem alguma coisa lá encima? Hm... Bom, eu vou dar uma olhada pelo alto com ajuda do Slowbro. Pode conferir por entre os troncos se acha alguma coisa? - Perguntava já liberando o psíquico e retornando Zan.

A vista de cima poderia ajudar, mas procurava mesmo era por algo escondido nas copas das árvores, porque fazia sentido um ponto estar no alto enquanto o outro estava no subterrâneo.

DO NADA o universo queria que Matthew pensasse em Winnie, mas vai fanficar a crise de ciúmes sozinho, porque o coitado já tem problema demais pra pilhar com as inseguranças do relacionamento. Que Winnie era uma grande gostosa, empresária de sucesso e cobiçada pelos mais fortes treinadores e treinadoras, não era novidade.

Enfim, Slowbro estava bem melhor que da última vez. Menos agressivo, mas maleável... O tempo no daycare fez bem pra ele. Nunca que antes ele usaria um Psychic para me elevar com leveza a um nível tão alto quando as árvores em segurança com aquele rancor todo. Eu entendia o ranço dele com o antigo treinador por ter sido jogado naquele limbo, mas eu não merecia tanta raiva e provei pra ele. Me deixava contente o resultado. E assim pude estar no alto e encontrar aquela clareira, mas acho que Raissa também encontrou porque via cabelos de fogo se aproximando do lago.

Antes de descer, pegava o pk-gear e ligava pra ela.

— Raissa, eu to te vendo no lago. To indo até você.

Desligava e pedia para descer, mirando o caminho mais curto para chegar lá. Retornaria o Slowbro porque não precisava dele para isso. Será que ela tinha encontrado a segunda prova de valor? Ou era apenas um alarme falso?

Assim que atravessava a mata atrás dela, via que era realmente por lá que estava o próximo "desafio".

Desamarrava o cabelo, sacudia um pouco para tirar o excesso de sal e água do mar para prender de novo, mais firme desta vez. Ouvia a preocupação de Raissa e tinha que confirmar que não acampava havia um BOM tempo. Tipo... desde quando fiquei rico ou coisa do gênero? Porque ou eu voava de cidade em cidade para evitar atravessar rotas distante a pé, ou eu dormia em hotéis, quando não tinha uma instalação da avengers no local. A última vez que me recordo foi com Gwen e Lucas no Vale do Aço há um ano, mais ou menos.

— Vamos ver logo do que se trata e depois decidimos.

Eu realmente não estava cansado e não queria esperar escurecer, porque aquela ilha nem existia assim como a outra, então não parecia muito sensato passar a noite lá. E como não precisaríamos de luz solar no fundo do mar, nossa busca pela localização real deveria ser encerrada antes do final do dia. Caso contrário começaria a me preocupar com acampamento também.