[Recrutamento de Aprendiz] Galvanis Vitale

10h32min
"Sol no alto, sem nuvens, porém, venta muito e é frio . 20ºC"

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Indo atrás da humilhação, Galvanis chegava na cidade mais gelada de Johto. Apesar de ser referencia nos Pokémon de gelo, nessa época do ano, a cidade não aparentava mais do que uma cidade comum, pequena, com gente que sabe da vida de todo mundo, porém, gelada e cheia de ventos. Quem não estava acostumado, com certeza precisaria de um casaco para poder se proteger. Não Kinney e Clara. As duas adoravam aquele clima gélido, mesmo sem neve. A pequena Amaura ainda caminhava de forma desengonçada, com seus grandes e curiosos olhos encarando as pessoas da rua. Claro que ela chamava atenção, principalmente por ser pokémon do cara que desceu dos céus com um gigante dragão. Weavile já era mais comum na região, mas Kinney tinha um ar de ser bem saudável, o que era referenciada como uma Weavile bem bonita.

O Ginásio de Mahogany foi facilmente localizado pelo símbolo da Confederação da Liga Pokémon na frente. Era como se fosse um grande galpão de teto de zinco avermelhado, com suas laterais branco-gelo, já descascando da estrutura. Precisava de uma reforma sim. As portas eletrônicas se abriram rapidamente quando o jovem entrou. Ali dentro era mais frio que lá fora, e olha que a cidade já era bem gélida. Um balcão vazio, uma área de recepção até que confortável. Ar condicionando no frio. Ok. Acho que não era necessário, mas estava ali. O rapaz falava com seja lá quem estivesse ali dentro, até que, no meio do silêncio, um barulho.

MUARRRRRRRR

Um grito enorme, indescritível e seja lá o que estava acontecendo era ouvido do fundo do ginásio. Amaura já se posicionou entre as pernas de Galvanis e as costas de Kinney, medo do som ameaçador. Galvanis entendia que aquele grito era de ameaça. Parece que nem quando estava sem uniforme ele poderia se livrar daquele momento de ser o herói do dia... Boa sorte!

10h32min
"Sol no alto, sem nuvens, porém, venta muito e é frio . 20ºC"

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O casaco viria de bom grado. Aquele cor laranja-camuflada era bem bonita, devo dizer. O tom? O que for bonito em sua cabeça! Galvanis decidia entrar, avançando pelo corredor principal, em direção ao som de gritos, berros ou seja lá o que era aquilo. Pryce batalhando! Pryce Batalhando! Torcíamos que sim! Amaura ficava um pouco introvertida. Talvez não quisesse ir, mas não ficaria pra trás sozinha. Os passos mais apertados faziam com que Kinney corresse um pouquinho a sua frente, com seus braços esticados, como uma shinobi. Amaura vinha pouco atrás de Galvanis, dando pulinhos a fim de acelerar seu movimento.

Não foi difícil de chegar até  a origem do som, até porque, o Pokémon que fazia este grito fazia questão de repetir pra sinalizar. O clima ficava cada vez mais gélido e em poucos minutos era possível ver a arena de gelo: o centro de batalhas de Pryce! Ali a temperatura era bem regulada, como em pistas de patinação no gelo, a arena com métricas perfeitamente delineados conforme os padrões da Liga Pokémon se formavam em suas linhas brancas destacando do azul-claro do gelo. Algumas formações rochosas de gelo aleatoriamente e: MUARRRRRRRR


Grande, robusto, grande quantidade de músculo protegida por mais uma grande quantidade de gordura, com presas enormes. Ali estava um grande e poderoso Mamoswine. Existiam características físicas que mostravam se um Pokémon era de alto nível. Cor e qualidade do pelo, seu tamanho também, desempenho... Tudo o que poderia somar a esta avaliação, mais fácil pra criadores e pesquisadores, aquele Mamoswine tinha. Era com certeza um Pokémon digno de um líder de ginásio especialista. Mas cadê Pryce??? Era um pensamento coerente, mas o líder do ginásio não estava ali.

Naquele chão de gelo, caído e tentando proteger o rosto, um rapaz de cabelos azuis tingidos rolava de um lado para o outro, esquivando das pedras de granizo ou gelo que o grande Mamoswine quebrava com seu corpo de modo violento. Parecia até que era um Pokémon selvagem! Olhando bem, parecia que sua perna dianteira esquerda estava machucada, pois mancava, o que não reduzia em nada a força daquele brutal Pokémon...

[Imagem meramente ilustrativa - Treinador no chão]

10h32min
"Sol no alto, sem nuvens, porém, venta muito e é frio . 20ºC"

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Amaura não protestou em voltar para a Pokébola. Recém nascida, a Pokémon não entendia bem como funcionava o mundo, mas havia um sentimento primitivo de auto preservação, que podemos chamar de medo mesmo! A Pokémon sumia em campo, enquanto Salamance aparecia voando na área que era bem grande, espaçoso e proporcionaria um voo condizente naquela arena. Em nossa frente, lá estava o gigante. Os Pokémon chegavam primeiro que Galvanis. Kinney conseguia saltar de pedra atrás de pedras, com seu braço brilhando em um vermelho-escuro, caindo sobre as pedras e quebrando cada uma que ameaçava cair sobre o seu treinador ou sobre o franzino rapaz que estava no chão.

Galvanis se colocava agora entre o Pokémon Ice e o rapaz desconhecido. Salamence o abraçava no solo e o tirava dali, deixando o rapaz ainda afoito, agitado, pois não entendia o que estava acontecendo. Os pedaços de blocos irregulares de gelo continuavam a serem dispersados com fúria, enquanto Weavile destruía um por um, com uma velocidade surpreendente, poder focado e maestria. Até pousava sobre uma pedra, mantendo uma pose elegante de uma kunoichi. Já Mamoswine continuava descontrolado, com uma correria em zigue-zague, mas bem próximo de Galvanis. Ao ver o apelo do rapaz, ele até meio que tentou frear, mas sua perna esquerda fraquejou.

Foi nesse momento de fraquejo, dor e urro do Pokémon Ice que o Ranger conseguia focar na pata. Sinais de ferimento? Mais do que isso! Uma tora de madeira estava entre o casco de Mamoswine, apertando entre o nervo que ficava debaixo de uma grande unha e aquilo conseguia doer pra caramba! Mamoswine tentou se conter pela voz do poder da amizade que Galvanis transmitia, mas precisaria mais do que “Talk no Jutsu” pra conter a fera daquele tamanho. Mais uma vez ele se agitava, quebrando pedras e produzindo mais trabalho para Kinney.

10h32min
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Galvanis percebia a origem do problema. Aquela farpa, tamanho gigante, era a origem de tudo, o que poderia ser revertido, porém, com muitos empecilhos. A dor gerada deixava Mamoswine bem desestabilizado, por isso, ele começava a se balançar para todos os lados e quebrava tudo o que acontecia no campo. Logo, Pryce precisaria de outro campo de batalhas, se alguém não fizesse nada. Agora, com Ninetales e Gardevoir em campo, ele prometia um plano bem articulado, mas que, precisaria, sobretudo, do ranger.

Suas palavras ecoavam em campo no meio do caos. Apesar do barulho dos urros do Pokémon, todos ouviam bem e agora estavam diante do gigante Pokémon. O carinha de cabelo azul estava longe, protegido e observava. Bahlok voava. Quando o rapaz voltava a falar de novo com Mamoswine, qualquer pessoa sensível notaria que o Pokémon Ice não queria ferir ninguém, mas a dor constante pressionava um nervo específico de sua pata, que causava disparo de choque direto em sua coluna e... bem, mais dor! Mamoswine até tentou manter a concentração, mas logo ele sairia em descontrole de novo! Isso, claro, se não fosse Salamence!

O pOkémon dragão era grandão. Abraçava o corpo de Mamoswine pelas suas costas e suas asas se esticavam, tentando pegar mais ar para poder se erguer no ar. O Ice se movia todo. Para poder voar e erguer o Pokémon Ice, ele teve que, antes pressionar o gigante no chão. Só se via uma cachoeira de choros saindo dos olhos do Pokémon mamute, fazendo com que ele agitasse seus membros quando começou a ser suspenso pelo poder de Salamance. Ora, o Pokémon de Galvanis não conseguiria sustentar este peso todo por muitos segundos, então era a hora dos Pokémon agirem.

Em um trabalho coordenado que só poderia ter sido aprendido pelos anos na academia ranger, eles brilhavam! Kinney surgia do nada com suas garras afiadas, mais do que nunca, contra a unha em uma golpe que extraia aquela mega farpa de uma vez! Do outro lado, como era visto, vinha Ciri e Leona. A Pokémon da neve soprava um vento frio e gélido, do jeito que qualquer Ice gostava ,enquanto Leona brilhava em ondas de energia azul que atingiam justamente o machucado de Mamoswine. O resultado foi o alívio imediato perante a retirada farpa, que já cessava a dor quase que instantaneamente.

Mamoswine voltava pro solo, pois Bahlok não aguentou o peso do grande Pokémon por muito tempo. E olha que ele ficou menos de um metro suspenso no solo. O barulho do impacto do seu corpo ali fora grande e tremeu um pouco a estrutura. Mas depois de ver Mamoswine sentado no chão, erguendo a pata esquerda e com os olhos marejados de alegria, tudo parecia ter finalizado bem. E, claro, Mamoswine sabia quem era o autor daquilo tudo: Galvanis! O Pokémon pulou contra ele e o derrubava no chão, em uma atitude inusitada e inesperada por todos, fazendo que ninguém reagisse de surpresa. E foi ali que a grande língua dele lambia o Ranger todo, lambuzando de saliva grossa e muitos “obrigados” do seu jeito.

10h32min
"Sol no alto, sem nuvens, porém, venta muito e é frio . 20ºC"

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O que Mamoswine tinha e grande e intimidador, tinha de fofo e inofensivo. O Pokémon Ice parecia aliviado por ter finalmente saído daquele estágio de dor que enfrentara, ficando com a sua patinha (bem, o diminutivo aqui não corresponde a realidade!!) sã e salva. Agora, era a vez de Galvanis se limpar. Já o rapaz que estava tentando conter o poder de Mamoswine no inicio? Vendo que a barra ficou limpa, ele se aproximava para poder ver como que estava realmente. - Eu não imaginava que ele poderia tá doente por conta da farpa no dedo... Claro, obrigado, mas eu tinha tudo sobre controle.- ali foi um misto de emoções.

O rapaz era alto, esguio, magro e cabelos fortemente tingidos. Sua gratidão se misturava com uma dose de arrogância e revelava que ele não sabia o que estava de errado com Mamoswine, mas sabia que o Pokémon não estava bem. Ora, um pedaço de madeira daquele tamanho na pata de mamoswine e ele não viu? Era de se esperar que qualquer um que olhasse visse... Talvez estivesse mais preocupado em salvar sua vida, o que era uma atitude justa, né? - Theodoro. Sou aprendiz aqui no ginásio do mestre Pryce. Se o estar procurando, sinto em dizer que ele não se encontra no momento. Tá no Lake of Rage tentando resolver o problema anual dos Gyarados!- colocava as mãos na cintura e revelava seu nome, a localização de Pryce e o motivo dele não estar no ginásio.

Devo dizer aqui que é de conhecimento geral que Pryce é um grande herói da cidade. Lake of Rage é um criadouro natural de Gyarados e muitas pessoas da zona mais rural eram atacados por estas feras perigosas no passado. Pryce congela as bordas continuamente do lago toda a vez que há grande reprodução das serpentes de água, para evitar que elas saiam do lago e ataque moradores e viajantes. Isso acontecia antes da inundação de Tohjo, ficou pior após Johto ter sido reconstruída pós enchente.