Come and Get Your Love, meu bem! - V

O tempo passava consideralmente rápido para Paluwski que esperava Anne terminar seus afazeres antes de leva-lo para seu destino, a sala aonde faria suas primeiras apostas do seu primeiro jogo de Poker durante toda a sua vida. Era então que a jovem garota terminava de aprontar as coisas, chegava a hora das grandes apostas.




Assim que adentrava a sala aonde iria apostar, via um amontoado de mesas, totalizando cerca de trinta, safado como era, Dandy nem notava isso, apenas perseguia com seu olhar as saias das empregadinhas ali no local, deixando Anne um pouco atordoada, já que a jovem teria que parar de meio em meio segundo para puxar o topetudo pelas ''óreba'' para que não ficasse cantando as meninas que ali trabalhavam.


Depois de uma breve caminhada, o treinador chegava em sua mesa, ainda sem suas fichas, e então se sentava, apresentando-se formalmente para Joe e Paul, tentando ser educado, afinal não queria que mais guarda-costas como aquele brutamontes de antes viessem atrás de seu rabo.


- Ah, eu sou Paluwski, Dandy Paluwski - Colocava a mão atrás da cabeça, coçando a nuca, um pouco nervoso por estar naquela situação, iria vir a jogar um jogo de azar pela primeira vez e isso era ao mesmo tempo, um misto de desesperança, nervosismo e preocupação junto de uma enorme excitação que tomava conta do jovem e o fazia suar frio.


Assim que se passava um tempo, Anne, a maid favorita de Dandy, no momento, claro, retornava para mesa com as fichas do homem e o jogo se dava ao início, aonde as cartas eram distribuídas e Joe junto de Paul faziam suas apostas, como eram profissionais, sabiam o que estavam fazendo, e isso deixava o topetudo bem hesitante, afinal de contas, o gordão ficava provocando-o, o que acabava piorando, e bastante, a situação.


Era então que o falido desempregado moribundo que era Paluwski, engoliu a seco todo o seu medo e decidiu arriscar tudo de uma única vez, sem suar, sem hesitar, só olhou para suas cartas, ainda viradas de cabeça para baixo e assim as deixada, não queria saber o que tinha ali, pois mesmo que soubesse, não iria saber se a mão estava quente ou fria, boa ou ruim, pegou então todas as suas fichas com uma única mão e colocou-as no centro da mesa, dizendo:


- A-P-O-S-T-O T-U-D-O, meu bem - Apesar de que a mesa escondia, Dandy estava quase que se mijando ali, tremendo as pernas feito bambu em um triturador de lixo, mas ainda assim, de sua cintura para cima, esboçava uma pose bem confiante, apostando tudo o que tinha naquele blefe, ou pelo menos que ele acreditava ser um blefe, já que sequer havia visto suas cartas e nem poderia saber o quão boas eram.

BABY, COME BACK~~

Sem nem ao menos ver as lindas cartas postas em sua mão, o menino-estranho resolveu fazer algo da sua natureza: Ser estranho. Sem pena e nem dó do seu dinheiro, jogou-o todo no centro da mesa, atrapalhando as cartas que estavam ali e não se importando com mais nada, era uma atitude bem maluca, talvez, o garoto teria sido precipitado, mas talvez desse uma sorte de principiante que só ele podia dar, saindo de lá como o tão famoso Dandy das cagadas absurdas. Que seja, vamos a narração:

Paul ria descontrolavelmente, mas agora era a vez de Joe, que antes seria obrigado apenas a igualar a rodada, mas inesperavelmente, estava sendo obrigado a pagar mais 475 fichas para continuar ali. Não encarou sua mão nem por dois segundos e viu que era absurdo cogitar continuar no jogo, então apenas abaixou suas cartas, de cabeça para baixo, e as jogou de canto, ele estava fora. Quando chegou a vez do grande charlatão, o riso cessou e ele fixou o olhar nos olhos do topetudo, que parecia extremamente confiante, o homem então falou:
- Você não tem ideia do que está fazendo, você é um idiota - proclamou, empurrando o resto de suas fichas em campo.
O homem barrigudo não tinha os 500 que lhe foram apostados, seu total de fichas era de 413 (mais 50 da mesa, 463), o que era quase o valor total da aposta, mas ainda assim, não conseguiria levar 100% do dote. Certo de que o inimigo não fazia ideia do que estava fazendo, empurrou tudo em um segundo All Win.

Suzany então percebeu que era sua vez de agir, ousou por as mãos nas cartas de Paul, as virando, e depois as de Dandy, assim como a regra mandava, mostrar as cartas em caso de All Win. Com os dois oponentes com as mãos mostradas, a dealer revelou uma por uma as cartas da mesa.

Mão de Dandy


Cartas na mesa


Mão de Paul

Então abriu um largo sorriso e anunciou o que deveria ser gritado:
- Dupla de Ás, Dandy Paluwski é o vencedor - falou alto - Senhor Paul, pode se levantar, o senhor não tem mais fichas.
O homem então bateu na mesa gritando o quanto aquilo era injusto.

Agora o iniciante poderia se esticar e pegar todas as 988 fichas que a ti pertencia, Joe ficava de longe observando e pensando se o jogo iria continuar entre os dois ou Paul daria um jeito no problema, por fim, o homem não sabia muito bem o que fazer, só não aceitaria ficar sem fichas.

OFF: Bem, ta aqui o print do sorteio https://i.imgur.com/3lR7uEn.png fiz nessa ordem: Primeiras duas cartas sua mão, segundas Joe, terceiras Paul, e o resto seria da mesa. Congratz, você foi muito sortudo HUIAHWEIUAWHE Esboce sua reação que eu esboço a de Paul melhor.

Depois de engolir a seco, toda a sua aposta e cálculo, [Nota do Narrador da Vida do Dandy: que cálculo?], meticulosamente feito, Dandy esboçava aquela sua confiança de sempre, até que chegava o então momento decisivo, a moça que cuidava das cartas, as virava para cima, então demonstrando que a todo o esforço de Paluwski não havia sido em vão, com um enorme branco cobrindo sua cara, deixando-o pálido, quase desmaiava ao saber que havia vencido, até mesmo seu topete abaixava um pouco por breves momentos, uma cena cômica, pois finalmente podia se sentir aliviado naquela situação.


Depois daquilo, Paul parecia apenas estar puto da vida com o momento, afinal, não era todo dia que um novato chegava ali, fazia isto e aquilo das maneiras mais improváveis possíveis e então saia como um All Win, entendo um pouco as ocorrências, percebia que aquela que anunciava a vitória, o fazia de alto e bom grado, pois aparentemente não gostava de Paul. O que resultava no treinador acreditar que havia feito um favor a menina, soltando aquele seu típico sorriso dos dentes brancos perfeitos que ninguém poderia resistir, ou não.


- Hahaha, meu bem, mas eu não vou mais jogar, acho que dá pra pegar tudo o que to querendo só com isso - Dandy se levantava, pronto para se retirar, esperando provavelmente por Anne, que havia guiado-o antes e acreditava que esta o ajudaria a sair dali sem fazer muita merda, mas obviamente, antes disso, conseguia ser educado, oferecendo sua mão para Joe, agradecendo pela partida - Essa foi a primeira vez que eu joguei, baby. Nem sabia o que esta fazendo.

BABY, COME BACK~~

Paul preferiu não falar nada de início, em sua cabeça estava montando uma estratégia para meter a mão nos peitos de Suzany e pegar sua ficha de volta, mas depois reparou que aquela não seria mais útil para o jogo, já que não poderia entrar com apenas 50 naquela mesa. Bufou e se levantou, já estava prestes a sair, mas esperava para ver os atos de Dandy, que no momento cumprimentava Joe e provava que aquilo tudo era sorte de principiante. O homem mais normal da mesa respondia o aperto de mãos com um adicional de sorriso.
Quando o charlatão cogitou falar algo, Anne vinha ver como estava a situação, quando se deu conta, arregalou os olhos, viu as fichas do menino-topete se multiplicarem, a garota então encarou Paul por bastante tempo, com um sorriso no rosto, e disse:
- Você venderá o item para esse menino? - perguntou, achando que o combinado já havia sido feito.
- Que que você ta falando, você é retardada? Ele só veio aqui jogar poker, já ta saindo depois que rapou a mesa - falou, cuspindo palavras.
- Senhor Paluwski, esqueceu pra que veio aqui? - comentou - Com esse tanto de fichas, você compra o item que quiser com Paul.
- Não digo o item que quiser, mas alguns - bufou - Não que esse retardado mereça, mas amizade é amizade e negocios são negocios.
O homem então voltou a sentar-se direito e bateu a mão no acolchoado da cadeira ao lado, fazendo sinal para que Dandy voltasse a sentar, dessa vez do lado dele, agora mudava de posição para uma posse mais relaxada, não parecia mais irritado como antes, colocava um de seus charutos na boca e não acendia. Agora ele tinha um gigante sorriso interesseiro no rosto:
- Chegue mais garoto, me diga o que tu quer.

- Ah, é, claro sim, sim, meu bem - Dandy concordava com Anne, lembrando-se finalmente para que havia ido até ali, e o porque de havia passado por aquele enorme sufoco de antes, aonde praticamente havia vendido sua alma para Giratina, ganhando de primeira no jogo.


Alguns momentos depois, Paul havia trocado totalmente o seu jeito de ser, ou pelo menos, passava a ser amigável com Paluwski, uma vez que agora, o tinha como cliente, convidando para sentar-se ao seu lado, e assim o treinador fazia, já olhando cara a cara para o gordão que sacava seu charuto, em seguida, falou:


- Eu to atrás de uma Dusk Stone marota, sabe? E o que sobrar, manda de pokébola, eu acho - O treinador tentava ser amigável, apesar de que continuava rude e não parava para olhar diretamente ao homem, sua mente estava ocupada com outra tarefa, procurar por peitos e decotes clandestinos naquela imensidão de empregadas, garçonetes e tudo mais - Mas e aí, cê tem, baby?

BABY, COME BACK~~

- Ah, meu bem, por favor. Eu vim aqui, arredei minha bunda de casa, passei por mais apuros que cachorro, apanhei feito vagabundo e você me oferece esse preço? - Dandy erguia uma das sobrancelhas, encarando Paul, sabia que teria de pechinchar pra conseguir o que queria e pechinchar era uma arte que ele havia aprendido com sua mãe desde pequeno, uma arte muito, muito importante, naquele momento por exemplo - Meu fio, fui criado numa casa com sete irmãos que comiam mais que Munchlax recém-nascido.


Paluwski era do tipo que fazia caras e bocas para tentar diminuir o preço, porém nem sempre com muito sucesso, afinal, se ele soubesse negociar, não estaria na situação que estava, possuindo uma dívida de 5 milhões, não é, meu caro, amigo?


- Então, por favor, somos dois homens de negócios aqui. E eu sou pior que mãe em dia de feira com pouco dinheiro, vamos lá, um cara bonitão cheio da saúde como você não precisa de tanto dinheiro, baby - Dizia o homem, tentando conseguir algo através da bajulação, porém este não era realmente seu foco no momento, pois o treinador havia conseguido ter uma visão quase perfeita do céu ao analisar um decote de uma garçonete que servia um copo do outro lado da sala. Como sempre, habilidades incríveis eram demonstradas por Dandy nas situações mais inúteis possíveis.

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OFF: É sempre culpa minha.

BABY, COME BACK~~

- Isso aí, meu bem, agora sim estamos falando na minha língua, mas eu ainda não tenho essa quantia marota não, amigo, tenho quase isso aí, então... - Dandy retirava uma nota de cinquenta pokédollar para cobrir o que lhe faltava em fichas, esperando obter uma resposta positiva, deixando seu tom de voz ainda mais macio do que antes, porém começava a agir de uma forma um tanto quanto arrogante agora - Eu cubro isso que falta com essa notinha aqui e você ainda são no lucrão, o que acha, meu bem?


O jovem topetudo balançava a sua nota quase que contra sua cara, enquanto tentava disfarçar que estava mantendo sua atenção em outro objeto, algo um pouco mais peculiar, da qual era a calcinha que ele tentava ver de uma garçonete, quando esta se abaixava para tentar pegar algo. Quando conseguia de fato ver o que queria, só faltava começar a uivar e transformar sua cara na de um lobo, semelhante aqueles desenhos animados antigos.

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[OFF]

BABY, COME BACK~~