Professora Fennel não consegue aguentar a felicidade em misto com alívio com a concordância de Tony. Prontamente, ela se levanta e começa a aprontar o maquinário. Comandos digitados ali, coisas plugadas dali, logo ela toma as pokébolas do Ranger em mãos e as dispõe em um dispositivo redondo com seis espaços reservados para as esferas. E então, ela se aproxima do especialista com um capacete.
- Você sentirá um leve torpor, como uma anestesia geral. Estarei monitorando seu metabolismo o tempo todo. Por favor, tenha cuidado! - e então, se vira para o estranho Pokémon róseo
- Munna, pode começar.O grande porquinho voador então começa a emanar um tipo de névoa em tons de violeta e rosa. Assim que a professora coloca o capacete em Tony, essa névoa vai em sua direção. No mesmo instante, todo o corpo do rapaz é tomado por uma completa sensação de relaxamento, e aos poucos, seus olhos vão se fechando, cada vez mais pesados…
Ao abri-los novamente, Tony está em um ambiente completamente diferente. É extremamente amplo, não dando para ter uma noção sequer de sua extensão. Diante de Tony, uma grande ponte de arco-íris, com o piso tão iluminado quanto as colunas e parapeito. Ao fim da ponte, é possível ver o tal castelo.
Os portões estão abertos, como se convidasse qualquer visitante para entrar e explorá-lo. O jardim é imenso, com uma grande fonte redonda ao centro e vários arbustos de uma flor que lembra muito uma garça branca…e que, de fato, elas saem voando ao toque! A fonte jorra água clara e límpida, provavelmente potável, de forma constante. O exterior do castelo é rodeado de torres, não dando para identificar ao certo o tom do material já que o arco-íris é constante. Alguns banners com símbolos estranhos indicavam que o grande portão aberto para um local bem iluminado era o objetivo daquela caminhada estranhamente solitária. Sim, não havia ninguém ali além de Tony, nem humanos nem Pokémon.
Avançando mais um pouco, agora alcançando a entrada do castelo, o que se vê é um grande salão, adornado com todo o tipo de peças, móveis, prataria, candelabros e adornos em metais cintilantes, ouro e prata. Um grande lustre central cria o aspecto principal do teto gigantescamente alongado. Porém, o que mais chama a atenção era a figura parada logo à frente. Se trata de um tipo de bobo da corte ou palhaço, de altura mediana, vestido com roupas bem extravagantes que lhe cobrem o corpo todo. No rosto, uma estranha máscara que ostenta, ao mesmo tempo, um rosto sorridente e um rosto tristonho. Para completar as estranhezas, é possível ver em torno de seus ombros e costas cordas que se estendem até a parte mais alta do salão. Erguendo os olhos, Tony se depara com a macabra visão de uma mão gigantesca por onde os fios se ligam, como as cordas de uma marionete!
- HYAA-HYAA-HYAAAAAAAA! - o estranho boneco começa, então, a gargalhar
- Bem vindo, bem vindo! Entre, estranho, fique à vontade! Permita-me recebê-lo com total cordialidade! - sua voz era estridente e um tanto irritante
- Ventríloquo é meu nome, título ou pronome! Aceite e esqueça, a curiosidade consome! - ele volta a gargalhar, saltando de um lado para o outro, em movimentos que pouco lembram, de fato, bonecos
- Antes, contudo, um breve estudo! Bem onde estás, cinco respostas deverás exclamar! Somente assim, poderás entrar! - era um tipo de desafio, mas do que se tratava. Antes que pudesse responder, em uma gargalhada ecoante, ele salta, desaparecendo em pleno ar. Todas as luzes do salão, então, se tornam um único holofote, expondo Tony em uma escuridão incômoda.