Passeando pela a cidade das Pedras

►Passeando pela cidade das Pedras◄

O garoto tentava insistir em aumentar seu laço com o pokemon, mas Cacnea parecia não aprova-lo em nenhum momento. Mesmo estando obedecendo este mais cedo, agora era como se fosse outro pokemon. Talvez sua afinidade com Gaulvist tenha mudado após observar que seus colegas de equipe estavam em apuros e o garoto não fez nada para salvá-los. Tudo bem, o garoto não teve culpa, mas para Espinho ele teve sim, e obedecer suas ordens era algo que não lhe interessava.
O pássaro colorido pousou sobre a mesa e dela começou a falar novamente: “babaca”, “idiota”, “babaca”. Aquelas ofensivas palavras aumentavam em um som cada vez mais agudo e forte, aquilo feria com os ouvidos de qualquer um, e que por sinal era um movimento do tipo voador, aquilo feria e muito o cacto. Mesmo incomodado ele lançou mais alguns dardos de suas agulhas venenosas e com a distração resolve sugar mais um pouco de energia do adversário, mesmo que não sendo muito.
Algumas bolhas roxas começavam a estourar de vez enquanto ao redor de Chatot e seus olhos pareciam ter ganhado olheiras. Parecia que Chatot havia sido envenenado.



Por sorte Gaulvi agora tinha a vantagem, mas aquele mudo Rocket voltava a fazer sinais para o seu pokemon, que parecia ter ficado mais sério para batalhar com mais clareza e determinação.

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Após tais palavras, o pokemon planta olhava para seu treinador, com um olhar avermelhado de maldade, ele não queria obedecer seu treinador, parecia mudar sua personalidade assim que ficava de noite. Cacnea é caraterizado por um ser um pokemon feliz, mas naquele momento apenas queria derrotar o adversário e libertar os outros pokemons. Não iria obedecer Gaulvi tão cedo, não até ele provar algo digno de sua amizade.
O pássaro passou por de trás do cacto e lhe acertou com uma forte bicada nas costas, sem mesmo este perceber, jogando este de cara para frente ao pé da mesa. O cacto apenas se virou e sugou um tanto de energia ao seu redor, aumentando um pouco mais de seu tamanho. O movimento fora repetido novamente e desde então mais nada aconteceu. Ambos os adversários se encaravam, mas o veneno fez com que Chatot perdesse a disputa de “não vale piscar”



Gaulvi agiria com inteligência para conquistar seu pokemon, ou ficaria apenas falando novamente como sempre? Parece que o Cacnea não estava afim de ver as humilhações do garoto, ele pedia ação e não choro. Sua vida estava fraca e se o seu treinador não agisse como tal, Cacnea iria perder o combate.

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Não precisava ordenar, Cacnea ativava seu poder de absorção antes mesmo do garoto começar a falar. Apenas esticou dois de seus fios de energia e começou a sugar a energia do adversário, desta vez com um dano ampliado, mas nada que causasse grandes resultados como sempre. O pássaro bateu suas asas e partiu em cima do cacto com uma bicada no centro de seu corpo, o lançando para trás e logo ele voltava para dar o golpe final, mas a agilidade da planta permitiu que esquiva-se para o lado rolando seu corpo, logo ele voltava a ficar de pé.
Aquele absorver garantiu a planta resistir um pouco naquela batalha, pois então estaria agora prestes a ser nocauteada, enquanto ao pássaro recebia mais uma dose do veneno que o circulava.



Cacnea já se mostrava fraco e cheio de hematomas, mais alguns golpes do tipo voador e este perderá a batalha. Gaulvi poderia se mexer o quanto quisesse mas não tinha direito a nenhum movimento, estava preso, não podia escapar. Por sorte uma das moças que trabalha naquele local tinha acordado e tentava negociar algo bem baixo para o garoto.
_ Eu irei raspar meu anel na corda de sua mão, a pedra dele é bem resistente. Peça ao seu pokemon aguentar mais um pouco enquanto tento te desamarrar. Após isso tente usar suas mãos para pegar a pokébola em meu bolso, eu irei te ajudar nesta batalha. _ Sussurrou.

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Cacnea continuava a ignorar seu treinador, apenas deu um salto e tentou jogar seu corpo contra o pássaro, porém este na defesa bateu suas asas e atacou com força a planta com uma forte bicada, o levando a bater na parede e cair no chão. O pokemon ainda reservava pouca energia, mas era o suficiente para conseguir esticar seus braços e tentar absorver algo para o seu benefício. Energia drenada, mas Chatot olhava para seu treinador que indicava um sinal positivo. O pássaro então abriu seu bico e começou a desferir novamente aquelas ofensas, em alto e agudo soim, prejudicando o ouvido de todos ali, principalmente de Espinho que saia de combate. Chatot sofria ainda com o veneno, mas ria da derrota adversária.



Aquele som forte tinha conseguido acordar ambos os pokemons de ponta cabeça, Chamander e Scyther, e até acordou outra das garçonetes. Após aquilo a corda que prendia Gaulvi fora solta e com um esforço conseguiu sair daquela prisão mal feita, segurando uma pokébolas que nem sabia o que tinha dentro.

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Cacnea havia perdido o combate, isso era triste. Porém agora Gaulvi estava livre e com a pokébolas da garçonete em mão, resolve liberar o mesmo pokemon, mesmo não sabendo muito do que se tratava. Antes deste feito, pedia aos seus pokemons saírem daquela corda, mas não tinha como se movimentar. Se fosse para Scyther cortas as cordas, já teria feito isso antes, porém suas garras foram presas para baixo, onde não havia corte. Ambos ficaram confusos com as ordens de seu treinador, talvez não tivesse olhado direito. Porém para conseguir se livrar dali, Charmander tem uma ideia, ele posiciona sua calda em um ponto onde a corda fosse queimada, porém isso iria demorar um pouco.
Voltando à pokebola. Sim, o garoto tinha a lançado e do brilho desta logo se mostra um pokemon completamente diferente, uma espécie de roedor preto e branco com alguns detalhes em amarelo, tinha uma pele especial ligando o braço e as pernas que o permitia planar. De perto percebia-se faíscas saindo de suas bochechas.
_ Emolga, que bom que conseguimos te liberar, use o Spark e já basta! _ Falou a moça, confiante.
Aquela espécie de esquilo exalou eletricidade por dentre seu corpo, se cobrindo da mesma e partindo em direção de um flash para o corpo do pássaro, o acertando em cheio e o lançando aos braços de seu treinador. Uma combinação de veneno e eletricidade (dobro dano em tipos voadores) foi o suficiente para dar um basta naquilo tudo, Chatot estava fora de combate.



Após um tempo Charmander queima uma das cordas e foi o suficiente para o inseto fazer força e conseguir arrebentar o resto. Ambos estavam meio zonzos por terem ficado tanto tempo de ponta cabeça, mas pelo menos estavam livres. A moça então pedia para que o jovem a tirasse dali também junto com suas amigas e claro, Elena.
Tudo bem, mas se esqueceram do Rocket mudo, que com uma espécie de telefone comunicava aos seus colegas. Não demorou para que a porta do local recebe-se um chute e o estrondo acordasse o restante do pessoal.
_ Gaulvi, o que... O que está acontecendo aqui? Onde estamos? _ Perguntava a garota, inocente de tudo, não identificando o local.
Dentre os ladrões que adentram, um deles estava acompanhado de uma espécie de pokemon estranha, de corpo mole, verde e com um penacho amarelo na cabeça. Talvez fosse ele o responsável pelas bolhas de anteriormente (Yawn).
_ Rapazes, nossos prisioneiros estão escapando, capturem eles! Rápido! _ Gritava, lançando seu pokemon para frente para encarar o que estava por vir.