Beach Episode

Lost in the Sea

- Hmm... - Eu estava pensativa enquanto conversava com Cariano, pelo menos o policial tem uma fina linha de profissionalismo para discutir a missão. Mas enfim, eu creio que cheguei em um ponto em que não sei o que fazer, não sou uma pessoa experiente e não tenho muito conhecimento de mundo, os meus conhecimentos eram basicamente coisas até que muito superficiais que eu via na internet ou em livros, mas experienciar coisas como o mar, estar em alto mar, não era algo que eu diria que eu podia falar muito.

Para esfriar a cabeça eu fui até os meus Pokémon, principalmente Espurr que ainda implicava com Dwebble. Me ajoelhei e fitei o pequeno caranguejo, queria dar uma introdução melhor para ele, mas minha cabeça estava muito cheia. Ele parecia tímido, então decidi retorná-lo para a pokébola, retornei todos os meus Pokémon, excluindo Bravery, afinal ele é um aquático, vá que eu precise de um nadador.

Voltei para Cariano, mas ainda estava sem nenhuma resposta. Quer dizer, eu tentei usar a lógica mais básica, mas não sei se daria algum resultado satisfatório. Mas quais eram as outras opções? Falaria o que tinha para falar por mais bobo que seja.

- Talvez a gente possa tentar encontrar o ponto onde essas ondas se encontram e então deixar o barco parado para ver qual é a mais forte. - Suspirava e dava uma pausa antes de falar mais um adendo: - Claro, é mais fácil falar do que fazer, não tenho muita certeza se isso vai funcionar.

Eu sinceramente estava pronta para ouvir um comentário idiota do policial pois o que saiu da minha boca foi apenas uma sugestão rasa e sei lá, dessa vez talvez eu mereça, pois eu não estava servindo de muita ajuda. Mas agora que eu pensava, pelo menos minha sugestão fazia sentido, o problema mesmo era encontrar esse milagroso ponto de convergência.

Dojo: - 43

Lost in the Sea

OFF: Trocando Alakazam por Fennekin Egg. Não sei se já conto post do Egg agora ou não.


Não tinha muito o que fazer a não ser pensar em uma ideia que não parecia fazer muito sentido. Eu também peguei meu Rotom Phone e fui pesquisar mais alguma coisa sobre as tais Ilhas do Sul, ver se encontrava algo. Talvez para ver se era realmente um lugar perigoso e inóspito. Se fosse, eu ficaria um tanto intrigada, porque por mais que os "pesquisadores" não quisessem ser vistos fazendo o que faziam, eles iriam em um lugar tão remoto que pode ser perigoso por vários fatores como mar agitado, talvez população de Pokémon selvagens hostil, etc.

E pra variar Cariano parecia não ter levado muito a sério a minha ideia, mas como eu pensava, talvez dessa vez eu merecesse, não tinha muita experiência para pensar em algo melhor. Mas pelo menos, ele tentava, é o que tinha afinal. Ele ligava o barco e tentava achar o tal ponto onde as ondas se uniam e então deixaríamos a natureza brincar de cabo de guerra.

E eu era surpreendida por um ato de boa hospitalidade do policial, ele me oferecia o uso de um computador onde eu poderia ter o acesso ao sistema de Storage. Eu não sei se usaria aquilo, acho que os Pokémon que eu trouxe comigo já eram o suficiente para me acompanhar, mas talvez eu mude algo.

- Muito obrigada. - Primeira vez que falava algo desse tipo à ele e pensando bem, talvez ele não seja uma pessoa tão ruim, quer dizer, ele fala muita merda, ah mas não vou pensar nisso, afinal eu tenho que dar um jeito de ajudar as Meninas de Ever Grande, então eu ainda estou contra ele. Enfim, faria de fato uma alteração na minha equipe, colocando Zen no meu Storage, o meu fiel companheiro poderia descansar por hoje, Bravery seria a estrela do dia e então pegava mais um de meus ovos Pokémon para colocar mais um membro na minha creche.

Dojo: - 44[/quote]

Lost in the Sea

Eu pesquisava sobre como era o bioma local e via que se tratava de uma simples ilha remota na direção Sul, honestamente o lugar perfeito para fazer os vários tipos de indecência sob o pretexto de pesquisa, é um lugar remoto, podem realmente pensar que se trata de um experimento sobre a biodiversidade local e ninguém vai até um lugar desses para checar. Enquanto pesquisava mais sobre os arredores, também via que o lugar onde estávamos se tratava de uma profunda fossa, o que talvez explicasse as águas turbulentas e os Pokémon selvagens que irritamos no caminho.

Mas algo me intrigava, enquanto eu continuava na internet para saber sobre onde estávamos indo, descobria uma outra ilha menor e aparentemente perigosa, meus pensamentos agora eram "E se eles foram para essa ilha?". Depois de eu ter feito as mudanças na minha equipe de Pokémon eu ouvia Cariano em um tom decepcionado e ele dizia que as ondas estavam nos puxando para uma ilha menor dita ser perigosa.

Agora a dúvida reinava. Não respondia Cariano a princípio, eu não sabia se aquele era o caminho certo, mas seguindo a lógica de que se os pesquisadores estavam a deriva e a corrente mais forte nos levava a essa direção, talvez seja o lugar certo, mas talvez, nenhuma certeza. Eu na verdade ficava em silêncio, esperando sermos levados à deriva para esse tal lugar, se não for, podemos dar a meia volta.

- Oh... - Eu suspirava chocada quando finalmente chegamos perto o suficiente da ilha e vimos a situação. Bem, o dono da lancha não vai gostar nada disso, mas por enquanto esse não era o problema: - Bem, a gente vai ter que procurar os sobreviventes... - Eu dizia de maneira insegura, como alguém que não quisesse muito fazer isso: - Mas será que conseguiremos sozinhos? Mas se pedirmos ajuda, vão demorar pra chegar... - Eu falava, mas era mais como se eu pensasse em voz alta.

Era o procedimento, era o que a minha missão era, encontrar esses pesquisadores, acho que não vão gostar de ouvir que eu abandonei a missão no momento em que a lancha foi destruída. Preciso ser proativa, então antes que Cariano sequer pensasse em algo, eu consegui bolar um plano que envolve as peculiaridades de minha Pokémon, pegava uma das Pokébolas e liberava a tal criaturinha.

- Reason eu vou precisar da sua ajuda e não acho que vai ser algo que você vai gostar muito, mas me ouve por favor. - A Hattrem de coloração estranha saía de sua Pokébola e já fazia uma cara feia, provavelmente porque eu estava muito ansiosa, era um momento decisivo: - Quando a gente chegar perto daquela ilha, quero que você tente ouvir ao máximo "barulhos" que te incomodam, sabe, emoções fortes de desespero e medo. - Eu sei que ela era uma Pokémon muito sensível a emoções humanas, mas talvez eu esteja superestimando tal sensibilidade, mas pelo fato da bruxinha não ter retirado o seu olhar torto é porque ela acha que consegue, mas queria não conseguir.

Enfim, só esperaria chegarmos mais perto da ilha e então diria para todo mundo, inclusive para as meninas de Ever Grande: - Podem ficar um pouco mais quietos? - Espero que entendam o meu plano e bem, que esse plano funcione. Eu mesma precisaria me conter e ficar quieta, o que seria um pouco difícil, para isso colocaria fones de ouvido e ouviria alguma música calma, mas ainda fitando a psíquica para ver sua reação.

Eggs: - 2/40

Dojo: - 45

Lost in the Sea

Não vou negar que compartilhei um pouco da sensação de "eles tiveram o que mereciam" que as meninas tiveram, mas eu me voluntariei pra resolver esse problema e sendo sincera, prefiro que as pessoas saibam as fraudes que esses pesquisadores eram, logo eles precisavam sair sãos e salvos dali para serem expostos e pagar pelas suas mentiras. E claro, um pouco de egoísmo de minha parte, mas eu sinto que simplesmente retirariam todas as recompensas para mim e para a Requiem caso eu não trouxesse aqueles pervertidos vivos.

Eu tinha o jeito perfeito de detectar se eles ainda estavam vivos, claro bastava a minha Hattrem cooperar e ela cooperou, relutante, mas cooperou. Pedia para que todo mundo ficasse quieto, mas era obviamente difícil, estávamos perto de uma ilha dita ser perigosa e teríamos que entrar na tal ilha. Mesmo assim Reason parecia se conseguir se concentrar, cobrindo todas as direções em uma volta completa.

Se eu não sabia como era a hipersensibilidade a emoções de minha Pokémon, Reason me fez questão de que eu tivesse um breve gostinho e acho que não só para me repassar as informações, mas acho que ela quis mostrar também "Isso aqui é um saco!". Eu sabia que eles estavam vivos, mas eu mesma coloquei a mão na minha cabeça, e pensar que minha Pokémon sentia toda essa informação simplesmente por existir. Deve ser exaustivo, e era, afinal a psíquica caiu exausta.

- Obrigada querida. - Dizia retornando a Hattrem para a Pokébola, e então voltava a falar com Cariano: - Eles estão vivos e acho que mais ou menos por aquela direção. - Apontava a primeira e última direção a qual a minha Hattrem olhou: - Vai ser perigoso, mas se a gente quiser tirar aqueles caras vivos dali, vai ter que ser a gente... - É o tipo de fala que alguém falaria em um tom determinado e valente "Vai ter que ser a gente e só a gente", mas eu falava mais em um tom de alguém que se conformou com a situação ruim "Vai ter que ser a gente mesmo...".

Eu tentei pensar nas informações que Reason me passou telepaticamente, não conseguia interpretar muito, tinha muito medo obviamente, mas algumas coisas que faziam menos sentido. Por que eles estavam pensando em Rayquaza? Uma loira? Não sou eu, meh o que importa é que eles conseguem pensar em algo pelo menos.

Eggs: - 3/40

Dojo: - 46

Lost in the Sea

- E você por acaso teria alguma ideia melhor? - Respondia Cariano, que não parecia ter entendido nada que minha Pokémon fez e a subestimava. Se acha que eu estava enrolando, então que proponha uma ideia melhor, mas então momentos depois tudo ficaria claro, o porquê de eu ser a única proativa para ir até os "pesquisadores" e tirá-los daquela ilha.

Pensei que era apenas falta de profissionalismo do policial e de certa forma era, pois ele dizia basicamente que não era o trabalho dele. Mas ele não fazia parte de uma equipe de busca ou coisa do tipo. Enfim, não iria questioná-lo, seria como falar com uma porta. Se esse não era o trabalho de Cariano, no fim terminou sendo só o meu trabalho, eu, sozinha. O fato de ter que fazer tudo sozinha me desmotivava um pouco, eu não esperava que o policial fosse desistir assim, mesmo com esse jeito estranho dele. Esses pesquisadores não eram boas pessoas eu mesma tinha vontade de abandoná-los, mas isso seria basicamente falhar na minha missão.

- Entendo, bem, nem sei porque eu fui pedir sua ajuda, eu posso fazer isso sozinha. - Deixei a irritação visível na sua voz. Os policiais são assim mesmo? Só querem fazer o mínimo esforço? - Achei que você também tava na busca desses caras mas acho que me enganei. Só arruma pra eu descer do barco. Até mais, Bravery vamos.

Quando eu finalmente colocasse os pés na praia daquela ilha, antes de ir na direção que Reason me indicou, eu inspecionaria os destroços da lancha, a princípio bem superficial, era uma embarcação grande e eu poderia me demorar demais, mas só queria ver se ficou algo importante por ali.

Eggs: - 4/40

Dojo: - 47