EVERLASTING GROVE DUNGEON #6 - Sckar & Gaulvist

OFF: Agora vai ser 02/30 normal!!! Você tava descansando. É sempre 0/30 pra colher, ai 0/15 de descanso, ai 0/30 pra colher!

- Hmm, não! Eu pensei mais na propriedade dos lugares. Acredito que há poderes geológicos que não precisam de pokémons para criar certos ambientes. A gente ta muito acostumado com isso, né?! Mas a tempestade de areia não é só golpe, né?! Antes disso, era vento e areia. Eu sempre acreditei que os pokémons absorveram capacidades da terra e evoluíram com funções geográficas, talvez a terra, as pedras e as luzes desse lugar tenha alguma capacidade alucinógena ou algum problema holográfico... já viu aquele filme 'old'?! - Fez uma pequena pausa - É exatamente o contrário! É uma ilha onde ninguém consegue viver, porque o conjunto de pedras é tão próximo que produz um certo ângulo onde as ondas magnéticas ressoam com as moléculas de carbono e os seres vivos envelhecem 30x mais rápido que na terra. Talvez, graças a geologia, estamos em um plano contrário e nós estamos rejuvenescendo cada vez mais rápido... - Ao dizer isso, o homem botou as mãos na cabeça e uma hipótese um bocado ruim passou pela sua cabeça - ... isso não quer dizer que deveríamos sair daqui o mais rápido o possível?

Talvez fosse até bom todos terem ignorado a ideia do padre de acampar, afinal de contas, se ele estava certo, todos ali poderiam se tornar bebês e morrerem se dormissem ali. Gaulvist, tentando achar algo 'diferente' pegou seu binóculo e foi quem conseguiu! Mirou num bocado de árvores e achou uma clareira a alguns metros dali, mais precisamente a 400 ou 500 metros dali. Para além disso, achou também um objeto de madeira relativamente alto, que parecia ser um cilindro ou um prisma, mas não conseguia identificar muito bem o que era daquela distância; ao menos não com tantas árvores na frente!

O vigário franziu um dos cenhos e respondeu Sckar de imediato:
- Ora, mas não somos todos diferentes? - Foi um bocado ríspido, mas logo se retratou. Ele não queria ter soado assim, mas uma resposta automática e rápida acaba sempre soando assim - Me desculpe, mas é que me parece que nada age igual em corpos diferentes. O veneno de um não é o remédio de outros? Me parece ainda mais real perceber que está agindo diferente no corpo de cada um do que se agisse igual...

e... sebo nas canelas, né?! Não era uma caminhada longa, mas é um bocado chato andar tanto depois de (pasmem), andar tanto. Era tanta andada que podemos dizer que estamos cansados.

O poder do Celebi pode ter revertido dores e machucados, mas não houve reversão de cansaço, sono e fome. Com os olhos já meio caídos, stress nas alturas e corpo dolorido, Sckar, Gaulvist e Otaviano viam o sol começar a despontar no horizonte atrás deles, enquanto caminhavam em direção a um prisma (?) de madeira e uma clareira.

Clareira essa que usava os raios novinhos de sol. Raios matinais! Raios tão novos que chegavam a ser rosados.

O caminhar era lento, até moribundo, graças ao tamanho cansaço. Quando as árvores começaram a ficar mais espaçadas e a luz entrar com maior facilidade, era possível ver que o objeto se tratava de uma enorme ampulheta, e quando eu digo enorme, eu realmente quero dizer ENOOOORME. Ela devia ter de quatro a cinco metros, mas havia uma particularidade estranha: a areia ficava completamente estática na parte de cima, sem cair nem um grão sequer no quadrante de baixo.
- Deve ta entupida - Disse o padre, um bocado decepcionado - Uma pena, deve ser bonito ver a areia descer - Disse, ainda um pouco distante do objeto.

- ... Somos? - Disse o vigário, um bocado confuso - Você fala da ciência como se fosse crença... critica muito a nós, mas não vejo diferença nenhuma da sua ciência pra uma fé. Leu num livro e já acredita em tudo e pronto. Pra ti, basta fazer sentido que é verdade... essa talvez seja sua maior armadilha, jovem. Você nunca parou para criticar isso?! Sua exatidão está tão... precipitada. Não somos iguais em essência, Sckar. Não somos 70% água, não temos a mesma quantidade de zinco, ferro ou iodo. Isso é um ser anatômico, um ser perfeito, um ser em homeostase. Ninguém é assim! Você desidrata mais ou menos que alguns, você consome mais ou menos água, você consome mais ou menos ferro, você é anêmico ou não. Você metaboliza diferente. Depende do quanto você consome e do quanto você perde... depende do quanto sua mãe ingeriu e do quanto ela perdeu, nem ao nascer e ao 'ser criado' sua ciência acha que você nasce em equilíbrio - Disse ele, um bocado animado - Ninguém é 'essêncialmente' 70% água e outros minerais. Junte essa porção de coisas e tente fazer vida e você sabe que não vai conseguir.

Claro que o Vigário foi atrás de Sckar com essa ladainha toda, os dois estavam entretidos na conversa enquanto Gaulvist arrumava uma tenda e três miojos bem feitos. Ponto para o aprendiz de Winona! Segunda refeição do dia vai para ele! O problema é que nem o cheiro de caldo-de-legumes tomou a atenção de Sckar e de Otaviano sobre a ampulheta. Quando ambos se aproximaram o suficiente, uma coisa MUUUUUUUITO estranha aconteceu e... sinceramente?! Eu não sei muito bem explicar COMO.

Digamos que Otaviano, junto de Sckar, foi 'investigar' aquela coisa, mas ele, assim como Sckar, estava incomodado com o 'entupimento' e deu um soquinho meio desrespeitoso. Quando ele 'violou' aquele troço, o chão de terra-e-grama revelou-se dois metros quadrados e areia MOVEDIÇA e sugou suas pernas para dentro daquela armadilha e, de imediato, a ampulheta começou a funcionar.

Sério... no mesmo segundo. Parecia até uma MALDITA ARMADILHA! Quando Otaviano teve seus pés engolidos, a areia da ampulheta começou a engolir o vigário e Sckar pode perceber que a medida que o 'tempo ia passando' no objeto, o padre ia sendo engolindo na mesma proporção. Ou seja: quando a areia acabasse, o homem seria COMPLETAMENTE SOTERRADO.

Em desespero, Otaviano gritou por ajuda, mas não acho que Sckar tivesse lá muitas condições de ajudá-lo, já que desde 'dois metros quadrados de areia movediça' um Wormadam de tom amarronzado saiu e começou a pular na direção de Sckar, tentando alcançar sua perna cansada e puxá-lo para a areia também.

Atrás dele, em um rasante, um Mothim (também pouco amigável) se posicionara na frente do vigário, estando certo de que ninguém tiraria aquele homem dali a menos que passe por cima dele. Num ato desesperado, Otaviano até cogitou replicar a história do Barão de Münchhausen (referências cults), mas isso seria tão estúpido que desistiu. Também desistiu de lançar seus próprios pokémons, pelo medo deles pularem na areia movediça e serem engolidos também.

OFF: Exp próximo post :>

Talvez, apenas TALVEZ, a ampulheta deu um pouco de pressa para Gaulvist, que botou quase seu time inteiro para campo. Ou isso, ou não queria que o restante de seu miojo esfriasse, então acabaria com aquilo logo. Colocou um BOCADO DE POKÉMONS EM CAMPO. Mostrando que não estava ali para brincadeira. Mothim e Wormadam até se arrependeram um pouco de terem se metido naquela enrascada, mas é tarde demais, não é?!

O padre, nem um pouco preocupado se Gaulvist ia usar um ou dez pokémons, apenas balançava os braços em desespero, na tentativa falha de sair dali. A areia continuava lhe consumindo na mesma proporção que a ampulheta ia se esgotando...
... tic tac tic tac. Era possível ouvir a onomatopeia grosseira do tempo vinda de algum lugar.

Onde? Não sei, talvez das copas das árvores, talvez das próprias garras de Navi, que avançava brutalmente sobre Mothim, aplicando seu veneno com suas presas firmes. O golpe em si não causava dano algum, mas plantava uma pequena sementinha de 'ódio'.
Acompanhando o ritmo do relógio, os burburinhos da borboleta fizera com que nosso amado Charmeleon caísse para alguns zumbidos. Apesar de resistente, Mothim tinha um bom olho para fraquezas, e ordenou que sua horda-de-abelhas zumbissem bem ao ladinho do ouvido de Apolo. Uma pena para o Charmeleon! Que só revidou quando voltou a ouvir bem!

E que revidada, em?! Pensou em acertar o próprio Mothim, porém como não tinha mais asas, e como Gaulvist não deu nenhum ordem específica, se contentou em ficar no chão, atacando o mais próximo dele: o Wormadam. Com uma rajada de fogo só, tirou quase toda a vida do pokémon. Com o resquício, o inseto-de-areia pousou firme no chão e tamborejou o próprio solo, levantando um bocado de grãos-de-areia.

Aqui Otaviano teve a falsa esperança de que iria se soltar, mas percebera que não era as Leis de Newton que lhe prendiam; eram outras leis. Assim como a areia da Ampulheta não se mexeu, a sua também não se movimentara com o bendito Earthquake. Continuou afundando como um navio encalhado!

No mais, Wartortle finalizou o Wormadam, restando apenas Mothim. Com o Sunny Day ativo, Combusken e Charmeleon não tiveram dificuldade alguma de finalizá-la... mas é claro, com um certo preço. Estavam cansados e machucados; principalmente Apolo. Mas havia algo bom naquilo! Quando a borboleta finalmente desmaiou, a areia-movediça cuspiu IMEDIATAMENTE o vigário para fora, como se este tivesse um sabor amargo, como se não o quisesse "comê-lo".

Que bom, não é?! Já são e salvo, percebeu que em suas mãos, antes engolidas pela areia, havia duas pequenas bonecas. Uma vinha etiquetada com o nome de Gaulvist. A outra, com o nome de Sckar.



Campo: Clareira ao meio de uma floresta fechada. Espaço próximo de uma porção de areia movediça e uma ampulheta enorme. Sunny Day ativo (2/5)

Log de Batalha:
Turno 01: Schyther Toxic > Mothim Bug Buzz (-22 | Charmeleon 94) > Charmeleon Mystic Fire (-66 | Wormadam 10) (-1 SpA) > Wormadam Earthquake (-25 | Charmeleon 69) (-22 | Eevee 85) (-13 | Wartortle 91) (-34 | Combusken 43) > Eevee Sunny Day >  Wartortle Ice Beam (-30 | Wormadam K.O) > Combusken Flame Charge (+1 SpE) (-29 | Mothim 53)
Turno 02: Schyther Steel Wing (-38 |  Mothim 25) > Mothim Bug Buzz (-22 | Charmeleon 47) > Charmeleon Mystical Fire (-148 | Mothim K.O)