Eu sabia que não iria mudar a personalidade de Margaery com palavras assim tão piegas mas ainda tinha a sensação de ter plantado uma sementinha no futuro. Isso era bom, já gostava da mãe e seu filho e desejava o melhor para ambos. E ver a animação de Enzo com o relato da revoada era algo revigorante. Me sentia bem em perceber que agora ao invés de ser a pessoa ouvindo, era quem contava as aventuras no mundo pokémon. Parece besteira né? Mas é como um sonho sendo realizado pra mim.
Enfim, finalmente apresentada para Nottrewood eu não precisava falar muito já que todos ali pareciam se conhecer… Gente mas eu tô fanficando ou tem uma puta tensão sexual entre esses dois? Chamando de Senhorita, ficando vermelho… Toda uma intimidade. E agora convenientemente deixando ambos Enzo e eu com o trabalho duro no jardim enquanto ficam sozinhos na cozinha? Ok isso tudo é só da minha cabeça certo. Margaery deixava bem claro seu estado civil na conversa. Talvez fosse só a minha mente que estava sedenta por qualquer vislumbre de romance depois de toda solidão desses tempos de jornada. Mesmo que eu não fosse uma parte da interação. Besteiras femininas, apenas ignore e pode continuar narrador.
Enfim como mencionado antes o Senhor trouxe a mim e ao rapazinho para seu quintal. E puta merda mais que um quintal. Era uma horta e um pomar com várias plantações maravilhosas! Imagina se o Luch estivesse aqui! Aposto que iria querer umas dicas com esse cara. Mas agora com todo o trabalho de agricultor para lidar precisava de ajuda e logo pegava 3 pokébolas para liberar os que restavam do time: Bloom, Torte e Daphne!
- Bom pessoal. Temos um combinado com o Sr. Notterwood de deixar esse jardim dos trinks se quisermos algumas frutas bem gostosas! Mas a gente pode usar essa oportunidade para treinar e ficar mais fortes, né? Não é uma boa ideia? - Dizia após dar alguns minutos para os 3 pokémon se situarem. Em resposta, Virgil e Torte guincharam animados, Daphne respondia sem entender muito, Bloom claramente fingindo animação por pena e a Stormy só fazendo pelas frutas. Bom era melhor do que ter que dar voltas para convencê-los.
- Bem… Uh… Esse é o Enzo e o Woop e vão nos ajudar… Olha eu fiz algumas anotações do que cada um precisa priorizar com os treinos e podemos usar as tarefas que o Sr. Notterwood nos passou e adaptar. - Puxava um caderno da minha bolsa que se alguém pudesse mexer veria 2 livros enfurnados ali com os títulos: “Treinamento Pokémon para iniciantes” e “Biologia da vida aquática”. Estava realmente me esforçando para não ficar me escorando nos membros da Virtuum e talvez essa fosse a oportunidade de começar a ter ideias criativas e independentes para nos tornar mais fortes.
- Bom agora sobre o que foi pedido. Tirar árvores mortas, arar terra e plantar… É bastante coisa. Enzo quer ajudar a distribuir as tarefas? - Perguntava ao menino pois incluir o mesmo no planejamento parecia algo que ele iria gostar. Após alguns minutos junto com o pequeno repassando e anotando tudo o que nosso grupo iria fazer e após uma boa sessão de orientações era hora da primeira fase. Lidar com as árvores mortas e preparar a terra.
- Enzo vou precisar que você observe com atenção se tudo está indo nos conformes durante o treino. Acha que você e o Woop conseguem? - Dizia para enquanto terminava de ajustar faixas para prender um arador em Torte. O campo à nossa frente estava bem sujo, tocos de árvores e raízes podres e mortas, pedras e outros obstáculos que poderiam sufocar e impedir qualquer tipo de vegetação de crescer forte e saudável. Era hora de colocar a mão na massa. - Preparados? Em 3… 2… 1… Começar! -
Quem começava o treinamento coordenador era Daphne mesmo que fosse jovem, a Pokémon era bem esperta e logo executava seu papel. Antes havia apontado os troncos e tocos de árvores mortas indicando-as como alvos. Usando seu Freeze-Dry, a Lapras se concentrava em acertar e, consequentemente, congelá-los num exercício de pontaria e concentração para que o congelamento fosse sem falhar. E o objetivo final era que a Pokémon conseguisse efetuar tal feito com mais rapidez e efetividade. Seria legal observar o formato quase que de uma escultura de gelo que era a mistura das árvores mortas e o movimento de Daphne, só que não daria tempo para admirações. Como uma flecha percorrendo o céu, uma Crobat fazia suas acrobacias dignas de uma exibicionista antes de uma descida tão rápida que fazia a pokémon parecer um borrão antes do eventual impacto nas “esculturas” de Daphne, agora que ainda mais instáveis pelo gelo, partiam-se em milhares de pedaços (Acrobatics). Partículas de gelo flutuaram no céu que, refletidas pela luz do sol, faziam o ambiente brilhar e era bem bonito de se ver. Stormy era uma especialista nas acrobacias mas era sempre bom reforçar suas asas com um joguinho de acertar o alvo certo? Dosar força, pontaria e agilidade eram requisitos necessários para a atividade dar certo.
Do outro lado do campo, Virgil se concentrava no que lhe foi determinado. Primeiro procurava por raízes fincadas na terra usando de pequenos tremores localizados (Earthquake) e quando encontrava alguma seguia para o segundo passo. Concentrando o gelo em suas patas dava um forte golpe na terra e puxava a raíz inteira (Ice Punch), também fazia o mesmo com pedras maiores. Para se livrar de toda aquela bagunça, ele jogava ambas pedras ou raízes com força e rapidez em direção a um alvo específico em que fora orientado.
Enquanto os 3 primeiros Pokémon focaram em aprimorar a força, Bloom tinha um objetivo diferente. Ela era o tal alvo! Assistindo os projéteis vindo em sua direção ainda sim a rosada se mantinha calma. Concentrava seus poderes psíquicos ao redor para amortecer o trajeto. Alguns nem a alcançaram e, quando alcançaram vinham com uma força muito aquém do que viria sem sua interferência. Depois disso ela conduziu tudo para uma pilha que seria retirada depois. A ideia era clara: Qual é a melhor forma de se proteger do que nem deixar que te acertem em primeiro lugar? Com certeza era uma habilidade que seria útil na batalha para mitigar danos. Também era outra cena bem interessante de se assistir.
E enfim, falta Torte que esperava por sua deixa. Ele parecia triste por ser o único sem uma dupla até que o chamei mostrando que eu também participaria - Vamos eu estou aqui contigo! O que você precisa fazer é puxar o arador comigo conduzindo vamos treinar essas pernas suas. Tente ir o mais rápido que der. - O objeto era pesado então com certeza tentar correr com aquilo iria deixá-lo lento. O que interessava era depois como ele iria ficar mais rápido quando perdesse o “peso”. Ok ataque, ataque especial, defesa e velocidade. Imaginava conseguir focar a prioridade de cada pokémon com suas tarefas. Além de tudo fazia as tarefas que antes eram chatas parecerem divertidas e emocionantes para os olhos do menino. Antes de sair correndo com Torte acabei me voltando para Enzo com um sorriso divertido. - Vou te contar uma coisa sobre os Hoennianos. A gente não consegue fazer nada sem um espetáculo. - Brinquei com uma piscadela antes de agora começar a minha parte e a de Torte daquele “trabalho”.
- Larvitar Egg: 06/80
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