The Cake
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Pokémon Mythology RPG :: Mundo :: Hoenn :: Lilycove City :: Ruas de Lilycove City :: Rotas Completas
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Re: The Cake
Tissues
Acho que a gente tá no momento olhando pro céu esperando algo cair, né?
Parece que esse algo vai ser chuva. Eu fechei os olhos por alguns poucos instantes enquanto andava, deixando os sons e sensações invadirem meu corpo. Os pássaros cantarolando no fundo, a maresia envolvendo meu nariz, o arrepio na nuca com o ecoar distante de trovões e ondas. O tempo parecia mudar lentamente, tornando-se um pouco mais calmo e melancólico, mais distante e sereno. Não era uma mudança que eu desgoste.
Chacoalhei a cabeça, sentindo as mechas mal-tingidas do meu cabelo roçarem meu pescoço. É estranho pensar que ele cresceu tanto assim: foi um choque e tanto me olhar no espelho depois de acordar em um Centro Pokémon próximo do deserto e ver aqueles grandes fios rebeldes. Mas... eu resolvi mantê-los naquela altura. Tanto por pura preguiça de cortá-los quanto para ter uma garantia física de que o tempo de fato passou, e eu não estou enlouquecendo.
— Parece que sim. — Disse, respondendo Katheryne em curtas palavras. Não acho que a chuva seja um mau presságio no momento. Se muito, seria até que bom para mim: dizem que a água costuma lavar as energias negativas e recarregar o corpo. Quiçá um banho de água salgada sob a chuva ajude, então.
Não tenho certeza do quão perto estou da água, provavelmente não tão perto quanto gostaria, mas certamente numa distância segura para quem está passando por uma crise intermitente de surtos existenciais. A faixa de areia já se encontra presente, imagino eu, então tenho a iniciativa de tirar os sapatos para pisar a areia fofa. Areia. Por um lado, dispara uma série de gatilhos dentro da minha cabeça. Por outro, não é como se minha cabeça fosse me deixar em paz, e sentir a areia úmida grudar nos pés era de certa forma reconfortante, ao contrário da areia infinitamente árida do deserto.
— Histórias, é? Gosto de histórias, talvez até mais do que deveria. — Comentei, reflexivo, antes de dar continuidade às divagações de Kath. — Sendo sincero, eu acho que nunca vivi nenhuma "história" de fato nestas praias de Lilycove. Costumo vir para a cidade para enebriar a mente com o barulho e o caos. Acredito ser a primeira vez que eu realmente... respiro aqui. É estranho. — Confessei, um pouco hesitante. Não tinha certeza de que estava dizendo, estava apenas permitindo que as palavras saíssem conforme surgissem.
113 - Day Care
20 - Day Care
03 - Day Care
20 - Day Care
03 - Day Care
Ren | Lilycove Streets | Kath
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oiiiiiiiiiiiiiiiiiii anjo amor da minha vida rei do meu ser que saudadeeeeeeeeee
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Re: The Cake
Lilycove
A cena era a seguinte: um casal de amigos à beira d'água, conversando sobre a vida enquanto uma Starmie aproveitava as ondas que pareciam cada vez maiores. Vez ou outra uma alcançava os pés dos nossos protagonistas, mas nada muito alarmante, a não ser por Hatenna que precisava de ajuda para não ser levada pela leve correnteza.
Passaram-se dez, quinze minutos de boa conversa. Alya foi a primeira a reparar que havia alguém caminhando na direção de Kath e Ren, piscando seu rubi duas ou três vezes como aviso - talvez a mono-treinadora psíquica não conseguisse compreender, mas já era um progresso ver que a aquática tentava se comunicar. Nada muito alarmante, na realidade: ao olhar para trás, veriam um rapaz moreno, por volta da idade da loira, com roupa do time de futebol local sentar na areia há alguns metros de distância. Algo normal, acho, se não fosse o fato de que ele começava a chorar... Bastante. Ao perceber que Ren e Kath estariam olhando em sua direção, abraçou as pernas e abaixou a cabeça - talvez por ficar sem graça, ou talvez para poder continuar chorando sem a culpa de desconhecidos estarem observando-o.
Aquilo chamava a atenção de Hatenna. Sendo uma psíquica com fortes ligações com emoções humanas, não tinha como aquela situação não enfeitiçá-la: a pequena deu no pé, correndo até o homem para observá-lo. Demorou um tempo para que ele a notasse, só fazendo-o quando a pequena encostou sua orelha em sua mão. Com o susto, o garoto quicou na areia, meio sem jeito, desconfortável.
... Imagina ir até a praia vazia para poder botar seus sentimentos pra fora e uma psíquica sem vergonha vir estudar a sua aura?
Mesmo com o rosto levemente inchado por conta das lágrimas, quando o rapaz ergueu o rosto para observar a dupla, o que mais chamava atenção eram seus olhos azuis marinhos, quase índigos, uma tonalidade ímpar que não se vê todos os dias. Suas madeixas pretas também eram um destaque, presos em um pequeno rabo-de-cavalo que alongavam o seu alvo rosto. Bonito, bem bonito - não que isso importasse agora, já que talvez um pedido de desculpas seja necessário aqui.
Quer dizer... É o mínimo, acho.
- Incomodei vocês? - perguntou, limpando um pouco do resquício das lágrimas no rosto - ...
Passaram-se dez, quinze minutos de boa conversa. Alya foi a primeira a reparar que havia alguém caminhando na direção de Kath e Ren, piscando seu rubi duas ou três vezes como aviso - talvez a mono-treinadora psíquica não conseguisse compreender, mas já era um progresso ver que a aquática tentava se comunicar. Nada muito alarmante, na realidade: ao olhar para trás, veriam um rapaz moreno, por volta da idade da loira, com roupa do time de futebol local sentar na areia há alguns metros de distância. Algo normal, acho, se não fosse o fato de que ele começava a chorar... Bastante. Ao perceber que Ren e Kath estariam olhando em sua direção, abraçou as pernas e abaixou a cabeça - talvez por ficar sem graça, ou talvez para poder continuar chorando sem a culpa de desconhecidos estarem observando-o.
Aquilo chamava a atenção de Hatenna. Sendo uma psíquica com fortes ligações com emoções humanas, não tinha como aquela situação não enfeitiçá-la: a pequena deu no pé, correndo até o homem para observá-lo. Demorou um tempo para que ele a notasse, só fazendo-o quando a pequena encostou sua orelha em sua mão. Com o susto, o garoto quicou na areia, meio sem jeito, desconfortável.
... Imagina ir até a praia vazia para poder botar seus sentimentos pra fora e uma psíquica sem vergonha vir estudar a sua aura?
Mesmo com o rosto levemente inchado por conta das lágrimas, quando o rapaz ergueu o rosto para observar a dupla, o que mais chamava atenção eram seus olhos azuis marinhos, quase índigos, uma tonalidade ímpar que não se vê todos os dias. Suas madeixas pretas também eram um destaque, presos em um pequeno rabo-de-cavalo que alongavam o seu alvo rosto. Bonito, bem bonito - não que isso importasse agora, já que talvez um pedido de desculpas seja necessário aqui.
Quer dizer... É o mínimo, acho.
- Incomodei vocês? - perguntou, limpando um pouco do resquício das lágrimas no rosto - ...
- Progresso da Rota - Ren:
- Progresso de EXP e felicidade:
- Pokémon:
- Itens:
-1 Ability Capsule;
- Bottle Caps:
- Progresso da Rota - Kath:
- Progresso de EXP e felicidade:
- Pokémon:
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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);
- Awards:
Karinna- Especialista Psychic II
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Re: The Cake
Lilycove City
What's next?
- É minha primeira vez vindo aqui, na verdade acho que é a primeira vez que eu piso em Lilycove, talvez eu tenha passado por aqui, mas só bate e volta mesmo. Porém, nesses dois ou mais anos que estive viajando, eu conheci mais pessoas, lugares e experiências que em todos os outros quinze anos de minha vida. Admito que algumas dessas experiências não foram agradáveis, mas no geral digo que tenho um saldo positivo. Eu mesma não me imaginaria passando por tudo aquilo que passamos na Shimmer Ruins. - E no fim eu estava jogando conversa fora com Ren.
Enquanto eu pretendia continuar com conversa fiada, eu me distraía, Alya parecia agitada, estranhamente agitada, brilhando o seu "núcleo" e a aquática não era a única que ficou alerta, Hatenna também estava alarmada. Ao olhar o que chamou a atenção daqueles dois eu via um garoto, que estava chorando e ao notar a nossa presença ele tentava se "esconder". Embora Ren e eu provavelmente tenhamos chegado primeiro naquela praia, ou talvez não, talvez aquele garoto estivesse ali o tempo todo, enfim eu não deixava de me sentir como uma intrusa.
Ainda mais com a reação de Hatenna. Eu sabia que ela era extremamente sensível a emoções, então ao juntar o "a+b" ali, era óbvio que ela ficaria impressionada com o caos interno que aquele garoto poderia estar sentindo. Por sorte ela não era evoluída, pois eu havia lido sobre as formas evoluídas de Hatenna terem reações violentas à emoções extremas, um pensamento que me intrigava. Eu me considero reservada, porém e se eu acabar incomodando a minha Hatenna o suficiente quando ela tiver evoluída.
- Umm... isso era o que eu devia estar perguntando. N-não se preocupe com a minha Hatenna, ela é uma pokémon muito sensível a emoções e também é bem jovem. Umm... acho que a gente deve te dar um pouco de espaço pessoal né? - Eu falava gaguejando e sem contato visual, meu típico jeito de falar com pessoas novas, ainda mais em uma situação dessas.
Aquele rapaz poderia estar chorando por uma vasta gama de motivos. Perdeu uma partida importante de futebol? Brigas internas no time? Ou talvez motivos mais sérios como a perda de alguém querido. Ok, eu estou dando passos maiores que minhas pernas e o que acontecia com aquele rapaz não era da minha conta e eu simplesmente me distanciava dele, pedindo Hatenna para voltar ao meu ombro e chamando Alya, esperando que Ren também faça o mesmo.
Enquanto eu pretendia continuar com conversa fiada, eu me distraía, Alya parecia agitada, estranhamente agitada, brilhando o seu "núcleo" e a aquática não era a única que ficou alerta, Hatenna também estava alarmada. Ao olhar o que chamou a atenção daqueles dois eu via um garoto, que estava chorando e ao notar a nossa presença ele tentava se "esconder". Embora Ren e eu provavelmente tenhamos chegado primeiro naquela praia, ou talvez não, talvez aquele garoto estivesse ali o tempo todo, enfim eu não deixava de me sentir como uma intrusa.
Ainda mais com a reação de Hatenna. Eu sabia que ela era extremamente sensível a emoções, então ao juntar o "a+b" ali, era óbvio que ela ficaria impressionada com o caos interno que aquele garoto poderia estar sentindo. Por sorte ela não era evoluída, pois eu havia lido sobre as formas evoluídas de Hatenna terem reações violentas à emoções extremas, um pensamento que me intrigava. Eu me considero reservada, porém e se eu acabar incomodando a minha Hatenna o suficiente quando ela tiver evoluída.
- Umm... isso era o que eu devia estar perguntando. N-não se preocupe com a minha Hatenna, ela é uma pokémon muito sensível a emoções e também é bem jovem. Umm... acho que a gente deve te dar um pouco de espaço pessoal né? - Eu falava gaguejando e sem contato visual, meu típico jeito de falar com pessoas novas, ainda mais em uma situação dessas.
Aquele rapaz poderia estar chorando por uma vasta gama de motivos. Perdeu uma partida importante de futebol? Brigas internas no time? Ou talvez motivos mais sérios como a perda de alguém querido. Ok, eu estou dando passos maiores que minhas pernas e o que acontecia com aquele rapaz não era da minha conta e eu simplesmente me distanciava dele, pedindo Hatenna para voltar ao meu ombro e chamando Alya, esperando que Ren também faça o mesmo.
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Última edição por Sleepy em Qua Abr 19 2023, 23:18, editado 1 vez(es)
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Re: The Cake
Tissues
Algumas boas verdades foram ditas ali. Surpreendentemente (ou não), eu conseguia me ver na situação narrada por Katheryne. Em grande parte da vida, estive isolado da maioria das interações sociais casuais, tendo como companhia apenas livros. Por isso, quando saí de casa e me encontrei no mundo, sofri uma sobrecarga de informações: pessoas, comportamentos, tendências, lugares. Era tudo uma grande novidade, e qualquer cintilar já era capaz de fazer os olhos daquele inocente Ren saltarem.
Garoto bobo.
Não importa o quanto o mundo tenha a oferecer, você ainda vai ter suas dores de cabeça. Não tem como só correr de todos os problemas para sempre. Falo por experiência própria: ainda estou tentando, sem sucesso. Com o tempo, aquele brilho no olhar deixou de me encarar no espelho, e fui me acostumando com um semblante sério e desanimado. Seria esta a crise existencial do jovem contemporâneo?
— É, eu acho que te entendo. — Respondi, ainda pensativo. — Uma vez li um livro cujo personagem dizia "sou feito de memórias". Acho que isso me define bem: memórias e histórias. É isso que faz quem eu sou.
...filosofei demais, né?
Minhas divagações foram interrompidas, no entanto, por um outro jovem perturbado. Ora, mais um e já podíamos criar um clube! Discretamente para os padrões de um rapaz viajando na maionese, um guri de cabelos negros sentou-se no chão há uns metros de nós, e se pôs a chorar. Não sei se teria reparado não fossem os psíquicos de Kath, envolto em minha névoa mental, mas reparei. Ele parecia... desgastado.
— Não mais do que a gente incomodou você. — Disse, em relação à pergunta do rapaz. — No final das contas, eu também só estava jogando os sentimentos para fora, sentado na praia. — Confessei por fim, tentando tranquilizá-lo. Não vou ser eu quem vai julgar alguém por querer extravazar a cabeça nas águas. — Dia difícil? — Perguntei por fim, tentando encontrar algo relacionável em outro estranho surtado.
114 - Day Care
21 - Day Care
04 - Day Care
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04 - Day Care
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Re: The Cake
Lilycove
Não sei se nossos protagonistas sabem disso, mas bebês são um tanto quanto imprevisíveis, viu? Não no sentindo ruim da palavra - se é que existe- porém certas coisas não se podem evitar. Uma delas é, bom... Um infante agir como um infante.
Dizem que isso piora quando se trata de Pokémon. Como bons animais, treinados ou não, os monstrinhos tendem a seguir seus instintos quando não devidamente educados - ou, TCHARAM, quando são bebês e não sabem melhor ou ainda não aprenderam a viver em sociedade e controlar seus instintos. Por que disso tudo? Ah, tem relação com algo que acontecerá dentro de uns cinquenta, sessenta segundos...
Fiquem atentos.
Antes, o rapaz mordeu ambos os lábios, segurando sua língua de desabafar de uma vez com Kath e Ren, dois completos estranhos e que nada tinham a ver com sua situação. Não parecia envergonhado de ter sido visto chorando, muito pelo contrário, um traço positivo se você contar que homens são geralmente treinados para não demonstrar "fraqueza". Consentiu com a cabeça para a loira, como se concordasse com o que havia acabado de falar; quando o nosso coordenador seguiu com sua fala, suspirou, finalmente abaixando um pouco sua guarda:
- Difícil? Uma merda. - sua voz tremeu, principalmente na primeira sílaba do palavrão; tirou seu PokéNav amarelo do bolso da bermuda, mostrando seu papel de parede de uma criança bem parecida com o próprio, por volta de uns 4 ou 5 anos, que brincava em um parquinho - Minha irmã tá desaparecida há uma semana, tô tendo que segurar o tranco da minha família sozinho. - mordeu o lábio inferior, erguendo a cabeça para fitar o céu nublado no firmamento; suas janelas marinhas, com ajuda das lágrimas que acumulavam-se como poças sobre suas córneas, reluziam as nuvens como uma pintura - É fod-
E não conseguiu segurar. As lágrimas começaram a escorrer, uma por uma, por mais que parecesse lutar contra elas. Veja bem, Kath e Ren não eram obrigados a sentir qualquer empatia pelo garoto - oras, nem o próprio parece querer isso deles - mas todos já estivemos nesse lugar, né? Não no desaparecimento de um familiar, espero, mas em sentir uma dor tão aterrorizante que seu próprio íntimo não consegue controlar como ou de que maneira manifestar seu desespero.
Acontece que isso não agradou muito a pequena Hattena, para a infelicidade da monotreinadora psíquica. Sua espécie é especialmente conhecida por ter fortes ligações com emoções humanas, como já mencionado anteriormente, mas acredito que aquele forte turbilhão de lamúria não lhe fizera bem - a princípio a psíquica obedeceu Kathryne e subiu em seu ombro, mas ao sentir a aflição se acumular como um buraco negro dentro do rapaz, crescendo cada vez mais, saltou, acertando-lhe com uma bofetada com sua orelha direita, que fez até um belo de um barulho estalado.
Sim, isso mesmo, uma bela de uma bofetada.
Um silêncio ensurdecedor tomou conta da praia, agora totalmente vazia, de Lilycove. O choro do rapaz cessou instantaneamente enquanto, errr, tentava processar o que diabos tinha acabado de acontecer. No fundo, a soundtrack fúnebre e pesada dos trovões cada vez menos espaçados tocava, anunciando a chuva que finalmente começava a cair em chuviscos, quase como uma ironia de Arceus.
Como eu disse no começo...
Bebês são um tanto quanto imprevisíveis, viu?
Dizem que isso piora quando se trata de Pokémon. Como bons animais, treinados ou não, os monstrinhos tendem a seguir seus instintos quando não devidamente educados - ou, TCHARAM, quando são bebês e não sabem melhor ou ainda não aprenderam a viver em sociedade e controlar seus instintos. Por que disso tudo? Ah, tem relação com algo que acontecerá dentro de uns cinquenta, sessenta segundos...
Fiquem atentos.
Antes, o rapaz mordeu ambos os lábios, segurando sua língua de desabafar de uma vez com Kath e Ren, dois completos estranhos e que nada tinham a ver com sua situação. Não parecia envergonhado de ter sido visto chorando, muito pelo contrário, um traço positivo se você contar que homens são geralmente treinados para não demonstrar "fraqueza". Consentiu com a cabeça para a loira, como se concordasse com o que havia acabado de falar; quando o nosso coordenador seguiu com sua fala, suspirou, finalmente abaixando um pouco sua guarda:
- Difícil? Uma merda. - sua voz tremeu, principalmente na primeira sílaba do palavrão; tirou seu PokéNav amarelo do bolso da bermuda, mostrando seu papel de parede de uma criança bem parecida com o próprio, por volta de uns 4 ou 5 anos, que brincava em um parquinho - Minha irmã tá desaparecida há uma semana, tô tendo que segurar o tranco da minha família sozinho. - mordeu o lábio inferior, erguendo a cabeça para fitar o céu nublado no firmamento; suas janelas marinhas, com ajuda das lágrimas que acumulavam-se como poças sobre suas córneas, reluziam as nuvens como uma pintura - É fod-
E não conseguiu segurar. As lágrimas começaram a escorrer, uma por uma, por mais que parecesse lutar contra elas. Veja bem, Kath e Ren não eram obrigados a sentir qualquer empatia pelo garoto - oras, nem o próprio parece querer isso deles - mas todos já estivemos nesse lugar, né? Não no desaparecimento de um familiar, espero, mas em sentir uma dor tão aterrorizante que seu próprio íntimo não consegue controlar como ou de que maneira manifestar seu desespero.
Acontece que isso não agradou muito a pequena Hattena, para a infelicidade da monotreinadora psíquica. Sua espécie é especialmente conhecida por ter fortes ligações com emoções humanas, como já mencionado anteriormente, mas acredito que aquele forte turbilhão de lamúria não lhe fizera bem - a princípio a psíquica obedeceu Kathryne e subiu em seu ombro, mas ao sentir a aflição se acumular como um buraco negro dentro do rapaz, crescendo cada vez mais, saltou, acertando-lhe com uma bofetada com sua orelha direita, que fez até um belo de um barulho estalado.
Sim, isso mesmo, uma bela de uma bofetada.
Um silêncio ensurdecedor tomou conta da praia, agora totalmente vazia, de Lilycove. O choro do rapaz cessou instantaneamente enquanto, errr, tentava processar o que diabos tinha acabado de acontecer. No fundo, a soundtrack fúnebre e pesada dos trovões cada vez menos espaçados tocava, anunciando a chuva que finalmente começava a cair em chuviscos, quase como uma ironia de Arceus.
Como eu disse no começo...
Bebês são um tanto quanto imprevisíveis, viu?
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- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);
- Awards:
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Re: The Cake
Lilycove City
What's next?
Eu realmente só queria jogar conversa fora com Ren, pois eu realmente apenas queria um dia calmo. Queria apenas passar um tempo com o treinador de fadas, para ver se eu consigo conhecê-lo melhor como pessoa. Pois eu sinto que eu realmente não o conheço, apesar de termos passado por desafios de altíssimo risco. Mas no momento, embora eu quisesse sair dali, para não piorar a situação com aquele garoto, deixá-lo esfriar sua cabeça e despejar seus sentimentos em paz, afinal era o que ele queria fazer naquela praia, no fim eu fui levemente cativada pelo o que ele dizia.
Consegui mais ou menos adivinhar a causa da aflição do rapaz e de fato era algo envolvendo uma pessoa querida. Que coisa horrível, uma criança tão jovem desaparecida. Até me dava vontade de fazer algo, mas logo eu pensava: não existe nada que eu posso fazer. Você pensaria que alguém que superou um desafio "lendário" ou algo do tipo, superou o desespero em um ambiente inóspito se sentiria invencível, ou no mínimo confiante. Mas comigo era o contrário, eu não conseguia deixar de pensar que aquilo foi um golpe de sorte, eu não queria mais nada daquilo para mim.
Talvez alguma outra pessoa que estivesse falando com aquele rapaz teria algumas ilusões de grandeza e aceitaria ajudá-lo naquele exato momento. Mas eu era realista, sabia que o máximo que eu podia fazer era memorizar a aparência da irmã dele e ver se eu acho algo suspeito. Lilycove era enorme. Embora eu também quisesse ajudar alguém, por causa do peso de certos acontecimentos, como o casal de pesquisadores que encontrei no deserto, antes de entrar nas ruínas, não cheguei a ver o destino que eles tomaram, eu fugi, mas é óbvio que não foi nada bom. Isso me dava uma leve vontade de tentar ajudar aquele rapaz, mas na melhor das hipóteses eu não faria nada de relevante e na pior, eu só pioraria tudo.
Enquanto eu estava imersa naquele dilema, quer dizer não era um dilema, eu sabia que eu não tinha a capacidade de fazer nada, mas havia uma vontade de fazer uma promessa que no fim seria vazia para aquele rapaz, como forma de pagar a dívida para as pessoas com as quais eu falhei e no fim só colocar mais uma dívida na pilha. Enquanto eu pensava sobre tudo isso, algo acontecia e me trazia de volta para a realidade instantaneamente. Foi como um tapa me acordasse para a realidade, mas quem fora a vítima de tal tapa foi o menino que estava chorando e quem dera o golpe foi a minha Pokémon. Droga, eu devia ter ido embora mais cedo.
- M-me desculpe... - Pegava a pokébola da Hatenna e a retornava logo quando eu percebia o ocorrido. Não quero nem imaginar a reação do rapaz. Ele estava em um momento horrível e no fim, eu acabei por piorar. Virei de costas e comecei a andar, Alya rapidamente entendia o que estava acontecendo e me seguia. Inclusive eu fugia até mesmo de Ren, imagino que ele não queira ficar comigo depois desse fiasco. Caso falassem algo, a única coisa que eu poderia responder era: - Me desculpe.
Consegui mais ou menos adivinhar a causa da aflição do rapaz e de fato era algo envolvendo uma pessoa querida. Que coisa horrível, uma criança tão jovem desaparecida. Até me dava vontade de fazer algo, mas logo eu pensava: não existe nada que eu posso fazer. Você pensaria que alguém que superou um desafio "lendário" ou algo do tipo, superou o desespero em um ambiente inóspito se sentiria invencível, ou no mínimo confiante. Mas comigo era o contrário, eu não conseguia deixar de pensar que aquilo foi um golpe de sorte, eu não queria mais nada daquilo para mim.
Talvez alguma outra pessoa que estivesse falando com aquele rapaz teria algumas ilusões de grandeza e aceitaria ajudá-lo naquele exato momento. Mas eu era realista, sabia que o máximo que eu podia fazer era memorizar a aparência da irmã dele e ver se eu acho algo suspeito. Lilycove era enorme. Embora eu também quisesse ajudar alguém, por causa do peso de certos acontecimentos, como o casal de pesquisadores que encontrei no deserto, antes de entrar nas ruínas, não cheguei a ver o destino que eles tomaram, eu fugi, mas é óbvio que não foi nada bom. Isso me dava uma leve vontade de tentar ajudar aquele rapaz, mas na melhor das hipóteses eu não faria nada de relevante e na pior, eu só pioraria tudo.
Enquanto eu estava imersa naquele dilema, quer dizer não era um dilema, eu sabia que eu não tinha a capacidade de fazer nada, mas havia uma vontade de fazer uma promessa que no fim seria vazia para aquele rapaz, como forma de pagar a dívida para as pessoas com as quais eu falhei e no fim só colocar mais uma dívida na pilha. Enquanto eu pensava sobre tudo isso, algo acontecia e me trazia de volta para a realidade instantaneamente. Foi como um tapa me acordasse para a realidade, mas quem fora a vítima de tal tapa foi o menino que estava chorando e quem dera o golpe foi a minha Pokémon. Droga, eu devia ter ido embora mais cedo.
- M-me desculpe... - Pegava a pokébola da Hatenna e a retornava logo quando eu percebia o ocorrido. Não quero nem imaginar a reação do rapaz. Ele estava em um momento horrível e no fim, eu acabei por piorar. Virei de costas e comecei a andar, Alya rapidamente entendia o que estava acontecendo e me seguia. Inclusive eu fugia até mesmo de Ren, imagino que ele não queira ficar comigo depois desse fiasco. Caso falassem algo, a única coisa que eu poderia responder era: - Me desculpe.
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Re: The Cake
Tissues
Déficit de atenção, às vezes, pode ser um tanto quanto engraçado. Sua mente nota várias coisas ao mesmo tempo, mas em muitos casos, acaba por não conectá-los da maneira mais adequada possível. E isso pode ser um tanto quanto... problemático. Como por exemplo, quando você vê um problema se desenrolar em frente de seus olhos, mas demora para perceber de fato, e apenas quando ele acontece, você percebe que poderia tê-lo impedido.
Paciência.
Em minha defesa, acho que o choque ajudou bastante nisso de não reagir. Foi uma série de eventos que escalou rápido demais: suspiros, lágrimas, tapas, sumissos... Parte do meu cérebro queria gritar e chorar junto, parte queria sentar e terminar de ver a novela, parte só não sabia o que queria, tampouco se de fato queria algo. Minto. Na verdade, chegou uma hora em que toda a minha mente concordou que a melhor ideia provavelmente era enterrar a cabeça no chão.
A bendita da Hatenna lascou um tapa no menino. O mesmo menino que estava chorando e desabando enquanto falava dos problemas da família. Aquele, bem na minha frente, que tinha agora uma marca avermelhada estampada em si, e a esfregava em choque. — Eu... meu deus do céu, eu sinto muito. — Foi o que consegui expelir, sem saber ao certo se eu estava falando da pequenina ou da irmã do rapaz. Talvez seja de ambas.
Uma irmã desaparecida, uma família surtando, um tapa na cara. Visivelmente ferido emocionalmente, e agora, até mesmo fisicamente. Definitivamente, a vida não estava sendo fácil para ele. Mas no fim, não estava para ninguém, não? Todos nós às vezes temos vontade de apenas desabar em lágrimas e deixar os sentimentos nos engolirem — eu estava fazendo isso ainda não muito tempo atrás. Sei que não existe solução mágica para todos os problemas, não importa quantas lágrimas caiam.
Eu fiquei alguns bons instantes olhando para a cara do jovem, não sabendo o que fazer. Até que Katheryne decidiu ir embora. — Eu... Eu sei que provavelmente não tenho como ajudar a solucionar os problemas de vocês. Droga, eu não sei como resolver nem mesmo os meus... — Comecei a falar, em voz alta, para que tanto aquele rapaz quanto Kath pudessem me ouvir. — E isso é extremamente frustrante. Mas eu também sei que só correr não adianta. Eu tento correr deles todos os dias, mas eles sempre voltam a puxar meus cabelos quando vou dormir.
— Por isso... Eu não digo que posso fazer tudo o que é incômodo sumir em um passe de mágica, mas eu estou disposto a ouvir. No fim, é muito mais do que qualquer um fez por mim em muito tempo. E sei que não é nem um pouco bom guardar esses gritos silenciosos dentro de nós, quando eles precisam ser ouvidos.
Por que eu estava falando isso tudo, eu não sei. Meus interlocutores eram um menino que nunca vi na vida, e uma jovem que acompanhou minhas loucuras de perto, agora já indo embora. E... nem mesmo agora eu tenho capacidade de fingir que estou bem.
Mas lá vai Ren, achar que tem direito a dar pitaco na vida dos outros, que entende tudo e todos, quando não consegue entender nem mesmo a si próprio.
Garoto hipócrita você, Ren Hughes.
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Re: The Cake
Lilycove
Vocês já viram alguém em estado de choque?
Se não, preparem-se.
A princípio o rapaz não se mexeu. Aliás, somente sua mão o fez, alisando o recém-adquirido machucado, mas seu rosto estava estático. Seu corpo levemente começou a tremer, não de raiva, mas de choque. Suas janelas marinhas pareciam cada vez mais escuras devido a quantidade de lágrimas que se acumulavam e caíam sobre seu rosto, pingando do seu queixo com uma quase invisíveç barba-a-fazer até a areia, onde formava uma pequena poça d'água. Os olhos, inclusive, focados no nada, com seus lábios abertos fruto do choque-de-realidade sentimental que havia acabado de passar.
Kath não sabia, mas sua Hattena havia acabado de quebrar o garoto. Interprete isso como quiser.
Foi o discurso de Ren que o trouxe de volta a vida. Quite literally, se me permitem a expressão em inglês. Era certo de que o moreno pretendia ficar naquela posição para sempre, esperando que a maré aumentasse e levasse seu corpo já sem esperança para que as íris encontrassem o mar, em um quase reencontro entre mãe e filho. A garoa começava a aumentar em grossos chuviscos, mas certamente não tão pesados quanto as lágrimas do desconhecido.
- Kauan. - falou, seco, erguendo a cabeça e se levantando; voltou sua atenção para a loira, alguns poucos metros de distância por conta da zona espaçada por sua vergonha, mas não o suficiente para que não o escutasse - Obrigado. - secou as lágrimas, agora virando seu rosto para o especialista em fadas - Obrigado.
E assim permaneceu, em silêncio, observando os dois por alguns segundos. Era visível que haviam máquinas e mais máquinas girando em seu consciente, tentando formular alguma frase que não soasse idiota, ou até mesmo que compensasse pela possível vergonha que sentia por ter apanhado de um bebê. De um jeito ou outro, engoliu seco, abrindo um sorriso sem graça em seguida.
- A chuva só vai piorar. - guardou seu PokéNav no bolso, onde colocou ambas as mãos em seguida, uma em cada um - E vocês parecem tão fudidos quanto eu. - a intenção não era ser indelicado, mas parecia meio que da natureza de Kauan falar assim; ao menos parecia que o rapaz era exatamente assim antes de ter o trauma antes mencionado introduzido na sua vida - ... Digo, da cabeça. Foi mal. - apontou na direção da orla - Eu moro quase aqui em frente. Parece que vocês precisam de uma boa conversa também. - tirou as mãos do bolso, erguendo-as com as palmas para cima - Nada melhor que desabafar com estranhos que nunca mais vai ver na vida, né? Quer dizer, pra mim funcionou. Apesar da porrada. - levou a mão direita ao rosto, ainda um pouco vermelho - Tenho café, chá, doces. Só peço que se vocês forem ladrões, pra não me roubarem, não. Na boa mesmo, ter a irmã desaparecida já é merda suficiente. - é, parece que o tapa de Hattena realmente tinha feito o rapaz despertar do seu transe de lamúria - Seu Pokémon me deu um tapão... - apontou para a loira - Acho que é o mínimo que cês podem fazer.
Antes mesmo que pudessem responder, Kauan começou a caminhar rápido na direção da orla.
A chuva começava a apertar ainda mais.
E aí, aceitar o convite ou não?
Se não, preparem-se.
A princípio o rapaz não se mexeu. Aliás, somente sua mão o fez, alisando o recém-adquirido machucado, mas seu rosto estava estático. Seu corpo levemente começou a tremer, não de raiva, mas de choque. Suas janelas marinhas pareciam cada vez mais escuras devido a quantidade de lágrimas que se acumulavam e caíam sobre seu rosto, pingando do seu queixo com uma quase invisíveç barba-a-fazer até a areia, onde formava uma pequena poça d'água. Os olhos, inclusive, focados no nada, com seus lábios abertos fruto do choque-de-realidade sentimental que havia acabado de passar.
Kath não sabia, mas sua Hattena havia acabado de quebrar o garoto. Interprete isso como quiser.
Foi o discurso de Ren que o trouxe de volta a vida. Quite literally, se me permitem a expressão em inglês. Era certo de que o moreno pretendia ficar naquela posição para sempre, esperando que a maré aumentasse e levasse seu corpo já sem esperança para que as íris encontrassem o mar, em um quase reencontro entre mãe e filho. A garoa começava a aumentar em grossos chuviscos, mas certamente não tão pesados quanto as lágrimas do desconhecido.
- Kauan. - falou, seco, erguendo a cabeça e se levantando; voltou sua atenção para a loira, alguns poucos metros de distância por conta da zona espaçada por sua vergonha, mas não o suficiente para que não o escutasse - Obrigado. - secou as lágrimas, agora virando seu rosto para o especialista em fadas - Obrigado.
E assim permaneceu, em silêncio, observando os dois por alguns segundos. Era visível que haviam máquinas e mais máquinas girando em seu consciente, tentando formular alguma frase que não soasse idiota, ou até mesmo que compensasse pela possível vergonha que sentia por ter apanhado de um bebê. De um jeito ou outro, engoliu seco, abrindo um sorriso sem graça em seguida.
- A chuva só vai piorar. - guardou seu PokéNav no bolso, onde colocou ambas as mãos em seguida, uma em cada um - E vocês parecem tão fudidos quanto eu. - a intenção não era ser indelicado, mas parecia meio que da natureza de Kauan falar assim; ao menos parecia que o rapaz era exatamente assim antes de ter o trauma antes mencionado introduzido na sua vida - ... Digo, da cabeça. Foi mal. - apontou na direção da orla - Eu moro quase aqui em frente. Parece que vocês precisam de uma boa conversa também. - tirou as mãos do bolso, erguendo-as com as palmas para cima - Nada melhor que desabafar com estranhos que nunca mais vai ver na vida, né? Quer dizer, pra mim funcionou. Apesar da porrada. - levou a mão direita ao rosto, ainda um pouco vermelho - Tenho café, chá, doces. Só peço que se vocês forem ladrões, pra não me roubarem, não. Na boa mesmo, ter a irmã desaparecida já é merda suficiente. - é, parece que o tapa de Hattena realmente tinha feito o rapaz despertar do seu transe de lamúria - Seu Pokémon me deu um tapão... - apontou para a loira - Acho que é o mínimo que cês podem fazer.
Antes mesmo que pudessem responder, Kauan começou a caminhar rápido na direção da orla.
A chuva começava a apertar ainda mais.
E aí, aceitar o convite ou não?
- Progresso da Rota - Ren:
- Progresso de EXP e felicidade:
- Pokémon:
- Itens:
-1 Ability Capsule;
- Bottle Caps:
- Progresso da Rota - Kath:
- Progresso de EXP e felicidade:
- Pokémon:
- Itens:
- Bottle Caps:
_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);
- Awards:
Karinna- Especialista Psychic II
- Dungeon Shimmer RuinsVenceu a Dungeon de Shimmer RuinsDungeon Whirl IslandVenceu a Dungeon de Whirl IslandDungeon Mausoléu AssombradoVenceu a Dungeon de Mausoléu AssombradoDungeon Sky PillarVenceu a Dungeon de Sky Pillar
- Alertas :
Re: The Cake
Tissues
O rapaz aparentemente tivera uma reação até que parecida à minha. Acho que ninguém exatamente espera ser bofeteado na cara por uma bolotinha usando chapéu. Era uma humilhação que, unida aos problemas já presentes, é capaz de fazer qualquer um travar e parar de funcionar. São as coisas pequenas que vão se acumulando numa montanha, até que ela fica tão grande de pequenas coisas que já não pode mais ser ignorada.
Uma parte de mim sorriu internamente ao ouvir o agradecimento. Eu faria exatamente a mesma coisa, quiçá ainda adicionando um pedido de desculpas aqui ou ali. Não importa o quão quebrado você está: se perguntarem, basta sorrir, agradecer e pedir desculpas — mesmo não tendo feito nada de errado. Na maior parte das vezes, isso basta para fazer você passar por qualquer coisa.
Ah, como é lindo perceber que você consegue ver seus traumas nos problemas alheios.
Mas o jovem — Kauan — conseguiu quebrar também essa minha linha de raciocínio doentio. Senti meu rosto corar levemente ao ouvir a expressão utilizada. Sim, eu sei o que ele quis dizer, mas ainda assim, tem coisas que não tenho como evitar. Timidez crônica em relação a qualquer conotação adicional está inclusa na lista, e eu juro que não digo isso na mentalidade quinta série. — É, você não está exatamente errado... — Foi o que consegui responder, sacudindo a cabeça para indicar que não me importava com o uso da expressão. Ora bolas, não é como se eu ainda tivesse aulas de etiqueta que repreendessem quaisquer indícios de fala coloquial.
Em seguida, ele conseguiu tirar de mim um sorriso real, externalizado com espontaneidade. — Ah sim, conversas profundas com estranhos. Minhas preferidas. Eu tenho... Oran Berries? — Comentei então, brincando, entrando na mesma sintonia de Kauan. — Mas se for um sequestrador, só peço pra deixar meus Pokémon. Comigo, faça o que bem entender. — Provoquei por fim, tentando quebrar um pouco daquele gelo estranho que ficara no pós-tapa.
... Arceus, que tipo de humor pesado e sarcástico eu adquiri?
De qualquer forma, estou disposto a seguir aquele quebrado desconhecido. O máximo que poderia acontecer era eu morrer — mas bem, a morte é inevitável, não? Além disso, a chuva começava a engrossar, e eu estava na praia. Não tenho certeza do quão segura a orla de Lilycove é durante uma tempestade, e não estava muito disposto a descobrir. Eu respirei fundo, fechei os olhos, e esperei uma gota cair em minha testa antes de realmente decidir ir atrás de Kauan.
Antes de dar um passo, no entanto, virei para Katheryne, e gritei para que pudesse ouvir. — Você vem?!
116 - Day Care
23 - Day Care
06 - Day Care
23 - Day Care
06 - Day Care
Ren | Lilycove Streets | Kath
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Renzinho- Especialista Fairy II
- Dungeon Shimmer RuinsVenceu a Dungeon de Shimmer Ruins
- Alertas :
Re: The Cake
Lilycove City
What's next?
Por que pessoas têm que ser tão complicadas? Por que os Pokémon também são tão complicados? Por que tudo é tão complicado? Quer dizer, a reação do garoto ao tapa de Hatenna era exatamente o que eu esperava, para alguém que já estava em um momento de desespero, levar um tapa de um bebê era como se o destino estivesse zombando de sua cara ou algo do tipo. Se é que existe destino. Uma parte de mim queria ajudá-lo, não é bom ficar sozinho, na chuva, guardando todo o seu caos para si mesmo. Mas eu era uma completa estranha. Que palavras eu poderia usar para convencê-lo?
Eu não sei, mas era aí que Ren entrava. O moço de cabelos rosados tirava uma eloquência que eu jamais sonharia em ter e que eu nem pensava que isso funcionaria com o rapaz que estava lutando contra os seus tumultos internos. Ele até disse o seu nome. Não sei se estou errada de pensar que se eu dissesse algo eu provavelmente teria perdoado tudo, mas é bom que quem tomou a iniciativa foi Ren. Quando Kauan se recompôs, eu parei de andar e olhei para trás, onde ele e Ren estavam.
- Eu definitivamente já passei por certas coisas que não quero que se repitam, afinal elas já se repetem o suficiente na minha mente. - Eu dizia em resposta ao comentário de Kauan sobre o nosso "estado". Talvez eu tenha soado um pouco dramática, como os típicos personagens chamados de "edgy", mas eu de fato tenho coisas que me assombram: - Talvez, mas as vezes esses estranhos acabam se tornando seus amigos, talez por terem experiências tão fudidas quanto. - Heh, esse tipo de vocabulário ainda não combinava comigo, mas foi o que acabou saindo.
- Muito obrigada. Eu me chamo Kathryne, a propósito. - Eu respondia ao convite de Kauan e então começava a segui-lo, implicitamente também respondendo a Ren, meio que ignorando as "piadas" dos dois, antes que eu responda com alguma besteira: - Não é como se eu estivesse fazendo alguma coisa produtiva.
Eu queria tanto prometer para Kauan que eu faria alguma coisa em relação a irmã dele. Mas não, eu não era nenhum tipo de heroína, não consigo proteger ninguém, então melhor nem tentar antes que o fracasso termine na minha "Playlist": memórias que você tem que recordar antes de dormir. É possível que minha omissão seja tão traumática, mas se não existe nada que eu posso fazer, por que devo tentar?
Eu não sei, mas era aí que Ren entrava. O moço de cabelos rosados tirava uma eloquência que eu jamais sonharia em ter e que eu nem pensava que isso funcionaria com o rapaz que estava lutando contra os seus tumultos internos. Ele até disse o seu nome. Não sei se estou errada de pensar que se eu dissesse algo eu provavelmente teria perdoado tudo, mas é bom que quem tomou a iniciativa foi Ren. Quando Kauan se recompôs, eu parei de andar e olhei para trás, onde ele e Ren estavam.
- Eu definitivamente já passei por certas coisas que não quero que se repitam, afinal elas já se repetem o suficiente na minha mente. - Eu dizia em resposta ao comentário de Kauan sobre o nosso "estado". Talvez eu tenha soado um pouco dramática, como os típicos personagens chamados de "edgy", mas eu de fato tenho coisas que me assombram: - Talvez, mas as vezes esses estranhos acabam se tornando seus amigos, talez por terem experiências tão fudidas quanto. - Heh, esse tipo de vocabulário ainda não combinava comigo, mas foi o que acabou saindo.
- Muito obrigada. Eu me chamo Kathryne, a propósito. - Eu respondia ao convite de Kauan e então começava a segui-lo, implicitamente também respondendo a Ren, meio que ignorando as "piadas" dos dois, antes que eu responda com alguma besteira: - Não é como se eu estivesse fazendo alguma coisa produtiva.
Eu queria tanto prometer para Kauan que eu faria alguma coisa em relação a irmã dele. Mas não, eu não era nenhum tipo de heroína, não consigo proteger ninguém, então melhor nem tentar antes que o fracasso termine na minha "Playlist": memórias que você tem que recordar antes de dormir. É possível que minha omissão seja tão traumática, mas se não existe nada que eu posso fazer, por que devo tentar?
Day Care:
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BY MAHIRO
Sleepy- Especialista Psychic II
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- Alertas :
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