Tell Me Pretty Lies

Pokémon Art Online

Eu ouvia a piada de Ren, que ele fazia logo depois que eu colocava minha mão para acariciar aquele cachorrinho de coloração estranha. Eu me senti de três jeitos ao mesmo tempo ao ouvir aquele comentário: primeiro eu pensei que foi um pouco cruel, só porque a coloração daquelas criaturinhas era estranha, mas confesso que soltei um risinho. Ok, foi engraçado. Mas no fim eu fiquei preocupada. E se eles tiverem sido contaminados de alguma maneira? Agora já era tarde demais, eu entrei em contato com um deles, socorro, alguém me ajude. Bem, isso aqui é só uma simulação, certo? Ah, eu não sei mais o que está acontecendo. Devo pensar positivo, pelo tanto de gente importante que autorizou esse evento, com certeza não deve ter criaturas radioativas andando por aí.

- Espero que eu não tenha feito nehnuma besteira... - Eu sussurrava um comentário sobre o fato de eu ter acariciado um dos monstrinhos aparentemente radioativos. E claro, falando nesses, Soppo simplesmente fazia com que eles desaparecessem. Poof, delete. Isso me aliviava, pois me convencia mais de que era apenas uma simulação. Só que talvez não era, e não me livrava desse pensamento de que eu acabei de assinar uma sentença de morte. Bem, que maneira melhor de me livrar de preocupações do que perguntar pra alguém que sabe do que está acontecendo.

- Então, eu não fui contaminada por nada simplesmente por tocar em um daqueles monstrinhos verdes? - Eu sussurrava para Soppo, bem baixinho. Espero que os canais de audio ou seja lá que ela tenha seja capaz de captar essa minha voz sútil.

De qualquer modo aparentemente era hora de outra atração. Quer dizer, antes ela olhava para o nosso desempenho naquele joguinho de dança, ficava um tanto surpresa ao ver as pontuações, que eu não podia deixar de ficar curiosa sobre o que ela viu. Eu fui tão ruim assim? Se bem que, ninguém ficaria tão surpreso ao ver que sou um fracasso em dança.

- O que foi? Agora eu quero saber as pontuações. - Eu olhava para Soppo com um olhar curioso digno de uma criança: - Bem, se eu fui tão ruim assim, só espero que a próxima atração não seja nada que envolva um palco ou uma plateia.

E que não seja isso mesmo.

Ittofag & Ganyulover

Sorteiem o último bicho

Sim, com certeza arrasaram... Ou foram muito mal, só que Soppo poupou a dupla do resultado final. Fazer o que, né? Nem todos estão prontos para receberem os frutos de seu trabalho. Ela simplesmente seguiu em frente chamando-os a seguirem junto dela.

-Venham comigo, o próximo destino é o- Wooaahhhh!

O chão começou a tremer. Soppo perdeu o equilíbrio e caiu no chão junto de Dinergate que virou de lado. Mais à frente surgiu uma figura humanoide gigante. O espaço virtual começava a piscar e fendas para outra virtualidade começavam a surgir.

-Oh, não! - Soppo se levantava -É o grande Eminência, o músico com as palavras mais rápidas de todo o mundo. Ele só aparece quando quer desafiar alguém pra uma... Batalha de rimas! - e ele apontou para Kath e Ren -E é com a gente! Boa sorte pra vocês.

O espaço virtual estava se comprometendo, então era melhor eles rimarem e rápido!

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E eu realmente não saberia quais foram os meus resultados naquele desafio de dança e honestamente, a minha curiosidade já estava aliviada. Eu sei que fui mal, se eu soubesse o quanto eu fui mal eu provavelmente não me sentiria bem, por mais que esperasse um resultado ruim. Que seja, vamos deixar tudo aquilo no passado e ir para a próxima atração, que eu torcia com todas as minhas forças para que não fosse nada que envolvesse um palco ou público.

Infelizmente, não seria tão fácil assim. A princípio aquele mundo virtual parecia que ia literalmente acabar, o que eu não sei se fazia sentido ou não. Os organizadores realmente não tiveram tanta ideia assim da segurança desse espaço virtual? Aquelas fendas e o fato de as cores do local estarem piscando erraticamente é certamente algo que eu presumo que não deveria acontecer. Mas, quem sabe? Talvez tenha sido realmente planejado. O porquê de terem planejado algo desse tipo, aí eu já não saberia responder.

Mas o que se revelava de todo aquele caos era um... músico. Um músico de um nome que eu nunca ouvi falar, que presumidamente era capaz de cantar palavras rapidamente. Porém, algo ruim vinha de tudo isso. Ele queria desafiar alguém para uma... batalha de rimas. Claro, isso sobrou para Ren e eu, e eu odiava isso. Odiava com todas as minhas forças. Eu sou uma pessoa que mal consegue formar uma frase ao falar com uma pessoa que não conheço, agora eu tenho que fazer rimas. Não, isso não vai dar certo, vai dar ainda mais errado que a dança.

- Umm... umm... eu não sei se consigo. - Ren parecia confiante, mas infelizmente ao contrário do que Ren disse, tanto fazer as rimas, quanto manter o público entretido eram coisas difíceis pra mim. Muito difíceis. Eu simplesmente não consigo, eu apenas tinha um olhar vazio para o tal do músico. Apenas falei aquelas poucas palavras e só.

Ahh... bem que poderiam aparecer mais cãezinhos radioativos pra interromper tudo isso.

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Podem rolar os dados se forem capturar. Se não forem... Sei lá, esperem até o evento fechar as portas.

Ren dava o seu melhor enquanto Kath simplesmente não conseguia fazer nenhuma rima. Talvez fosse essa diferença entre os dois que dava ao grande Eminência a chance para se sair bem na frente e mandar suas mil rimas por segundo. Isso mesmo, foram mil rimas por segundo. Rimas tão poderosas que faziam todos os presentes caírem para trás quando eram proferidas.

-Nghhh... Acho que estamos acabados - Soppo nem teve a chance de começar a rimar e já havia sido afetada pelas palavras do gigante.

O que fazer? Ela nem ao menos conseguia fazer sua voz se sobrepor. Seria aquele o fim de todos? O universo começava a se desfazer aos poucos, o céu rachada e as luzes iam se apagando, mas do nada, literalmente do nada, um "cachorrinho" igual ao de Soppo, só que amarelo, apareceu e num intervalo entre o começo de uma série de rimas entre outra de Eminência, ela mandou a sua.

-Eh... Eu... É melhor... É melhor você parar ou vai acabar nesse sentido. Como eu, vai ficar depois de levar... Levar um tiro.

Rimas incríveis, rimas impressionantes. Não havia nenhuma outra que pudessem ser tão poderosas quanto essas, foram fortes o bastante para colocar medo na entidade e ela começar a... explodir? A cabeça começou a dar aquelas explosões iguais às do Megaman na era 2D quando ele derrotava o chefão da fase, então duas criaturas foram ejetadas da... própria cabeça?

Enquanto o Dinergate amarelo fugia por vergonha de ser vista naquela forma pelos outros, Soppo comentava sobre os dois serem conhecidos.

-Hey! A gente não viu eles antes?

Sim. Um Teddiursa e um Meowth, os mesmos que acharam depois de darem um tiro e pegarem os personagens 1 estrela do banner.

-Acho que eles tentaram se vingar depois de serem rejeitados. O que vamos fazer com eles?

É. o que vamos fazer com eles?

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Estou começando a achar que tudo o que acontecia aqui era um belo de um absurdo sonho de febre. O porquê de Ren estar nele? Isso aí eu já não sei, talvez porque ele foi uma das pessoas que eu tive contato mais recente. Mas talvez se fosse um sonho de febre, talvez eu estaria fazendo algumas rimas, já que esses não fazem sentido algum, de qualquer maneira, não éramos páreos para o tal do "Eminência", eu mal conseguia sequer falar algo, muito menos fazer rimas.

Mas no fim, éramos salvos de um jeito tão absurdo, que reforçava ainda mais a ideia de isso ser um sonho de febre ou qualquer outro tipo de delírio. Outro daqueles "cachorrinhos" mecânicos, só que de cor amarela começava a fazer rimas, isso mesmo. Um pequeno boneco mecânico estava vencendo uma suposta batalha de rimas contra um músico renomado. Músico que eu não sei quem é, mas suponho que deve ser renomado, afinal, não é todo mundo que causa fendas dimensionais com suas rimas.

E também não era todo mundo que explodia daquele jeito... e muito menos ejetando duas outras criaturinhas. Pera aí, eu já vi esses dois antes, os dois Pokémon que apareceram da primeira vez. Quer dizer, eu até fiz parecer que percebi rapidamente que pokémon eles eram, mas na verdade eu fiquei uns minutos "boiando" tentando entender o que aconteceu.

- Sigh, já que você insiste. - Eu me sentiria mal de rejeitar aquele Meowth de novo, então eu procurava o objeto que até então eu tinha esquecido da existência: A pokébola especial do Holi Park e arremessava em direção àquele gato de cor estranha.