Era óbvio que nenhum dos dois desejava ser o desbravador que primeiro entraria em contato com aquela dupla mirim sinistra. Apesar de serem apenas crianças, tinha algo na aura que emanava delas que era repulsivo em alguma maneira; talvez fosse apenas a floresta com fama de mal assombrada assustando os viajantes, mas uma coisa era certa: tinha algo de errado naquela cena, e nem Kimi nem Gajeel gostariam de ser os primeiros a descobrir.
Gastly, que já estava agitado com a presença desconhecida, decidiu por si só ir na frente depois de Gajeel ter dado a ideia. Avançou determinado na sua irritação em direção às crianças misteriosas, Kimi e Gajeel tentando acompanhar logo atrás. Conforme se aproximavam, a coisa ia ficando mais sinistra: perceberam que a dupla flutuava. Sim! Os pés dos dois não estavam no chão, e pareciam pairar no ar. E não para por aí: de costas, parecia até mesmo que elas tinham... rabo? Cauda? O que era aquilo? Quanto mais perto chegavam, mais claro ficava que não era crianças comuns.
A dupla mirim parecia intocável em sua profunda meditação, pairando sobre o ar serenamente. Não pareceram se importar com a presença dos humanos e do pokémon fantasma até o último momento, quando pareceram notar o Gastly irritado na espreita e com o som de um espirro metálico, desapareceram novamente.
Assim que sumiram, foi possível ouvir um barulho de panelas caindo e copos de vidro se quebrando dentro da casa, indicando que a dupla talvez tivesse feito o cálculo errado e se materializando onde não deveriam.
A casa parecia antiga, meio abandonada ao tempo, com suas paredes feitas de pedra cinza e cobertas de musgo e vinhas verdejantes. Tinha dois andares e uma chaminé, e algumas janelas estavam bloqueadas por tábuas pela parte de dentro, com seu vidro quebrado. A porta estava fechada, mas era velha e moribunda. Será que a dupla de aventureiros se arriscaria entrar naquela residência sinistra?