Assim que a escarlate joia no centro do corpo da estrela do mar começou a brilhar, já pensava no que fazer e, rapidamente, removendo uma cápsula azulada com alguns detalhes negros na parte de cima, a lançava no núcleo do Staryu. –Estava guardando essa Pokébola há muito tempo atrás, soube que ela captura Pokémon do tipo água com mais facilidade... – Dizia, ignorando completamente Ellie e Atlas.
1467 de EXP para Magnet, ganhou dois leveis e seis pontos de felicidade
Escolhas escreveu:
Magnemite pode aprender Mirror Shot, deseja esquecer algum move para aprender o ataque?
Com a Pokémon nocauteada, Dallas pegou uma Pokébola diferente e jogou contra Staryu. No começo, a net ball se mexeu de um lado para outro, indicando que o Pokémon estrela do mar relutava a captura, mesmo estando quase sem forças para se manter de pé.
Os segundos pareciam horas, o mundo parecia estar em câmera lenta e a net ball parecia querer quebrar a qualquer momento. Os companheiros do jovem estavam igualmente tensos, afinal, uma captura é sempre um momento de aflição e nostalgia, pois sempre será remetido à primeira captura da vida de um treinador.
Ainda em câmera lenta, a net ball se instabilizou, indicando que a captura fora feita com sucesso. O tempo pareceu voltar ao normal. Quando Dallas pegou sua pokébola, uma mulher parou em sua frente e lhe falou, simpática:
- Olá, estava te observando lá de longe- Disse, com bochechas vermelhas- Você aparenta ser um bom treinador...
Dallas iria conversar com a garota, ou deixaria a mesma no vácuo?
A esfera azulada permanecia imóvel no chão após várias mexidas e, sinalizando uma captura feita com sucesso, um sorriso se abria em minha face. –Conseguimos! – Magnemite se aproximou e eu o abracei. –Agora temos finalmente um tipo aquático na nossa equipe! – Ao invés de simplesmente retornar o meu fiel companheiro, decidi deixa-lo ter um pouco de liberdade. –Que tal chama-lo de Star? – Eu me perguntava, enquanto pegava a net ball do meu recém capturado parceiro.
Enquanto comemorava, uma garota se aproximou, dizendo que estava vendo tudo de longe e talvez me elogiando? –Ah, se você quiser disputar uma batalha não vai dar, preciso curar os meus amigos antes disso. – Coçava o meu nariz. –E esses meus amigos não são esses dois patetas aqui, mas sim meus Pokémon. – Sentia um tapa tão forte quanto o Tackle do pequeno Magnet, quando este ainda não tinha muito controle de suas habilidades.
Jabba, vai querer trocar Mirror Shot por algum golpe?
Ao invés de retornar sua recém captura, Dallas resolveu deixa-la curtir sua liberdade um pouco. Além disso o garoto deu um apelido a sua nova aquisição, Star. Quando o jovem se preparava para fazer outra coisa, uma mulher lhe parou e começou a falar, deixando-o confuso. Porém, o garoto respondeu a jovem que falou:
- Não quero batalhar, quero que faça um favor para mim- respondeu- Quero que me ajude a salvar alguns Pokémon aquáticos de contra bandistas... Eu até tentei fazer algo sozinha, mas não tenho forças- Disse vencida por suas próprias palavras- Se quiser me ajudar junto de seus amigos, talvez possamos fazer algo. O que acha?
A garota parecia falar a verdade, sendo assim, o que fazer?
Esqueci de dizer, desculpe-me. Não tenho interesse em fazê-lo.
-Mesmo assim, com os meus companheiros neste estado não vai dar, preciso curá-los antes... – Suspirava, talvez entristecendo um pouco a garota. –Mas... – Dava uma pausa. –Depois disso, seria uma boa chutar as bundas desses contrabandistas! – Dizia, erguendo os braços e levantando os meus polegares.
Para fazer um pouco de companhia ao Magnemite, eu rapidamente liberava os meus outros Pokémon de suas Pokébolas e, felizes em finalmente poderem se encontrar todos juntos, eu já começava a caminhar acompanhado deles até o centro.
A garota ouviu o que Dallas tinha a dizer e respondeu o garoto imediatamente após este parar de falar. Mesmo estando feliz por ter ajuda, a garota não ficou contente ao saber que teria de esperar mais tempo para salvar os Pokémons.
- Entendo, então posso segui-los até o centro...- Pausou- Mas depois vocês vão me ajudar! A propósito, eu me chamo Vanessa. E vocês?
Falando isso, a garota seguiu o trio de jovens e seus Pokémon até uma grande construção de telhado vermelho, o centro Pokémon. Ao adentrar o prédio, o grupo foi recepcionado por uma mulher de cabelos rosas e uniforme de enfermeira, a Joy. Que falou docemente ao grupo:
-Ei, Vanessa, eu nunca disse que iria te ajudar... Eu só quero derrotar esses caras, não posso ficar calado quando algo assim acontece. – Dizia, aproveitando a minha altura para erguer um pouco o meu queixo e olhar para o rosto da garota, como se fosse um superior a ela. –Mas, se você quer o mesmo que eu, então considere isso uma ajuda. – Abria um sorriso. –Aliás, pode me chamar de Grave.
-Meu nome é Ellie! – A minha parceira parecia alegre, mas eu não me incomodava, de qualquer forma, já que ela nem se destacou enquanto nós nos aventurávamos em Vermilion.
Adentrando a um recinto dono de um telhado vermelho e belas decorações, nos dirigíamos imediatamente para o balcão que ficava no centro, onde rapidamente fomos atendidos pela enfermeira que cuidava daquele centro. –Peço que voltem para as suas cápsulas, amigos. – Retornava os meus Pokémon para dentro de suas Pokébolas. –Certo, cure-os, por favor. – E pensar que um atendimento desse jeito era simplesmente grátis.
-Mas me diga, onde exatamente podemos encontrar esses contrabandistas? – Perguntava, coçando a minha nuca. –Dependendo do local, não sei se poderemos ir de maneiras comuns. – Já estava a pensar em vários planos de invasão, um pouco típico, não?
-Bem, Atlas, quando nós nos encontrarmos com esses caras, nos ajude e não se contenha! – Exclamava, feliz.
Vanessa se surpreendeu com a atitude de Dallas, sua personalidade forte era um diferencial a parte, contudo, seu senso de justiça compensava esse “defeito”. A garota não respondeu o que Dallas lhe disse, apenas sorriu forçadamente.
Após todos os procedimentos de cura serem feitos no centro Pokémon, os jovens se afastaram da enfermeira Joy. Em um local um pouco afastado de todos, Vanessa falou:
- Na verdade, esse grupo aparece somente à noite para negociar com os contratantes, mas, o ato do roubo é feito a luz do dia... Eu mesma - Por um instante a garota parou, respirou e continuou- Enfim, eles roubam os treinadores em uma praia deserta. Eles te abordam na praia e dizem que estão promovendo um torneio em uma outra localidade da praia, pouco movimentada, te enchem de falsas promessas, mas, quando você chega lá... seus Pokémon são pegos a força e você fica adormecido por causa de um ataque repentino...
A garota já ameaçava chorar. Mesmo se esforçando para não demonstrar que falava de si, ficava meio óbvio devido a explosão de sentimentos e angustias enquanto descrevia a situação. Dallas e seus parceiros ficavam confusos, de repente, uma simples ajuda se transformava em uma missão de resgate. O que fazer? Como lidar com Vanessa?
-Bem, já está ficando de noite então nós precisamos nos apressar. – Exclamava, afundando os meus pés na areia da praia. –Pois bem, mostre-nos o caminho e lhe seguiremos. – Demonstrava a minha falta de confiança para com a estranha.
-Dallas, não seja assim! – Ellie se intrometia, enchendo a sua boca de ar e focando em sua bochecha esquerda. –Seja como você sempre foi... – Ela arqueava as sobrancelhas.
-Eu sempre fui assim, oras. – Dizia, rindo um pouco. –Mas certo, vou fazer do jeito que você quer, então. – Repousava o meu braço sobre o ombro da Vanessa e aproximava a minha boca de seu ouvido. –Não é nada pessoal, mas, a primeira impressão é a que fica, preciso me tornar mais forte. – Apontava para a estrela do mar. –Bem, de qualquer forma, poderia me passar o seu número de celular? Não quero me perder de você ou algo do tipo quando você é a nossa informante aqui... – Tentava inventar uma desculpa, com a parte inferior dos olhos vermelha por estar um pouco envergonhado de minha atitude.
-Bem, vamos lá! – Colocava ambos os braços atrás da minha cabeça, a repousando sobre as palmas de minhas mãos e mantendo uma distância razoável da garota e dos dois patetas.
Mesmo Ellie tendo confiado nas palavras de Vanessa, Dallas não se convenceu muito com as palavras da jovem. Sendo assim, foi para perto da garota e depositou seu braço sobre os ombros da garota, assim, fazendo todos os pelos do braço da garota se arrepiarem. Vanessa então, parecia um tomate quando o garoto falou em seus ouvidos, tremendo na base, a garota, tentou, falar:
- Po... pois bem. Aqui está meu número - Falou, mostrando a tela de seu aparelho telefônico com o número, a garota estava muito envergonhada com a situação, por isso preferiu não falar nada – Eles devem estar “promovendo o evento” – Falou gesticulando aspas com as mãos – Acho que devemos procurar naquela praia deserta que falei...
Falado isso, Vanessa passou a andar por entre as pessoas da praia, seguindo até uma parte pouco movimentada, até mesmo deserta. As pessoas olhavam estranho para Vanessa, como se soubessem que naquele local não havia coisa boa. Seria Dallas corajoso o suficiente para seguir a garota em direção ao desconhecido?