Essa aqui não faz sentido nenhum, é muito estranha e não tem um desfecho muito bom, mas aqui está:
Fuga :
Minha cabeça dói de um jeito que eu nunca senti na minha vida, estou com os olhos fechados mas com um tanto de medo de abri-los. Depois de uns segundo apenas tentando ouvir algum barulho estranho a minha volta, e tendo certeza que estou sozinho eu abro os olhos. Não faço ideia de onde estou. Okay, eu estou em um banheiro, um banheiro enorme, um pouco sujo, com toalhas jogadas no chão. Me levanto devagar e sinto uma pontada na cabeça, passo a mão perto da nuca e sinto um molhado quente. Há sangue em minha mãos e no chão também. Não há sinal de luta no local, então devo ter caído sozinho. Que baita idiota que eu sou, caindo e desmaiando em lugares desconhecidos. Me viro para a pia e me olho no espelho. Meu deus, quem sou eu? Eu não consigo lembrar do meu próprio rosto, como se esse não fosse o próprio meu.
Será que eu perdi a consciência por muito tempo? Tenho que descobrir onde eu estou. Me sinto tonto demais. Saio do banheiro e estou agora em um tipo de dormitório, há umas 10 ou 11 camas aqui. Ando até uma pequena janela e olho para fora. Só vejo campos, morros, e mato em volta do local, e uma grande mata verde. Me sento em uma das camas, e fico olhando o local. Isso é tudo muito esquisito. Será que estou em um internato? Um orfanato? Olho em volta e as coisas parecem totalmente diferente do que eu acho que devia estar acostumado. É como que se tudo que eu soubesse fosse apagado pela metade da minha cabeça. Acho que eu fui drogado por alguém e me colocaram aqui. Desço umas escadas para estar em uma sala bem arrumada, com janelas de vitral que parecem se mover lentamente enquanto a luz do sol bate nelas por fora. Estou drogado, isso é certo. As coisas parecem se mover em minha volta as coisas parecem que dançam ao meu redor enquanto eu ando.
Saio dessa sala pra me deparar com um longo corredor. Só agora percebi o quão frio está aqui. Eu não tenho casaco, só estou usando um jeans e uma camiseta de manga curta. Há alguns quadros nas paredes, muitos estão "vazios", apenas com seus fundos pintados, outros tem personagens totalmente fora do contexto para seus cenários. Isso é totalmente fora do real! Aquele quadro esta acenando pra mim? Puta merda, estou muito chapado. Balanço a cabeça com força, pra ver se consigo organizar minha visão, mas minha cabeça só vem a doer mais e minha visão ficar toda preta por alguns segundos. Me apoio na parede de pedra enquanto recupero a visão aos poucos, piscando freneticamente. Então ouço uma voz no fim do corredor gritando comigo, e olho. É um velho baixo e franzido, com cara de totalmente maluco.
- HEY VOCÊ! O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? - Ele grita pra mim enquanto corre e manca ao mesmo tempo em minha direção. Ele parece estar totalmente zangado comigo, e tem aquele sorriso psicopata em seus lábios. Não dou resposta e ele e começo a correr pelo corredor. - HEY, VOLTE AQUI SEU MOLEQUE!
Ele me persegue pelo corredor, e eu viro a esquerda descendo um lance de escadas que parecem balançar enquanto eu nado, mas não tenho tempo de ver direito, porque estou tão alucinado para aquele velho louco não me pegar que corro com todas minhas forças, mesmo que minha cabeça doa mais em quanto faço isso. Agora corro pelo corredor de baixo. Quando olho pra trás, ele não está mais me perseguindo, provavelmente eu despistei ele. Mesmo assim abro uma porta que vejo a minha esquerda e entro nela. É uma sala pequena, com algumas mesas viradas de cabeça pra baixo, uma pequena janela de vitral amarelado, e um bocado de vassouras apoiadas em um dos cantos. Vou até a janela e a abro com cuidado, pois vejo que ela tem uma dobradiça. Ela parece muito velha e esta enferrujada em certas partes, mas depois de uns minutos empurrando ela cede e se abre. Vejo que estou no térreo, e me espremendo pela janela pulo para um grande gramado. Vou andando pelo gramado em direção à uma mata, bosque, ou floresta... nunca soube diferenciar direito. Olho de volta para o local onde eu estava antes. É uma enooorme estrutura, toda construída de pedra. Parece que eu voltei no tempo e me meteram em um feudo ou coisa do tipo. Estou apavorado, não consigo imaginar nenhum jeito de sair daqui. Minha cabeça dói e eu não sei o que fazer.
- Eí, o que você tá fazendo aqui? - Uma garota com os cabelos loiros cacheados está a alguns metros de mim. Ela me olha com curiosidade e um sorriso nos lábios. Ela esta usando brincos enormes e usando um uniforme que devia ser daquele internato ali. - Você não devia ter saído com os outro? - Ela me pergunta mais uma vez, dando um passo em minha direção.
- Eu... eu..ahn.. - respondo, passando a mão nos meus cabelos, sentindo minha mão encher de sangue que estava coagulando atrás da minha cabeça no corte que eu tinha feito. Olho pra minha mão e ela também. - eu não sei.
-Você está sangrando!
- Não é nada, ahn... estou bem.. - respondo enquanto continuo andando em direção a floresta. - Eu preciso ir.. para lá.
- Você não pode ir pra lá! Vem, vamos chamar um professor.
- Não! Não!
Começo a correr em direção a floresta até que a alcanço sua orla e começo adentra-la desesperadamente. Quanto mais eu entro na floresta, o dia antes que estava ensolarado parasse se esvair, e tudo lá é muito escuro. Eu ouço a menina correndo logo atrás de mim, pedindo para que eu esperasse, que ia me ajudar. Mas acho que ninguém pode me ajudar. Me drogaram, sequestraram, me botaram nesse lugar totalmente louco. Olho para trás pra ver minha vantagem de distancia dela, mas foi meu erro. Quando volto a olhar pra frente dou de cara em uma árvore e caio de costas no chão coberto de folhas e lama. Minha visão está mais turva ainda agora e vejo a menina acima de mim, ela fala mas não entendo uma palavra que ela diz. Ela tira algo do bolso de seu uniforme e aponta pro céu. Então eu desmaio.
Acordou em uma cama, com um teto enorme sobre minha cabeça. Estou de novo dentro, merda. Olho em volta e na cama do lado a três pessoas. A loirinha reconheço mas os outros dois não. Antes que me vejam eu fecho os olhos tentando fingir que ainda estou desacordado. Ouço as portas se abrirem e barulhos de sapato pelo local. Os cochichos que os três faziam se cessam. Então a pessoa que chega fala. É uma mulher, que aparenta ter já uma certa idade pelo tom de voz.
- Fale - Ela fala em um tom severo. Não parece estar feliz.
- Ele estava andando pelo pátio, Professora. Parecia um pouco desorientado, e agiu como se não me conhecesse. - A voz era da garota loira. Ela falava suavemente como se tudo isso não fizesse muito diferença pra ela.
- Hm, tudo bem. Ele parece que bateu a cabeça no banheiro do dormitório. Ele pode estar confuso quando acordar, então não pressionem ele muito. E quando acordar, alguém vá me chamar.
Os três proferiram "Sim, senhora" juntos, e eu ouvi ela saindo do local. Fiquei mais uns 15 minutos deitado de olhos fechados. Eles falavam baixo demais e eu não entendi muito bem sobre o que eles falam. Depois de um tempo abro os olhos vagarosamente, e olho pra eles. Analiso os outros dois junto com a loira. Uma garota de cabeços castanhos e cacheados, e o garoto um pouco alto e ruivo.
A garota de cabelos loiros me olha e sorri para mim. Os outros dois veem que estou acordado e sorriem largamente. A garota com o cabelo cacheado pula da cama e vem em minha direção e me abraça. "Fiquei tão preocupada com você, não faça mais isso! Você está bem? O que aconteceu? Você bateu a cabeça? Ah, que bom que você está bem! Hey, vai chamar a Professora." Ela aponta para o garoto que sai correndo aos tropeços pela porta. Eu não faço nado enquanto ela me bombardeia de perguntas, e a outra fica sentada na cama do lado balançando as pernas. Quem são essas pessoas? Eu não faço ideia ainda onde estou ou quem eu sou. Poucos minutos depois o garoto volta acompanhado de uma senhora de idade vestindo um vestido longo verde escuro, e com seus cabelos presos em um coque. Ela tira os óculos ovais do rosto e se aproxima. Coloca a mão na minha testa.
- Você está bem?
Não respondo. Fico olhando de rosto em rosto. A garota loirinha da uma risadinha e fala entre uma risada.
-Não sei como ele conseguiu correr do dormitório até o pátio sem seus óculos.
- Não tem graça, Luna. - A outra menina fala. O garoto ruivo da uma risada baixa junto com a menina loira. A mulher limpa a garganta, e volta a falar.
- Senhorita Granger tem razão. Vocês está bem, Potter?