Re: SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN

por **Renzinho** Sex Fev 03 2023, 00:09

❁ lost under the surface

Shimmer Ruins

É estranho afirmar que eu já vivi incontáveis vidas no decorrer de apenas uma? Que já me apaixonei diversas vezes por rostos que nunca cheguei a ver? Que meu coração já foi partido e repartido de tal modo que já nem sabe o que é carne e o que é sangue, apesar de nunca ter sido entregue a alguém?

Eu não vivi nada disso, mas as memórias vivem dentro de mim.

Às vezes, é como se eu conseguisse vê-las descorrer em minha frente. Eu ouço as risadas e as vozes. Eu sinto os toques. Sou acolhido e sou açoitado. Eu me perco em seus pensamentos, esquecendo dos meus próprios, solucionou seus problemas para poder fugir dos meus.

As histórias são parte de quem eu sou.

Como podem falar para eu voltar à realidade se, de forma ou de outra, as palavras acabam por tornar-se minha realidade? Eu não consigo ser a mesma pessoa que era antes de viajar para um mundo completamente novo, conhecer indivíduos tão peculiares, enfrentar tantas tribulações. Quem é você para dizer que eu não sou tão formado de palavras quanto de memórias ou de ossos?

O fato é que eu estou ali, não importa qual seja minha visão. Ruínas empoeiradas ou luxúria sob o sol, continuam sendo o mesmo lugar. E eu... Eu, mesmo vivendo no corpo de alguém que nunca vi, continuo sendo eu. O mesmo idiota, covarde e indeciso eu, ainda que sob uma diferente lente.

... "Abra".

Céu azul e areia amarelada. Mãos e risadas. Esferas e letras. Estátuas e paredes. Chaves e portas. Eu e ninguém.

Se aquela provação das areias fosse uma porta para atravessar este mundo, talvez só fosse preciso colocar a chave na porta e girar. Caso a tentativa de Katheryne não desse certo, eu tentaria colocar os Unown na parede vazia. Ao menos ela ficaria decorada, na pior das hipóteses.

Segurei a mão da loira, depois de tentar fazer isso. Uma mensagem silenciosa, mas clara: "a gente consegue". Eu não vou desistir de minha história agora.

91 - Day Care

16 - Day Care

por Convidado Seg Fev 27 2023, 22:33

SHIMMER RUINS DUNGEON

Trilha sonora aqui

Kath tomava a negativa de seu Alakazam como um convite, ou último recurso, para se aproximar e manusear as esferas rochosas sobre o altar. Ren por outro lado se perdia em seus pensamentos por um instante, mensurando todas as “vidas” que viveu até então. Será efeito da visão que tivera mais cedo? Seria aquela um vislumbre de uma vida passada ou somente os efeitos da desidratação e calor constantes do ambiente desértico subterrâneo? Não sabemos. O que poderíamos ter de informação era as consequências do manuseio das esferas feito por Kath.

Talvez realmente a chave fosse o reordenamento das esferas, de forma que a palavra “ABRA” se forme, certo? No momento em que a jovem retira a esfera, um tanto quanto pesada, de seu repouso altaneiro, um feixe de luz irradiou por alguns símbolos a partir do altar, se espalhando pela parede, chão e teto, iluminando por um instante todo o lugar, mas apenas em uma linha reta, alcançando o centro do ante-salão e se dividindo na bifurcação, tomando tanto o caminho da esquerda quanto o da direita. A garota ainda retirou uma segunda esfera, observando que o fenômeno luminoso se repetiu, mas formando um feixe em linha diferente do primeiro. Porém, no momento em que ela colocou novamente as esferas sobre o altar, os feixes de luz se apagaram. Ao todo, quatro feixes se acenderam, dando um aspecto completamente diferente tanto para a sala do altar quanto para as outras salas anteriores. De alguma forma, retirar as esferas do altar acionou algum tipo de mecanismo. Mas seria esse mecanismo parte do enigma que envolvia a provação das areitas?

Progresso da Rota - Sleepy:

Progresso da Rota - Ren:

por **Renzinho** Ter Fev 28 2023, 00:22

❁ lost under the surface

Shimmer Ruins

............ quê?

Ah, droga. Não bastassem os lapsos de memória e inconsciência, agora eu preciso lidar também com raios de luz ofuscantes aparecendo por aí. Aparentemente, meu cérebro simplesmente decidiu que eu viveria para sempre em uma discoteca, mas se esqueceu de conferir comigo antes. Às vezes, acho que as pessoas levam o ditado "só se vive uma vez" muito a sério.

Adoro esse povo animado.

Bem, que seja. Real ou não, isso já não vem ao caso há muito tempo. Não importa se eu estou a correr entre aqueles corredores sentindo o sol queimar minha pele sob meu vestido típico ou se eu estou sufocando com a areia e sendo cego por feixes de luz neon. O fato é: aquilo na fazia sentido algum. Não era suposto a existir uma porta por ali?

... Ora, eu que lute. Se nada faz sentido mesmo, talvez seja melhor simplesmente render-me aos traços libidinosos das casas noturnas. DJ, deixa esses feixes de luz rolarem soltos que tem gente aqui querendo uma última noite de curtição antes de se perderem dentro da cabeça mais uma vez.

Eu peguei os dispositivos que Katheryne havia mexido antes, tirei-os todos do lugar, deixando-os todos para fora, sem uma ordem aparente. Viva ao caos e anarquia.

92 - Day Care

17 - Day Care

por **Sleepy** Ter Fev 28 2023, 21:19

Shimmer Ruins

The Dungeon

Mas aquelas esferas eram realmente pesadas, mexer com elas era mais complicado do que eu pensava e tudo isso para no fim não dar em nada. Quer dizer, luzes vinham, aparentemente do nada e iluminavam o caminho de onde viemos. Por quê? O que aquilo queria dizer? Como isso funciona? Não tinha as respostas para essas perguntas e provavelmente se tentasse pensar em tais respostas, talvez desse tempo de eu perecer nessas areias. Droga, eu realmente esperava que fosse ter algum tipo de enigma no meio do caminho, só que eu confiava em minhas capacidades de resolver tal enigma. Só que nesse caso, eu não conseguia tirar nenhuma conclusão.

Enquanto eu me encontrava intrigada, com as mãos na cabeça, a minha cabeça que provavelmente soltaria fumaça de sobreaquecimento de tanto pensar nisso, Ren tomava a iniciativa e decidia fazer algo. O que ele fazia: tirava todas as esferas do lugar. Hm, interessante. O que podia ser o resultado disso? Mas caso nada acontecer com aquilo, o que infelizmente é bem provável, eu devia pensar no que fazer. Quer dizer, na situação em que eu me encontrava, se tratava menos de pensar e mais de usar força bruta em todas as possibilidades.

E isso me levava ao espaço entre as estátuas. Talvez aquilo realmente não seja um espaço vazio, ou pelo menos é o que eu quero acreditar, mas como minhas opções se encontravam escassas. Mas antes de caminhar em direção àquele espaço, eu falava para o meu Alakazam que ainda estava fora de sua pokébola: - Querido, quero que você maximize o seu foco. Se concentre, tente sentir tudo ao seu redor, caso você sentir algo estranho, me avise. - Aquilo provavelmente seria um pouco exaustivo para o Pokémon, ter que amplificar seu "sentido sobrenatural".

Indo em direção ao espaço entre as estátuas, eu tentaria analisar ao máximo aquele espaço. Tocar nas paredes, porque vai que acontece algo igual nos filmes. Uma passagem secreta? Tentaria inspecionar as estátuas daquele ângulo, mas a verdade é que eu esperava sair de mãos vazias dali.

por Convidado Qui Mar 02 2023, 11:32

SHIMMER RUINS DUNGEON

Trilha sonora aqui

Ren havia tido emoções demais para um simples corredor, então decidiu tomar a iniciativa dessa vez. O especialista feérico tomou as quatro esferas do altar, enquanto o DJ dentro de sua mente solta o beat para o início daquela sessão de qualquer que fosse o estilo musical compatível com aquela iluminação. Sim, muitas luzes se acenderam! Na medida que o jovem toma as esferas feitas de rocha sólida, uma a uma já que eram um tanto pesadas e maciças, linhas de inscrições, como códigos em uma tela escura de um sistema operacional antigo destacam-se, tomando o caminho bifurcado para os dois lados. Ao menos, não precisam mais de iluminação originária de seus Pokémon.

Enquanto isso, Kath prossegue com suas investigações. Assentindo com a cabeça, seu Alakazam concentra-se, projetando umas das colheres na direção da parede, como uma espécie de lupa astral, na medida em que seus olhos brilham em um azul intenso. Um sentimento de estranhamento causava formigamento na nuca da jovem. Era uma estranha familiaridade, como se não fosse a primeira vez que ela observava aquelas estátuas. Mas de onde surgia essa sensação? De um livro? De um site? Ou…

Zen mantinha sua concentração ao ponto que Ren retirava a terceira esfera. O psíquico então se volta para Kath, indicando para sua treinadora que há algo além daquelas paredes. A partir do ponto entre as duas estátuas, há muito, ao mesmo tempo que não há nada! Confuso? Sim, mas foi dessa forma que o Pokémon traduziu para sua mestra. Ao passo que Ren retira a quarta e última esfera, um som incomum ecoa das câmaras. Primeiro, veio o som de inúmeros mecanismos acionando ao longo da paredes e teto, tremendo um pouco o local e fazendo um pouco de sedimentos se desprender em uma fina camada de silte.

Imediatamente, Alakazam abraça sua mestra e usa seus poderes psíquicos para levá-los novamente até o lado de Ren, à frente do altar. O Pokémon havia percebido algo e recuou, ao passo que todas as quatro linhas estavam acesas e pulsantes. Um som incomum pôde ser ouvido ecoando do fundo dos dois corredores: tanto o da esquerda, onde o casal encontrou os satélites Pokémon, quanto seu contraposto não explorado. Estranhamente, eles sentem uma brisa passando por eles, mas não era algo natural. Essa brisa serpenteava seus corpos em busca de algo. Então, o estranho fenômeno concentrou-se à frente deles, levantando os pequenos grânulos de sedimentos depositados por anos e anos, que aos poucos iam tomando a forma de algo. Zen colocou-se à frente de Kath, tremendo por algo. E de fato, havia risco envolvido. Quatro pequenos vórtices, como redemoinhos de areia, ergueram-se frente ao altar. A cada giro, mais sedimentos acumulavam-se, até se tornarem densos como uma onda tempestuosa de areia rubra furiosa. E então, veio a forma. Garras despontando das laterais, uma longa carcaça óssea sobre o dorso e o olhar furioso brilhante. Eram quatro Sandslash, formados de toda aquela areia! E eles não pareciam dispostos a deixar nossos heróis avançarem!

SHIMMER RUINS DUNGEON #5 - SLEEPY & REN - Página 5 Sandslash

Key Itens adicionadas: x04 Stone Ball!

Progresso da Rota - Sleepy:

Progresso da Rota - Ren:

por **Renzinho** Qui Mar 02 2023, 16:03

❁ lost under the surface

Shimmer Ruins

Pedras e areia, areia e pedras.

No final, pode-se dizer que é tudo a mesma coisa. Os sedimentos de areia provém da erosão de uma rocha milenar, do mesmo jeito que rochas podem se formar à partir de sedimentos pressurizados. E seja a forma em que estiver no momento, eu posso dizer com cem por cento de certeza de que estou farto disso: tanto a rocha quanto a areia. Principalmente a areia.

As luzes eram bonitas, no entanto. Tão bonitas que tive vontade de devolver todas as pedras de volta ao seu lugar, só para ter o prazer de tirá-las novamente e ver o show visual mais uma vez. Não cheguei a ter a oportunidade. Aparentemente, além de me causar o desprazer ao tato, a areia também queria interferir nos meus demais sentidos também, a começar pela visão. Droga, falando disso agora, acho que consigo sentir um grão de sílica entre os dentes.

Ah, ótimo, a areia começou a fazer barulho também. Ela realmente quer soterrar toda a minha pessoa, em todos os sentidos (literais) possíveis. Era uma sobrecarga em todo o corpo, anestesiando todas as formas de percepção que ele é capaz de utilizar para sentir o mundo.

E mais uma vez, me vi em um mundo fantástico, dentro de livros e histórias: diante de meus próprios olhos, montaram-se formas físicas, originadas da areia. Se o homem nasceu da areia, e a areia um dia voltará, tenho a novidade de que não é o único. Acho que aqueles tatus amarelados não iriam gostar de saber dessa tal história de homens nascendo da terra, visto que os próprios — enquanto literalmente formados de areia — pareciam bastante descontentes em ver esses supostos homens.

Em uma história, eu diria que aquelas figuras eram uma parte — uma medida de segurança — para impedir o avanço alheio e desavisado. E certamente, se fosse como quaisquer obras que havia consumido recentemente, eles não seriam nem um pouco delicados em sua tarefa. Nos últimos tempos, comecei a entender que é tolice esperar os indíviduos comportarem-se como em contos de fada, sempre gentis e dispostos a conversar. O mundo é marcado pela ignorância e imprudência, e todas as ideias e intenções contrárias a sua própria são dignas de encontrar a fogueira.

Quem sabe queimar não seja um bom destino para mim, afinal.

... Mais uma vez, eu saquei uma Poké Ball rosada do meu bolso. Pedi para que Hoku retornasse, uma vez que sua iluminação era desnecessária no momento, e em seu lugar, Laylah voltou ao campo. Honestamente, nessa altura eu acredito que seja mais simples deixá-la para fora de uma vez. Não era como se ela estivesse de fato conseguindo descansar um pouco, sendo chamada a cada — suponho eu — 15 minutos. Além disso, a presença da Sylveon é tranquilizante. De alguma forma, ela parece deixar o ambiente mais leve e claro, como uma lâmpada iluminando as palavras em um livro lido no escuro.

— Oi, docinho. O que acha de só ficar comigo? Sei que a areia é desagradável, mas... Ao menos poderemos caminhar juntos por esse tempo. Acha que vale a pena? Com você ao meu lado, é como se qualquer ponte fosse cruzável, qualquer porta pudesse se abrir. — Falei, chamando a canina para perto, oferecendo-lhe um chamego no pescoço. Expus minha proposta de mantê-la por perto, deixando claro o que estava pensando. Acredito que Laylah concordaria, provavelmente estava preocupada demais para descansar, de qualquer forma.

— Muito bem, então. Será que eu poderia pedir para ajudar a lidar com essa situação também? Eu te ajudo a lamber as feridas mais tarde. Certo, então mantenha a guarda em alta: caso esses tatus se aproximem e se mostrem agressivos, quero que tente evitar seus golpes e revide com uma sequência de Hyper Voice.

93 - Day Care

18 - Day Care

01 - Day Care

OFF: Equipar Power Lens em Sylveon

por **Sleepy** Qui Mar 02 2023, 22:50

Shimmer Ruins

The Dungeon

OFF: Colocar apelido do Metang como Wisdom.

Enquanto eu prosseguia para o espaço entre as estátuas eu podia notar o efeito da ação de Ren de tirar todas as esféras de seus devidos pedestais, até porque seria difícil não notar um show de luzes em um lugar escuro como aquele. O que era aquilo? Mágica? Quer dizer, não é uma possibilidade tão absurda, afinal esse mundo é cheio de questões não resolvidas que faz com que a existência de magia seja algo bem possível. Os próprios Pokémon seriam criaturas que poderiam ser explicadas simplesmente por magia. Talvez seja por isso que eu tenha escolhido o tipo psíquico, o tipo mais sobrenatural e misterioso. Eu quero ver esses misterios de perto.

Enfim, no que se diz a mistério, Zen focava todos os seus sentidos sobrenaturais e não sei se era por causa do poder do meu Pokémon mas eu sentia algo estranho, não só isso, mas depois eu cheguei a ouvir sons estranhos. Eu congelei no lugar, um misto de medo de seguir em frente mas a sensação maior era uma intriga. O que está acontecendo? Antes que eu pudesse pensar em algo, Zen me tirava de onde eu estava, temendo por minha segurança e me colocava ao lado de Ren. - Obrigada. - Eu agradecia ao meu Pokémon mesmo sem entender do que eu estava sendo protegida.

Uma brisa estranha entrava naquela sala, certamente não natural porque tenho certeza de que estávamos a alguns bons metros no subsolo. E de fato não era algo natural... era mágica, era sobrenatural. E o fenômeno que eu presenciaria em alguns instantes seria algo que me deixaria ainda mais perplexa sobre como tudo funciona. A areia se transformava em vida. Como? Talvez não exista uma resposta para tal pergunta. Talvez a resposta seja simplesmente magia. Tantas perguntas e poucas respostas. Mas eu não tinha tempo de pensar em respostas que eu certamente não iria conseguir, pois aqueles seres criados a partir da areia não nasceram muito felizes. Seria essa a tal "Provação das areias"?

- Metang, querido vá. - Eu precisava me defender, seria razoável deixar que Zen cuidasse disso, mas como eu disse antes, queria ter uma experiência com os meus outros Pokémon, queria fortalecer o nosso vínculo: - Sabe, você precisa de um nome. Wisdom, esse será o seu nome. A sabedoria de quem tem as respostas para os mistérios do universo. - Nos meus pensamentos sobre os vários mistérios que cercam esse mundo, a minha ideia de apelido para o Metang surgira. São tidos como espécies extremamente inteligentes, basicamente eremitas feitos de metal.

- Wisdom, Magnet Rise e Earthquake! - Então eu me virava para Ren e apenas dava um sorriso confiante pra ele, garantindo que eu estava ao lado dele. Provavelmente aquela Sylveon super forte puxaria a maior parte do peso nessa batalha.

por **Victoria** Seg Mar 13 2023, 21:59

OFF: Herow!

Um marco, ou melhor quatro. Há a peculiaridade em criar vida da areia, qual qual do barro nasce alguns seres. Eu diria que é uma analogia muito melhor que a costela, e há um motivo para tal: a pedra, que é um conglomerado de sedimentos, é vital. A rocha é alicerce de leitos, permeia ambientes, agrupa minerais. É dela que nasce a possibilidade de aderir uma raiz; tal qual é dela que se nasce a vida.

A areia não fixa. Não atoa, desertos são de pó e não de pedra. Para que a vida seja feito, há primeiro que deixar a areia virar algo...

... e vamos lá, tal qual nós humanos, esta areia pode ser quem ela quiser, ouviu?! Há uma liberdade subjetiva por parte desse troço vivo cheio de pó, e essa liberdade se transforma justamente em tatus meio fracotes. É válido? É. Ainda assim é pífio, mas fazer o que? Não podemos dizer que é pífio ao ponto de haver uma inanição de vocês: os dois acharam incrivelmente incrível.

Num sentido até semiótico: in-crível; in-acreditável. Aquilo que não é possível de ser crer. Tamanha foi a abertura de boca de Kathryne, que sem perceber sua reação espontânea, acabou sentindo no interior dos lábios uma sensação salgada de areia do mar. Úmida? Não, porém bastante salgada e fina. Fora enquanto ainda entendia seus sentimentos que a batalha (ou como Ren deve preferir: o embate) aconteceu.

Favorecendo quem não gosta muito de batalhas, deixo aqui minha breve narração.

O foco foi majoritariamente em Laylah, por um motivo bem óbvio: era a mais colorida, a mais forte e a maior. Além disso, não conseguiriam dar um dano sequer no recém batizado Wisdom, visto que sua tipificação metálica impedia os tantos golpes Normais. Por isso, Sylveon sofreu mais um pouco, mas nada que não fosse possível contornar e responder em maior (e mais valorizada) moeda.

No fim, a batalha foi simples, sendo possível perceber apenas duas peculiaridades que saltavam aos olhos.

A primeira, muito singela, foi o Sandshrew que, diferente de seus irmãos, usou Buldoze. O ato até chegou a machucar um pouco o amigo ao seu lado, mas certamente não lhe machucou mais do que machucou seu próprio coração. A ferida sentimental se deu pelos três pares de olhos murchos-de-tatu viraram imediatamente para o coitado do quarto Sand, lhe pesando com três fortíssimos olhares de julgamento.

Era possível ouvir naquele olhar um "tsk" irritado e uma revolta absurda. O bullying fora tanto que o bichano até baixou a cabeça e fez como os outros no segundo turno. Este, certamente, levará um belíssimo esporro na volta para casa...

... a segunda peculiaridade era mais pífia, porém melhor de se observar: todos os quatro viraram pó. Como num sonho; como se a existência deles se confundissem com as bizarrices da miragem. Agora, podiam explorar melhor a sala e perceber que não haveria mais nada ali além do altar-das-pokébolas. Poderia ver nelas algo ainda melhor: letras escritas em carvão bem ao fundo da esfera. A-A-B-R.

Certamente Ren tirara de ordem sem perceber, e agora lia nesta tal ordem.

O que restava eram as outras duas portas anteriores, de onde encontraram selvagens que não lhes foram muito úteis nesse caminho...

Sandslash: K.O Sandslash: K.O Sandslash: K.O Sandslash: K.O	Hold Item 1: ~x~ Hold Item 2: ~x~ Hold Item 3: ~x~ Hold Item 4: ~x~	Trait 1: SAND VEIL Trait 2: SAND VEIL Trait 3: SAND VEIL Trait 4: SAND VEIL	lv35 Sandslash ♀ 00/97 lv35 Sandslash ♀ 00/97 lv35 Sandslash ♀ 00/97 lv35 Sandslash ♀ 00/97
	lv41 Wisdom ☼ 70/100 lv48 Laylah ♀ 85/149	Trait 1: Clear Body Trait 2: Pixilate	Hold Item 1: Power Band Hold Item 2: Power Lens	Wisdom: Magnet Rise Laylah: -3 Def

Progresso da Rota - Sleepy:

Progresso da Rota - Ren:

por **Renzinho** Ter Mar 14 2023, 10:24

❁ lost under the surface

Shimmer Ruins

E tão rápido quanto se formaram, os corpos arenosos se desmontaram em... areia.

Supostamente, esse é o destino final de todos nós, não? Do pó viemos, ao pó voltaremos. Nada mais somos que poeira estelar condensada e "consciente". Seja religião, seja ciência, no fundo, todos em algum momento concordam que em nós existe uma origem no pó — só não deixe os integrantes das cartelas de narcotráfico saberem disso.

E assim foi. Com uma breve série de gritos e resmungos, Laylah foi capaz de abalar toda a frágil estrutura corporal daqueles estranhos tatus, rapidamente encerrando o embate. Luta ou batalha são, de fato, termos excessivamente agressivos para se tratar da situação. Eu e ela não lutamos, afinal. Há uma série de conotações agressivas nesta palavra, ao passo que Laylah encerrou o embate com deveras graça e elegância.

E com isso, por fim, eles conseguiram ver que havia acontecido um grande de um: nada. Os bichanos morreram, faleceram, esfarelaram, derreteram, e nada aconteceu. Sem luzes brilhantes, sem Poké Balls mágicas, sem areia voando, sem portas aparecendo. Simplesmente nada.

...

— Obrigado, carinho. — Eu murmurei no ouvido da Sylveon, desdobrando-me em um abraço sobre seu torso. Não a tirei de campo, iria cumprir a promessa de deixá-la me acompanhar ao longo de toda a ruína. — Eu sei que você odeia quando peço desculpas, mas você sabe que eu não tenho como evitar. — Continuei, esboçando um sorriso. — Desculpe por isso.

Em seguida, olhei para Katheryne, um tanto quanto confuso e até desanimado. — Acho que estamos perdidos... De novo. — Aparentemente, aqueles sinais estranhos nas paredes, as pedras voadoras, os tatus mágicos, todos estavam ali apenas para confundir e enlouquecer adolescentes alheios que sofriam de crises existenciais.

— Será que pode me emprestar algumas Potions? Eu vou voltar com Laylah para os caminhos lá atrás, pra ver se encontro alguma coisa. — Disse então, apontando para a bolsa da jovem que parecia ser uma fonte infinita de remédios. — Quem sabe eu não encontro alguma coisa lá também.

Já não sei mais. Não sei de nada. Só sei que nada sei

Urgh, só me tirem daqui.

94 - Day Care

19 - Day Care

02 - Day Care

oi vi!!!!!!!!!!!
vamo de terminar esse trem e ir ver a dona lisia tadinha
roubando 3 pot do sleepy pra usar na Sylveon

por **Sleepy** Ter Mar 14 2023, 16:50

Shimmer Ruins

The Dungeon

E do jeito repentino em que a areia se transformava em vida, em uma rapidez similar, aquela vida voltava a se tornar areia. As dúvidas de como algo como aquilo era possível martelariam a minha mente por um bom tempo. Não é o tipo de coisa que se vê e se reage com um "ok", embora nesse mundo tenha várias coisas estranhas tidas como normais. Se pararmos pra pensar na verdade tudo é estranho, a humanidade tenta descobrir como as coisas funcionam, mas nunca se sabe por completo. Até os nossos próprios corpos são estranhos, quem dirá dos Pokémon e de areia que se transforma em Pokémon. Acho que os cientistas e pessoas que buscam a verdade partem do pensamento de "tudo é estranho" de alguma forma.

E se parar pra pensar, aqueles pokémon da areia pareciam até se comportar como recém-nascidos, eram basicamente grandes bebezões. Pois eles não tinham sinergia, os ataques deles estavam bem descoordenados e é sabido o quão bem Pokémon sabem cooperar, muito melhor do que humanos diga-se de passagem. E eles não cooperavam, pareciam desesperados. Bem, se eu nascesse da areia, eu acho que também estaria desesperada.

- Obrigada. - Dizia para Wisdom, que embora eu o tenha apelidado literalmente de "sabedoria", se encontrava tão perplexo com aquela situação quanto eu. Pelo o ambiente em que eu o encontrei, eu pude notar que ele e seus semelhantes viviam bem abrigados nas profundezas do Valley of Steel, então o mundo exterior pode parecer bem estranho, ainda mais uma expedição em um lugar tão remoto como esse. Heh, e lá vou eu me identificando com mais um de meus Pokémon, afinal eu também vivi bastante abrigada e simplesmente decidi me jogar no mundo exterior. Estou indo bem? Não sei. - Tome isso. - Aplicava duas potions no metálico para curar os leves ferimentos dele e dava outras Potion para Ren, que as pedia.

- Espera um pouco. Acho melhor a gente não se separar, afinal estamos perdidos e não temos como nos comunicar aqui. Vou com você. - Acho que eu entendi a intenção de Ren como de que ele queria separar, talvez para explorar uma área maior. Mas estamos em um lugar onde sequer sabemos o resultado do nosso próximo passo. Pode não parecer, mas o pensamento de estar sozinha me enchia de medo. Claro, confiava em meus Pokémon, eles salvaram minha vida várias vezes e são amigos também, mas a companhia de uma outra pessoa era diferente.

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