[Missão de Sociedade] Wait for Me to Come Home

por **Renzinho** Seg Jun 14 2021, 19:55

❁ Do Only Words Bleed?

Lilycove Streets

Photograph ♪

... Ele não tinha certeza se estava pronto para mirar aquilo tudo, desse jeito. Em sua cabeça, Lilycove ainda era aquela cidade encantadora que o acolhera quando ele não tinha nada mais para chamar de seu, de lar. Talvez pareça um pouco exagerado, mas era assim que o jovem Ren sentia-se sempre que pensava no ginásio feérico, sua relação com a líder e com os demais funcionários: eram uma família, que por mais estranha que fosse, já era muito mais acolhedora que o lugar que o coordenador nunca ousara chamar de casa.

E ultimamente, quando os fantasmas e garras do passado insistiam continuamente a segurar-se em si, como se ele fosse uma âncora para toda a dor e memórias que não queria pensar, lar tornou-se uma palavra um tanto quanto... delicada. Por isso, a perspectiva de ver aquele lugar tão devastado quanto ele conseguia imaginar — ter pisado a Ecruteak devastada ajudava muito sua criatividade, infelizmente — era simplesmente aterrorizante, para dizer o mínimo.

Admito também que Eustace e Cass não ajudaram muito nisso. Veja bem: ainda há pouco tempo, Ren estivera com o casal, também à serviço de Lisia, no meio da rota-cento-e-vinte-e-quatro. E por mais que a tarde tivesse sido bastante tranquila, com frutas, conversas e coelhas-princesas-rebeldes, o especialista em feéricos precisou dar seu máximo para não demonstrar o quão aflito estava com a dita destruição da cidade. Pois é, ele era do tipo que sofria com antecedência, e acho que todos aqui — ou ao menos uma boa parte — sabem dizer o quão estressante isso era.

Talvez por isso que ele resolvera ir para Lilycove naquele horário mesmo, no escuro da noite; por não aguentar mais sua mente imaginando o que teria acontecido ao seu paraíso de contos de fada. Isto é, pelo menos foi o motivo que o rapaz conseguiu assumir para si mesmo. Desconfio eu que seja também justamente pelo breu: "o que os olhos não veem, o coração não sente". Não sei dizer se de fato daria certo, mas Ren não deixaria de tentar, mesmo que não fosse bravo (ou seria covarde?) o bastante para declarar isso em voz alta.

Digo ainda que o jovem foi capaz de abrir os olhos, uma vez que pousou no chão, apenas por conta do incentivo de Mr. Mime e Azumarill. É, Hughes realmente estava assustado com a ideia de uma Lilycove destruída, visto que havia convocado seu inicial e sua primeira captura especialmente para aquela tarefa. O coordenador suspirou, tomando as mãos de ambos os Pokémon, enquanto abria os olhos lentamente. — Eu sei... É só que... Não sei se quero ainda, entendem? Mas acho que não importa o que quero ou deixo de querer, eu devo isso para Lisia, para... Nós mesmos.

Então ele se forçou a dar um passo, apesar de ainda olhar diretamente para baixo, ainda timorato demais para manter-se em boa forma e postura. Fora necessário Dandara roubar-lhe algumas Poké Balls e Hokori tirar-lhe o celular, convocando Rotom e os três Linoone sapecas, para que Ren finalmente protestasse e mostrasse mais alguma proatividade em seguir os inocentes monstrinhos. Isso não significa que ele ainda ousasse encarar diretamente o cenário em seu redor, ignorando tudo como se fosse um equino com antolhos, indo até onde os Pokémon acabassem por guiá-lo (com sorte, até Lisia).

... Afinal, por mais que ele tivesse aprendido o quanto palavras podiam machucar, não era tolo o bastante para acreditar que eram apenas sangravam.

OFF:

19 - Day Care

por **thito** Qui Jun 17 2021, 19:21

hey bae, espero que perdoe minha falta de criatividade, mas estou vivendo um block recentemente... de toda forma vou me esforçar pra fazer o ren chorar! dito isso quero avisar que eu aceito pickup ativado de forma passiva, mas o item você deve ativar para usar e caçar alguma coisa.

Era difícil admitir para si mesmo que um desastre de ordem caótica poderia ter acabado completamente com a noção de "lar" construída pela ideia de um lugar particular onde sente-se acolhido e pertencente? Aparentemente era sim e muito. Ren Hughes evitava pensar no pior cenário, tal qual viveu a reconstrução de Ecruteak, mas diferente daquele espaço, Lilycove era mais que um amontoado de prédio em um pedaço de terra. A sensação de ver suas casa destruída era completamente diferente de ver a de desconhecidos entre escombros. Era como se... mais uma vez não fosse pertencente a lugar nenhum. E infelizmente, mesmo na penumbra da noite, Lilycove entregava a imagem de um mundo pós-apocalíptico!

A cidade estava irreconhecível! Sob o céu negro sem lua ora ou outra pedaços de prédios caíam causando grandes ruídos e ressonando o pânico no rosto de algumas poucas pessoas que ainda caminhavam nas ruas com algum cuidado. As ruas estava quase impossíveis de acessar. Veículos destruídos e soterrados. Lojas que antes tinham cor e brilho ao anoitecer estavam cinzas e sem vida. Era como se tivesse passado uma eternidade naquele limbo de sofrimento e trevas.

Ren precisava além de atenção dobrada e cuidado por onde passava, ajuda de GPS para se guiar pelos espaços. Nem mesmo quem tinha uma boa habilidade de localização geográfica conseguia se virar sozinho naquele ambiente em pedaços. Mime até tentava segurar na mão do coordenador em apoio, mas sabia que não havia muito o que podia fazer para evitar o choque. Ora ou outra os sentimentos haveriam de transbordar, ainda mais conhecendo o mestre chorão, quer dizer, sentimental que tinham.

Enquanto Hughes tentava encontrar seu eixo e um ponto para se guiar entre o caos até onde provavelmente estava o ginásio da cidade, os três ladinos se enfiavam nos buracos e lojas destruídas aproveitando para saquear. Veja bem, não eram os únicos que tiveram essa ideia. Muitas famílias tinham perdido tudo e estavam passando fome e frio, então as melhores coisas já tinham sido furtadas, restando pouco nos melhores lugares. E eles retornavam ao passo que o rapaz estivesse decidido de onde seguir e como com coisas de vestir e de comer.

Progressos:

Trabalho Comunitário em Lilycove — Ren Hughes

por **Renzinho** Qui Jun 17 2021, 20:25

❁ Do Only Words Bleed?

Lilycove Streets

Photograph ♪

...

Um, dois, três, respira... Um, dois, três, respira... Um, dois, três, se joga no chão.

Pois é meu filho, não ia ser fácil assim não. Uma hora, seria necessário abrir os olhos, dar alguns passos em direção à luz, fazer alguma coisa. E bem, quando o fizesse, imagino que já fosse esperado vê-lo levar as mãos à cabeça em agonia, enquanto caía de joelhos no chão duro e bastante intemperizado, para dizer o mínimo. O coordenador tentou manter a calma, contando números para manter-se são. Só que talvez não tivesse sido uma ideia muito boa, visto que números definitivamente não eram seu forte. No fim de contas, ele acabou só deitando-se de bruços e...

Chorando.

Se você acha que Ren iria se pagar de durão, ou que seria difícil atingi-lo, pode muito bem parar por aí — mesmo que acho extremamente improvável que alguém tenha pensado nisso, afinal, qualquer um que olhar para a cara dele consegue ver que ele é um chorão, ainda que no melhor dos sentidos. O rapaz manteve seu olhar baixo, bloqueando parcialmente a recepção de luz por parte de sua retina através das gotas que caíam continuamente de seus globos violáceos.

Curioso, ouvi dizer que violetas são sensíveis ao excesso de água. Ainda assim, as teimosas que insistiam em florescer dentro daqueles orbes pareciam não ter problemas em serem constantemente inundadas e lavadas; se muito, pareciam até gostar. Talvez, um estudioso intervisse falando que nada é senão a evolução, adaptação e seleção naturais, toda essa baboseira científica que muitos amam. Mas não eu, prefiro tomar um caminho que não muitos motivam-se a desbravar: um desenrolar, um fantasiar, um contar de histórias.

E se há muito tempo, algumas poucas flores tivessem sido muito bem cuidadas, plantadas em solo fértil e adubado, diariamente regadas e agraciadas por luz e atenção? E se essas tais fossem podadas sempre que necessário, tivessem alguém a incentivá-las e esperá-las a florescer, elogiadas sempre que suas pétalas brilhavam contra o sol? E se um dia, uma terrível tempestade assolasse o lugar na qual as flores haviam sido plantadas, e na aurora seguinte, seu cuidador nunca mais aparecesse? E se as flores, dia após dia, esperassem com expectativa pela volta de seus dias de glória, apesar de estarem progressivamente murchando cada vez mais?

Mesmo assim, os dias radiantes, repletos de elogios e caules vistosos não voltariam mais. As flores, aos poucos, morreriam e cairiam. Apodreceriam sobre aquele solo lixiviado, sonhando com o passado distante até seu último suspiro.

Mas e se... E se uma sementinha, do longínquo oriunda, até ali chegasse, depois de tanto penar pelo vento e pela fauna? E se essa sementinha, já prestes a desistir, acabasse por cair exatamente sobre onde outrora lindas violetas cresceram, um solo agora coberto por húmus e nutrientes? E se essa sementinha, ainda que tímida e fraca, conseguisse colocar-se ali e lentamente crescer suas raízes? E se, com a morte de uma beleza anterior, vida nova começasse a espalhar-se?

Talvez fosse assim que Ren se sentisse, afinal. Em partes, morto, mas conseguia sentir raízes crescendo sobre a casca vazia de seu ser, enchendo-o de vida novamente. Um toque em sua mão, um olhar preocupado. Três leves carícias, acompanhadas de presentes sabe-se-lá-onde encontrados. Calor, ardor, espalhando-se por dentro de si outra vez. E com isso, a ainda que breve motivação para levantar, mesmo que continuando a evitar olhar diretamente para toda aquela confusão, exibir um sorriso forçado e melancólico, dar um passo adiante.

— Eu... Obrigado. Vai... Vai dar tudo certo. Viemos ajudar, não é? Se eu ficar aqui apenas a chorar, prédio nenhum vai se levantar comovido — murmurou ele, secando as lágrimas com a manga da blusa. Com as mãos a tremer, segurou seu celular, abrindo o mapa digital. — Ei, Rotom. Acha que pode traçar a rota para o Ginásio de Lilycove? Não sei se consigo achar coisa alguma no meio de... isso tudo. Se achar algo útil com o Itemfinder no caminho, sinta-se livre para avisar também — concluiu ele, soando um tanto quanto melancólico. Com algum esforço, conseguiu levantar seu olhar, passando agora a mirar o negro horizonte.

... Imagino que não desse para ver muita coisa, mas isso não o impedia.

— Vamos ver se a mestrinha precisa de alguma ajuda.

OFF:

20 - Day Care

por **thito** Qui Jun 17 2021, 21:20

chola mais cenoulinha que ta poc

Ren chorou.

Assim...(?) Era um bom resumo para as meia hora que ele ficou em posição fetal no meio de Lilycove tentando lutar (ou não) com aquelas emoções que pareciam querer afogar ele em lágrimas e mais lágrimas. Oh dó! Oh vida!

Artistas geralmente são muito mais sensíveis que a maioria das pessoas porque estão a todo tempo questionando o mundo e a sua relação nesse lugar. E as vezes como usar sua imagem para fazer alguma diferença na vida de alguém. Talvez hoje fosse um dia de fazer uma prática que mudasse de verdade algumas realidades porque a fome e o frio não esperam pelo amanhã.

O chororo terminou quando os Linoone retornaram da busca - quando que a polícia pararia aquela gangue? - e entregaram os itens encontrados para Ren. Um deles até tentou envolver o cachecol vermelho encontrado no jovem, sem muito sucesso, mas valeu a tentativa. Ren saia do estado de choque e passava a tentar raciocinar como chegar no ginásio e encontrar Lisia.

O celular possuído dizia que tinha apenas as rotas comuns dos mapas da internet, que pareciam bloqueadas pelo estrago. Ele dizia talvez fosse melhor procurar por rotas menos convencionais. Ainda assim parecia bem perigoso se meter entre aqueles edifícios. Ren tinha que bolar um plano antes de decidir sair do lugar.

Progressos:

Trabalho Comunitário em Lilycove — Ren Hughes

por **Renzinho** Sáb Jun 19 2021, 10:48

❁ Do Only Words Bleed?

Lilycove Streets

Photograph ♪

Parecia que Rotom não seria exatamente de muita ajuda naquele momento, ao menos não no quesito locomoção — talvez ele ainda achasse alguns mimos pelo caminho, mas o rapaz não tinha lá tanta certeza. Aparentemente, Ren teria que fazer seu caminho com as próprias mãos... ou algo do tipo. O único problema que ele tinha era o seguinte: não sabia exatamente para onde ir. Quero dizer, o ginásio local era o destino, mas como bulhufas o coordenador chegaria até lá? Quebrando prédios no meio? Voando? Cavando um túnel com uma colher? Talvez ainda desse tempo de dar meia-volta e trazer Togekiss consigo.

Até que ele teve uma ideia. Bem, ou ao menos, algo parecido com isso.

Depois de olhar para seus Pokémon por alguns minutos, pensando em como prosseguir, lembrou de algo muito particular, que inclusive já tinha utilizado anteriormente. Mr. Mime era capaz de construir blocos e plataformas físicas no meio do ar. Não era exatamente voar, mas provavelmente já pouparia o grupo de um enorme trabalho que seria permanecer no solo devastado, não acha?

Pensando nisso, Ren levou os três guaxinins de volta às suas respectivas esferas. Em seguida, tentou exibir mais um sorriso. — Hokori, acha que consegue fazer algumas plataformas no ar, para que possamos ir andando sobre elas, de pouquinhos em pouquinhos? Do mesmo jeito que a gente tinha feito no Contest de Mu Island, lembra? — sugeriu ele, ainda matutando um pouco a ideia. Depois de um tempo, o psíquico ficaria um pouco cansado, mas seria apenas planejarem fazer algumas pausas ocasionais conforme progrediam.

— Para economizar tempo, seguiríamos daqui direto para onde Rotom disse que o ginásio fica. Uma linha traçada reta é a menor distância entre dois pontos ou algo assim, não é? — questionou por fim, parando para pensar se conseguia recordar-se das aulas de matemática que recebera quando mais novo. Dito isso, voltou-se para a coelha aquática, fazendo um biquinho. — Mas acho que talvez seja melhor você voltar para a Poké Ball também, Dandara. Quanto menos peso para Hokori segurar, melhor. Eu prometo que já estou... melhor.

Depois de escutar as reações dos Pokémon — e principalmente, do belíssimo narrador que decide tudo aqui de verdade —, Ren veria de recolher sua Azumarill e colocar o "plano" em prática.

21 - Day Care

por **thito** Sáb Jun 19 2021, 18:23

Jean Piaget ficaria feliz com Hughes neste exato momento. Sua teoria, em suma, defendia a capacidade de solucionar problemas cotidianos como uma resposta à questões cognitivas. Ou seja, Ren tinha sido inteligente! Um treinador que não extrai o melhor das habilidades naturais e movimentos de seus pokémon não tem como se considerar um mestre de nada.

A dificuldade estava diante de si. Nem mesmo a tecnologia foi capaz de ajudá-lo, logo teve de arrumar uma solução para seu problema. O psíquico muito bem safo usou das plataformas na direção indicada pelo aparelho celular, evitando as ruas e os perigos presentes nelas. No entanto, antes de prosseguir com a ideia e pisar nos espelhos para atravessar Lilycove por cima, Ren retornava o esquadrão ladrão e convenci sua azulada de que já estava melhor (porque bem era difícil de crer). Agora se azumarill acreditou ou fingiu acreditar, não saberemos, mas ela preferiu confiar no especialista e se resguardar em sua esfera.

Sendo assim, Mime e Ren foram devagar e sempre, com cautela nos espelhos. Um após o outro o mímico desfazia e reorganizava as plataformas para que eles saltassem a curta distância. Era um trabalho bem cansativo, de fato. Mime parecia querer descansar depois de dois minutos assim... Foi quase no mesmo instante que rotom captou alguma coisa com o itemfinder logo abaixo deles. Ren poderia fazer uma pausar e procurar, unindo o útil ao agradável, mas dali ele conseguia ver o ginásio, que não estava tão em pedaços como o restante da cidade. Poderia pedir pro pokémon aguentar mais um pouco e tentar chegar logo também. Tudo era válido a tentativa.

Progressos:

Trabalho Comunitário em Lilycove — Ren Hughes

por **Renzinho** Sáb Jun 19 2021, 19:35

❁ Do Only Words Bleed?

Lilycove Streets

Photograph ♪

Não é sempre que as coisas dão certo, então ver que o mímico era capaz de fazer aquilo sem grandes problemas era uma agradável semi-surpresa. Insiro aqui o sufixo por que, mesmo que Ren já soubesse da habilidade nata do Pokémon, ele não tinha muita certeza se o psíquico seria capaz de continuar naquele ritmo por tanto tempo assim. Mesmo na apresentação do Contest, Hokori conseguira mantê-los em suas plataformas aéreas por apenas alguns minutos. Felizmente, o monstrinho parecia ter melhorado bastante desde então, mas talvez ainda não fosse o bastante...

— Está tudo bem, amigão? — questionou ao notar que o inicial estava começando a ficar um tanto quanto ofegante. Mesmo depois de treinar e melhorar suas técnicas, o Mr. Mime parecia ter seus limites. Curiosamente, ao mesmo tempo, o celular de Ren apitara, aparentemente um indicador de que o aplicativo havia encontrado algo por ali. O rapaz suspirou. Desde que começaram com aquilo, o coordenador estava evitando ao máximo olhar para baixo, mas de acordo com o aparelho possuído, era justamente nessa direção que havia algo.

Ele mirou a cidade abaixo de si por alguns brevíssimos segundos, logo desviando a visão. Não, obrigado, o aprendiz de Lisia não precisava de mais uma coisa para temer e assustar-se. Resolveu depositar seus exóticos globos novamente numa paisagem que ultimamente, estava observando bastante: o horizonte. É poético, não acha? "O ponto no qual o firmamento toca a superfície terrestre". Talvez fosse por isso que independentemente do lugar, a visão sempre acabava por acalmá-lo. Seria sempre algo que sempre estaria ali, não importa o que acontecesse, de forma subjetivamente concreta.

Mesmo quando o mundo caía em pedaços, haveria sempre um ponto no qual pareceria que Uranos tornava a envolver Gaia com seus braços celestiais.

Curiosamente, enquanto desviava o olhar, Ren viu também o ginásio de Lilycove. Parecia que o edifício estava relativamente bem, quando comparado ao restante da cidade. O rapaz suspirou, tentando soar um pouco mais positivo. — Estamos quase lá, consigo ver o ginásio daqui. Mas mesmo assim, acho que é mais seguro fazermos uma pequena pausa, o que acha? Só algumas poucas plataformas para descermos ao chão e pararmos um pouquinho. Não quero que você acabe se forçando demais, bem — disse ele, verbalizando sua preocupação para com o monstrinho que o acompanhava desde que saíra de casa. Além disso, era bom evitar quaisquer riscos. Vai que sei lá, um daqueles supostos monstrões voltassem a atacar tudo e os acertasse no ar?

Nah, era mais sensato parar um pouco. Os Pokémon não eram super-ferramentas, ali para serem usados ao máximo até quebrarem. Esse pensamento foi um dos fatores que motivaram Ren a sair de casa, não? Ele não poderia simplesmente ouvir à hipocrisia e tornar-se como o pai. Ademais, o Rotom Phone costumava achar presentinhos bastante agradáveis. Talvez ver Lilycove em ruínas, agora em primeiro plano, não fosse mesmo muito legal; mas o coordenador deveria priorizar a saúde de seus amigos, e consequentemente, a sua própria também.

22 - Day Care

por **thito** Dom Jun 20 2021, 01:00

A preocupação tomou conta do rapaz. Não pela cidade destruída aos seus pés, não! Essa era evitada a todo custo. Ele se preocupou com o inicial que há muito tempo não se esforçava assim (já que passou um tempo na gaveta). Hokori precisava de 5 minutinhos de pausa e Ren queria ver o que era aquilo descoberto pelo app do telefone. Tudo isso sem olhar pra baixo! O segredo era fitar o horizonte, mas com a cabeça levemente inclinada pra cima em sinal de esperança ou de quem segura as lágrimas, tanto faz.

De toda forma as plataformas baixaram ao nível do solo e enquanto o mímico descansava Ren ia a caçada com o localizador. O item parecia estar escondido bem próximo dele, mas com todos aqueles escombros era bem difícil dizer. Levou um tempinho até ele descobrir que estava dentro de um armário amassadinho, uma esfera bicolor vazia.

Ao menos já tinham dado uns cinco minutos de descanso para o psíquico descansar. Seria melhor continuar ou dar mais um tempinho por ali? Estavam num terreno meio abandonado, sem nenhuma alma humana ao redor...

Progressos:

Trabalho Comunitário em Lilycove — Ren Hughes

por **Renzinho** Dom Jun 20 2021, 17:15

❁ Do Only Words Bleed?

Lilycove Streets

Photograph ♪

Uma... Poké Ball?

Claro, por que não? No meio de toda aquela bagunça, fazia sentido ter uma daquelas perdida por aí. Ren deu mais uma olhada ao seu redor, mas não parecia haver muitas outras coisas ali. Talvez, quem sabe, se ele procurasse mais um pouco, até achasse algo a mais, só que estava distraído demais para pensar em algo do tipo. Não era exatamente uma boa hora para se explorar, se é que me entende. Até onde eu sei, aquele lugar poderia desabar a qualquer instante, levando o coordenador consigo.

Por isso, depois de pegar o item que seu muito útil aplicativo encontrara e verificar que o psíquico havia descansado o bastante, resolveu seguir em frente. Por mais que houvesse uma mínima chance de encontrar algo ainda mais interessante por ali, não era hora de bancar a Dora Aventureira — ainda mais quando o mapa não respondia, e o Raposo estava soterrado por escombros. Cada segundo que o rapaz demorava ali era um segundo que poderia estar utilizando para ajudar a quem precisava.

— Vamos lá, Hokori. Conseguiu respirar um pouco, né? Falta pouco, logo nós chegaremos — disse ele, aproximando-se do monstrinho e ajudando-o a levantar, caso este tivesse decidido sentar-se para descansar. — Só espero que estejam todos bem... — murmurou para si mesmo, enquanto aguardava o Mr. Mime tornar a construir suas plataformas.

23 - Day Care

por **thito** Seg Jun 21 2021, 16:48

É cada coisa que a gente perde nesse mundo que era capaz de alguém encontrar um OSSO e ainda guardar pra vender depois ~~@Lix~~...

Hokori estava começando a montar os espelhos de luz para seguir viagem quando um pedaço de madeira escorregou à direita de Ren. Era melhor dar o fora dali antes que algo a mais desabasse sobre ele. Ou ele iria ver o que provocou a queda? Era uma decisão que precisava ser tomada depressa, porque nas duas circunstâncias havia um perigo iminente.

Progressos:

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