Cinnamon Scent
A cozinha estava apertada... A garotona aqui ocupava espaço sim! Mas com tantos pequeninos correndo por todos os lados era impossível se mexer naquele lugar. Minha cabeça já fazia a contagem regressiva para mandar todos para fora dali! Eu só queria fazer a minha receita em paz...
- Pessoal... Vamos deixar a Sundae ter o espaço dela, adiantamos o que der do outro lado da cozinha. – Abençoada seja Chantilly. Poucos Pokémon da nossa equipe eram tão atento ao bem-estar alheio quanto ela.
- Qualquer coisa, é só gritar que a gente te dá uma ajuda, gata! – O palhacinho complementou, ajudando a vulpina a conter as crianças agitadas com os seus truques e passos de dança.
-Valeu, gente... – Comemorei a vitória com um tom baixo, encaminhando para o momento de silêncio e harmonia que eu tanto queria.
Era quase como se aqueles dois fizessem alguma mágica para abafar o caos que estava rolando do outro lado. BenzArceus! Só o vislumbre da Swinub muleca e a pequenina aspirante a estrela do Rock me deixava apavorada! Como podem ser tão minúsculas e ao mesmo tempo dar tanto trabalho? E no final dos meus devaneios a bancada estava limpa, organizada e em condições ideais para eu executar a minha receita favorita para esse final de ano! Pão Dourado! Não, não é rabanada... é tipo a avó dela...
Cortei os pães e fiz o “Mise en place” ... Bon Bon estaria orgulhoso do meu vocabulário gastronômico com termos franceses... depois de me corrigir nove vezes também, era bom estar... O creme amarelo de gemas estava pronto, o leite com canela, leite condensado e especiarias também, a frigideira estava no lugar e a vasilha na bancada próxima... Agora era só seguir a linha de produção e esperar a repetição das etapas, marcadas com cheirinhos deliciosos, colocar a minha cabeça no lugar.
[...]
Após terminar, haviam várias formas com Pão Dourado prontinhas para serem levadas ao banquete e a cozinha estava um brinco!
Do meu lado.
O QUE É QUE TINHA ACONTECIDO NA OUTRA METADE???!!!
Eles estavam tentando cozinhar ou criar um furacão caseiro?! O mímico estava jogado no chão, erguendo uma toalhinha branca indicando a sua rendição. Na pilha de “corpos” estavam a raposa, o urso polar, o sorvete ambulante, o fóssil e até mesmo a porquinha rebelde... Os meus olhos fitavam a minúscula criaturinha em cima da chacina, uma Darumaka que certamente tinha um caminho de destruição a percorrer.
- Titia eu tô com fome. – Com um sorriso sapeca, a criaturinha desceu rolando pela equipe sem energia. Impulsivamente a servi da sobremesa, já gelada. Coloquei em uma tacinha fofa de natal e lhe entreguei uma colher. Sem pensar duas vezes ela comeu a sobremesa e me deu um largo sorriso. – Gotoso!
- Q-que bom que gostou meu amorzinho... Tem mais ali. Deixa a tia socorrer esses aqui. – Com a mini querida distraída, fui cuidar dos palermas nocauteados pela menininha. Ainda tínhamos que levar aquela montanha de comida pra festa!
(C) soph
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