Beach Episode

Lost in the Sea

OFF: Post rápido no cel só pra terminar a batalha

Eu poderia ter acabado com essa batalha, mas resolvi confiar em Faith. Ter "fé" nela, (trocadilho intencional) e agora Reason entrava em campo com aquela cara de quem acabou de acordar as quatro da manhã, eu só queria mesmo que ela visse a batalha e fosse embora, afinal já exigi demais dela por hoje.

- Reason, não é nada demais só ataque com o seu Psychic duas vezes. Faith mantenha a sequência de Bite.

Gostaria de assumir que os pesquisadores não vão irritar outro selvagem perigoso nesses meus minutos de atraso.

Eggs: - 9/40

Dojo: - 52

Lost in the Sea

OFF: Não aprender Heal Pulse

E com um ataque, dessa vez certeiro de Faith, a Jellicent fêmea era nocauteada e o casal simplesmente desaparecia na névoa. Estranho, mas não estou aqui para investigar como essa ilha funciona e seus habitantes, isso era trabalho para pesquisadores, pesquisadores de verdade e não os que eu tenho que salvar. E falando nesses pesquisadores eu tinha que ir atrás deles, mas antes eu cuidava dos meus Pokémon que participaram da batalha, chamando Bravery para for a de novo.

- Parabéns pra vocês três. Tomem isso aqui. - Aplicava duas Potion em Bravery e Faith e então retornava todos menos o Slowbro para a Pokébola, eu não podia deixar Reason e Faith pertos uma da outra por muito tempo, inclusive estou surpresa que as duas batalharam junto, talvez a Hattrem simplesmente aceitou sair da Pokébola para ver como a Zweilous batalhava, nem que fosse por apenas um golpe.

De volta a praia eu via que os náufragos estavam de volta por ali, dois deles tentaram falar comigo, mas atropelando a fala um do outro, até que outro tomou a iniciativa. Evitava o contato visual ao máximo, mas o náufrago falava alguns detalhes interessantes do tipo que me fazia olhar para a pessoa que estava falando.

- Então, ninguém veio com equipamento de mergulho no barco patrulha e sei lá, acho que seja lá o que for a criatura que te atacou, já deve ter ido pra muito longe. - Então eu ficava pensativa, eu na verdade estava um pouco curiosa para saber o que foi que os atacou que tipo de Pokémon. Na minha cabeça fazia sentido que fosse algo tipo um Gyarados, algo com extrema força física e fúria para destruir uma embarcação: -Mas eu posso tentar alguma coisa...

Eu tinha um plano, mas a minha conversa com os pesquisadores acabou, fui me aproximando da água e chamei Bravery para ir junto comigo. Eu tinha um plano, não disse que era um bom plano e muito menos seguro.

- Querido, você pode nadar um pouco comigo? - O Slowbro estava um pouco confuso, mas logo se colocou na água, sinto que ele só estava com vontade de nadar. Me aproximei com calma, veria se ele estava realmente confortável em me carregar: - Só vamos dar algumas voltas em círculos por aqui.

Com Bravery de montaria o plano era o seguinte: eu serviria de isca para a tal criatura misteriosa. Mas ao mesmo tempo não tenho certeza se conseguirei chamar a atenção do Pokémon misterioso. Imagino que a lancha com os pesquisadores, mesmo que desligada, chame mais atenção, mas esse era o único plano que eu tinha.

Eggs: - 10/40

Dojo: - 53

Lost in the Sea

Enquanto eu nadava nas costas do meu Slowbro eu não deixei de pensar que deve ter um jeito melhor de eu fazer isso. Ou talvez não tenha, pois afinal não tem como sequer saber onde foram parar os corpos, se não foram digeridos pela tal criatura, isso tudo me parecia uma tarefa impossível que eu aceitei fazer do único jeito que eu podia fazer, que era um jeito estúpido e de alto risco. Isso não estava certo.

Mas o que seria a criatura que atacou a embarcação dos pesquisadores? Não deixava de pensar em possivelmente Gyarados, encaixava com o poder destrutivo e violência. Enquanto eu vagava sem rumo nas águas, Cariano entendia tudo errado e aproximava o seu barco para perto de mim, pensando que estou querendo voltar.

- Não. Eu só estou fazendo outra coisa. - Gritava para o policial, se ele ouvia ou não, o problema não era meu. Continuaria a vagar pelas águas aparentemente calmas, as ondas não estavam tão fortes, sem nenhuma presença de criaturas hostis. Estranho, será que o Pokémon que atacou o barco dos náufragos não está mais na área, estava dormindo ou coisa do tipo.

Estranho era a única palavra que podia definir o que acontecia ali. Talvez eu só esteja perdendo tempo, mas minha atenção voltava quando eu percebia as ondas ficando mais fortes, até notei a dificuldade em Bravery ao nadar. Isso não era normal, eu precisava agir e pensar em algo e rápido.

- Acho que vai ser difícil, mas você consegue carregar a gente com o Psychic até o barco de Cariano? - Eu nem sabia se o que eu pedi era possível, como uma especialista em psíquicos eu deveria saber os limites da telecínese de um Pokémon psíquico, mas até mesmo Bravery percebia que algo ruim estava prestes a acontecer e já canalizava sua energia mental na manobra desesperada.

Se conseguimos levitar ou não seria um mistério, pois eu apenas estava mesmerizada com a visão diante de meus olhos. Eu esperava uma criatura como Gyarados como já disse antes, que já era um Pokémon de tamanho formidável, mas o que eu via era indescritível, eu nem conseguia dizer o que era aquilo, apenas que era obviamente perigoso.

Eggs: - 11/40

Dojo: - 54

Lost in the Sea

Bravery tentava levitar a mim e a si mesmo, sabia que estava pedindo demais de meu Pokémon e a culpa era minha por tê-lo colocado nessa posição, onde a única coisa que podíamos fazer era tentar essa manobra. Enquanto isso, apesar de arriscada, esse movimento parecia ter nos salvado, pois eu via a tormenta que aquele titã causava simplesmente por se mover.

E via aquele colosso engolindo os botes e o próprio barco de Cariano. Medo e desespero surgiam. Era esse o fim? Olhei para Bravery, ainda sob o efeito da telecínese do aquático, meu olhar cheio de pesar e arrependimento, pensando na situação na qual eu coloquei o meu Pokémon e claro não só Bravery como também os que estavam dentro de suas Pokébolas. Ser engolido e digerido dentro de Pokébolas, eu nem sei como esses dispositivos funcionam. Enfim um enxame de pensamentos mórbidos atacava a minha mente até que a escuridão da finalidade tomasse conta de mim.

...

Escuridão. Era tudo o que eu via, ou melhor, não via. Não via nada, mas eu tinha os outros sentidos eu podia andar, ouvir, inclusive um som de goteira, o cheiro era de maresia. Eu estava em algum tipo de caverna submarina, mas isso não faz sentido, eu juro que as minhas memórias eram de abraçar os meus últimos momentos. Isso era o pós vida? É pelo que me parece, eu não fui favorecida no julgamento por seja lá qual divindade.

Até que então, luz. A luz foi criada, então eu não estava no pós vida, mas de alguma forma regredi ao gênesis. Não, isso não fazia sentido, a não ser que o mundo no momento do gênesis fosse todo grudento e nojento e com cheiro de maresia. Ok, isso não fazia sentido, mas se eu fosse usar a lógica e analisar o cenário ao meu redor, eu chegaria em uma outra conclusão que também não faria muito sentido. Mas eu via Cariano esse que aparentemente tocou em algo que iluminou o local. Também vi as Meninas de Ever Grande, mas essas estavam imóveis, espero que somente desmaiadas.

- Bravery? - Se realmente fomos engolidos e milagrosamente estávamos ainda vivos, eu tentava chamar o meu Slowbro que estava comigo no momento. Enquanto isso Cariano queria esconder o tal brinquedo que produziu aquela luz, aproveitei e tentei ver o que tinha mais a frente e olha lá, destroços de várias embarcações permeavam o local, inclusive uma bem familiar e o objetivo de minha busca. Não esperava que a minha busca fosse desse jeito mas aí estava.

- Deixe isso ligado. - Eu dizia para Cariano que desligava a tal "lanterna suspeita de Rayquaza". Dizia em um tom imperativo, estava realmente ordenando o policial. Eu estava exausta e seja lá o que o policial queria esconder, é menos importante do que a capacidade de ver o que está acontecendo nessa situação deplorável. Eu esperaria meu Slowbro responder meu chamado e vir até mim, e claro Cariano continuar com a lanterna ligada e iria até os destroços. - Você vai comigo também. - Dizia para Cariano, ainda "mandando" nele.

Eggs: - 13/40

Dojo: - 56

Lost in the Sea

Eu não queria ser a líder, mas eu fui a única que me voluntariei, Cariano estava mais preocupado em esconder seu brinquedinho e as Meninas de Ever Grande, bem, depois eu vou dar uma checada nelas. Mas a verdade era que por mais que eu mostrasse proatividade, era óbvio que eu estava com medo e desconfortável. Eu tremia, olhava para os lados constantemente de maneira paranoica. Bravery ter respondido meu chamado me acalmava um pouco mas eu não estava nada bem. - Ótimo, fique comigo querido.

Ninguém estava bem, Cariano não se importava de ter eu mandando nele, é o suficiente para ver o quão crítica é a situação. Em um cenário normal ele só me responderia com um comentário machista e eu desistiria de conversar com ele. Aceitei a lanterna que ele me ofereceu, dessa vez uma normal. Saíamos do barco e então continuávamos a busca.

- Talvez não, se elas foram simplesmente engolidas que nem a gente, talvez elas ainda estejam bem. - E eu desviava do caminho para passar pelos botes onde as meninas estavam, eu não era nenhuma socorrista ou coisa do tipo, logo o máximo que eu fazia era checar os pulsos delas. Se elas estiverem bem eu me sentirei melhor, se não... eu não sei. Se estiverem bem, melhor continuarem desmaiadas do que acordarem nesse lugar.

Independemnte, Cariano e eu iríamos continuar em direção aos destroços do barco dos pesquisadores. Bravery me seguia no seu ritmo, mas era possível ver que até mesmo o Slowbro não tinha mais seu semblante completamente despreocupado, ele realmente parecia alerta. Como eu já não estava muito bem, pensamentos começaram a entrar na minha mente, inclusive algo que eu falava em voz alta.

- Se a gente conseguir sair daqui, não vamos precisar de resgate? Porque o barco já era, então somos náufragos também... - Que belo pensamento pra se ter nessa hora "se a gente sair daqui, a gente não vai conseguir voltar de qualquer jeito". Mas eu ficaria quieta, percebi que não devia ter falado aquilo para quem já estava com a moral lá no fundo.

Só restava inspecionar aqueles destroços e parando pra pensar, nem pensamos em como podemos sair daqui. Na realidade, não me parece possível. Como vamos forçar aquele bicho a vomitar? Acho que realmente acabou para mim.

Eggs: - 14/40

Dojo: - 57