#002

Depois de ter meu time guarnecido, eu ainda daria mais uma volta na Rota 5. Algo ainda me aguardava por ali e eu sabia que meus pokémons ainda precisavam de mais um pouco de treino antes de partirmos atrás de Farfetch'd para realizar enfim a minha missão.

O tempo estava gostoso por demais, há dias havia chovido bastante e agora já não mais, aquele ar de outono era agradável em demasia.

Muitas coisas poderiam acontecer por ali ainda. Talvez eu encontrasse um outro pokémon, ou ainda um daqueles ovos do evento. Ou quem sabe alguém que quisesse me ajudar a treinar?

Então continuei caminhando pela rota, olhando para os lados, sempre atenta para qualquer movimento ou objeto que pudesse me servir. Continuei a minha aventura.

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Off: Muito obrigada por assumir minha rota, querido.
Quanto as atualizações, tudo bem. Você só esqueceu de por o level do Isamu para 18. Só um pedido, pode acrescentar o Meowth à lista da Dex, o narrador anterior acabou esquecendo. Muito obrigada! E vamos nos divertir sim!

off: essa é a segunda vez que quando posto e cai a internet. ¬¬
Já editei o lv e a pokedex.

Ao caminhar eu passava observando atentamente cada detalhe na rota, não só por ser uma característica minha, mas também por ter em mente que para uma Criadora atenção é um dos princípios da profissão.

Adentrando ainda mais a rota, começo a ouvir alguns gritos. Isso passou a preocupar-me, significa que alguém estava em apuros. Mas não era policial e muito menos ranger, eu poderia estar me envolvendo numa grande confusão! Entretanto, se eu estivesse passando por uma situação ruim gostaria de que alguém me ajudasse. Além disso, aquele grito podia não ser de desespero, e nem por alguém fazendo algo de ruim.

Pelo sim ou pelo não, resolvi ir ver o que estava acontecendo. Passei por entre a fechada flora do local, mas fui me esgueirando pelos arbustos, primeiro veria de longe o que estava acontecendo, e se fosse da minha ossada, eu interferiria.

Ambas não haviam notado minha presença, ou então me ignoravam. Disputavam a berros um Meowth, o que parecia ser os espólios de uma batalha, e quem havia levado a pior era o pokémon felino.

Se fossem duas treinadoras, coordenadoras, criadoras ou até rangers com certeza o diálogo seria outro, mas pareciam ser rockets, pessoas sem muito escrúpulos de uma agência sem nenhum bom intuito. Eu não poderia deixá-las levar aquele pokémon selvagem, seja para onde for, disputavam com ele desmaiado nas mãos! Com toda certeza não tinham preparo algum para cuidar de um pokémon! Como Criadora eu não podia aceitar aquela situação!

Discretamente peguei meu celular na mochila e liguei para a polícia. Quando atenderam disse rapidamente:

- Uma emergência na rota 5, venham rápido! Rockets estão aqui!

Deixei o telefone ligado esperando um sinal da policia enquanto prendi meu cabelo, tirei o excesso de poeira e terra das minhas vestes, estalei os ombros e mandei ver:

- Hei vocês duas, vamos parar de gritar por aqui? Duas rockets saindo nos berros por um pobre pokémon selvagem que ambas parecem ter machucado e muito! Não posso deixá-las que levem-no! Soltem-o!

Eu estava definitivamente confusa. Primeiro havia achado que ambas eram rockets, e descobri na prática que não, apenas uma pertencia à gang. Depois era chamada de cigana por uma garota que parecia ter saído de um filme country do Arkansas. E pra finalizar tinha aquele pobre Meowth sendo disputado nos tapas por ambas. Eu precisava fazer algo, não por elas, mas pelo pobre pokémon.

A confusão ficava cada vez alardeante. Eu havia ligado para a policia, mas sabe-se lá quando teria o resultado da ligação. Precisava me impor naquela situação:

- Paaaaaaaarem as duas! - Gritei ferozmente perdendo até a compostura e a calma cotidiana - Vocês duas estão machucando este Meowth, não me importa quem são vocês, mas como estudante de Criação não posso permitir que este pokémon seja disputado dessa forma por vocês duas! O que aconteceu aqui?

E após fazer a pergunta, viro-me para a rocket e concluo:

- E acho melhor você colaborar, se diz que capturou honestamente este pokémon - o que duvido - não tem nada a temer, principalmente à uma criadora!

Meu sangue havia congelado, e parecia passar aquela sensação medíocre e tenebrosa por todo meu corpo. Aquele homem, seja lá quem fosse, com apenas um golpe desferido assassinou uma pessoa... que tipo de ser humano era aquele!

O sangue da agente brotava de seu corpo tingindo o chão da rota com uma cor rubra e avassaladora.

Meus olhos percorreram o homem, meu peito começou a encher-se de ira, e um calor passou a tomar posse do meu corpo, despertando-me do transe e libertando-me daquela sensação que havia paralisado-me.

Independente de quem tivesse causado a situação, ninguém merece a morte como pena, seja qual for o erro. E ela era companheira de equipe dele, o que tornava o crime, aos meus olhos, ainda mais repugnante.

Olhei para a morena falastrona e a orientei:

- ... Venha para o meu lado...

Eu não era uma policial e muito menos uma ranger. Já havia escolhido ser Criadora para viver em paz com meus pokémons, aquilo tudo ia contra a minha essência e incomodava a minha alma de estudiosa e amante das artes.

Tornei minha voz como um trovão perto do que era antes, e disse ao homem:

- Não me importa quem você seja! Não me importa o que já fez na sua vida e o que faz, mas ninguém te dá o direito de tirar a vida de alguém como fez aqui hoje. Além disso, não vou permitir que leve este Meowth e muito menos os meus pokémons! Trabalhei muito para tê-los, não será você quem irá tomá-los!

Voltei-me a morena falastrona e disse-lhe:

- Quer tanto aquele Meowth? Mostre então que você é mais do que palavras e monte uma defesa, impeça que ele leve seus companheiros!