Pokémon Mythology RPG
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01 - Primeira cidade e o primeiro pokemon.

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Kyo descia as escadas do laboratório do professor Oak segurando a pokebola que acabara de receber. Já tinha caído da escada ao subir, não iria repetir o erro ao descer. Ainda mais agora que estava segurando um objeto de desejo de dois anos em suas mãos. Já nas ruas de Pallet, Kyo joga a pokebola o ar:

- Saia Charmander!

Um raio vermelho dispara em direção ao chão e seu pokemon inicial se materializa em alguns segundos. Kyo admira o pokemon, a chama saindo pelo rabo e seu tom alaranjado.

- Olá Charmander! Meu nome é Kyo.

Kyo admirava o pokemon e esperava algo em resposta. Ansioso por ter algo tão precioso em suas mãos, e ao mesmo tempo tão libertador. Os dois últimos anos de responsabilidade com a casa e a saúde do seu pai ficaram para trás. A responsabilidade atual é muito mais leve. Mais feliz.

- Charmander, me acompanhe! Kyo começava a caminhar por Pallet, em direção a rota 1 mas sem pressa. Essa é a primeira cidade da nossa jornada! Pallet! E você é o meu primeiro Pokemon. Seremos imbativeis, o que acha?

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Ensolarada e pouco árida. Essa era a cidade de Pallet, não só naquele como em todos os outros dias. O pequeno vilarejo era quente e o vento nele não era uma coisa constante. As roupas nos varais das senhoras sequer balançava, mas com certeza, estariam secas até o fim do dia. Alguns Pokémon eram vistos nos jardins das casas, cercados por portões e cercas de ferro e madeira, respectivamente, dando à cidade um ar rústico e bonito.

E era ali que o jovem de doze anos, Kyo, se encontrava. Seu Charmander regojizava-se com a energia solar que tocava sua já quente pele. O calor era bom para ele. Repetia seu nome um par de vezes, e passava a seguir o rapaz de gorro, que escondia seu bagunçado e emaranhado cabelo.

Charmander ficava muito contente com os adjetivos que o futuro lhe reservava. Imbatível era realmente um sonho para qualquer treinador Pokémon, e pra ele não seria diferente. Kyo queria dar um passeio em direção à Rota 1, a primeira rota naquele enorme continente de Kanto, mas um grito vindo de algum lugar chamava sua atenção. Charmander ficava atento e tentava identificar de onde o som vinha. Perto dali, em algum lugar, alguém tinha caído e se machucado. Uma moça, logo à frente, e ela precisava de ajuda.

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Kyo estava submerso imaginando os golpes e habilidades que Charmander possuia, quando o grito lhe chamou atenção. Reconhecia o barulho de uma queda de longe, devido a tensão de morar com alguém debilitado por tanto tempo em casa.

- Vamos Charmander! Venha atrás de mim! VAMOS!

Correndo mais rápido que o pokemon, Kyo foi em direção ao barulho. De maneira irracional, se aproximou correndo da fonte do grito sem nem avaliar a situação a sua volta, sem nem se importar se poderia estar em perigo também ou não.

- O que aconteceu??? Você está bem?!?

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Charmander ficou confuso por um instante, mas não hesitou em obedecer seu treinador, apesar de ter ficado realmente um pouco sentido com o último grito para irem auxiliar quem quer que fosse que tivesse caído, se é que realmente alguém tinha caído. Aparentemente, o lugar estava vazio. Não havia ninguém ali, e o grito tinha sido um tanto quanto assustador. Kyo olhava de um lado para o outro. Charmander, por sua vez, puxava a barra da calça do rapaz e apontava para baixo com suas pequenas e afiadas garras. Lá embaixo, em um buraco cavado sabe-se lá como, estava uma garota.

Ela precisava de ajuda para sair dali. As Pokéball da jovem estavam ainda do lado superior, mas não por muito tempo. Uma rede caía sobre as três pequenas esferas de duas cores e puxavam-nas para a direita. Um homem usando uma boina preta, uma roupa escura com um R marcado em vermelho diretamente no seu peito, calças pretas e botas e luvas brancas, com uma pá nas costas e uma rede nas mãos, sorria na direção de Kyo. Era um Rocket menor, que havia acabado de ser contratado.

A moça ali embaixo precisava de ajuda. Mas o que Kyo faria? Se ajudasse a moça, ela perderia os Pokémon. Se atacasse o ladrão, a moça continuaria lá, no buraco cavado pelo Rocket.

— Não o deixe levar meus Pokémon, por favor!

Suplicou a moça, segurando o joelho machucado. O buraco era um tanto quanto fundo e estava escuro, quase não dava pra vê-la lá embaixo, mas ela claramente estava sentindo dor. Talvez ela mesma tivesse um monstrinho de bolso que pudesse tirá-la dali, mas a escolha era totalmente de Kyo.

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— Não o deixe levar meus Pokémon, por favor!

As palavras ecoaram na cabeça de Kyo. Mesmo machucada ela se preocupava mais com seus pokemons do que com o seu estado atual. Kyo começava a entender esse sentimento, e um receio de perder Charmander com menos de 10 minutos juntos bateu seu coração. Mas ao olhar atentamente, e perceber o joelho machucado, Kyo não tinha dúvidas de que precisava agir.

- Charmander! Me ajude aqui!

Kyo deita no chão, próximo ao buraco e tenta erguer a moça de volta ao nível do solo com a ajuda do seu pokemon. Kyo olha em volta se teria algo por perto que poderia lhe ajudar. Não conseguindo puxar dessa maneira, Kyo pega o Charmander e se joga no buraco para empurrar ela la de baixo.

- Eu vou te tirar daqui, e juntos vamos pegar os seus pokemons de volta! Confie em mim!


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Enquanto Kyo se abaixava para tentar salvar a garota, o Rocket tomava a dianteira e passava a correr, assim como já era previsto fazer. O Charmander ajudava a tirar a garota de dentro daquele buraco. Ela se apoiava na borda do buraco, sentada no chão. Agradecia ofegante, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas, e ela estava se odiando por ter deixado os Pokémon serem levados daquele jeito. Todos os seus Pokémon já acompanhavam-na há três anos, e ela estava visitando sua cidade natal para ver a família quando foi atacada e assaltada pelo Rocket.

— O-obrigado por me salvar, mas... Parece que perdi meus Pokémon...

A garota abria a própria bolsa e usava os itens de primeiros socorros que tinha para fazer um ágil curativo em sua própria perna, enquanto enxugava os olhos sem dizer mais nada. Agora, com a claridade dando plena imagem de como ela era, era possível ver que os fios ruivos que saíam de sua raiz eram naturais, e as sardas em seu rosto apenas acentuavam sua beleza única. Era um tanto quanto magra e falava com um sotaque carregado de francês. Havia sido discípula de Fantina um dia, e morou em Kalos por algum tempo, mas tempo o suficiente para largar o sotaque caipira de Pallet e consigo levar o sotaque chique de Hearthome e Kalos.

Ela só tinha mais um Pokémon que não havia sido levado, mas era um Pokémon ainda fraco e recém-capturado por ela, logo que chegara em Kanto. Talvez pudesse ajudar na busca, se é que encontrariam o ladrão, que estava com uma boa distância deles.

— Me ajude a procurá-lo!

Uma esfera cor-de-rosa ia aos céus. De dentro da Love Ball, grandes e brancas asas abriam-se, mostrando um padrão bonito dentro delas, com duas manchas escuras na parte superior. As antenas eram levemente caídas, e grandes olhos vermelhos compunham seu corpo arroxeado e suas pequenas mãos e pés médios, coloridos em roxo. Freeee! Gritava, ao agitar as asas e se aproximar de sua treinadora, que parecia em apuros.

01 - Primeira cidade e o primeiro pokemon.  Butterfree-f
— Freya, precisamos encontrar nossos amigos... Um cara mal os levou. Esse aqui é o... Ahn, qual  o seu nome? — A garota ruiva estava em pânico demais para ter pensado nisso antes, e realmente não estava com muito tempo para apresentações, ainda mais por estar nutrindo uma curta raiva pelo garoto, por não ter feito o que ela pediu logo no começo. — Eu sou Tannia. E essa é Freya, minha Butterfree. Agradeceria se você pudesse me ajudar a recuperá-los.

A ruiva fechava o punho, sem esperar o rapaz. Ordenava que a Butterfree aguçasse os sentidos de suas narinas de inseto e tentasse farejar o perfume do Rocket. Ao fazê-lo, a borboleta passava a voar em direção a algum lugar, e Tannia corria atrás dela.

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- Meu nome é Kyo, e esse é o meu Charmander! Lógico que iremos te ajudar! Vamos rápido que conseguimos alcançar! Não é Charmander??

- Char ò_ó

O jovem de Pewter estava surpreendido com tantas emoções. Mal estava se recuperando do sentimento de ter o Charmander e agora já estava inundado de adrenalina devido a urgência do que estava acontecendo. Correndo atrás da Tannia, Kyo olhava fascinado. Mas não pra garota, e sim pro curativo, feito com muita agilidade por Tannia.

~ Não deve ter sido a primeira vez que ela fez isso... Que garota interessante.. ~

Kyo olha pro Charmander correndo atrás dele, e lhe passa um sorriso de aprovação, agradecendo o pokemon por estar acompanhando Kyo nessa loucura sem nem saber direito o que estava acontencendo. Mas nem mesmo Kyo sabia.

~ Roubo de pokemons... Eu não sabia que essas coisas aconteciam de verdade! Mais uma preocupação na lista..  ~

Com a butterfree na frente, Kyo fica tentado a pegar sua Pokedex para ver mais informações sobre aquele pokemon, mas percebe que não é o momento. Vai ter tempo pra isso depois que colocarmos aquele ladrão no seu lugar. Mas que lugar ele está no momento?

- Char! Veja se você consegue ver ou cheirar algo também!

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Tannia continuava seguindo em frente, com sua velocidade extremamente reduzida. A garota era uma treinadora de Pokémon de mãos cheias, e seus Pokémon eram treinados para ter velocidade e poder especial, infelizmente, ela mesma estava com a velocidade diminuída e por isso não conseguia acompanhar Butterfree em sua busca incessante pelo Rocket. O lugar era pacato e vazio, só haviam quatro seres nas ruas naquele momento, que eram exatamente Tannia, Freya, Kyo e Charmander.

A garota se abaixava e apoiava as mãos nas coxas, ofegante. Estava pensando que tinha perdido seus Pokémon para sempre... Kyo e Charmander tentavam procurar. Ela não permitiria que o rapaz fosse embora, não agora que ele decidiu ajudá-la a procurar. Mas a busca ficava cada vez mais difícil. O paradeiro do Rocket era complicado de se identificar.Olhando a vitrine de uma loja, uma repórter dizia que próximo ao laboratório do professor Oak, uma figura suspeita fora vista. A garota teve a ideia de ir atrás.

— Kyo, vamos para as redondezas o laboratório!

Andando devagar, a garota se dirigia até o local onde o professor Oak entregava Pokémon para iniciantes. Estava determinada a trazes seus Pokémon de volta.

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Com a chamada na TV de um intruso nas redondezas, Kyo e Tannia tem a mesma idéia. A colina do Professor Oak é um local recheados de pokemons, de diversos tipos e raridades, tentador para um ladrão. Porém, há um problema para o quarteto atual.

~ Toda aquela escadaria para chegar no laboratório vai ser demais para o joelho da Tannia.. independendo da força de vontade, há um limite fisico aqui.. ~

- Tannia.. Eu, o Charmander e sua Butterfree vamos na frente.. Você vem vindo atras nos dando cobertura. Grite se ver alguma coisa!

Kyo olha determinado para Charmander, querendo demonstrar para o Pokemon que era preciso um esforço extra naquele momento. Kyo não espera por Tannia e segue em frente em direção ao laboratório, procurando qualquer sinal de atividade suspeita.

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 Tannia aceitou a ideia de Kyo nessa missão de salvamento, e ia mais devagar enquanto o treinador e  seu Charmander iam a frente e a Butterfree da francesa ficava no meio termo, preocupada com sua treinadora.
 
 Seguindo a trilha deixada pela TV, chegaram em um descampado perto do laboratório onde Kyo recebeu seu pequeno Charmander - lugar onde treinadores novatos buscam sua primeira captura, mas como as ruas, parecia que ninguém tinha vontade de capturar Pokémon. E quando se dirigiam para a escadaria do laboratório do renomado professor, a mulher dá um berro.

- Não!!! Swablu querido! - Tannia tinha uma expressão assustada no rosto e tentando ir em direção ao objeto causador do seu grito, caiu e pedindo auxílio de Kyo, implora nervosamente - Por favor! pegue-o, traga para mim, ele é meu Swablu! 

 Kyo, prontamente foi em direção ao Pokémon nuvem e o trouxe para perto de sua treinadora, estava bastante machucado e desmaiado. A pokébola dele não estava ali.

- Querido, querido... O que esse Rocket fez com você?? Está todo machucado... - Tannia segurava o voador em seus braços e o acariciava enquanto chorava - Não posso ficar chorando, preciso pegar meus outros amigos.

 Com dificuldades, Tannia levanta-se - com um incrível força de vontade em seus olhos, ou seria vontade de vingança? - e vai andando com Butterfree em direção a escadaria do laboratório do Professor.

 Chegando lá os jovens percebem que a casa estava escura e vazia, algo estranho, porém, o mais estranho foi ouvirem um barulho de vidros quebrando em uma casa vazia.

- Kyo, me ajuda e arrombar a porta, ele está lá dentro!!!

 O que o treinador faria?

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